O LADO NEGRO DE MIDNA



Capítulo Trinta e Um:

O LADO NEGRO DE MIDNA


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Após Harry voltar ao seu quarto apanhou o livro que Alceu lhe entregara e o abriu, haviam apenas seis capítulos nele e o de número quatro estva com um risco embaixo, possivelmente Hermione o destacara.
Harry sentou-se em sua cama e foi até a página trinta e cinco, aonde o capítulo quatro começava, havia um pequeno trecho destacado, e possivelmente esse era o pedaço que deveria ler.

...e o descendente de Godric Gryffindor, reconhecido por seus olhos similares ao criador e por sua clara valentia será um dos maiores responsáveis por ajudar o mundo bruxo durante um dos piores momentos, e a sua lenda, talvez tão real quanto as outras contadas aqui seja a última a se realizar.

Harry correu até o título do Capítulo e leu:

O Descendente de Godric Gryffindor.

Vários flashes passaram pela cabeça de Harry naquele momento e o mais nítido foi o da luta que tivera com Alceu horas atrás, os olhos dele pareciam similares aos de alguém, ao de alguma figura conhecida. Ele era valente, lutara bravamente na caverna contra Comensais cruéis e ferozes, e não se intimidara diante deles.
Com certeza Hermione já suspeitava de que Alceu era o descendente de Gryffindor, tendo a confirmação através do fato dele ser um bruxo com habilidades fantásticas.
“Alceu irá enfraquecer Voldemort antes da batalha final” – Harry pensou – “Ele tem essa missão, assim como eu tenho a de acabar com o Lorde das Trevas.”
Harry fechou o livro e o colocou sob a cômoda, Alceu estava naquilo da mesma forma que si e talvez o encontro entre eles fosse um sinal de que realmente a luta final estava cada vez mais próxima.
A morte do ovo de Fênix dado ao seu irmão e o fato dele ser o único que sobreviveu em sua família, e ter perdido os seus pais, assim como Harry perdeu por muitos anos, tudo parecia fazer sentido, em vários momentos as histórias pareciam se entrelaçar. Alceu fazia coisas que desconhecia, e Harry também já fizera isso muitas vezes, e o menino que agora dormia em seu quarto era talvez o maior alicerce que Harry tinha na batalha final, de coração puro e destemido, ele seria uma das portas finais para o encontro entre Harry e Aquele-Que-Não-Devia-Ser-Nomeado, eles vingariam unidos, um de cada vez, e tão cruelmente quanto Voldemort fizera contra todos os que eles amavam.
Harry sabia que a noite do dia seguinte seria talvez a mais importante da sua vida desde que quase matara Voldemort nos terrenos de Hogwarts durante o grande último duelo, mas que antes deveria exterminar todos os Comensais ainda vivos, plano que começara há meses e que vinha sendo desenvolvido com sucesso nas últimas semanas.
Consciente disso apanhou o Morasteiro e o abriu, haviam exatos vinte e sete Comensais vivos, apenas esses dentre as centenas que haviam quando começaram.
“Snape será o último” – pensou friamente – “Após a morte de Snape todos os Comensais estarão mortos, e assim, sozinho em sua luta, Voldemort não terá como escapar da verdade final, a luta diante de todo o mundo bruxo no Penhasco de Spartan Cairo.” – Harry pensou fechando o Morasteiro e se sentindo cansado olhou para o belo e dourado ovo de Fênix enquanto caminhava para a sua cama. – “Depois que a arma estiver em minhas mãos, o próximo caminho será matar os Comensais restantes e assim a luta final poderá ser desencadeada, e de uma vez por todas. Mortais versus mortais.”

A noite aconteceu tranqüila e muito gelada, não se ouviam sequer ruídos pela casa e tudo parecia em absoluta paz antes do sol nascer, majestoso e belo, para aquele dia tão crucial e decisivo.
Depois do dia que acabara de nascer, apenas um lado do mundo bruxo poderia olhar para o céu novamente, o lado de Voldemort ou o lado de Dumbledore, e a decisão, sendo adiada desde que o Lorde das Trevas caira na terrível noite de Halloween, chegaria enfim ao ponto de encontrar o seu fim, talvez majestoso e belo como o sol, ou talvez triste e surpreendente como tudo que Voldemort tanto prezava.

_Você pensa em levar todos? – Rony perguntou no jantar, enquanto todos se encontravam reunidos na grande mesa redonda que havia na cozinha.
Harry olhou para cada um com preocupação pois ainda não pensara nisso e soube que a única certeza que possuía era de que Alceu deveria vir, ele tinha de enfrentar algo tão pavoroso para na hora da luta final não se chocar.
_Eu não acredito que Luna deveria vir conosco, pode ser fatalmente perigoso.
Luna olhou para Harry vermelha e apenas ergueu uma velha edição do Pasquim para cobrir seu rosto sonhador.
_Eu admito que Luna lutou muito bem na caverna ontem e acredito que se ela quer vir conosco, não há nada que possa ser feito – Hermione se abaixou um pouco e falou baixo para Harry – Ela salvou a sua vida naquela hora, se lembra?
Harry sentiu-se mal nesse momento, fora realmente verdade, Luna o tirara da direção da Maldição lançada pelo Comensal, fora magnífica.
_Está bem – Harry falou constrangido – Luna, será ótimo ter você conosco.
_Eu também posso ir? – Alceu perguntou animado do outro lado da mesa.
_Claro – Harry falou animado também – Eu acho que devemos aproveitar o quão bom você é e deixar que use tudo o que possue para nos ajudar – e Harry riu antes de se levantar.
_Você não está assustado? – Hermione perguntou séria, parecendo muito preocupada com o que vinha pela frente.
_Sim – Harry respondeu – Mas eu prefiro não pensar nisso até a hora de acontecer. – e olhou para cada um da mesa – Vamos partir agora, tenham certeza de que estão preparados pelo que vem pela frente, partiremos para a casa de Hagrid agora e depois sabemos que adentraremos o lugar mais sombrio que o mundo da magia já conheceu.
Todos se levantaram da mesa verificando as suas varinhas e Rony apertou seus sapatos, Luna colocou um agasalho para frio e Alceu, em um canto, praticava oralmente os seus feitiços.
Hermione e Harry apenas se despediram de Gina, que estava exatamente como na noite anterior, mas sob os cuidados de Madame Pomfrey, e com o tempo tudo ficaria bem.
Quando os cinco bruxos que partiriam se uniram na frente da grande lareira na sala principal Luna desapareceu nas chamas verdes e logo em seguida Hermione, Rony e Alceu, Harry por último olhou para o que estava deixando e pensou consigo mesmo: “Essa é a noite da minha vida.”
As chamas cobriram seu corpo e passando por muitas lareiras empoeiradas caiu na quente e pequena cabana de Hagrid, o surpreendendo.
Todos estavam ali, absolutamente bem e ansiosos.
_Parece que foi ontem que você, Rony, Hermione, Susana e Terêncio estavam aqui prontos para adentrar a Arena – Hagrid falou aos prantos, os olhinhos pretos, parecendo dois besouros escondidos nas barbas agora mais branca do que nunca, úmidos.
_Não se preocupe Hagrid – Harry falou olhando-o com tristeza – Houve muitas perdas da última vez, mas não precisaremos visitar as quatro salas dos Fundadores, cairemos diretamente nos portões da Arena.
Hermione tremeu ao lado, ela e Harry haviam passado por aqueles portões grandes e ornamentais e os gritos eram atordoantes.
_Não há nada nesse lugar que eu tema mais – Harry falou não tendo certeza do que dissera – Midna me ajudou muito durante esse ano, e estou pronto para o sacrifício, talvez faça parte de toda essa história.
Harry se virou para a lareira e pulou dentro dela:
_ARENA DAS ALMAS PERDIDAS! – o fogo vermelho e azul cobriu o seu corpo e sentindo-se cair em um turbilhão de fogo e almas acinzentadas gritando por socorro sentiu mãos tentarem lhe agarrar e puxar para o fogo do turbilhão, mas então seus pés foram tragados para um buraco negro e caiu em lugar aonde gritos eram ensurdecedores, gritos de socorro, de perdão, de esperança, de dor, gritos horríveis, gritos dados antes da morte.
Se levantando da queda Harry sentiu sua cicatriz explodir em dor e ali estavam os portões ornamentais, grandes e assustadores, parados enquanto tudo era escuridão.
Harry caiu no chão em dor e tentando se rastejar sentiu duas mãos o levantarem e viu Rony e Hermione, de cada lado, uma ventania monstruosa por todos os lados, Luna e Alceu bem mais atrás, andando com dificuldade.
Harry sentia seu coração bater tão aceleradamente que parecia que iria explodir a qualquer momento, as suas pernas parecia mortas e seus braços também, não sentia nada no seu corpo e sua cabeça parecia se repartir.
Quando chegou muito próximo dos portões da Arena caiu de joelhos e em meio aos gritos, perante a maior dor da sua vida, se libertou de tudo aquilo:
_E DA LENDA DE MIDNA ME LIBERTO PARA COM ISSO VOLTAR A ARENA DAS ALMAS PERDIDAS!
Hermione, Rony, Luna e Alceu foram atirados para trás com uma força extrema e do portão uma lança disparou para cima e voando velozmente atingiu Harry no peito, o perfurando de fora a fora.
Harry gritou como jamais gritara e sentindo como se todos os seus ossos estivessem sido esmigalhados algo gritou dentro do seu corpo e um vulto negro e absurdamente forte saiu por sua cabeça gritando muito mais alto que as outras vozes e então a lança pegou fogo, explodindo em seguida.
Harry caiu no chão sentindo-se fraco e livre de um grande peso e pode ouvir que os gritos haviam acabado, os portões se abriram vagarosamente, rangindo muito e ali, diante de todos, estava parado um vulto negro, parecido com um dementador com a forma de Harry, não haviam óculos, mas toda a forma era igual a Harry.
Era absurdamente assustador e grande, flutuando como um fantasma negro deformado.
Harry foi levantado por Rony e Hermione e o vulto apenas se virou e voou rapidamente por cima das escadas que levariam a Arena.
Harry caminhou em direção a grande escadaria de pedras e seguido por seus quatro amigos começou a descê-la chegando enfim a pavorosa Arena, as árvores secas ainda estavam por todos os lados e a casa de madeira que fora incendiada da outra vez não existia mais, os túmulos pareciam ainda mais encardidos e escondidos diante de toda aquela escuridão.
O vulto negro de Midna voou pelos ares gritando e Harry saiu a correr, deveriam cruzar o cemitério dos Vampiros para chegar ao Espectro.
_De que lado ele está? – Luna perguntou quando quase foi atingida pelo vulto negro.
_Não sei, apenas corram! – Harry gritou e de repente todo o chão começou a tremer, Alceu disparou algo da sua varinha que projetou um clarão rápido e Harry pode ver centauros de fogo voando pelo ar em direção a eles.
O vulto negro disparou um raio de fogo que incendiou todo o céu negro e dos túmulos vultos acinzentados começaram a sair, as almas perdidas.
Alceu disparou um raio dourado contra um dos centauros de fogo e uma grande explosão aconteceu no alto.
Um dos centauros disparou um raio de fogo contra Luna que se jogou para o lado desviando e quase foi esmagada por um Glover monstruoso que acabra de chegar.
O lado negro de Midna mergulhou no ar e atravessou o Glover como se um fantasma atravessasse uma parede. Os olhos do Glover ficaram opacos de repente e ele começou a tombar, Harry puxou Luna para fora da direção dele e tudo tremeu quando o maior monstro do mundo bruxo despencou, outros Glovers vindo distantes.
_PARA O CEMITÉRIO DE VAMPIROS! – Harry berrou e todos saíram correndo em meio aos raios de fogo que caiam de todos os lados, o vulto negro de Midna lutava contra tudo de forma assustadora, era algo realmente poderoso.
Harry avistou grades muito distantes e correu mais que nunca, vários Centauros correndo em sua direção, cavalgando com suas flechas de fogo.
_Eu perdi Midna, mas não a minha coragem! – Harry disse a si mesmo gritando em seguida: - AVADA KEDAVRA! – o jato verde atravessou um dos Centauros e ele tombou para o lado, fazendo o seu fogo expodir em chamas por todos os lados.
Harry viu Hermione disparar um raio roxo contra os portões que trancavam o cemitério dos Vampiros e então todos adentraram correndo, estando ali nenhum dos monstros poderiam atacar pois era um lugar protegido pelo grande Espectro.
O cemitério continuava exatamente o mesmo, as estátuas altas e assustadoras dos vampiros tinham as suas informações nas lápides abaixo.
Correndo o mais rápido possível, Harry atravessou os túmulos até ouvir um grito de Hermione e então foi puxado para traz, batendo a cabeça em uma das lápides.
Diante de todos, parada e ameaçadora estava uma vampira de longos cabelos vermelhos, com um vestido vinho longo e a boca cheia de sangue, os olhos claros encarando cada um ali com choque.
_Lady Carmilla Sanguinária – Hermione disse ao lado de Harry. – A vampira que matou o marido e tomou banho com o sangue dele.
_Quem os ajudou da outra vez?! – Lady perguntou friamente e Harry percebeu que Alceu parecia muito assustado, além de tremer muito.
_Sir Herbert Varney – Harry respondeu e a vampira o encarou por um instante.
_Eu sei quem vocês são e para que estão aqui!
Hermione olhou para a vampira tenebrosa e perguntou:
_E p-porque estamos aqui?
_Para nos libertar! – a vampira respondeu ainda mais friamente. – Depois que a guerra final terminar, toda a Arena será fechada até que os próximos mil anos cheguem, mas antes disso todas as almas perdidas aqui serão libertadas para que as novas possam chegar. – Se vocês morrerem na guerra virão para cá. – e Lady Carmilla deu as costas flutuando no ar rapidamente – Me sigam, levarei-os até o Espectro.
Harry olhou para todos e começou a seguir a vampira, ninguém falou uma palavra sequer durante o trajeto entre as lápides, Harry, Rony e Hermione sabiam que o caminho era longo.
Sob mais longos, frios e ansiosos minutos as lápides começaram a desaparecer e após chegarem a um lugar quase vazio Lady Carmilla se virou e disse:
_O Espectro.
Havia uma estátua ali, exatamente como da última vez, alta, com longos cabelos, olhos em fenda e vestes vermelhas e negras até o chão, cortes profundos por todo o rosto.
_Por favor senhor – Lady Carmilla disse e tudo ficou ainda mais escuro e uma explosão de luz aconteceu em volta da estátua, quebrando a em centenas de pedaços e assim um bruxo similar ao da estátua surgiu diante de todos, estendendo os braços em seguida e soltando um grito ensurdecedor. Surpreedentemente o vulto negro de Midna voou pelo céu escuro e gritando adentrou pela cabeça do bruxo, causando uma imensa explosão de fogo e tornando tudo claro em volta.
O bruxo desapareceu assim como o lado negro de Midna e Harry se aproximou da onde a estátua ficava, apenas uma foice estava ali, brilhante e com a figura da cicatriz na ponta, reluzente em meio a claridade.
_A arma – Alceu falou se aproximando e todos olharam para aquilo com surpresa – A arma que matara Voldemort.
Harry apanhou a foice com cuidado e imediatamente um raio de luz disparou da ponta, iluminando o cemitério, Lady Carmilla despareceu de repente e Harry apenas saiu correndo entre as lápides aproveitando a luz e imaginando que ela poderia desaperecer a qualquer momento.
Passando minutos e chegando a Arena, os centauros se afastaram com a luz da foice e os Glovers não conseguiram se aproximar, Harry atravessou a Arena enquanto o restante projetava brilhantes barreiras e chegando a escadaria de pedra subriam com pressa, vendo o portão mais a frente.
Harry aproximou a luz do portão e ele se abriu com novos rangidos, atravessando com rapidez todos caíram em um buraco negro e o turbilhão de fogo surgiu novamente, junto com as mãos e os gritos ensurdecedores, o brilho da foice já não existia mais e quando o silêncio surgiu imponente Harry percebeu que estava caído no chão da cabana de Hagrid, embora ele não estivesse mais lá, e muito menos Canino.
Harry se sentiu bastante fraco naquele momento, estava mais leve sem Midna, mas ao mesmo tempo muito mais frágil, como se tudo o que tivesse por dentro fosse como vidro.
_Vamos voltar – Hermione disse olhando para a foice assustada – Eu tenho medo de que algo possa acontecer.
_O que pode acontecer agora?! – Rony retorquiu, aparentemente aliviado.
_Eu não sei – Hermione respondeu ajudando Harry a se levantar – Mas agora que essa foice veio ao nosso mundo não sei quais mudanças ela pode causar.
_O Espectro e o lado negro de Midna, duas poderosas magias reunidas em um único lugar – Luna falou olhando para a foice com interesse – Com certeza algo tão estranho poderia derrotar Voldemort.
_É, é! – Rony falou se voltando para a lareira de Hagrid – Eu acho que concordo com Hermione, tudo pode acontecer e eu não quero parar e pensar sobre isso.
Rony desapareceu nas chamas verdes e Harry foi em seguida, correndo para o seu quarto e colocando a foice no seu armário, muito bem escondida.
Uma luz brilhante chamou a sua atenção assim que fechou a porta do armário e então se virou, o ovo de Fawkes estava quebrando e por isso logo chamou a todos, achou que todos deveriam ver aquilo.
Causando explosões belas de luz o ovo se espatifou e uma ave pequena e miúda, muito semelhante as Fênix quando renasciam, surgiu diante de todos.
_Harry, é tão, tão lindo! – Hermione disse em lágrimas enquanto Harry apanhava a ave, tão pequena como jamais vira.
_Uau, Alceu me contou sobre isso, mas nossa, é diferente quando acontece. Que nome você vai dar? – Rony perguntou enquanto Madame Pomfrey chegava ao quarto.
Harry olhou para Alceu naquele instante e se lembrando da Fênix que sempre protegia a família dele, apenas respondeu, tendo certeza disso:
_Amber – e Madame Pomfrey sorriu feliz.
_Pode deixar Potter, assim que eu soube da existência do ovo providenciei alguns alimentos que ajudarão Amber a crescer muito forte.
Harry sorriu enquanto colocava Amber sob as palhas macias e se virou para Rony:
_Acho que precisaremos de um poleiro.
Rony olhou ao redor e saiu, ele melhor do que ninguém poderia providenciar isso.
Harry olhou para o armário aonde a foice estava guardada e depois para Amber, os dois lados do mundo, o bom e o ruim, tão pertos e tão frágeis, tão ameaçadores e tão belos, um destinado a crescer e ajudar a todos, e outro destinado a matar e finalizar uma história de sofrimento, os dois lados de um galeão.
_Nem tudo precisa dar errado não é – Harry disse se sentindo um pouco mais feliz do que imaginaria quando o ovo se quebrasse.
_Potter – Madame Pomfrey disse lhe fitando séria – Dumbledore pediu que eu lhe desse três poções depois que voltasse da Arena, ele me avisou que você se sentiria muito melhor com elas após a perda de Midna.
Harry assentiu com a cabeça ao mesmo que Madame Pomfrey deixava o quarto e Rony voltava, trazendo um belo poleiro, parecido com o de Fawkes no gabinete de Dumbledore em Hogwarts.
_Curiosamente encontrei esse poleiro no quarto de Luna – Rony disse colocando o poleiro ao lado da cômoda de Harry – Essa casa é estranha, mas de um jeito bom – e ele sorriu – Estou tão aliviado que já tenhamos voltado daquilo, eu admito que fiquei com muito medo, eu morri da outra vez não?
_Você foi muito corajoso – Hermione disse olhando para Rony com carinho.
_Eu tomarei as poções – Harry falou – E logo em seguida partiremos para o Penhasco de Spartan Cairo, acredito que o Império esteja lá nesse momento, cuidando dos últimos Comensais vivos, e nós faremos o mesmo, batalharemos contra os Comensais pela última vez e após eu ter certeza de que todos os que admiro estão prontos para assistir a luta final irei ao encontro de Voldemort – e olhou para Alceu um instante, ele estava um pouco ferido, assim como Luna – E não há mais como evitar esse momento, essa é a noite final.
Harry apanhou a pequena Amber e a colocou no poleiro com cuidado.
_O nosso destino hoje é esse – e olhando de Hermione para Rony uma pequena lembrança de quando haviam se conhecido no Expresso de Hogwarts veio a sua mente, ainda muito jovens e sem idéia de tudo o que deveriam passar. – Hoje isso acaba.
Madame Pomfrey adentrou o quarto segurando uma bandeja com três copos e a colocou sob a cômoda.
_Tenho que beber tudo agora? – Harry perguntou satírico – Sabe, eu acho que seria melhor guardar um pouco para quando eu voltar do Penhasco, eu imagino que estarei cansado – e ele deu uma piscadela para Luna, que riu.
Harry virou o primeiro copo, o que tinha um líquido verde claro e embora fosse muito forte sentiu-se bastante quente enquanto apanhava o segundo copo, com um líquido vermelho e que tinha um cheiro forte. Depois deste se sentiu definitivamente melhor e após beber o último com um líquido meio azulado teve a certeza de que estava bem de novo, embora tivesse que admitir que não sentia a mesma força de antes e muitos sentimentos pareciam terem sido perdidos para todo sempre, e infelizmente era impressionante tudo o que perdera junto com Midna.
Após todos beberem uma poção para recobrirem as forças perdidas se despediram de uma pálida Gina que dormia e caminharam para a lareira na sala principal.
_Devo avisar a vocês que cairemos em cima de uma árvore – Hermione disse – É o único meio de chegar ao Penhasco de Spartan Cairo.
_Em cima de uma árvore? – Rony repetiu aborrecido – Que animador hein.
_Todos estão fazendo isso – Hermione resmungou – E depois de tudo o que já passamos, cair em cima de uma árvore parece brincadeira.
_Certo – Rony falou ainda mais aborrecido e indo até a lareira. – PENHASCO DE SPARTAN CAIRO! – chamas verdes cobriram o seu corpo e ele desapareceu rapidamente.
Hermione foi logo em seguida, assim como Luna e Alceu. Assim que Harry conferiu a sua varinha as chamas o cobriram e a sua confiança que Amber o ajudaria na hora certa o deu a certeza de seguir em frente.
_PENHASCO DE SPARTAN CAIRO! – passando por borrões escuros e verdes sentiu galhos baterem por todos os lados do seu corpo e caindo sob uma árvore grande viu vários bruxos pulando para fora dela e caminhando para onde todos estavam se reunindo. Harry rapidamente pulou de um galho até o chão e ouvindo Rony resmungar se juntou a ele, assim como Hermione, Luna e Alceu. Ao lado do caminho aonde todos estavam seguindo haviam vários destroços de pedras e foi por esse lugar que Harry seguiu, a luta contra os últimos Comensais deveria estar acontecendo por ali.
Correndo por vários minutos entre os destroços Harry logo viu um raio de fogo cruzar o ar e então vários trovões e raios verdes, estava muito próximo agora.
Pulando entre as rochas e chegando a ecuridão aonde a batalha acontecia Harry avistou Snape lutando muito ao fundo contra Tolkien enquanto Dumbleodre travava uma batalha contra uma louca e feroz Belatrix Lestrange e o restante do Império se empenhava contra os lobisomens e vampiros.
_Os vinte e sete comensais finais – Harry disse a si mesmo correndo em direção a batalha, a varinha no alto.
Um Comensal barbudo rodou a sua capa desaparecendo em seguida e Harry se virou para o que já vinha para lutar contra Luna.
_AVADA KEDAVRA! – gritou mas o Comensal percebeu depressa pulando para fora da direção do raio mortal.
_AVADA KEDAVRA! – um Comensal berrou contra Harry que saltando para o lado deixou a Maldição cruzar pelo ar e atingir outro Comensal que foi pego de surpresa e sendo atingido rodopiou por cima de uma rocha, caindo morto em seguida.
_POTTER! – Snape bradou no mesmo instante que Harry sentiu um chute nas costelas e então viu Tonks saltar a sua frente lançando um jato de fogo que atingiu Snape no peito o atirando para longe.
Harry viu Dumbledore disparar uma língua de fogo no ar e prender dois Comensais de uma única vez, Narrow e Tumus velozmente lançaram duas Azarações Mortais matando eles com absoluto sucesso.
Moody foi nocauteado após dois feitiços muito poderosos lançando por um Comensal com cabelos brancos e Nefas não conseguiu atingir esse bruxo com nenhum dos seus feitiços.
Harry saiu a correr por entre os duelos de Louis e Hermione e ficando frente a frente com o bruxo de cabelos brancos agitou sua varinha e berrou:
_AVADA KEDAVRA! – o jato verde foi até o bruxo que apenas se abaixou e rapidamente um veloz trovão verde disparou da sua varinha, aonde Harry teve que se jogar muito longe para fugir.
Ele controlou a Maldição assim como Luna fizera na Caverna e pulando cada vez mais distante Harry fez a Maldição se encontrar com uma grande rocha e então ambos explodiram.
Narrow quase atingiu o bruxo de cabelos brancos com uma Azaração veloz mas então o mesmo conseguiu escapar com velocidade.
Harry estava voltando para lutar contra esse Comensal quando viu que Quim chegou a sua frente e imediatamente começou a travar uma forte batalha, causando explosões gigantescas.
Deviam restar apenas catorze Comensais vivos agora e Tolkien estava impiedoso, assim como Tumus e Louis, Luna abatia os Comensais para Nefas matá-los e Rony e Hermione lutavam sempre juntos, Alceu era veloz, realmente veloz e nunca era atingido por nada, ele havia pegado o costume de pular na cabeça dos Comensais e disparar raios nas faces deles, os abatendo em seguida, uma tática definitivamente de sucesso.
Apenas um Comensal não estava envolvido em nenhuam batalha e agora ele estava tentando fugir, correndo para longe das rochas e da escuridão, e era Snape, o Comensal que Harry considerava o último de todos e quem mais gostaria de abater aquela noite, além de Voldemort.
_Você não me escapa – disse a si mesmo antes de sair a correr contra o ex-professor.


PS: Mais um capítulo pessoal, e gostei muito desse! Adorei voltar a Arena, mesmo que meio rápido, e agora é oficial né, Midna e Harry não são mais um só, mas ele ainda pode contar com os poderes de Midna que estão na foice, então, de certa forma eles ainda estão juntos. A luta final não começa no próximo capítulo ainda, e falando sobre o Cap.32 que chega amanhã (quarta), ele se chamara O Império da Fênix e podem preparar os corações, a coisa vai ficar feia. A capa que coloquei nesse capítulo representa vários momentos do capítulo, todas as capas que coloco representam uma cena do capítulo e ali nós podemos ver Harry na casa de Rony, depois o clarão que acontece quando o Espectro se une ao vulto negro de Midna, o momento que Harry ta saindo da Arena e depois um Comensal, que representa essa cena final do capítulo. Eu realmente espero que tenham gostado do capítulo e por favor comentem!! Amanhã tem mais!!
Grande abraço.

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