NEVILLE DEMENTADOR



Capítulo Vinte:

NEVILLE DEMENTADOR


Photobucket

_Para onde vamos agora? – Cody perguntou apanhando a sua varinha e a ascendendo, os olhos azuis de Wendy fitando a luz com um ar de insegurança – Provavelmente será um lugar escuro. – Cody se explicou logo em seguida enquanto Aslan movia sua mão pelo ar em direção as velas e as apagava, deixando apenas a luz da lareira os iluminando.
_Há apenas um lugar realmente seguro – ele falou e sua voz soou calma e segura, a sala parecendo muito mais sombria e perigosa agora – A Instituição Educacional da Irlanda.
_Bounstouns? – Harry disse no instante seguinte também iluminando a sua varinha.
_Exatamente – Aslan confirmou guardando a foto dos membros do Império – Há uma magia muito poderosa colocada na escola desde que ela foi fundada, na época do Império da Fênix, nós mesmos do Império a colocamos e apenas nós sabemos como quebrá-la.
Harry fitou Aslan por um instante e a imagem de Betrayal, um traidor, antigo membro do Império veio a sua mente. Dissera a Aslan que ele estava morto e somente poderia revelar o contrário se contasse á todos sobre o mapa do Morasteiro, o que o faria perder as condições para poder vê-lo novamente.
_E se um dos membros do Império estiver do lado de Voldemort – Harry falou tentando não passar muita segurança nesse momento.
_Você me disse que todos os membros estão do lado de Dumbledore, Betrayal seria o único capaz de trair o restante e no entando está morto.
Harry não sabia como explicar sobre Betrayal naquele momento, então apenas assentiu com a cabeça.
_Vocês possuem muita sorte – Aslan falou calmo – Wendy os trouxe para o lugar certo, digamos assim, comigo vocês poderão adentrar o castelo de Bounstouns, um lugar aonde Dumbledore deve estar guardando todos os seus segredos e seus planos – Aslan puxou a sua varinha e a iluminou – Apenas os membros do Império podem autorizar a entrada e saída de bruxos do castelo.
_Você poderia nos levar lá agora? – Wendy indagou ansiosa depois de fitar a lareira por breves instantes.
_Naturalmente que sim – Aslan concordou – Vocês sentirão alguns incômodos durante a viagem, porque não faço isso há décadas e talvez eu não seja tão bom como antes. – Aslan sacudiu a sua varinha e um saquinho verde levitou no ar, cordas finas e douradas amarradas dos lados – Mas como pertenci a Lufa-Lufa e nós possuímos muitas saídas da Torre comunal aprendi muitas formas de se locomover dentro de castelos.
_Mas não se pode aparatar em Hogwarts – Harry falou enquanto o saquinho caía nas mãos de Aslan.
_Os outros alunos nunca entenderam isso – Aslan respondeu abrindo o saquinho e colocando um pouco de um pó azulado na mão de cada um. – Foi idéia do Louis, ele sempre gostou de Poções. – Aslan jogou o saquinho vazio no fogo da lareira e fechou os olhos. – Mantenham as mãos fechadas e bem firmes, não deixem que o pó caía durante a viagem e por favor não se deixem enganar pelas imagens que irão aparecer. Quando contar três.
Harry fechou a sua mão esquerda enquanto a direita segurava a sua varinha iluminada e então começou a cair em um vazio, o chão desaparecendo aos poucos, vozes e imagens escuras e sombrias por todos os lados, rostos familiares tentando o persuadir a soltar o pó, gritando palavras de socorro, correndo em lugares vazios e mãos por todos os lados.
Depois que as imagens desapareceram sentiu várias espetadas por todo o corpo e quase deixando o pó cair da sua mão várias vezes sentiu como se estivesse preso dentro de uma bolha com pouco ar e então uma corrente de vento surgiu por todos os lados e então olhou ao redor.
Estava em um corredor realmente longo e cheio de tochas, havia uma janela alta e bonita quebrada ao fundo e Cody e Wendy estavam caídos ao seu lado, todas as mãos com pó, vazias agora.
_Reparo! – a voz de Aslan enunciou bem próximo e a janela se restarou rapidamente. – Pensei que seria mais desconfortante – ele admitiu enquanto caminhava de volta em direção a Harry, Cody e Wendy.
_Aquela bolha que passamos – Cody falou meio atordoado – Foi o feitiço que envolve o castelo?
_Sim, claro – Aslan respondeu indo até uma estátua cheia de xales roxos e tirando um cobriu o rosto da mesma. – Infelizmente feitiços para proteger estátuas da invasão de fantasmas nunca foram muito eficientes. Nefas conseguiu uma vez, mas não durou muito tempo.
_Parece estar vazio – Wendy disse retirando a sua varinha e caminhando pelo corredor iluminado. – E silencioso.
No momento que Wendy caminhou para mais longe do restante, um grito cortou o ar e Harry se virou, havia uma porta que deveria estar escondida por detrás de um quadro, mas a moldura havia sido atirada para o lado e o bruxo residente nela fugido.
Correndo em direção a porta ouviu Aslan pedir que tomasse cuidado pois poderia ser uma armadilha e saiu para fora. Estava em um jardin gigantesco, com um campo de quadribol ao fundo e muitos arbustos com figuras diferentes por todos os lados.
Caminhando para fora sentiu um frio correr por todo seu corpo e olhou para o alto, o céu estava quase coberto por dementadores, todos voando na mesma altura e ameaçando atacarem bruxos que estavam do outro lado do jardin.
_AVADA KEDAVRA! – uma voz conhecida bradou distante e surpreso Harry se virou, um jato verde coriscou o ar e o alvo a maldição pulou para o lado desviando.
Uma lua cheia brilhava no alto e o bruxo que soltara a maldição estava se transformando.
_NÃO LUPIN! – a voz do bruxo que saltara gritou e o coração de Harry disparou, Tolkien estava ali, parado e rindo, a sua face pálida de vampiro exaltada pela luz da lua cheia.
Mesmo muito distante Harry sentiu algo muito quente pulsar por todo o seu corpo e assim correu em direção a ele, com a varinha no alto, pronto para matá-lo.
“Ele me afastou de todos!” – uma voz gritou em sua cabeça – “Foi ele quem me levou para o Vale das Sombras” – “Ele quem traiu à todos e está do lado de Voldemort agora!” – “Ele matou Peter e é culpado por muitas coisas!”
No meio do caminho, já quando Lupin estava transformado em Lobisomem um jato verde cruzou o ar e o lobo foi atingido no peito, caindo devagar, perdendo a forma animal e se tornando homem rapidamente, Lupin fora atingido pela Maldição mortal de Tolkien.
_NÃO! – Harry berrou em meio a sua corrida brandindo a sua varinha violentamente no ar e apenas pensando as palavras – “AVADA KEDAVRA!” – o seu jato verde cruzou o ar tão velozmente que Tolkien apenas conseguiu desviar no último segundo devido a um alto arbusto que estava por perto e que logo encendiou.
Imediatamente o vampiro desapareceu em meio as trevas e Harry foi até o corpo de Lupin, realmente machucado e com uma grande mancha negra na altura do peito.
Se abaixando Harry encarou os olhos opacos e saltados do bruxo e os fechou, apanhando a capa que Tolkien deixara para trás cobriu lentamente o corpo de Lupin e se levantou, abalado.
Os dementadore estavam caminhando para o outro lado do castelo, Aslan, Wendy e Cody também estavam indo para lá e Tolkien provavelmente fora pelo mesmo caminho, era a sua chance para se vingar de tudo que ele fizera.
Correndo em meio ao campo Harry atravessou um pequeno túnel de pedras e chegou ao outro lado dos jardins, com exceção de Cody, Wendy e Aslan não havia ninguém ali, os dementadores estavam voando distantes, para outro lado, como se estivessem de partida.
_AONDE PENSA QUE VAI POTTER! – uma voz gritou atrás e Harry se virou depressa. Wendy e Aslan estavam seguindo os dementadores enquanto Cody ficara para trás ao ver o que chegara até Harry.
Quando Harry se virou viu que estava encurralado por quatro Comensais, todos desconhecidos mas com expressões famintas, muitos similares a Greyback e os dentes afiados ainda mais brancos com a luz do luar. O cheiro forte de suor por todos os lados.
_È O SEU FIM! – outro Comensal gritou e agitando a sua varinha um jato vermelho foi atirado pelo ar.
Harry se jogou no chão no mesmo instante que outros três jatos foram lançados por outros Comensais e no momento que eles atingiriam as costas de Harry uma barreira frágil porém sulficiente enfraqueceu os jatos e Harry conseguiu se jogar para o lado, desviando dos raios que causaram um buraco no chão.
_AQUI! – a voz de Cody gritou e ele fez um movimento vertical no ar que fez com que no mesmo instante um dos Comensais fosse atingido no queicho, como se tivesse levado um soco e sendo atirado para longe.
_EFFIGY! – Harry bradou contra outro Comensal e o raio dourado atingiu-o no peito fazendo-o cair com um buraco nas vestes que foi aumentando até que o atingiu por todo o rosto e atordoado perdeu os sentidos.
Cody e Harry ficaram lado-a-lado contra os dois Comensais restantes.
_CRUCIO! – um dos Comensais berrou e Harry espetou sua varinha no ar ferozmente, a Maldição e o Comensal que a lançara voaram para trás e durante a queda o próprio foi atingido pelo raio que lançara.
_IDIOTA! – o último Comensal bradou confiante e lançando um raio azul escuro disputou com Cody por alguns instantes e então ambos foram atirados para longe. Cody não se levantou depressa e quando o Comensal já estava de pé Harry fez um círculo no ar com a sua varinha e uma roda de fogo prendeu o Comensal e explodindo o fez cair desmaiado, o fogo por todas as suas vestes agora.
_Vamos Cody! – Harry chamou enquanto corria na direção dele e então viu um bruxo parado em uma das portas de saída do castelo.
_Venha Harry, aqui está seguro, Dumbledore o espera!
Quando Harry olhou para o lugar daonde viera à voz viu que Slughorn estava ali, sozinho, o chamando para adentrar no castelo.
Ao lado de Cody correu em direção a ele e logo adentraram o castelo novamente. Caminhando por corredores cheios de bancos de madeiras e estátuas com olhos tampados chegaram até uma porta verde e velha, com uma fechadura prateada.
_Dumbledore está aqui! – Slughorn disse ofegante adetrando à sala. – Venham por favor!
Harry e Cody adentraram a sala cheia de mesas e cadeiras e viu que todas as janelas estavam fechadas, apenas duas velas brilhando no fundo, ao lado de duas cadeiras vazias. Havia uma mesa na escuridão e muitas estantes com frascos e penas, alguns tinteiros caídos pelo chão.
_Porque está tão escuro? – Cody perguntou com a voz fraca enquanto seguiam Slughorn pelas trevas.
Quando Slughorn se virou para responder um raio cinza cruzou a sala e Harry foi atingido no peito, caindo por cima de várias mesas e depois no chão, que não reparara, mas estava molhado.
_NÃO! – a voz de Cody gritou enquanto Harry enxergava tudo embaçado e sua cabeça doía e então uma risada fria preencheu o silêncio da sala. Uma pancada aconteceu próxima e várias mesas foram atiradas para longe, queimando em fogo.
_CODY! – Harry gritou com poucas forças e então alguém o agarrou pelo braço e quando percebeu foi atirado em uma das cadeiras vazias, próxima a uma das velas.
Cody estava do seu lado, amarrado na cadeira, e aparentemente morto.
Com brutal força Harry sentiu cordas o prenderem em volta da cadeira e então tentou olhar para frente, seus óculos estavam embaçados e a lente do lado esquerdo trincada. A sua cicatriz ardia muito e estava bastante molhado, principalmente nas costas e seus sapatos.
_Sabe Potter, às vezes quando eu ouço o Lorde das Trevas dizendo que é difícil apanhá-lo eu penso que ele está brincando, porque nunca eu capturei alguém com tanta facilidade.
Harry elevou sua cabeça e Slughorn lhe amarrou um pano na boca, aplicando um rápido feitiço logo em seguida, para que não saísse.
Tolkien estava na sua frente, muito machucado e extremamente pálido, vestes escuras e elegantes no corpo e uma varinha fina e negra em um dos bolsos. Os olhos azuis muito mais claros do que o comum e os dentes afiados sempre a mostra agora.
_Nem meu tolo irmão foi tão fácil...
Harry teria gritado com todas as suas forças nesse momento mas a sua voz parecia ter desaparecido após o feitiço que Slughorn aplicara.
Harry encarou o professor de Poções, segurando a sua varinha e a de Cody e apenas sorrindo daquela situação e sentiu um ódio crescente dentro do seu corpo, era um traidor e ninguém nunca suspeitara.
_O Lorde ficara muito feliz – ele disse em tom débil parecendo Rabicho nesse momento. – De termos o capturado.
Harry sentiu uma voraz vontade de gritar “TRAIDORES!” e “COVARDES!” nesse momento, mas isso parecia impossível.
A sua única chance para sair dali seria se Aslan e Wendy chegassem, mas a chance disso acontecer parecia muito remota pois o castelo era imenso e eles poderiam procurar em muitos lugares.
_Não há dúvidas que desta vez você foi pego de vez Potter – Tolkien falou friamente andando pela sala escura – O Lorde das Trevas não pode entrar aqui, não com apenas Betrayal do nosso lado e podendo trazer alguns de nós para cá. Nós precisaríamos de mais dois membros do Império, eles colocaram feitiços realmente poderosos aqui desde a criação do castelo e isso fortaleceu ao longo dos anos.
Betrayal conseguiu nos trazer até aqui para o golpe, mas ele é apenas um e por isso há limitações, até em traições os membros já pensavam.
Nossos planos têm dado muito certo Potter, os ataques aos Tornberry foram tão rápidos e tão prazerosos na noite do Quadribol que decidimos ir para Hogwarts testarmos nossa grande sorte ao tentar capturá-lo, mesmo com Dumbledore por lá.
Nós quase conseguimos depois que o caos começou, mas no meu desespero para apanhá-lo apliquei um feitiço errado e o enviei para o Vale das Sombras – Tolkien se aproximou de Harry rapidamente, fugindo da luz da vela, o cheiro de sangue se fortalecendo no ar – O Lorde e todos os Comensais que estavam no plano ficaram furiosos pois com esse meu erro tudo atrasaria por muito tempo. Mas nós sabíamos que você conseguiria sair o Vale, tão corajoso e sempre querendo resolver tudo pelos outros, você conseguiria mais cedo ou mais tarde. Você ficaria preocupado com o que aconteceria aos seus amigos Ronald e Hermione Sangue-Ruim e então você pode ter certeza que seus medos estavam certos. – Tolkien parou por um instante e se afastou, rindo – Eles estão mortos! – Harry sentiu um choque tão forte por dentro nesse momento que tudo pareceu perder o sentido, sem forças, sem sentidos, sem consciência, se sentiu como um pedaço de alma vagando em uma lugar totalmente escuro e sem saída. Os rostos de Rony e Hermione perdidos nessa escuridão, parecendo assombrações. Seus olhos imediatamente se preencheram de lágrimas e elas caíram sem receio.
_Está chorando! – Tolkien exclamou em tom sarcástico – O corajoso amigo dos Sangues-Ruins está chorando! Que decepção! – Tolkien cuspiu no chão e sacou a sua varinha – E pensar que alguns o consideravam o rival do Lorde das Trevas, uma grande estupidez! – Tolkien olhou para Slughorn rapidamente e depois continuou rispidamente – Todos aqueles planos e reuniões de Dumbledore, tudo a tão longo prazo, tudo tão cheio de esperanças, tão pacato e sem graça.
E vocês são todos idiotas, eu cometendo o erro de matar Peter logo que cheguei a Hogwarts e vocês demoraram meses para perceber e quando notaram aleguei que estava com problemas mentais e vocês acreditaram – Tolkien riu muito alto agora – DUMBLEDORE ACREDITOU! – ele gritou em tom de deboche.
O corpo de Harry estava doendo muito, mas nada se comparava ao que estava sentindo, Tolkien poderia estar mentindo sobre a morte de Rony e Hermione, mas apenas a possibilidade disso ser verdade era torturante.
“Eu podia ter lido a carta antes!” – Harry pensou e as lágrimas ainda caíam fortemente.
_Eu tentei acabar com todos os planos de alguma forma – Tolkien disse apontando a sua varinha para o rosto de Harry – Mas tive que o salvar por muitas vezes – e ele riu novamente, tão alto que parecia ensurdecedor – Para chegarmos nesse momento aonde eu teria a glória por aprisionar o bruxo mais procurado desses últimos tempos.
Tolkien fitou Harry por alguns instantes enquanto Slughorn apagava as velas com um gesto da mão e então Tolkien brandiu sua varinha e uma explosão aconteceu no fundo da sala. Um veloz jato azul atingiu um pedaço da cadeira acima do ombro de Harry e então tombou para trás, ainda completamente preso.
Vozes conhecidas se perderam entre os gritos de Tolkien e Slughorn e então aconteceram vários barulhos altos e uma das vozes desapareceu, Slughorn soltou um grito e com um baque Harry imaginou que ele caira no chão.
Uma das janelas escuras da sala estourou e a voz de Tolkien imediatamente desapareceu da sala.
Harry sentiu as cordas o soltarem ao mesmo tempo que se levantou e um feitiço soltou a faixa em sua boca.
Olhando para o escuro sem ver ninguém, apenas disse, com grande sofrimento:
_Aslan?
_HARRY! – uma voz próxima disse e Harry foi abraçado. Retribuindo o abraço viu pela luz que vinha da janela quebrada olhos verdes o encararem e então do lado, ajudando a Cody ainda desmaiado estava um homem alto e com óculos reluzentes.
_Vocês voltaram! – Harry exclamou retirando seus óculos e os consertando, logo após um longo abraço em seus pais.
_Vamos embora! – Tiago disse levitando Cody e correndo em direção a um buraco na sala, aonde ficava a porta.
_Slughorn está morto – Lílian falou assim que deixaram o buraco – Tolkien o usou como escudo quando seu pai tentou atirar uma Maldição.
Correndo em direção a porta aonde Harry vira Slughorn antes, Cody, Tiago e Lílian saíram para os campos e correndo pelos gramados todos seguiram a direção em que os Dementadores estavam flutuando.
Atravessando uma pequena ponte chegaram a novos campos verdes e ali estava a figura de Tolkien indo para atacar um ferido e confuso Neville, Aslan e Wendy correndo em direção a ele.
Brandindo a varinha no ar Tolkien atingiu Neville no peito e imediatamente ele caiu nos gramados, a varinha voando longe e parecendo estar morto, ou desmaiado.
Deixando o corpo de Cody nos gramados, Tiago, Lílian e Harry correram em direção a Tolkien e quando ele desapareceu ao encontrar Betrayal perto de um arbusto longo todos se viraram em direção a Neville, mas fora tarde.
Um dementador estava cobrindo com uma fumaça esbranquiçada o corpo de Neville, daonde um vulto saiu, flutuando no ar e tornando-se cada vez mais sombrio.
O dementador se aproximou do corpo de Neville e encostou a sua face na dele, uma parede transparente os cercou e no topo dela o vulto sombrio começou a ganhar forma. Diante dos olhos de todos o vulto se transformou em uma capa negra, rasgada e longa e assim o dementador que atacara o corpo de Neville se afastou.
Não havia mais nada ali, o corpo desaparecera e o vulto se tornara um dementador.
_O beijo do dementador – uma voz disse atrás de Harry e por um instante tudo paraceu congelar.
Harry se virou devagar para ver quem vinha correndo em sua direção e então foi surpreendido por um abraço apertado.
Hermione chorou por alguns instantes e então soltou Harry, para que Rony também desse um abraço.
_Nós pensávamos que você estava morto! – Hermione disse eufórica e chocada. – É a notícia que abalou o mundo desde o golpe no quadribol, muitos perderam a esperança depois disso.
Harry olhou para Rony e Hermione como se não os visse há muitos anos e todos estavam com os olhos úmidos.
_Aonde você estava?! – Rony perguntou enxugando os olhos.
_No Vale das Sombras – Harry respondeu e Hermione ficou boquiaberta.
_Então existe realmente?! – ela perguntou extasiada.
_Quebramos a maldição – Harry respondeu sentindo-se aliviado por saber que o que Tolkien dissera fora mentira.
_Quebramos? – Rony repetiu e Harry reparou que ele estava mais magro e mais pálido, as sardas pelo rosto se destacando muito agora.
_Eu tive a ajuda de Wendy e Cody – Harry respondeu e logo em seguida apontou para o corpo de Cody desmaiado no gramado e de Wendy ao lado de Aslan.
_Ele está bem? – Hermione perguntou e no mesmo instante Tiago respondeu triste.
_Está apenas inconsciente.
_Hey, esperem um pouco! – Rony exclamou com os olhos saltados – Aquele não é o Aslan Narrow, hey, Mione, não é ele!
_Sim – Harry confirmou e Hermione deu um grande sorriso – Ele nos salvou assim que saímos do Vale, nos levou para um esconderijo e nos trouxe para cá.
_Parece que você tem muita história para contar – Hermione disse sacando a sua varinha e olhando para o lugar aonde Neville fora atacado - Perdemos Neville – e logo todos os olhos estavam úmidos novamente.
_Slughorn também morreu – Harry disse abalado com a morte trágica de Neville – Ele era um traidor – e um gosto horrível e amargo surgiu de repente em sua boca – como o Tolkien!
Hermione e Rony fizeram expressões frias nesse momento.
_Dumbledore disse que ele foi o maior traidor que já conheceu e que estaria disposto a cuidar dele com as próprias mãos.
_Se Dumbledore disse isso, Tolkien definitivamente terá um destino justo – Lílian falou calma, mas muito abalada com a cena do beijo do dementador.
_Tolkien fez muito mais do que vocês imaginam – Harry disse enquanto Aslan e Wendy se aproximavam – Ele matou Lupin.
Os olhos de Hermione ficaram ainda mais úmidos agora e ela abraçou Rony chocada e muito triste, o rosto de Rony muito vermelho e as lágrimas caindo.
_Tantas mortes – Hermione murmurou – Lupin, Neville, Slughorn, Minerva…
O coração de Harry disparou nesse momento, seus pais encararam Hermione estupefatos, ambos segurando as mãos uns dos outros.
_Minerva? – Harry repetiu quase sem condições para isso.
_Um Comensal brutal a atacou esta noite e como estava muito ferida da batalha na noite do jogo não conseguiu resistir a tempo de receber ajuda. Dumbledore ainda não sabe.
Harry fitou Hermione por um instante e depois Rony, que nunca o vira chorar tanto como agora.
_Jamais houve tantas mortes e traições como agora, se existe um último momento para podermos ter alguma chance contra Voldemort, esse momento é agora! – Harry falou firme e Aslan o fitou sério, pronto para a luta.


PS: Pessoal, dois capítulos novos essa semana e me desculpem pelo trecho desse capítulo que eu postei e acabei não conseguindo encaixar no capítulo realmente.
Espero que tenham gostado, infelizmente muitas mortes, muitos reencontros, muitas traições (e por isso revelações) e esse é um capítulo muito importante e decisivo para a fic. Restam apenas dez capítulos até o final e agora todos serão nesse ritmo e vocês ficarão chocados com as coisas que preparei para vocês.
Eu poderia ter dado muitos nomes para esse capítulo, e apenas coloquei Neville Dementador por ser uma “homenagem” a perda de Neville e a forma trágica e triste como foi.
Acho que a J.K nunca descreveu o beijo do dementador e então eu fiz agora, como seria e como surgem novos dementadores também, acho que consegui passar bem da forma que queria, espero que tenham gostado disso.
Acompanhem a fic por favor e comentem sempre, preciso dos comentários e votos de vocês.
Agradeço por lerem e quando tiver comentários postarei o Cap.21.
Grande abraço.

Fernando Cesar

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.