Amigos e Rivais



Quando Harry saiu se deparou com a srª Weasley que estava a esperá-lo.

– Bom dia, Harry. Fez uma boa viagem? – perguntou amorosamente ela.

– Sim. – mentiu Harry pois estava com sono e ainda teve que enfrentar os rodopios e giros da viagem.

– Pode ir no quarto dormir um pouco. – a srª Weasley percebeu que Harry estava com sono.

– Muito obrigado. – Harry subiu as escadas e chegou no quarto de Rony que estava uma baderna. Praticamente se jogou na cama. Olhou pro lado e viu que seu amigo continuava dormindo e babando no travesseiro. Logo pegou no sono.

Quando acordou viu que Rony não estava no quarto. Trocou-se e desceu para o café. Todos já comeram.

– Guardei um pouco para você, querido. – disse a dona-de-casa sorridente

– Obrigado. – Harry comeu ferozmente tudo que tinha no prato.

– E aí, Harry? Pronto para uma jogadinha de quadribol? – Perguntou Jorge.

– Vamos nessa.

Fred e Jorge mostravam-se em forma. Andavam velozmente para vassouras tão ultrapassadas. Harry sente-se encabulado por ter uma vassoura bem melhor do que a deles. Quando terminam Rony comenta que saíram as vassouras Firebolt Evolution.

– Rony! Harry! Suas notas dos NOMS chegaram. – grita a srª Weasley.

Os dois correram para ver suas notas. Harry abriu o envelope e não se surpreendeu com elas:

Defesa Contra as Artes das Trevas: “D”

Transfiguração: “E”

Poções: “E”

Feitiços: “A”

Trato das criaturas mágicas: “A”

Astronomia: “C”

História da Magia: “B”

Adivinhação: “D”

–Suas notas foram excelentes perto das minhas, mas consegui passar. – diz Rony. – As notas da Mione devem ser: A, A, A, A...

– Por falar na Hermione, ela vem pra cá? – pergunta Harry ansioso pelo sim.

– Daqui a dois dias ela chega. –diz Rony com as orelhas ficando mais vermelhas que seu cabelo. Harry fingiu que não viu mas sentiu que seu rival amoroso seria seu melhor amigo.

A porta da sala abriu-se e o sr. Weasley entrou por ela.

– Oi, Harry! – disse ele.– Tenho notícias sobre o caso de Você-Sabe-Quem.

–Voldemort. – Rony fez uma careta ao que Harry falou.

– Enfim... vários países estão se aliando com a Inglaterra para impedir a volta dele. E também recebemos informações de que ele está bem longe daqui. Acho difícil ele te incomodar por algum tempo.

–Ah, tudo bem. – Harry estava tão acostumado a enfrentar Voldemort que não estava com tanto medo. Durante suas férias ele pensou muito sobre sua vida e chegou a conclusão de que realmente teria que matar, não por sua vida mas como vingança pela morte de seus pais. Sempre escutou que a vingança, o ódio, a raiva são sentimentos negativos que deveriam ser evitados a todo custo porém não se importava mais com que a sociedade bruxa quer que ele faça.

– Humm... Estou sentindo um cheirinho ótimo de almoço. – disse o sr. Weasley indo para a cozinha. – Vamos! O almoço já deve estar pronto.

– Teremos que conseguir novos jogadores para o nosso time este ano. – disse Harry desanimado para Rony. – Nosso time estava perfeito...

– Tenho certeza que acharemos grandes jogadores para este ano. Se lembre que somos da Grifinória. – disse Rony tentando animar seu parceiro.

– Quando Hermione chegar vamos ao Beco Diagonal fazer as compras. As férias estão acabando muito rápido. – Intrometeu-se na conversa a srª Weasley mudando completamente de assunto.

Logo os dois dias de espera acabaram e Hermione chegou a casa dos Weasley.

– Boa tarde, querida. – disse beijando-a no rosto a srª Weasley. Todos os desentendimentos passados entre as duas foram superados.

– Boa tarde. Ei, Harry, foi bem nos NOMS? – perguntou a garota.

– Sim. – respondeu timidamente Harry. Será que um dia revelaria seu amor para Mione? Será que teria que brigar com Rony por causa de seu amor? Ele não queria pensar em nada, apenas queria admirar a beleza de sua colega.

– Amanhã nos iremos comprar o material no Beco, Hermione. – disse Rony que até aquele momento estava quieto.

– Sim, eu sei. Sua mãe já me avisou. – disse a sorridente garota.

O fim de tarde passou muito rápido na companhia de Hermione. Todos foram dormir, mas Harry por mais que tentasse não conseguia. Percebeu que Rony também não. Seria muito cruel acabar com uma amizade por causa do amor. Harry não queria mas se não tivesse outra escolha...A noite foi muito longa.

Quando Harry percebeu já estava no Beco Diagonal. Srª Weasley acompanhou Gina e Hermione até uma loja de roupas no outro lado do Beco.

– Ei, Harry? Vamos à loja ver a Firebolt Evolution? – Rony estava ansioso. Mesmo não podendo comprar aquele sonho de vassoura adorava sonhar.

Quando chegaram à loja havia um tumulto em volta. Os dois trataram de se informarem e descobriram que houve um assalto na loja e levaram algumas vassouras incluindo as três Firebolts novas que a loja tinha.

– Ah, que droga! Não vou poder ver as novas vassouras! Vamos, Harry, mamãe e as meninas já devem ter terminado as compras. – Rony estava realmente frustrado.

Quando chegaram á loja de roupas esperam mais de duas horas as “meninas”. Quase estavam dormindo quando elas sairam.

– Pronto! Agora podemos voltar e dormir cedo pois amanhã vocês pegaram o Expresso de Hogwarts. Que orgulho, Rony. Ontem você era um bebezinho e hoje um homenzinho! – Rony queria se matar de tanta vergonha que sentiu de sua mãe. Gina, Harry e Hermione quase morriam de tanto rir.

“Como num passe de mágica” logo estavam em casa. Harry e Rony se despediram e subiram para o quarto. Enquanto trocavam de roupa (eles tinham tomado banho de manhã<) Harry de repente criou coragem e perguntou:

– Você gosta da Hermione?

– Claro! Se eu não gostasse ela não seria minha amiga. – esquivou-se Rony

– Não é desse “gostar” de que estou falando. – pressionou o amigo.

– Não sei do que você esta “falando”. Boa noite. – Rony deitou-se e se cobriu ate a cabeça. Harry achou melhor não insistir e também se deitou.

Logo cedo a srª Weasley acordou os dois para tomarem café. Harry não tocou no assunto da noite passada. Preferia fingir que nada aconteceu e pelo que pode reparar Rony também.

Harry se perdeu em seus pensamentos e quando reparou estava prestes a entrar no Expresso. Por incrível que pareça nada de especial aconteceu no caminho para distrair Harry. Ele teria que fazer uma escolha difícil.

– Tchau, Harry.

–Hum? – assustou-se.

– Tchau, meu querido. – repetiu a srª Weasley. – Está tudo bem?

–Sim. Tchau, srª Weasley. – despediu-se Harry. Ele e seus amigos entraram no trem. Sabia que esse ano seria decisivo para sua vida. Teria muitas coisas para pensar: Voldemort, Hermione, Rony, Quadribol, aulas chatas...Snape. Quando lembrou-se de Snape sentiu um mal-estar terrível.

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