Prólogo (Música: Bohemian Rhap

Prólogo (Música: Bohemian Rhap





N/A: HOLA! Essa primeira parte é estranha, muda de situação muito rápido, as coisas acontecem sem explicação, mas vcs vão saber por que no final... Não desistam de ler agora, deixem pra desistir mais tarde. Pode até parecer, depois, que não tem nada a ver com a história. Mas eu preferi colocar um prologo meio sem sentido do que me embolar pra explicar coisas depois. Divirtam-se. Essa parte é uma droga, mas eu juro que depois melhora.


Prólogo (Música: Bohemian Rhapsody – Queen)


“Saiu apressada da aula de Poções. Era a primeira semana de aula, e o professor Schavell já estava dando poções complicadas, que, por algum motivo, ela não conseguia entender. Resultado; estava mais atolada de deveres do que qualquer um, e ainda tinha a Professora McGonagal martelando em sua cabeça que ela deveria estudar muito, pois no fim deste ano prestaria os N.I.E.M’s.
Atravessou o jardim as pressas, e foi em direção à um garoto alto, magricela, de cabelos oleosos e nariz adunco, que lia um livro anormalmente grosso. Sentou-se ao lado dele.
-Estudando, Severo?
-Claro. E você certamente veio me pedir ajuda na poção, estou certo?
-Sim. Se não for incomodar, claro.
-Você não me incomoda, Mihaly. Me espere na biblioteca, já estou indo.
-Tá –disse se levantando e voltando para o castelo.
Snape chegou meia hora depois. Estava furioso e bufava de raiva.
-O que foi Severo? – perguntou preocupada.
-O Potter e seu inseparável Black, como sempre.
-Hum... o que aconteceu?
-Não se preocupe. Vamos à poção. Poção da Longevidade... –disse, abrindo o livro- Hum... É bem simples... Você só precisa de...
-Ranhoso e sua namoradinha... –uma voz atrás deles os interrompeu- Que lindo... Dois pombinhos. Chega a me comover. Embora eu ache que fosse mais adequado a bela e a fera. Sinceramente, não sei como você consegue, Mihaly.
-Está se referindo a mim? –a garota perguntou friamente,
-Imagino que sim. Afinal, seu nome é Mihaly, não é?
-Acho que sim. Mas não pra você. A propósito... Quem é você?
-Sirius Black. –respondeu ,com um sorriso galante.
Ela sorriu desagradavelmente.
-Ah..Black, não é? Onde está seu amiguinho? Aquele que tem medo da namorada. Como é mesmo o nome? Potrer...
Os olhos cinzentos do garoto se estreitaram, encarando-a com raiva.
-Olhe aqui, Mihaly, o nome dele é Potter. E ele não tem medo da namorada. E você não tem nada a ver com isso- respondeu secamente.
-Sério? Então olhe aqui você agora. O meu nome é Srta. Mauson, espero que não me chame de Mihaly novamente. E, seu eu não tenho nada a ver com isso, por que se deu ao trabalho de responder?
Entrou na sala de troféus junto com Sirius. Ambos carregavam baldes e pano. A sala estava imunda, como se os elfos domésticos tivessem jogado caminhões de poeira e fechado, para adquirir um insuportável cheiro de mofo.
-Isso está uma imundice. Vai dar um trabalho enorme limpar tudo isso sem magia. E está fazendo um calor infernal aqui. –reclamou irritada.
-Pare de reclamar Mauson. Se que acabar logo esta detenção, assim como eu, é melhor começarmos a limpar.
Ela bufou irritada, pegou um balde e um pano, e começou a esfregar um enorme troféu empoeirado. Sirius havia subido numa escada e limpava os troféus que estavam em cima de armários e prateleiras.
Uma hora se passou, e não haviam impado nem metade dos troféus. Ambos estavam derretendo no calor da sala e não trocavam nenhuma palavra.
As horas rastejaram o mais lentamente que pode-se imaginar. A meia noite finalmente conseguiram terminar a limpeza.
-Belo trabalho Mauson – Sirius quebrou o silêncio- Você tem talento.
Olhou furiosa para o garoto de cabelos negros. Ele a encarava com uma expressão estranha e desconfortante.
Antes que pudesse perceber o que viria a acontecer, foi puxada bruscamente para frente, colando-se ao corpo dele, que à segurava firmemente pela cintura e tinha seus lábios encostados aos da garota.
Demorou alguns segundos para tomar consciência da situação, e o empurrou contra a parede. Ele lhe sorria cinicamente.
Encarou-o incrédula. Decididamente, para ela, era mais provável os dois de matarem num duelo com direito à maldições imperdoáveis e muito sangue, do que isso acontecer.
Saiu do túnel e avistou um enorme cômodo, que provavelmente teria sido uma sala na época em que a Casa dos Gritos era habitada, se é que um dia isso foi possível.
Tudo estava completamente escuro, era impossível ver a um palmo de distância. Puxou a varinha.
-Lumus –murmurou.
A casa ficou ainda mais assustadora à luz azulada que saia de sua varinha. ‘Onde eu estava com a cabeça pra marcar um duelo logo aqui?’, pensou, procurando a porta que dava no quintal da casa.
-Vamos... Onde está essa maldita porta?
Percorreu com todo o cuidado o andar de baixo da casa. Chegou a um cômodo que deveria ser a cozinha. A porta para os fundos só poderia estar ali. Explorou toda a área a procura da saída. As madeiras das paredes estavam cm profundos arranhões. Encontrou uma porta de madeiras podres, estendeu a mão para a maçaneta e abriu. A casa toda rangeu.
Saiu, chegando a um maltratado quintal com um capim que lhe cobria até a cintura. O céu estava completamente coberto por espessas nuvens cinzentas.
Andou pelo quintal impaciente.
-Onde ele está? Só me faltava essa. Agora atrasa.
-Com saudades? –a voz veio de trás dela.
-Já estava na hora, Black. –virou-se
-Ansiosa pra duelar comigo, Mauson?
-Você não sabe o quanto –disse ironicamente- eu poderia estar deitada confortavelmente em minha cama agora.
-Ora Mauson... Não se preocupe. Você vai gostar.
-Por que não terminamos logo com isso? –perguntou, apontando a varinha pra Sirius.
-Com o maior pra... –parou de falar. Ele olhou pro céu.
As espessas nuvens cinzentas haviam desaparecido, deixando à vista uma enorme e azulada lua cheia.
-O que foi Black?
-Como eu fui esquecer? –murmurou para si mesmo.
-Esquecer o que?
Sirius abriu a boca para lhe dizer pra correr de volta à Hogwarts. Mas era tarde de mais. Uma criatura enorme saiu das sombras da casa, avançando em direção aos dois.
Mihaly virou-se, vendo o lobisomem. Olhou amedrontada para Sirius, sem saber o que fazer. Mas no lugar dele estava um cão preto.
Antes mesmo de poder ter uma reação, garras afiadas a atacaram, acertando-a na cabeça.
Acordou atordoada. Estava deitada no chão frio de um túnel escuro e úmido. Sua cabeça latejava e o esforço que fazia para tentar lembrar do que havia acontecido causava mais dor.
Tentava focalizar as imagens que dançavam em seus olhos. Levou a mão lentamente à cabeça, gemendo de dor.
-Mihaly! Você está bem? Vamos! Acorde! – disse uma voz distante.
Percebeu que a voz vinha de um vulto que pairava sobre ela. Ergueu a mão, tentando tocar o dono da voz, como se desejasse ter certeza se tinha alguém ali. Pegou numa coisa dura e cabeluda, e apertou os olhos para focalizar o ser a sua frente.
Finalmente reconheceu Sirius, que estava debruçado sobre ela. Ele continuava a falar alguma coisa que ela não entendia.
Sentiu seu tronco ser levantado do chão, tentando fazê-la ficar sentada. A voz continuava a falar coisas incompreensíveis. Sua cabeça rodou, cambaleou, e desmaiou novamente.
Avistou Sirius e os amigos no final do corredor. Respirou fundo, hesitante, perguntando-se se realmente seria necessário.
-Black –chamou, quando alcançou o grupo.
Sirius virou-se, abrindo um enorme e cínico sorriso.
-Srta. Mauson. A que devo a honra?
-Queria agradecer por ter me salvado. Apesar da culpa ter sido sua. –disse calmamente, ignorando a provocação.
-Hum... A orgulhosa Mihaly Mauson agradecendo à mim? Eu nunca pensei que veria isto.
-Pô Black! Porque você não vai se f... –exclamou com raiva.
Sirius colocou o dedo nos lábios dela, impedindo que ela pronunciasse a última palavra, sorrindo marotamente e balançando a cabeça negativamente.
-Tsc tsc tsc. –estalou a língua – Isso foi muito feio, Srta. Mauson.
Ela sentiu vontade de enforcá-lo, esfaqueá-lo, ou matá-lo de qualquer outra maneira muito dolorosa. Em vez disso, bateu com seu braço no dele, lançou um olhar fulminante e virou-se, indo na direção oposta.
-Ah Severo, vamos!
-Não, não Mihaly. Eu não quero ir. Você sabe que eu não gosto.
-Mas é o seu último ano em Hogwarts! E você nunca foi a nenhum baile de natal!
-Olha quem fala, você também nunca foi a nenhum.
-Eu sei. Mas.. É por isso que eu quero ir. É meu último ano também, e eu não vou sozinha.
-Então você só quer que eu vá porque não tem ninguém. –concluiu amargamente.
-Para com isso Severo. Você é meu amigo. –ele franziu os lábios e fechou a cara – Vamos Severo!
-Tá, tá bom. –levantou-se mau humorado e subiu para o dormitório masculino.
Sentou-se no sofá esperando-o voltar. Olhou seu reflexo no vidro da janela. Onde estava com a cabeça quando decidiu vestir suas vestes de gala vinho e chamar Severo para o baile? Não gostava de dançar, e sabia muito bem que ele odiava. Só por que será seu último ano em Hogwarts, teve essa idéia maluca e tentava se convencer de que se arrependeria se não fosse. Mas sabia muito bem que, no final do baile, ele estaria querendo matá-la.
Olhou novamente o reflexo e viu-se sorrindo. Claro! Tudo que ela queria era irritar o amigo. Deixá-lo soltando fogo pelas narinas era a única coisa que a divertia.
-Pronto Mihaly –disse uma voz mau humorada às suas costas.
Virou-se, deparando com um Severo Snape extremamente cômico, com vestes de fala negras, e o cabelo oleoso penteado para trás. Começou a rir.
-O que foi? Você me faz ir pra esse baile patético, e ainda ri?
-Desculpa. É que você está muito engraçado.
-HÁ-HÁ-HÁ. Vamos logo, antes que eu me arrependa.
Os dois saíram do salão comunal da Sonserina e foram para o Salão Principal.
Sentou-se com Snape numa mesa e olhou em volta. Os alunos usavam coloridas vestes de festa, algumas que chegavam a ser ofuscantes. Amy Lenox, uma garota do sétimo ano da Corvinal, usava uma ‘discreta’ veste laranja fosforescente, acompanhada de Geraldo Gutenberg, um babuíno acerebrado da Lufa-Lufa. Uma banda emitia ruídos esquisitos de cima do palco, e várias pessoas dançavam de modo ainda mais estranho. Uma faixa indicava que o nome era “Greentable”, o que era decididamente absurdo.
Continuou a correr os olhos pelo salão. Uma dupla de quintanistas da Sonserina ria como trasgos, bebendo algo não identificado, provavelmente contrabandeado para dentro do castelo. Os professores, sentados numa mesa, conversavam animadamente. Finalmente olhou para Snape ao seu lado, ele estava com uma cara ameaçadora, a boca contraída numa expressão de nojo.
-Quer alguma coisa, Severo? Eu vou pegar uma cerveja amanteigada pra mim.
-Não, obrigado. –retrucou.
-Está bem –levantou-se e foi ao bar.
Voltou com duas cervejas amanteigadas na mão. Black, Potter e Pettgrew estavam sentados com Snape, que tinha uma cara de profunda irritação.
Aproximou-se e sentou ao lado de Snape.
-Potter, você deveria estar com a Evans, imagina se ela descobre que você andou importunando o Snape, ela iria ficar muito, mas muito muito brava, não é? –comentou calmamente.
-Então o Ranhoso precisa de uma garota para o defender. –respondeu com um sorriso cínico.
-Tsc tsc, Potter. Eu avisei… -indicou uma garota ruiva que vinha em direção à mesa.
Thiago ficou pálido e levantou-se, indo falar com Lílian.
-E você Black? O que ainda faz aqui?
-Estava te esperando, Mauson. Pensava em te convidar pra dançar –disse, com um sorriso cínico.
-Pensou errado, Black –olhou para Pedro- e faça-me o favor de tirar esse seu cachorrinho gorducho daqui.
Pedro corou violentamente e saiu apressado.
-Você não tem o direito de tratar os meus amigos dessa maneira, Mauson –rosnou.
-Oh! E você pode tratar os meus como bem entender, não é?
-Isso não é com você, garota. E o Ranhosinho deveria se defender, em vez que chamar a amiguinha.
-E por que o gorduchinho não se defende?
-Porque...Porque... Ah, me poupe Mauson. –e foi embora.
Sorriu satisfeita , servindo-se de cerveja amanteigada e dando a outra a Snape.
-Toma Severo, trouxe pra você.
-Eu odeio quando você faz isso –retrucou amargamente.
-O que?
-Eu sei muito bem me defender, Mihaly!
-Sabe? Não é o que parece.
-Não importa o que você acha! Só não se meta mais nos meus assuntos!
-Qual é Severo, você nunca reclamou.
-Qual é Severo? Eu vou lhe dizer. Você me faz vir pra esse baile patético, toma partido das minhas brigas, me faz parecer um completo imbecil e ainda pergunta ‘qual é Severo?’! –ele estava quase gritando.
Ela o encarou boquiaberta. Nunca ele havia gritado ou falado desta maneira com ela.
-Desculpe, eu só achei que seria o melhor a fazer. Já que você não tem iniciativa pra nada.
-NÃO TENHO INICIATIVA PRA NADA? ENTÃO O QUE ACHA QUE ESTOU FAZENDO AGORA?- gritou, levantando-se da cadeira.
Mihaly, chocada, levantou-se e foi embora, sem dizer mais nada.
Atravessou o salão empurrando todos que estavam em sua frente, saiu do castelo e parou em frente ao lago, mirando-o irritada. Snape nunca brigava com ninguém, e agora decidiu começar logo com ela? Se ela não o defendesse provavelmente ele continuaria a ser humilhado pelas azarações que o Black e o Potter lançavam nele.
Sentou-se no chão, catou algumas pedras e atirou-as uma por uma no lago. Percebeu que alguém se aproximava, e antes de se virar para ver quem era, a pessoa falou, num tom debochado.
-Brigou com o amiguinho, Mauson?
-Não enche, Black.
Sirius sentou-se perto dela, perto de mais, na sua opinião.
-Tsc. Você não devia defender ele. Isso pode magoar o ego superinflado do Ranhosinho.
-Pare de chamá-lo de Ranhoso.
-Está vendo? Defendendo-o novamente.
Virou-se para ele, encarando seus belos olhos cinzentos.
-Por que você não me deixa em paz, Black?
Sirius respondeu com um malicioso sorriso. Colocou um dos braços em sua cintura e a beijou.
Sentiu que seu corpo esquentava, tateou o corpo de Sirius até encontrar seu peito, e o empurrou com força, estalando um tapa na cara e levantando-se, olhando-o horrorizada.
Ele se levantou, ainda com aquele sorriso irritante. Aproximou-se e agarrou seus ombros com as duas mãos, puxando-a brutalmente, fazendo com que seu corpo de encostasse no dela, e a beijou.
Suas pernas ficaram bambas, e o calor aumentou. Afastou o rosto do dele, e murmurou ofegante.
-Me solte, Black.
-Não.
Passeava com Sirius por Hogsmeade. O frio era cortante, por isso colava o corpo no dele o máximo que podia. O ano acabaria em um mês. E ela iria embora de Hogwarts. Era estranho pensar nisso. Snape não lhe dirigia a palavra e a olhava amargamente desde a briga no baile de natal. Duvidava que fizessem as pazes, até por que essa atitude de Severo a incomodava.
Os dois andavam sozinhos no deserto corredor do quinto andar. Era uma noite fria, assim como havia sido o dia. Sirius a puxou, beijando-a energeticamente e encostando-a na parede. Sentiu as mãos dele percorrendo seu corpo. Foram se arrastando pela parede, até encontrarem uma porta, e entrarem numa sala vazia.
Atravessaram a sala sem enxergar onde pisavam, e caíram numa cama confortável. Entorpecida e cega de ansiedade, deixou que ele a levasse onde desejasse.
Acordou sonolenta, sem perceber que Sirius havia se levantado. Uma maravilhosa sensação percorria seu corpo.
O bem estar desapareceu alguns segundos depois.
-Riddle! –ouviu a voz irada de Sirius.
Abriu os olhos confusa, sentando-se na cama, segurando o lençol contra o corpo. Ele agitava uma carta nas mãos, seus olhos brilhavam de fúria e o rosto expressava nojo.
Sentiu o pavor dominar seu corpo e eliminando toda a felicidade que sentia, ao perceber o que acontecia.
-Mihaly Mauson Riddle, não é? SAIA DA MINHA FRENTE! AGORA!
-Si..Sirius. Deixe-me explicar. –murmurou nervosa.
-Explicar o que? Não há nada para explicar. Isso –agitou a carta- explica tudo! Você é uma mentirosa. Saia já daqui!
-Não! Você não entende. Eu...
-SAIA JÁ DAQUI! AGORA!
Levantou-se, enrolando-se no lençol e se aproximou dele.
-Deixe-me explicar, Sirius. Por favor! –implorou colocando a mão no ombro dele.
Sirius segurou seus pulsos com força, quase partindo-os ao meio e empurrou-a brutamente contra a parede.
-Nunca mais me diriga a palavra, e muito menos encoste suas mãos podres em mim. Você é uma mentirosa. Repugnante!
Ela fechou os olhos, absorvendo a última frase. Soltou-se da mão dele e saiu da sala.
Caminhou lentamente pelo corredor vazio, com as palavras de Sirius ecoando em sua cabeça. Entrou no salão comunal, dirigiu-se ao dormitório e deitou na cama, chorando.
Do seu isolado lugar na mesa da Sonserina, via Sirius evitando olhá-la, e Lupin, ao seu lado, olhando-a de relance e falando algo pra Sirius, que retrucava mau humorado. Olhou para Snape, ele também a evitava e tratava com desprezo. Olhou então para a comida intocada à sua frente. Só de olhar lhe dava náuseas. Tentou engolir uma garfada e pudim de carde, o que lhe deu vontade de vomitar.
Levantou-se da mesa, correndo. Corria pelos escuros jardins de Hogwarts, enquanto a cerimônia dos formandos ocorria no castelo, carregando sua mala, as lágrimas confundindo-se com a chuva de verão. Corria para não perder o trem que lhe livraria do passado. Trouxas de branco corriam à sua volta. Gritava. Chorava. Corria de sua própria mente, sua própria lembrança, sua própria historia.”

Acordou assustada. Uma luz forte a cegava. Cobriu o rosto com as mãos. Desde que aceitara o convite de Dumbledore para voltar à Inglaterra e lecionar em Hogwarts, pesadelos de seu passado a perseguiam todas as noites. E agora, havia chegado a hora de voltar para Londres, para Hogwarts, rever todas aquelas pessoas, e encarar, de uma vez por todas, o que havia acontecido.
Levantou-se, olhando a bagunça que havia feito na noite anterior, tentando arrumar as malas. Avistou sua varinha, que a muito não usava. Por que não? Teria de voltar ao mundo da magia. E não havia, na sua opinião, maneira melhor para isso do que arrumar as malas.
Pegou sua varinha e brandiu-a no ar. As malas se arrumaram instantaneamente.
-Então, voltou a usar magia mãe? Já não era sem tempo. –disse uma voz a porta.
-Já arrumou suas coisas, Sophie? –perguntou distraída.
-Claro.
-Assim que chegarmos a Londres, não use magia. Menores não tem permissão.
-Mãe, eu já tenho 17 anos.
-Tá, tá bom. Vá chamar o táxi. O trem sai em uma hora.

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