Lembranças d'Aquele-Que-Não-De



NARRADO PELA AUTORA

Em um lugar não muito longe dali...
Tiago e Lilian estavam abraçados e conversando. Parecendo dois namorados.
Estavam em um lugar que parecia um jardim. Flores, banquinhos e até bar haviam no lugar.
Sentados no chão, conversavam e riam a um tempo..

- Lilian, que música você gosta? - Perguntou Tiago abraçado a ruiva.
- Humm.. - Ela começou - Deixa eu pensar... Eu gosto de tudo um pouco, sabe? Mais prefiro as romanticas e agitadas!
- Nossa, ao extremo!!
- Adoro extremos! Mais e você?
- Na realidade, eu gosto disso também. Musicas românticas ou agitadas.
- Que bom, temos o mesmo gosto então! - Disse Lily dando um beijo na bochecha do garoto.
- Lils... e preciso te dizer uma coisa.. - Disse Tiago se afastando dela e olhando em seus lindos olhos verdes.
Ela o olhou apreensiva, ainda e silêncio. Então ele continuou.
- Eu venho guardando um segredo a um tempo.. E creio que chegou a hora de contar.
- Então, conte.
- Na verdade, são duas coisas. Primeiro, eu sei sobre a morte da sua mãe. Sei tudo, como foi e porque ela morreu.
- Como assim, Ti?
- Assim..

[i]Como você sabe, meus pais são aurores, e a família do Sirius é Comensal. Um dia, não me lembro ao certo, acho que

foi nas férias de Natal, o Almofadinhas e eu estavamos em casa e recebemos um bilhete. Dizendo que alguém nos

esperava próximo ao bosque que tem perto da minha casa. Fomos ver o que era, e para nossa surpresa, encontramos

Voldemort e seus Seguidores.
Eu perguntei o que ele queria e ele me respondeu.

FLASH BACK...

Estavam no bosque, Voldemort, os Comensais da Morte, Tiago e Sirius.
Vendo a situação, Tiago se irrita e resolve acabar com aquela brincadeira.

- O que você quer Voldemort?
- Como ousa falar o nome dele? Seu moleque insolente! - Bradou uma Comensal - Como ousa falar o nome dele?
- O medo de um nome só aumenta o medo da própria coisa. - Disse Sirius encarando a Comensal - E devo lembrar-lhes

que eu não tenho medo de um cara que ataca trouxas e se esconde.
- Não façam nada! - Ordenou Voldemort vendo que vários Comensais apontavam a varinha furiosos para os convidados. -

Não quero deixar uma má impressão.
- Já deixou! - Cortaram os dois.
- Vou encarar isso como um elogio, vindo de duas crianças como vocês.
- Vou encarar isso como um elogio, vindo de um covarde como você. - Retrucou Tiago.
Os olhos de Voldemort ficaram ainda mais vermelhos, como aquele garoto, sem varinha e sem permissão para fazer

Magia fora da escola tinha tanta coragem?

- Vamos voltar ao que interessa, queridos convidados!
- Fala logo. Não tenho muito tempo para perder com você e seus amiginhos. - Disse Sirius.
- Não vamos perder a calma. - Disse Voldemort sentando-se. - Sentem-se, sentem-se.

Tiago olhou para Sirius e sentaram-se. Ficaram em silencio um tempo, até que Voldemort voltou a falar.

- Como vocês já sabem, meus seguidores são muito fiéis a mim. E eu venho reunindo seguidores a um tempo. Homens

fiéis, leais, corajosos, e o mais importante, destemidos. Um informante de Hogwarts me disse que lá haviam dois

rapazes exatamente assim. Adoram quebrar as regras, humilhar os mais fracos, azarar quem cruze os seus caminhos. E

hoje, eu me encontrei com esses rapazes. Tiago Potter e Sirius Black. Potter vindo de familia rica e poderosa.

Destemidos e corajosos, altamente poderosos. Já o Black, vindo de uma família que me segue desde a primeira geração.

Como os Potter, destemidos, leais, poderosos, corajosos e tantas outras qualidades. Bom, meus caros, vocês devem

estar se perguntanto, mais para que tanta enrolação? Eu vou direto ao assunto. - E Voldemort fez uma pausa, respirou

e continuou falando. - Eu estou recrutando e quero convidá-los a se juntar a mim.

Tiago ficou sem respiração. Seu coração deu um salto, foi para o estomago e voltou. Enquanto Sirius, tentando

assimilar cada palavra, caia na gargalhada.

- Do que está rindo, Black? - Perguntou um Comensal.
- Isso tudo é uma piada! Estou esperando alguém gritar Primeiro de Abril, pessoal! - Respondeu Sirius ainda rindo, com

as mãos na barriga.
- Meu caro, isso não é uma piada! - Respondeu o Lord sem alterações na voz.
- Lógico que é. Você não percebeu que eu sou diferente dos outros Blacks?
- Sim. E foi exatamente isso que me chamou atenção em você.
- Mais, como eu posso explicar? Eu não quero fazer parte disso!
- Como assim, Black? - Perguntou o Lord das Trevas.
- Eu, não, quero, fazer, parte, disso! Resumindo... Eu NUNCA vou te seguir Voldemort! Só se for para te torturar até

a morte.
- E você Potter? - Perguntou Voldemort, vendo que o Tiago não teve reação aparente.
- Eu te conheço muito bem, - Começou Tiago - E sei que você não nos chamou aqui, exatamente aqui para fazer esse

simples pedido. Eu sei, que você é muito "bondoso" mais também é chantagista. Se a gente falar que não? O que

acontece?
- Eu já falei que não! - Bradou Sirius.
[b]- Cale a boca! - Disse Tiago. - Então, o que acontecerá?
- Conhecem as senhoritas Evans e Salvatori? - Começou Voldemort. Eles assentiram receosos, então ele continuou -

Creio que algumas coisas poderão acontecer a elas. Bom.. com a senhorita Evans já aconteceu. Eu matei a mamãe dela.

Mas, a senhorita Salvatori eu ainda não conheço. E se você, Black, me forçar a isso, vou ficar muito chateado de ter

que fazê-lo.
- Você não vai machucá-las! - Gritou Tiago se levantando rubro de raiva.
- Junte-se a mim e nada acontece a elas.
- NUNCA! - Gritaram os dois. Sirius estava de pé ao lado do Tiago, que se segurava para não bater em Voldemort.
- Então, quem vai pagar serão os quatro. - Disse Voldemort.
- Por que você sempre coloca pessoas inocentes nos seus planos, heim? - Perguntou Tiago.
- Porque é divertido! Por que você azara pessoas inocentes?
- Eu não azaro pessoas inocentes!
- E o que você faz com o Severo Snape? Os Malfoy? As Blacks?
- E desde quanto eles são inocentes? - Retrucou Sirius - E por que você matou a Evans?

Voldemort, ficou mais branco ainda, se era possível. Seus olhos clariaram e ele suspirou...

- Por amor.
- C-como? - Perguntou Sirius sentando-se novamente, seguido por Tiago.
- Eu a matei por amor. Eu a amava, desde sempre. Eu a conheci em um dia insolarado. Até me lembro como se fosse

ontem. Ou melhor, como se fosse hoje. Estava eu, andando livremente pelos jardins da cidade dela. Estava um dia

ensolarado e muito calmo. As ruas estavam deserta e foi por isso que eu resolvi sair. Ela usava um vestido florido até o

joelho. Aqueles abelos ruivos brilhando no sol. Bruna Evans brincava com a sua filha, Lilian de apenas 3 anos, no

parquinho local. Me aproximei e puxei assunto. Ela me disse tudo, uma mulher espetácular, se quer saber. Ficamos

conversando e eu acabei me apaixonando. Sempre eu ia lá no parque para encontrá-la. E ela, como sempre com sua

filha. Quando fiquei sabendo que ela era casada, fiquei maluco! Sempre atrás dela, falando que poderia amá-la como

ninguém. E ela sempre com a mesma resposta: ' Mas eu amo o meu Ed!'.
E eu, sempre com a mesma promessa, prometia coisas que estava disposto a cumprir. Mas, ela não estva nem ligando.
Passado um tempo, eu voltei até lá. Ela estava indo ao mercado, e eu aproveitei, fui falar com ela. Conversa vai,

conversavem e ela sempre dizendo as mesmas coisas: Me deixe em paz. Eu tenho uma família para cuidar e um marido

que me ama e que eu amo.
Preciso dizer que enlouqueci? Cheio de raiva a agarrei pelos braços e ela começou a chorar e a gritar.
Uma vizinha dela, que via a cena, tentou me impedir, então, eu lancei a Maldição Cruciatus nela.
Bruna Evans, via a cena paralisada e soluçando de tanto chorar. Não me aguentei de raiva e perguntei mais uma vez se

ela se casaria comigo. Foi a última vez que ela pronunciou alguma palavra. E essas mesmas palavras ecoam na minha

mente como se fossem hoje, como se ela estivesse viva dentro de mim: EU AMO O MEU MARIDO E MINHA FAMÍLIA,

EU NUNCA FICARIA COM VOCÊ. E foi isso meus companheiros. Bruna Evans morreu neste dia, neste mesmo dia que

eu decidi que nunca mais iria amar alguém, nunca iria atrás de alguém, nunca iria me apaixonar mais uma vez.

Todos estavam estáticos, ouvindo aquela história triste e, querendo ou não, todos estavam balançados com a história.
Alguns Comensais se sentaram enquanto Voldemort falava, Tiago e Sirius, se olhavam conversando pelo olhar.

- Então, foi isso. - Disse Voldemort compassadamente se sentando.
- E foi por isso que você matou a mãe da [u]minha[/u] Lily? - Perguntou Tiago se levantando.
- Sua Lily? - Repetiu Voldemort em tom de deboche.
- Sim, minha Lilian Evans! - Rebateu Tiago se alterando.
- Meu caro, aquelas ruivas são difíceis. Tudo farinha do mesmo saco.
- Não, aquela ruiva foi difícil para você. Porque o coração dela já era de outro.
- E você acha que a Lilian Evans gosta de você?
- Não. Mas ela ainda vai gostar! Agora se me dá licença preciso me retirar. - Finalizou Tiago fazendo sinal para Sirius

e saindo do bosque, seguido por Sirius, antes de sairem completamente do bosque ouviram os Comensais se levantando.

Os Comensais sentados se levantaram imediatamente, e os que estavam de pé começaram a andar rapidamente atrás dos

dois.
Voldemort então fez sinal para seus Seguidores ficarem onde estavam.

- Mais meu Lorde, eles estão saindo, estão indo embora! - Retrucou uma mulher mais baixa que todos, a voz muito

aguda, olhos escuros cobertos pela máscara e uma parte do cabelo enrolado a mostra por baixo do chapéu pontudo.
- Eu sei, estou com a visão perfeita Bela. - Disse Voldemort à Bellatrix Lestrange. Mesmo com apenas 14 anos, ela

estava aprendendo a ser uma Comensal da Morte. E pelo seus modos, não havia aprendido muita coisa.
- Meu amo, o você pretende pegá-los de surpresa em Hogwarts?
- Primeiro, se você vai se dirigir a mim use sempre o Senhor. Segundo, eu nunca iria aparecer na Escola de Magia e

Bruxaria de Hogwarts, não agora. E terceiro, esta conversa está me cansando. Já disse coisas que não deveria. Até

mais meus amigos. E Bellatrix, preste mais atenção nas suas falas. - E dizendo isso desaparatou.

Tiago e Sirius voltaram para casa e ficaram por lá.

FIM DO FLASH BACK[/i]

- Então foi isso meu anjo. - Disse Tiago que observava a sua amada deitada em seus braços.
Uma cena muito bonita. Tiago, deitado no chão, acariciando levemente os cabelos ruivos de Lilian. Que por sua vez

estava deitada em seu peito quieta. - Lily?? Lilian?? - Chamou Tiago vendo a sua amada com os olhos fechados e as

mãos em seu peito.
- Oi? - Disse Lilian abrindo os olhos, confusa com tudo o que havia ouvido. Se levantou vagarosamente e ficou sentada

olhando para ele. Tiago deitado no chão e ela sentada ao seu lado, olhando para os olhos castanhos esverdeado dele

que fascinava qualquer uma.
- Você está bem? Estava dormindo? Está cansada? Con..
- Calma Tiago. - Interrompeu a ruiva pousando delicadamente seu dedo nos lábios do moreno. - Eu estou bem.
- Ufa - Suspirou o moreno aliviado. - O que você estava fazendo então?
- Estava pensando nas palavras que acabei de ouvir. Desde quando eu sou sua? - Perguntou a ruiva em tom de

brincadeira.

Tiago corou e baixou os olhos. Ficou pensando no que poderia responder, então, Lilian o incentivou..

- Você estava mentindo? Ou estava falando a verdade?
- Na realidade.... eu.. estava... ãn.. como dizer? Eu.. er... - Começou Tiago. Certamente aquela era a primeira vez

que ele iria se declarar, e estava parecendo um idiota. Parou de falar e pensou mais uma vez. Será que estava na hora

de contar? Quando resolveu o que fazer..

- Até que enfim achamos vocês! - Exclamou alguém da porta.
- SIRIUS! - Exclamou Tiago em resposta.
- Nossa, o que vocês estavam fazendo aqui? Sozinhos? - Perguntou Nayara saindo de trás da porta.
- Nada. O Ti só estava me contando uns negocios da família dele.
- Hum... - Respondeu Sirius olhando para Tiago e depois para Lilian.
- Que fué? - Perguntou Lilian levantando e arrumando o vestido que estava amassado.
- Nadie. - Respondeu Nayara indiferente. - Bom, viemos aqui para chamar os pombinhos porque estavamos preocupados

com o sumiço repentino.
- Hum.. - Sussurrou Tiago. - Então, vamos? - Concluiu Tiago levantando e começando a andar em direção a porta, mas

alguém o puxou.
- Ti, você tem uma coisa para me contar!
- Desculpe, Lils, mais temos que ir. Quem sabe hoje a noite a gente não faz um Ritual de Segredos ou sei lá o que.
- Tá?! - Disse Lilian tristemente se encaminhando para a porta onde Tiago já havia sumido junto com Sirius.

Caminhou lentamente, seguida por Nay, até a porta do apartamento deles. Entrou no quarto que estavam as suas coisas,

pegou uma toalha, um roupão e se encaminhou ao banheiro.

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