Um Local Bruxo no meio dos tro



Entraram na loja escura.
Parecia muito uma loja da Travessa do Tranco.
Mal iluminada, sem uma pessoa sequer.
A única fonte de luz era uma fresta escondida bem no alto da parede mais distante da porta.

- Que falta faz a minha varinha. - Ralhou Tiago irritado com o escuro.
- Você tem varinha, só não tem permissão para usá-la. - Disse Lilian entrando mais na loja.
- Traduzindo para o meu vocabulário: eu não tenho varinha.
- Cala a boca, Potter. - Disse a ruiva - Alguém está aqui? - Ela perguntou em alto e bom som.
- O que querem? - Perguntou uma voz saindo das sombras.
- Uma pessoa nos disse que esta é a entrada para o Beco sem saída. Queremos visita-lo. - Explicou Lilian.
- E vocês por acaso são bruxos?
- Claro. Estudamos em Hogwarts. - Disse Tiago impaciente.
- Tudo bem. Venham comigo. - Pediu o senhor.

Eles acompanharam o homem até o final da loja.
Chegando lá, entraram em uma salinha mais clara.
Sem mobília, apenas com uma janela, uma porta e quatro paredes, sendo uma sem pintura, o que deixava os tijolos a mostra.
O homem baixinho e gordinho pegou a varinha dele no cós da calça, bateu no quarto tijolo de cima para baixo três vezes. Depois bateu no tijolo ao lado esquerdo e uma passagem foi revelada.

O lugar se parecia muito com um grande shopping, mais ao mesmo tempo se parecia com o Beco Diagonal. Menos movimentado, é claro.
Umas cinco lojas de cada lado.
Uma rua principal ao meio.
Uma rua que virava para a esquerda e outra para a direita, ambas sem saída.
Eles entraram no lugar.
Logo a passagem atrás se fechou.

- Ótimo, como vamos voltar? - Chiou Tiago batendo na parede.
- Que tal deste jeito? - Perguntou Lilian apertando um botão e revelando a passagem novamente.
- Você está muito chata. - Ralhou Tiago.
- Bem eu, né? Antes chata do que burra.
- Ai meu Merlin. Vai começa tudo de novo. - Suspirou Remo andando e deixando os outros para trás.

Minutos depois, a ruiva e o moreno viram que estavam sozinhos, o Aluado estava longe.
Um olhou para o outro e saíram correndo.

- ALUADO, ESPERA AI SEU FILHO DA MÃE! - Gritava Tiago enquanto corria atrás do amigo.
- CONCORDO PLENAMENTE, POTTER. ESPERA AI SEU FILHO DA MÃE! - Gritou Lilian concordando, pela primeira vez, com o Tiago.

Correndo, chegaram até o Aluado, que estava em uma loja de fantasias bruxas.

- Já escolheu a sua? - Perguntou Lilian olhando na vitrine.
- Não. Acho que eu nem vou nesta festa a fantasia. - Respondeu Remo.
- E por que não?
- Não sei, mais acho que não vou ter roupa. Sabe, quero combinar com a roupa da Cinthia. E se ela for de fada de novo? Eu vou de que? Duende?
- E desde quando o duende é parceiro da fada? - Perguntou Tiago.
- E se não é o duende é o que?
- Não sei. - Respondeu Tiago sinceramente.

Todos caíram na risada com a idiotice pronunciada por todos.

- Bom, não levando em consideração essas idiotices, como você vai, Potter? - Perguntou Lilian.
- Não sei, talvez de vampiro, Evans.
- Ahhh fala sério. Vampiros de novo não! - Chiou Lilian dando um sorriso.
- Verdade. - Ele concordou sorrindo - Mais, e ai? Do que a gente vai?
- A gente? - Perguntaram os outros dois presentes.
- É, a gente sempre dá um jeito de ir com a fantasia igual.
- Nisso eu tenho que concordar! Mais, creio que a minha fantasia será surpresa dessa vez.
- Ah, e se eu quiser ir igual a você? - Brincou Tiago fazendo beicinho, esquecendo que estava bravo com a ruiva.
- Desculpa, vai ser surpresa. Agora vamos andar? Estou cansada de ficar parada. Daqui a pouco crio raiz. - Pediu Lílian começando a andar pelo lugar desconhecido.

Entraram em uma loja de artigos esportivos, na qual Lilian comprou uma revista de Quadribol, sobre táticas e etc, e Tiago pegou um catálogo de vassouras de última geração.
Foram andando e conhecendo o lugar.
Compraram livros, presentes, lembrancinhas, ingredientes e tudo o que faltava.

Enquanto isso..

- Você não vai me falar o que você comprou? - Perguntou Nayara um tanto provocante, sentada no colo de Sirius. Ambos na praia.
- Não. - Respondeu Sirius rindo - E nem adianta, se você tirar a roupa eu não vou contar.
- A é? - Ela perguntou levantando e colocando a mão na alcinha do biquini. - Certeza?
- Tá, depois eu conto. Mais não será necessário você tirar a roupa, [i]não aqui[/i]. - Ele disse maliciosamente, a puxando para um beijo.
- Ainn. - Chiou Cinthia levantando - Depois eu volto, vocês me estressam!
- O que foi loirinha do Reminho? - Brincou Nayara se soltando de Sirius.
- Eu quero o meu namorado. Vocês ficam ai, se agarrando e me deixando na vontade.
- Relaxa o corpinho, loirinha. - Começou Sirius.
- Se você me chamar de loirinha mais uma vez, eu juro que você vai comer areia. - Disse Cinthia sentada e olhando para a rua.

- IIII, que bicho mordeu? - Perguntou Nay olhando para a amiga.
- Nenhum. Só estou triste...
- E por que?
- Não sei. Derrepende bateu uma tristeza.
- Então, vamos animar isso aqui! Daqui a pouco vamos ter que encontrar os outros e só ficamos na praia. - Decidiu Sirius levantando e arrumando as coisas, como jogar o lixo no lixo, arrumar as roupas e etc. - Vamos, minhas lindas?
- Ain, desse jeito fico com ciúme. - Brincou Nayara abraçando o namorado. O mesmo fez Cinthia, sem se importar com Nay. - Ei, eu to aqui.
- Eu sei. Mais eu só abracei o seu namorado. Não fiz nada de mais. [u]Ainda![/u] - Brincou a loira dando um beijo na bochecha de Sirius.
- Desse jeito eu vou ter que agarrar o Remo. - Disse Nay rindo.

Lílian estava sentada na sorveteria do Beco sem Saída tomando um milk-shake de chocolate.
Tiago estava em uma loja de penas e pergaminhos e Remo tinha ido comprar um presente para a mais nova namorada.

- Posso me sentar? - Perguntou uma voz pouco conhecida da ruiva.
- Claro. - Ela respondeu olhando para ver quem era.
- Lílian Evans, não é?
- Uhum. Tales Sanches? - Ela arriscou olhando para o menino que estava se sentando.

Alto, branquinho, com pintinhas pelo corpo, cabelo moicano castanho escuro, assim como os olhos. Um corpo digno de tanta beleza. Uma boca desenhada e lábios carnudos. Um sorriso mais que perfeito.

- Sim. - Ele respondeu com um sorriso encantador, que fez Lilian se perder em meio a tanta beleza. - Mas e ai? Tudo bem?
- Aham. E contigo?
- Muito bem. Essa viagem está perfeita.
- Nossa, verdade. E ai? Vai ficar para o baile funk que vai ter?
- Acho que sim. E você?
- Também. Minha amiga quer tanto ficar, vou acabar curtindo.
- Meu pai disse que é bem movimentado e organizado. Pelo que parece vai ser um local fechado, né? - Ela assentiu ele continuou - Então, é melhor, e vai ser aqui no centro, e não nas favelas como sempre é.

Ficaram conversando sobre coisas banáis até que Lilian lembrou que havia conhecido o pai do Tales.
Conversaram sobre família dele. Ele explicou o porque que não tinha o Kallil, e sim Sanches.
A mãe dele faleceu. Complicações na gestação e na hora do parto. Por isso que o pai dele, Galende Kallil, colocou Sanches, ao invés de Kallil. Em forma de homenagear a esposa.


- Bom, eu vou procurar os meus amigos, pelo jeito eles esqueceram que eu nasci, ou melhor, que eu estou aqui. - Disse Lilian levantando e dando um beijo na bochecha do garoto.

Saiu e foi até a loja de penas e pergaminhos, mais não encontrou ninguém lá, a não ser a vendedora.
Perguntou para a mulher se ela havia visto algum menino por lá, explicou a aparencia dos meninos e a mulher lhe respondeu que eles haviam saido a poucos minutos, e que pelo jeito, foram a loja de instrumentos musicais.
Lilian foi até a loja e se deparou com uma cena não muito normal.
Tiago estava sentado no banco do piano, enquanto Remo estava tocando violão e o vendedor da loja estava escutando atentamente a música que o primeiro cantava.

[i]Perco tempo
E faço coisas que você parece nem notar
Tantos planos e outra vez eu vou embora sem saber o que falar
Talvez eu seja só um novo amigo
Talvez eu queira te levar comigo
Pra bem longe daqui
Onde nem o céu seja o limite
Esperei o tempo
Falar por mim
Coisas que eu não sei dizer
Olhando pra você
Sei que vejo
Você de um jeito que ninguém consegue enxergar
Tantos planos
E outra vez eu vou embora sem saber o que falar[/i]

Pigarreou alto e eles pararam no mesmo momento.
Remo guardou o violão e Tiago levantou do banco do piano.

- Ãnn, não sabia que vocês cantavam. - Comentou Lílian saindo da loja com os meninos.
- E não cantamos. - Disse Tiago.
- E o que eu vi e ouvi foi o que?
- Nada. - Respondeu Tiago.
- Ah ta. - Disse Lílian rindo.
- Na realidade, o Pontinhas estava me mostrando a música que ele compôs semana passada. - Interferiu Remo.
- Ele compõe? - Perguntou a ruiva surpresa.
- Aham. Quando ele está triste ou pensando em alguma coisa ele escreve canções e depois passa para mim e para o Almofadinhas.
- Nossa, não conhecia esse lado do Potter.
- Dá pra parar de conversar como se eu não estivesse presente? - Perguntou Tiago rindo.
- Tiago? - Perguntou Lilian.
- Fala, ruiva. - Ele respondeu sem dar importancia que estava brigada com ela.
- No que você estava pensando quando escreveu a música? - Ela perguntou parando e olhando para ele. Ele fez o mesmo.
- Eu não posso responder.
- E por que não? - Ela insistiu olhando nos olhos dele. Remo apenas observava a cena.
- Porque não está na hora.
- E quando será a hora?
- Quando chegar a hora eu te falo. - Ele disse passando as mãos na cintura dela. Ficaram uns minutos apenas se olhando.

Ele se perdeu naquele olhar de ternura e curiosidade, enquanto ela tentava entender porque ele causava aquela reação nela.

- O casal vai se beijar logo ou eu vou ter que forçar? - Perguntou Remo impaciente.
- Não vamos nos beijar! - Disse Lílian se soltando de Tiago e começando a andar na direção do Remo.
- Porque ela não quer. - Murmurou Tiago para si, caminhando lentamente até os amigos.

Tiago continuou andando com os amigos.
Resolveram ir para a praia, mais viram que já eram treze horas.
Foram então para o Shopping, no qual iriam encontrar os outros.

Nayara, Sirius e Cinthia foram caminhando lentamente na beira do mar.
As ondas iam e vinham, batendo nos pés deles.
Conversando animadamente nem repararam que já eram treze horas e vinte minutos.
Andaram rápido até o shopping em que iriam encontrar os outros três.

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