Diferenças



9 – Diferenças.

Andrômeda sentiu o sangue ferver a tal pondo que mal conseguia enxergar, estava em estado de fúria que nem percebeu que tinha uma ruiva perto dela. Seus olhos ficaram vermelhos e sua pele morena começava a ficar branca.

Gina se sentia assustada e começava a andar devagar para trás, só que ela se lembrou da conversa com Ron e ele contou de Andrômeda. Decidiu ficar, mas segurou firmemente sua varinha por precaução.

A energia no ar estava mudando, estava muito mais pesada, Andy notou a presença da Gina e a fitou demoradamente. A ruiva sentiu muito frio seguir pelo seu corpo e sentiu-se estranha. Depois e um tempo fitando-a Andrômeda sorriu misteriosamente. Passo a passo, andou até Gina com os olhos fixos nela, sentia o cheiro de medo, de angustia, raiva...

– Com medo, criança... – disse num sussurro que deixou a temerosa.

– N-Não...

– Eu não perguntei... Não precisa ter medo de mim Ginerva Weasley.

– Como sabe...

– Não importa. Nada importa mais... Eu farei o que será preciso, sua vingança será feita.

– Minha vingança?? – Gina não entendia o que estava acontecendo.

– Quer acabar com Antoniet, não quer?? – ficou a milímetros de distancia dela.

– Quero! – disse determinada.

– Eu também...

Andrômeda acabou com a distancia entre elas selando os lábios, mas não era um beijo comum. Era um contrato de cumplicidade, de armação. Estariam juntas nesta luta.

– O contrato está selado, não pode voltar atrás...

– Não voltarei.

– Então te darei informações que não poderás pronunciar...

*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

O quarto frio e sem vida do hospital lhe dava ânsia de enjôo, ficou em silencio enquanto ia lentamente ao leito de Eduarda. Ela, em coma, estava branca como neve, seus lábios avermelhados... Parecia morta. Assim como ele. Tocou-lhe os cabelo. Tão sedosos como a noite. Não a deixaria morrer, mas ela também não viveria mais normalmente. Com um punhal de prata, único material que podia feri-lo, ele cortou o pulso. Abriu levemente a boca de Duda e gotejou seu sangue lá, fazendo-a engolir... O coração dela para, mas volta a bater segundos depois intensamente. Abre os olhos lentamente visualizando a figura na sua frente. Apolium vestia um sobretudo preto. Estava com sede, muita sede. Não sabia o porquê, via as coisas de um modo diferente, Apolium olhava apreensivo pra ela.

– A-Apolium... Você...

– Olá minha querida...

– O que... O que a- aconteceu? – ela estava muito confusa.

– Eu te dei uma nova vida, minha linda. – o moreno sorria de um modo muito diferente.

– Você, VOCÊ ME ATACOU!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! – esbravejou Duda. – EU PODIA TER MORRIDO!!

– Mas eu te dei uma vida nova, uma maravilhosa vida, bem longa e excitante.

– Você... Eu... O que eu sou???

– Você é igual a mim.

– Como assim? O que você fez comigo...?

– Você é uma vampira. Uma linda Vampira.

– Como você se atreveu a fazer isso?!

– Por que era preciso.

Eduarda tentou andar mas sentiu seu corpo estranho. Sentiu algo revirar seu estomago e um gosto amargo na boca. Um desejo incontrolável e uma fome estranha. Nunca sentira algo igual. Sua visão estava turva e sem foco. Sentou-se mais confortavelmente e esperou um pouco que melhorasse. Apolium a olhou o tempo todo.

– O que está acontecendo comigo? – perguntou com a voz fraca.

– É um processo. Se não lhe desse sangue para beber provavelmente morreria. Quando um vampiro se alimenta de uma pessoa ela só tem dois caminhos. A morte ou a vida. Eu lhe devolvi a vida, mais quero algo em troca.

– O que?

– Quero que faça sua amiga Hermione beber isso. Faça beber aos poucos, ela enfraquecerá cada vez mais.

– Ela é minha amiga, jamais faria isso com ela.

– Faria sim, você não se importa mais...

– Lógico que eu me importo... – disse ela sem tanta certeza.

– Não, agora só se importará com as coisas que envolve sua nova vida, tudo do passado, todos os sentimentos, tudo será deixado pra trás.

– Mas...

– Eu lhe dei a vida e por isso fará o que lhe pedir... VocÊ não nasceu assim, então quem a transformou vira seu senhor e você querendo ou não obedece fielmente.

– Sim senhor... – ela não pode acreditar no que sua boca pronunciara. Ele estendeu um vidro pra ela e ela guardou numa mochila que se encontrava ali perdida que ela identificou como sendo dela.

– Fará tudo que eu dizer, não fará perguntas... Os curandeiros farão exames em você e verão que está bem... Amanha a noite, quando todos estiverem dormindo me encontre onde eu lhe mordi.

– Tudo bem, se é assim que desejas... – disse num tom irônico.

Ele desapareceu e ela ficou pensando. Ela realmente não se importava, era incrível. Mas ainda estava com muita sede, não fazia idéia do que faria. Daria aquele veneno pra Mione como ele disse. Estranhamente, ela faria tudo que ele quisesse.


*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Gina estava sentada na chão junto com Andrômeda que estava em posição de lótus pronunciando palavras que ela não fazia idéia de que idioma era. Andy abriu os olhos e eles estavam vermelhos, Gina se sentiu assustada, o que ela estava fazendo??

Uma espécie de luz escura saiu de dentro dela e nas suas costas, por debaixo da roupa, parecia que nascia algo. Ouviu um som de algo rasgando e o que parecia ser asas com um pouco de sangue saiu de suas costas. Com medo Gina se afastou, mas não desviou seus olhos.

Ela se levantou e a luz negra voou pro céu.

– Volte pra casa! – ordenou.

– Mas...

– Volte pra casa e não olhe pra trás. Logo precisarei de você, mas agora vá, é necessário.

– Ok... – Gina saiu correndo.

*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

... Longe dali...

Uma luz negra desceu do céu e atingiu o corpo de um homem com um sobretudo negro. Abriu os olhos vermelhos e olhou para o finito do céu que ficava nublado.

– A batalha vai começar. – constatou imediatamente. Com o nascer das suas asas negras nas suas costas ele levantou vôo indo para Irlanda, ajudar sua companheira de Raça.

Muitos outros lugares do planeta acontecia coisas semelhantes com outras pessoas.


*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Harry saiu rápido da cabana não agüentando mais ficar lá esperando que Gina voltasse, mas assim que ele abriu a porta ela se jogou nos seus braços assim que o viu.

Harry a amparou e levou-a pra dentro. Ron estava deitado junto a Mione na esperança que ela levantasse do nada. Ele sentiu ela se mexer e seu coração se encheu de felicidade. Levantou rápido pra contar a Harry e viu ele preparando um café e sua irmã Gina tentando se acalmar no sofá. Ele se sentou e Gina contou tudo o que Houve pra eles. Ouviram atentamente a Explicação.

Logo um patrono em forma de um leão apareceu e anunciou que a Duda havia acordado e passava bem. Ron estava atordoado era informação demais pra ele.

– Eu vou buscar o Duda e cuidem de Mione. Descanse bem Gina.

Ron aparatou.


*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Eduarda mantinha um olhar fixo na curandeira que a atendia, olhava atentamente para a veia pulsante no pescoço dela com extremo desejo. Mas Ron aparatou no meio do quarto e a distraiu da vontade de mordê-la.

– Eduarda... Você está bem mesmo? – perguntou assim que a avistou.

– Estou sim Ron. – Rony se assustou por ela não o chamar de Ronald e ser tão simpática.

– Ela já está pronta pra voltar? – perguntou à curandeira.

– Sim... pelo ataque que ela teve ela já está perfeita.

– Então vamos Eduarda?

– Lógico Ron... – Ron não estava acostumado com tanta simpatia.


*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Antoniet estanha quieta. Quieta demais... Apolium tinha sumido e Andrômeda provavelmente estaria morta à uma hora dessas... Aquela cabana grande e sóbria lhe fazia mal, sozinha... Estar sozinha era horrível, estar no tempo que não lhe pertencia e sentir aquela coisa que algo não estava como o planejado era horrível. A noite caia e ela preferiu descansar um pouco.

Estava completamente sozinha...


*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Hermione estava vendo a si mesma de mil anos atrás... Marry mexia em seu caldeirão fazendo uma estranha poção. Era vermelho sangue e emanava um aroma adocicado e suave. Sentiu-se bem sentindo aquele aroma. Volta e meia ela passava a varinha sobre o caldeirão pronunciando palavras mágicas desconhecidas. Mione percebeu que eram feitiços de proteção para manter essa poção altamente segura e intacta.

– Hermione... Essa poção pode salvar sua vida e a vida de quem você ama.

– Mas que poção é essa??

– Essa poção está na minha família a mais de 5 gerações e tem nos protegido contra eles...

– Quem são eles? – perguntou interessada.

– Os vampiros...

– Hum...

Ficam muitos outros minutos assim, calada, um silencio perturbador. Marry se levantou pôs grande parte da poção dentro de um vidro de cristal no qual ela lançou muitos outros feitiços de proteção e um para manter-se intacto durante a ação do tempo.

– Mione, essa cabana fica no meio do bosque. È bem provável que por fora pareça uma ruína, mas por dentro permanecerá assim como está.

– Onde quer chegar?

– Isso é a única coisa que irá te salvar. Ficará aqui... Agora você voltará, mas tenha cuidado, as coisas não estarão bem e nem tudo é o que parece. Tenha muito cuidado.

Mas ela não teve tempo de pensar, sentiu-se sugada e o vilarejo Black Rose de mil anos atrás desapareceu diante seus olhos.



*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Escuro... Uma escuridão intensa não deixava ver nada. Sentiu um peso do seu lado e percebeu que estava numa cama. Era confortável. O perfume era inconfundível... Era ele. Com a visão acostumando a escuridão, pegou uma vela e acendeu. Ron estava dormindo tranqüilamente ao seu lado. Hermione Tentou se levantar mais Ron estava enlaçando-a pela cintura, não conseguiria sair sem acordar ele. Tudo fora um sonho?? Parecia tão real...

– hum... – resmungou Ron no seu sonho.

Ele era tão bonito de se ver dormindo, ela olhou todos os contornos de sua face completamente encantada. Estava louca pra saber quanto tempo dormira e o que acontecera todo esse tempo. Ron e enlaçava pela cintura e ela sentia seu perfume inconfundível que ela tanto gostava.

Acariciou aos cabelos vermelhos do ruivo ali adormecido. Por um instante ele sorriu, sentindo aquele carinho que lhe era dado. Abriu os olhos e viu a imagem que ele tanto gostava olhando pra ele... Talvez fosse mais um de seus sonhos. O vento que vinha da janela bateu em seu rosto e ele soube que estava acordado. Não conseguiu pronunciar nada, era simplesmente maravilhoso vê-la assim acordada. Tão bela e serena, sentiu tanta falta de ver seus brilhantes olhos castanhos que foi como se mergulhasse neles.

Levantou-se um pouco sentando na cama e ficaram se encarando. Por instinto se beijaram, um beijo cheio de saudade que queria mais, muito mais.

O beijo se aprofundou e virou uma batalha pra ver quem comandava a situação. Uma guerra de línguas, saudade e desejo confundidos num sentimento tão intenso. Ron a deitou na cama para deixá-la mais confortável e ficou entre as pernas dela.

Ofegavam, há tempos não sentiam essa maravilhosa sensação de libertação, de dar e receber prazer. Não precisavam falar nada, tudo estava nos olhos deles. Ron tratou de retirar a camisola dela e ela retirou sua camisa. Precisavam sentir pele com pele.

As caricias eram cada vez mais quentes e a respiração se tornava difícil, mesmo assim tentavam manter um beijo. Vermelhos e excitados, se livraram do restante das roupas e entregaram um ao outro, libertando o amor que sentiam um pelo outro. Uma explosão de estrelas vinham aos olhos deles quando o prazer chegou ao seu Maximo e caíram relaxados nos braços um do outro. Lá eram seus lugares...

– Senti tanto sua falta, mas tanto... – lagrimas veio aos olhos de Ron e a abraçou como se tivesse medo que ela pudesse fugir dele.

– Calma, amor, não fica assim... – Hermione não sabia o que fazer.

– Eu pensei que você não acordaria mais, eu... Eu acho que te mandarei de volta à Londres.

– Ron, estamos e missão e não te deixarei sozinho aqui de jeito nenhum!

– Mas é pelo seu bem, não quero que aconteça nada com você. Será que não entende que é pra te proteger.

– Se me mandar de volta termino nosso noivado! – falou determinada.

– Não quero que faça isso, Mi, mas se for o único jeito de te manter viva, prefiro que seja assim.

– Não pode estar falando serio... – assustou-se Mione.

– Mas estou, prefiro tê-la longe de mim sendo apenas minha amiga, do que te por em perigo e perdê-la.

– Pois eu não vou! Ficarei aqui com você querendo ou não...

– Mione...

– Eu te amo demais... – beijou-lhe os lábios e se aconchegou nos braços dele.


*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Quem visse o céu juraria que anjos de asas negras pairavam no ar, voando em direção a algum lugar. Determinados e prontos pra combate assim que preciso desceram por uma clareira no meio do bosque. Todos eles procuraram uma única imagem, a morena que os havia chamado em pensamento. Sentada ainda na posição de lótus concentrada.

– Mégara Andrômeda? – o moreno alto de olhos verdes chegou e perguntou.

– Que bom que chegaram, precisava de vocês...

– Os Dampiros sempre ajudam os outros...


*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Gina olhava para Duda que preparava o café enquanto Ron permanecia no quarto com Mione. Eles já sabiam que Hermione estava bem, mas Ron não saia do quarto por nada. Dizia que ela tinha que descansar e depois eles se falariam.

– Gi, Ron já liberou o quarto de Mione. – Chegou Harry selando os lábios nos da noiva.

– Não, acho que ele desenvolveu um certo ciúmes de Mione, acho que ele quer toda a atenção dela nele. – disse ela. Duda só escutava tudo. Eles não viram que ela pôs um liquido estranho no café que levaria pra Mione.

– O Ron só está com saudade, ele gosta demais da Mi e tem medo que algo aconteça a ela... – disse calmamente.

– Desde quando você o chama de Ron, até onde me lembro você só o chamava de Ronald.

Duda gelou, não esperava por essa pergunta.

– Só estou sendo amigável, dando uma trégua. – Gina a olhou e algo nos olhos dela dizia que ela mentia.

Eduarda pôs o café com uns biscoitos na bandeja e foi na direção do quarto da Mione. O envenenamento começara.

*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*~*

Reposta aos comentários....

♥ Duda Pirini ♥
: Dudinha eu te amo... O próximo cap vc ficará mais do mal...muito mal....hahahahahha

jessica nascimento : Oii, que bom que ta gostando dos capitulos... Se você ta achando a Antoniet má...espera os próximos caps...

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