Na sala do Dumbledore



Sirius e Nay sairam tristes e confusos. Os demais sairam rindo e conversando sobre a vinçança perfeita.
Andaram pelo castelo e chegaram no Lago, onde alguns estudantes brincavam e conversavam.
Sentaram e ficaram conversando. Sirius e Nayara ainda calados. Ela olhava para ele disfarçadamente quando ele não estava olhando. Anoiteceu e então voltaram para o Salão Comunal.
Todos foram para seus dormitórios. As garotas no dormitório do primeiro andar á direita e os Marotos no dormitório da esquerda.
Nayara estava perdida em pensamento quando alguém a chama da porta.

- Nay? Preciso falar contigo. - Chamou Sirius.
- É eu também. - Respondeu a morena levantando e pedindo para as amigas saírem do dormitório. Lilian e Cinthia foram para o dormitório dos Marotos, onde conversaram.

- O que vai acontecer agora? - Perguntou Sirius ainda na porta do quarto.
- A Sirius, eu acho que muita coisa aconteceu nesse tempo. Eu fiquei muito brava com você, mais agora eu sei que é mentira. Mais eu estou muito confusa, muito mesmo. Não sei o que fazer, nesse tempo que nós estamos separados, eu achei que seria legal voltar contigo, mas agora eu vejo que só na amizade está melhor. Você não acha isso?
- Sinceramente? - Começou Sirius com o coração partido, como se alguém o tivesse quebrado em milhões de pedacinhos. - Não acho isso, eu acho que se eu fiz tudo isso é porque ainda te amo. Senão, não teria perdido noites de sono pensando em uma maneira de você acreditar em mim.
- Você não quer entrar? - Cortou Nayara apontando o quarto.
- Tudo bem.

Sirius e Nay ficaram até altas horas conversando, ou melhor, discutindo a relação, até chegarem à conclusão que para eles era melhor só continuar com a amizade.

Nayara apesar de tudo ainda amava o seu Sirius, porém sabia que aquilo era o melhor a fazer. Não teve coragem para leva-lo até a porta e o deixou para ir embora para sempre.

Um pedaço da menina estava indo junto e parecia que nunca mais iria voltar. Lágrimas rolavam por seu rosto sem ao menos pedir licença, sem pedir passagem, sem permissão. Flashs momentâneos pareciam aparecer a desaparecer diante de seus olhos, para cada lágrima uma nova cena linda que unia os dois, que trazia o amor dos dois.

Aquilo estava se tornando insuportável, era melhor sentir uma dor física do que sentir o coração reclamando da saudade que irá sentir, a saudade que já começava a sentir.

Sua cabeça estava parecendo que iria cair a qualquer momento, junto com seu coração que estava a fazer um buraco dentro da moça, levando sua vida, sua alma, sua esperança, é...

Seu grande amor estava indo embora, e nunca mais voltaria, seu grande amor estava partindo e ela havia autorizado!

Sirius por outro lado, quando bateu a porta do quarto da ex namorada ficou olhando pasmo para o mesmo lugar onde tinha visto a sua amada, como se a porta fosse abrir a qualquer momento e revela uma moça apaixonada pedindo desculpas querendo voltar, mas depois de alguns breves minutos que para ele foram uma eternidade sua mente voltou à sanidade, retomou a consciência e partiu daquele lugar.

Seu corpo pedia para ficar sozinho, sua mente, sua alma, seu coração implorava para que ele esmurrasse a porta até que sua linda morena atendesse e ele pudesse se jogar em seu braços, mas para que fazer isso? Para que voltar atrás sabendo que não iria dar certo e iria sofrer novamente?

Quem disse que homens não choram? Quem nunca viu Sirius Black chorando? Pois naquele fim de noite as lágrimas rolavam no rosto do moreno sem nenhuma dificuldade.

Ele andou sem rumo pelos andares acima da Torre sem descer para o Salão Comunal até resolver voltar para o dormitório e ficar por lá. Não queria ver Tiago, Lílian, Remo e Cinthia agora, não seria saudável para ele, não queria se mostrar fraco! Fraco? Chorar por perder seu grande amor é ser fraco? Não seria, se ele mesmo não tivesse proposto que fossem só amigos. “Só amigos...” Essa frase ecoava em sua mente deixando o rapaz debilitado, sem ao menos saber o que fazer e para onde ia.

Depois de horas de agonia, chorando no silencio da noite que parecia ainda mais gelada do que antes há instantes, ele adormeceu.

Enquanto isso no quarto da morena ela chorava e soluçava no travesseiro. Tudo passando na cabeça dela. Tudo vinha a tona, depois de tantas lembranças e choros ela adormeceu igual a ele.

Duas semanas se passaram e eles nem perceberam.
Logo depois do plano tudo se normalizou, o Sirius e a Nay voltaram a se falar, mais ainda amigos. Tiago e Lilian estavam numa boa. Ela ainda pensando por quem ele estaria apaixonado. E ele, achando um jeito de conseguir o perdão da sua ruiva. Remo e Cinthia estavam quase namorando. Sempre juntos, fazendo tudo junto. Volte e meia, no lago, ele dormia em seu colo e vice-versa. Pedro estava mais alegre e comia menos, para espanto de todos.
Faltavam exatamente uma semana para o fim do ano letivo, e tudo começou a mudar. Preparativos para as viagens, conversas excitadas sobre o que iriam fazer nas férias, fim das provas e dos deveres de casa.
Tudo estava indo bem.
Até que um dia, estavam conversando e combinando sobre as férias que iriam passar juntos no Caribe, chegou a professora McGonagall ao Salão Comunal, avisando que o Professor Dumbledore queria ve-los em sua sala imediatamente.
Sem entender foram para a sala do diretor.

Disseram a senha, e subiram a escada.
Tudo estava arrumado, como sempre, na sala do diretor. Os quadros dos antigos diretores de Hogwarts estavam dormindo, ou fingindo dormir.
Entraram apreensivos e foram recebidos por um pio de boas vindas de Fawkes, a Fênix do Diretor.
Se encaminharam para as sete cadeiras que aguardavam na frente da mesa do diretor, sentaram e aguardaram.
Da esquerda para direita se encontrava: Tiago, Sirius, Remo, Pedro, Cinthia, Lilian e Nayara.
Cansada de esperar, Lilian levantou-se e foi brincar com o pássaro, que estava com uma aparencia excelente, pelos conhecimentos de Lilian e Remo, não fazia muito tempo que ela renascera das cinzas.
Ficou brincando com a ave uns instantes até que o diretor resolveu aparecer.
Desceu as escadas da sua sala e os encarou por alguns instantes. Pigarreou alto e começou a falar.

- Foi informado aos professores que na noite de sábado, á duas semanas atrás, aconteceu algo inesplicável na Torre de Astronomia. Dois grupos de estudantes denominados Marotos e Meninas fizeram justiça com as próprias mãos. - Informou - Senhorita Evans? O que sabe sobre tal assunto?

Dumbledore sabia mesmo como pegar a verdade. Lilian nunca mentiria para ninguém, muito menos para o diretor. Ela buscou ajuda nos olhares de Tiago. Embora, sem sucesso aparente, ela entendeu nos olhos do moreno que a verdade era melhor do que uma mentira.

- Eu sei, diretor, que de nós sete a única que não tem nada a ver com isso é a Nayara.
- Como assim, senhorita Evans?
- Nós todos temos culpa. Mais ela foi uma vítima, assim como os outros.
- Então, pelo que entendi, todos vocês tem culpa? Menos ela?
- Sim diretor.
- Então, Nayara Salvatori, queira se retirar. - Ordenou o diretor.

A morena levou alguns instantes para entender o que aconteceu e saiu da sala.

- Senhor Potter, Black, Lupin e Pettigrew. O que me dizem sobre isso? - Dumbledore os encarou através dos seus oclinhos de meia lua procurando respostas. - Principalmente os senhores Potter e Black, que já são fregueses da minha sala.
- Então, Dumby, a gente que aprontou isso. Fazia um tempo já que estavamos pensando em um jeito de nos vingar, e conseguimos. - Declarou Tiago.
- Tiago! - Ralhou Lilian - Você chamou o diretor de Dumby?
- Ahh minha querida, estou acostumado. - Disse Dumbledore sorrindo. - Quero que saibam que o que fizeram foi muito errado, muito errado mesmo. E eu espero que isso não se repita. Castigos foram impostos aos alunos da Sonserina. Todos eles, foram punidos, sem exceções. Primeiro porque usaram a Poção Polissuco e quebraram pelo menos meia duzia de regras desta escola, segundo porque prejudicaram dois colegas que estavam alegres e por último porque foram burros demais de virem me contar a verdade.
- Como assim? - Exclamou Cinthia.
- Estou brincando! Eu odeio ver alunos fazendo barbáries com os colegas que estão apaixonados. - Disse Dumbledore.
- Qual castigo vai ser imposto para a gente? - Perguntou Sirius que estava acustumado a limpar troféis até altas horas, a arrumar o Salão Principal sem magia, procurar animais estranhos na Floresta Proibida e etc.
- Para o senhor Lupin e a Senhorita Sokoloski, uma semana de detenção com o professor Filch, ele vai escolher o melhor para fazer com vocês. Para a senhorita Evans, limpar os troféis, os corredores, arrumar os dormitórios e tirar pó de cada quadro do castelo. Devo informar que tudo isso sem magia.
- O que? Sem magia? Vou demorar um século para fazer isso. O Harry e a Daniele já vão estar casados quando eu terminar! - Chiou Lilian.
- Harry e Daniele? - Perguntou Dumbledore sorrindo.
- É o nome que eu quero por nos meus filhos.
- Já pensando nos filhos? - Brincou Tiago - E já tem pai essas crianças?
- Não, né?
- Hum.. bom saber! - Disse Tiago piscando marotamente para a ruiva.
- Então, continuando, vai limpar tudo sem magia. Para o senhor Pettigrew uma semana sem comer fora do horário. - Prosseguiu Dumbledore.
- Como assim? - Questionou Pedro.
- Vamos te dar um relógio, se você comer no horário, tudo bem, se comer escondido ou for para a cozinha eu vou ser informado.
- Eu vou morrer de fome!
- Não vai não. Eu como nos horários e estou vivo ainda.
- Ah fala sério.
- E falo. - Cortou Dumbledore. - Nos próximos dois jogos de Quadribol, o senhor Potter não vai jogar.
- Isso vai ser o ano que vem. E a Grifinória sem apanhador vai ser um fiasco. - Choramingou Tiago.
- Mesmo com artilheiros excelentes igual a nós. - Completou Sirius.
- Que lástima, eu acabei de perceber isso. - Disse Dumbledore sorrindo - Vamos fazer assim: Todos vocês estão dispensados dos castigos. Tudo bem para vocês?
- Tudo excelente! - Exclamaram todos.
- Mais diretor, isso será injustiça com os outros alunos. - Disse Lilian com sua interminável ética.
- Eu decido o que é injustiça Lilian. - Falou Dumbledore - Nos meus conhecimentos básicos de injustiças, creio que essa injustiça não chegará nem perto do que eles fizeram ao Sirius e a Nayara. Todos estão dispensados dos castigos, mais devo informa-lhes que fazer justiça com as próprias mãos não leva a nada. E quero que reconheçam o erro gravíssimo que cometeram.
- Nós sabemos. - Disse Tiago.
- Então, senhor Potter, Pettigrew, Black e senhorita Sokoloski podem sair.
- Diretor, eu preciso perguntar uma coisa. - Disse Sirius antes de sair.
- Estou ouvindo Sirius.
- Será que tem como eu mudar de posição no Quadribol?
- Para batedor?
- É. Como o senhor sabe?
- Eu não deixo escapar um detalhe senhor Black. Eu vou averiguar essa hipótese e te mando uma resposta nas férias.
- Tudo bem. - Disse Sirius saindo seguido pelos amigos, menos Lilian e Remo que continuavam na sala com o diretor.
- Senhorita Evans, quando entrou nesta escola o que mais lhe chamou atenção? - Perguntou Dumbledore.
- Como assim?
- Deixa eu mudar a pergunta. Quando entrou aqui, o que você queria conquistar?
- Sinceramente?
- Sim.
- Eu queria ser uma das melhores alunas. E depois, quem sabe, me tornar monitora da Grifinória.
- O primeiro desejo já foi conquistado. - Declarou o diretor. - Acho que está na hora de você conquistar o segundo. O que me diz?
- Eu? Monitora? - Perguntou Lilian sem acreditar nos próprios ouvidos. - Mas diretor, geralmente o senhor não pergunta aos alunos se desejam ser monitores.
- Eu sei. Mais já que estamos aqui, me responda.
- É óbvio que quero! É o meu sonho! - Disse Lilian se enchendo de alegria.
- Ótimo, então, nos próximos anos letivos você será monitora da Grifinória. Vamos te mandar o distintivo da monitoria junto com a carta do próximo ano. Pode se retirar.
- Obrigada diretor! - Exclamou Lilian pulando de alegria. Saiu da sala do diretor e caminhou alegremente até o Salão Comunal.

- Diretor? Posso ir também? - Perguntou Remo.
- Antes tenho uma coisa para te perguntar.
- Estou ouvindo.
- O senhor aceitaria ser monitor junto com a senhorita Evans?
- Mais é claro! Eu adoraria. - Disse Remo com um sorriso enorme nos lábios. - Mas por que eu? O Tiago e o Sirius são excelentes alunos.
- Mas são bagunceiros. E, devo informar-lhe que, com você na monitoria eles devem ficar mais calmos e menos encrenqueiros.
- Professor, e se as minhas vigias dos corredores coincidir com as luas cheias?
- Lilian vai entender perfeitamente que sua mãe adoeceu e que você precisa urgentemente falar com ela.
- Já usei essa desculpa.
- Então, ela entende que uma dor de barriga pode derrubar qualquer um.
- Ok. Então, no próximo ano eu serei monitor, junto com a Lily?
- Sim. E aproveite a oportunidade para acalmar os seus amigos. Não quero informar ao James e a Khyara que eles aprontaram mais uma vez.
- Pode deixar comigo. Não vou decepcioná-lo.

Remo saiu da sala do diretor radiante.
Foi para o Salão Comunal onde encontrou Lilian contando a novidade. Aproveitou a oportunidade de contou também.

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