Aquelas indiretas



Capítulo 3
AQUELAS INDIRETAS
Todo domingo em Hogwarts é um clichê: crianças do primeiro ano berrando pelos corredores, e nesses mesmos corredores casais de namorados se agarrando, nos jardins alguns brincando e uma minoria estudando, e Luna em seu dormitório com febre – o que por sua sorte não se tornara algo comum, pois ela raramente ficava doente.

O domingo se passou para ela entre analgésicos e antitérmicos.

*

Graças a Merlin o domingo se passou, mas a febre não. Ela tentara esconder de todos, mas dava para disfarçar muito bem, pois aparentemente estava feliz, nunca imaginaria que poderia “estar namorando” com alguém, e menos ainda com Harry.

O fato de começar isso escondido de todos começara a incomodá-la, pegou a ultima página em branco do livro de História da Magia e nele escreveu:

“Olá Harry, com vai?

Não sei se vamos nos ver hoje, mas mesmo assim estou escrevendo. Incomoda-me muito o fato de “estarmos juntos escondidos” então, eu francamente gostaria que ou isso ficasse em segredo absoluto – o que não será possível, pois tenho certeza que já contou para Ron e a Hermione – ou você falasse – o que eu realmente gostaria.

A real impressão que tenho disso seria que você – possivelmente – teria vergonha de dizer isso para as pessoas e os seus amigos do time de quadribol me achar ridícula para você – você pensa isso, Harry?

E como você anteriormente, adoraria que essa carta que estou escrevendo, também fique só entre nós – isso significa que não dou permissão para Ron e Hermione tomarem conhecimento, ok?

Até mais

Luna”

E ela pediu que Colin Creever, um garotinho da Grifinória colocasse na bolsa de Harry.

*

Já era tarde, Luna se encontrou nos jardins com Padma, pois a possível gripe dela talvez tenha passado para Cho que dormia na cama ao lado.

- Nossa, Luna, você ainda não melhorou? – perguntou Padma ao ver o semblante completamente doentio da amiga.

- Parece que nem os remédios trouxas melhoraram. – Luna respondeu colocando a mão na testa para ver se estava com febre.

- Aposto que se os Weasleys estivessem aqui dariam um jeito nessa febre.

- Padma, pare com isso, os Weasleys deixam as pessoas doentes para faltar às aulas, afinal, nunca vi nem o Fred e nem o George tratando de um doente – as duas riram – afinal, você viu o Harry hoje?

De fato Padma vira Harry; no sexto ano naquele dia aconteceu algo completamente inesperado, o período de aula de Defesa Contra as Artes das Trevas foi vago, não tinha professor, onde estaria Snape naquele momento? Então os alunos ficaram de bobeira durante as aulas, como: Hermione estudando, Ron, Dino e Simas jogando bolinhas pela sala, Draco e seus amigos atormentando Hermione que nem ligava para ele e no fundo da sala, Padma e Harry conversando e jogando xadrez bruxo.

Padma hesitou por alguns instantes e depois se convenceu a falar:

- Luna, você é a minha amiga há muito tempo, então acho que te devo contra uma coisa.

- Fale Padma, deixar alguém doente curiosa deve ser pecado. – ela tentou ser espirituosa.

- Eu acho que o Potter estava dando umas indiretas... Não sei bem...

Luna não tinha entendido no memento, ela era boa para perceber as coisas de longe, mas essa ela nunca iria perceber, afinal, o que ela menos queria era isso.

- Que tipo de indiretas, Paddy? – assim que Luna a chamava quando começava a ficar nervosa.

- Não sei se você me entende, afinal, é lógico que você me entende, perguntei para a Parvati e ela também estava percebendo, eu entendo que o Potter estava tipo... Me paquerando...

O coração de Luna deu uns pulinhos aflitos – em suma, um pulões.

Poderia ser que Padma estivesse enganada, mas conseqüentemente Parvati também estaria, e ela francamente não tinha mais certeza de nada, no domingo percebeu como Harry fazia de conta que ela não existisse, e a garota não podia confirmar nada, afinal, não estava naquela sala.

- Tem certeza? – Luna perguntou voltando para o mundo real.

- Bem, acho que sim.

Se Luna não estivesse com febre aquela hora, sem dúvidas ficaria.

E se ele de fato trocaria Luna pela sua melhor amiga? Valeria uma amizade em meio de uma possível traição? Ou se isso não fosse de fato uma traição? Mas de modo óbvio era um indício de que coisas boas não estariam no cardápio em breve.

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