Décimo Capítulo.



~~> Décimo Capítulo.
“Frio de inverno...”

O inverno havia chegado, e com ele a fofa e branca neve. Poucas semanas separavam os alunos do recesso de Natal, muitos estavam ansiosos para rever os seus pais, poucos desejavam não ter que ir encontrar suas famílias.
Era um Sábado, o frio estava intenso e os alunos andavam por aí com suas luvinhas de frio, gorros e agasalhos. Uma boa parte das pessoas estavam com as bochechas rosadas devido ao frio.
- Poxaaa!! – Reclamou Liu no salão comunal da Grifinória bem perto da lareira. – Está muito frio! – Exclamou aquecendo as mãos no fogo da lareira.
- Vem cá que eu te esquento... – Disse Sirius puxando Liu para perto de si.
- Nem vem Si... – Murmurou Liu. – Eu estou me esquentando aqui na lareira... – Pontuou dando língua para Sirius.
- Calor humano é bem melhor... – Pontuou Sirius sorrindo marotamente.
- Prefiro a lareira... – Retrucou Liu.
- Mas eu prefiro você... – Murmurou Sirius abraçando Liu.
- Hey! – Exclamou James que estava travando uma partida épica de xadrez bruxo com Remus. – Todos prontos para hoje a noite?! – Perguntou normalmente, já que só estavam lá ele, Remus, Sirius, Liu, Lily, Lele e Peter.
- Mais do que pronta! – Exclamou Lele que havia se aproximado ainda mais de Remus nesses meses que antecederam Dezembro.
- Liu... – Começou James. – Desistiu de ser artilheira mesmo não é?! – Perguntou curioso porque a garota não havia ido no dia do teste.
- Eu pedi para ela não fazer o teste... – Disse Sirius sorridente.
- Eu só desisti porque ele quase se jogou da torre de astronomia... – Pontuou Liu rindo.
- AHSduashdaus!! – Riu James. – Que cachorro dramático... – Pontuou sem desviar sua atenção do jogo de xadrez.
- Cheque – Mate! – Exclamou Remus com um sorriso vitorioso.
- Que saco! – Retrucou James com uma cara tristonha.
- Paciência James... – Começou Lily. – É só a quarta vez que você perde para ele em uma hora... – Disse sorrindo.
- Muito engraçada Lily... – Murmurou James olhando para a ruiva.
- Mas é a verdade... – Pontuou Peter.
- Eu exijo uma revanche! – Exclamou James.
- Você gosta de perder Pontas... – Concluiu Remus arrumando o tabuleiro novamente.
- Vocês poderiam fazer algo melhor do que jogar xadrez... – Pontuou Sirius com um sorriso maroto.
- Tipo o quê?! – Perguntou James olhando para o amigo.
- Namorar... – Respondeu Sirius sorrindo.
- Eu namorar com o Aluado?! – Perguntou James. – Andou fumando o quê Almofadas?! – Perguntou sorrindo.
- Dããã! – Exclamou Sirius. – Arrumem uma namorada... – Disse com um olhar assim “¬¬”.
- Nem precisa procurar muito! – Exclamou Peter recebendo olhares mortais de Remus e James. – Eu quero dizer...tem a Lele e a Lily aí... – Terminou sendo literalmente fuzilado pelos olhos de James e Remus.
- Errrr.... – Murmurou Lily corada. – Como é mesmo que nós vamos para Hogsmeade?! – Perguntou para mudar o assunto.
- Passagens secretas! – Exclamou James que viu no olhar de Lily que ela queria mudar o assunto da conversa.
- Aposto com você que esses dois ficam juntos hoje... – Murmurou Sirius para Liu que apenas sorriu discretamente.
- Aff Cris! – Exclamou Vivi no salão comunal da Lufa – Lufa.
- É sério... – Murmurou Cris. – Você vai ver se eu não vou matar ela no Natal... – Disse sorridente.
- Matar quem?! – Perguntou Mary Kate chegando de repente.
- A sua “querida” priminha... – Respondeu Cris sem demonstrar nenhum tipo de sentimento, ela era fria como uma pedra de gelo.
- Eu já disse que você não pode fazer isso! – Exclamou Mary Kate alterando – se.
- Está com pena dela?! – Perguntou Cris com um sorriso maléfico.
- Não... – Respondeu Mary Kate incerta. – É só que a minha mãe disse que só ela pode fazer isso... – Pontuou confusa.
- Eu não obedeço ela mesmo... – Começou Cris. – Vou deixar para fazer isso quando voltarmos do recesso do Natal então...- Pontuou com um olhar indiferente.
- Liu... – Começou Sirius. – Que carta foi aquela que você recebeu no café da manhã?! – Perguntou curioso.
- Foi da minha tia... – Começou Liu. – Avisando que eu vou passar o recesso lá na casa dela, quer eu queira ou não... – Completou com um olhar de tristeza.
- Numa boa... – Começou Sirius. – Ela é chata... – Pontuou. – Muito chata... – Adicionou com sua sobrancelha esquerda arqueada.
- Põe chata nisso... – Completou Liu.
- Você tem mesmo que ir para lá?! – Perguntou Sirius entristecido. – Quero dizer...nós todos combinamos de passar o Natal na casa do James...vai ser tão legal... – Disse com esperança de Liu dizer que ela poderia ir para a casa do James.
- Tenho que ir sim Si... – Respondeu Liu. – E eu sei que provavelmente ela vai me abandonar lá na casa dela no dia do Natal, e sair com a minha prima... – Adicionou com uma cara de desanimo.
- Aff!! – Exclamou James que estava ouvindo a conversa enquanto tentava novamente ganhar de Remus. – Que mulher bruxa no sentido trouxa da palavra... – Pontuou com uma cara de reprovação.
- Se divirtam por mim... – Murmurou Liu sorrindo.
- Eu não me divirto sem você... – Pontuou Sirius sorrindo marotamente. – Eu vou dar o meu jeitinho e passar o meu Natal com você... – Disse ainda sorrindo.
- Impossível Si... – Pontuou Liu olhando para o maroto. – Mas sonhar não custa nada... – Adicionou sorrindo.
- Eu vou contar tudo para a minha mãe... – Murmurou Mary Kate.
- E ela vai fazer o quê?! – Perguntou Cris com uma cara de quem não estava nem aí para o que Mary Kate havia dito.
- Não sei! – Exclamou Mary Kate confusa. – Mas eu vou contar! – Disse novamente.
- Conte... – Murmurou Cris. – Quem sabe ela não resolve me ajudar... – Disse sorrindo maleficamente.
- Você deveria parar com isso... – Disse Vivi olhando para a amiga.
- Você deveria ser menos sentimental... – Retrucou Cris.
- Vamos?! – Perguntou Remus. – Ainda temos que falar com o Pirraça... – Pontuou.
- Espera... – Começou James. – A partida ainda não acabou! – Exclamou confiante de que ia ganhar.
- Cheque – Mate! – Exclamou Remus. – Agora acabou... – Murmurou e ao ver que o sol já estava indo embora disse. – Vamos?!
- Vamos... – Murmurou James cabisbaixo levantando - se.
Eles seguiram até um corredor aonde tinham marcado de encontrar a Bel, a Júlia e o Thomas.
- Pensei que tinham desistido... – Pontuou Bel quando já estavam todos no mesmo corredor.
- Marotos desistirem?! – Perguntou Sirius.
- Nunca! – Responderam Remus, James e Peter.
- Boa noite meu fofo... – Saudou Júlia indo abraçar Peter.
- Vamos logo... – Apressou Remus. – Temos que falar com o nosso querido Pirraça... – Completou sorrindo marotamente.
- Chamaram?! – Perguntou um ser feito de ectoplasma que trazia um sorriso confiante na face transparente – azulada.
- Está pronto, Pirraça?! – Perguntou James com uma cara confiante.
- Resolvi que não vou mais ajudar vocês... – Brincou o ser ectoplasmático enquanto deitava – se no ar.
- Viu que é uma tarefa muito complicada para você é?! – Perguntou Sirius com um olhar desafiador.
- Black, Black... – Murmurou Pirraça. – Nada é complicado para mim, eu só estava de brincadeira com vocês... – Disse com um sorriso enigmático.
- Então preste atenção... – Começou James. – Você vai nos ajudar à sair do castelo... – Disse pausadamente.
- Está certo... – Concordou Pirraça. – Preparados para correr?! – Perguntou com um sorriso desafiador.
- Sim! – Responderam todos de vez.
O fantasma saiu pelos corredores espalhando “horrores”, rapidamente o local havia sido “evacuado” pelos próprios alunos, que para a segurança dos mesmos resolveram ficar em salas ou nos salões comunais para evitar ser vitima das brincadeiras de mal gosto do ser ectoplasmático.
- Pronto! – Exclamou James quando todos já estavam fora do castelo, protegidos pelas árvores.
- E agora?! – Perguntou Liu curiosa.
- Agora nós vamos ir até o salgueiro lutador... – Respondeu Sirius enquanto abraçava Liu por trás.
- Não gostei muito da idéia... – Pontuou Liu arqueando uma de suas sobrancelhas.
- Tem uma passagem secreta que vai dar na casa dos gritos... – Completou James sorrindo.
- Agora eu passei à gostar menos ainda... – Disse Liu com medo no olhar.
- AHSduahsdu! – Riu Sirius. – Eu te protejo Liu... – Falou no ouvido da garota.
- E eu te protejo Almofadas! – Exclamou James só para pirraçar Sirius.
- E eu te protejo Pontas! – Exclamou Remus deixando James com uma cara bem assim “¬¬”.
- E eu protejo todos vocês! – Disse Peter se achando o tal.
- Vamos morrer... – Murmurou Sirius para Liu que apenas riu.
- Vamos logo?! – Perguntou James ao notar que estavam todos parados.
- Nhaiii!! – Exclamou Lily. – Está muito frio... – Pontuou esfregando suas mãos cobertas pelas luvas.
- É psicológico Lily... – Brincou James sorrindo marotamente.
- Psicológico nada... – Murmurou Lily arqueando a sobrancelha direita. – Vou te trancar num frigobar para você ver o que é psicológico... – Brincou piscando para James.
- Nossa... – Murmurou James. – Não conhecia esse seu lado maléfico, Lily... – Disse piscando de volta.
- Hasudhasudh! – Riu Lily a medida em que todos iam em direção ao salgueiro lutador. – Quem é que vai parar a árvore?! – Perguntou quando já estavam todos perto o suficiente e longe o bastante do salgueiro lutador.
- Eu paro! – Exclamou James chamando a atenção de todos enquanto Peter ficava propositalmente para trás. – Meu Merlim...eu acho que não vai dar certo... – Disse fingindo estar com medo da árvore e atraindo ainda mais a atenção de todos para ele enquanto andava para trás.
- Peter?! – Perguntou Júlia ao notar a ausência do namorado.
- Ele deve ter ido tirar a água do joelho... – Pontuou Remus ao ver um rato subindo na árvore.
- Olha! – Exclamou Lily apontando para o salgueiro lutador. – Ele parou... – Disse sorrindo.
- Vamos logo! – Pontuou James apontando para um buraco.
- Certo... – Murmurou Liu desconfiada sem sair do lugar. – E a gente entra por aí?! – Perguntou com uma sobrancelha arqueada.
- Sim... – Respondeu Sirius guiando Liu para perto do buraco.
- Eu não gosto de lugares fechados e pequenos... – Pontuou Liu com uma cara de pânico.
- Claustrofobia?! – Perguntou Lily olhando para a amiga.
- Sei lá... – Respondeu Liu. – Mas eu não gosto da idéia de descer por aí não... – Completou tentando voltar mas sendo barrada por Sirius.
- Vamos Liu... – Murmurou Sirius.
- Se eu morrer a culpa vai ser toda sua... – Disse Liu olhando para Sirius.
- Eu convivo com isso... – Brincou Sirius piscando para Liu.
- Eu vou primeiro!! – Prontificou – se Lele entrando pelo buraco gritando de alegria.
- Me espera Lele! – Exclamou Remus indo logo depois de Lele.
Todos desceram pelo buraco, alguns por livre e espontânea pressão, outros se divertindo. Ao chegarem em Hogsmeade, Peter apareceu de repente e eles se dividiram em duplas por conta própria, formando “casais”.
Lily e James passeavam por perto de algumas árvores que estavam cobertas por neve, brincavam juntos, jogando bolas de neve um no outro. Por um momento começaram à se encarar em silêncio, em pequenos movimentos eles se aproximavam.

“There's a calm surrender
To the rush of day,
When the heat of a rolling wind
Can be turned away...
(Existe uma calma rendição ao tumulto do dia,
Quando o calor de um vento rodopiante pode ser afastado.)”


Já haviam passado por tantas coisas juntos, tantas brigas, tantos olhares…Finalmente eram amigos, todas as brigas do passado pareciam ter cessado por um tempo, nem que você somente pelos minutos que estavam trocando olhares ali, debaixo de uma árvore branca de neve.

“An enchanted moment,
And it sees me through
It's enough for this restless warrior
Just to be with you…
(Um momento encantado e ele me acompanha até o fim,
É o suficiente para este guerreiro inquieto
Simplesmente estar com você.)”


Para James, só de estar ali, junto de sua tão Amada “Evans”, nem que fosse apenas como um amigo, já era o suficiente...parecia um momento de conto de fadas, os olhares correspondidos, o sorriso que brotava nos lábios daquela ruiva, será que ela finalmente havia resolvido corresponder os sentimentos dele?!

“And can you feel the love tonight?
It is where we are
It's enough for this wide-eyed wanderer
That we've got this far…
(E você consegue sentir o amor esta noite?
Ele está onde estamos.
É o suficiente para este peregrino de olhos abertos,
Que tenhamos chegado tão longe.)”


Lily resolveu então aproximar – se mais do maroto, parecia que ele estava com medo de tomar uma atitude, e acabar sendo apressado demais, de uma maneira que ela se afastasse dele novamente. Os seus rostos estavam à poucos centímetros de distância, James mal podia acreditar em seus olhos, era mesmo sua ruiva se aproximando dele, ou haveria de ser apenas mais um de seus sonhos utópicos?!

“And can you feel the love tonight,
How it's laid to rest?
It's enough to make kings and vagabonds
Believe the very best…
(E você consegue sentir o amor esta noite?
Como ele está estendido para repousar...
É o suficiente para fazer reis e vagabundos
Acreditarem no melhor.)”


O Amor estava no ar...Sim, depois de tanto tempo talvez ,aquela ruiva de olhos extremamente verdes, houvesse se decidido por dar uma chance ao seu grande Amor, James Potter, o garoto maroto de cabelos rebeldes. Ela não mais o julgava como sendo apenas um garoto que esqueceu de crescer, com atitudes repugnantes, havia visto o quão gentil ele era capaz de ser, e o quão leal ele era para com os seus amigos.

“There's a time for everyone,
If they only learn
that the twisting kaleidoscope
Moves us all in turn…
(Existe um tempo para todos, se eles apenas aprendessem
Que o caleidoscópio que gira move a todos nós, um após o outro.)”


Tudo é questão de tempo, e era exatamente isso que o Amor dos dois precisava...de Tempo para ser descoberto.

“There's a rhyme and reason
To the wild outdoors
When the heart of this star-crossed voyager
Beats in time with yours…
(Existe um verso e motivo para as vastidões ao ar livre,
Quando o coração deste viajante desafortunado
Pulsa em rítmo com o seu.)”


Ambos sentiam o coração do outro bater junto ao seu. Estavam tão próximos, que se fosse posto em tempo a distância entre ambos não chegaria a um milésimo de segundo.

“It's enough to make kings and vagabonds
Believe the very best…
(É o suficiente para fazer reis e vagabundos
Acreditarem no melhor.)”


- Eu te Amo Lily... – Murmurou James quando sentiu a testa de Lily tocar na sua.
- Eu também te Amo James... – Murmurou Lily de volta.
Embora a iniciativa da aproximação tivesse vindo de Lily, a iniciativa do primeiro beijo de Amor entre os dois veio de James, fazia muito tempo que ele ansiava pelo toque dos lábios daquela ruiva, e finalmente conseguira o que tanto desejava, finalmente ela era sua...sua Lily.
Ao se separarem do beijo, ficaram alguns segundos olhando um nos olhos do outro, até que um dos dois resolveu se pronunciar à respeito de tudo aquilo.
- Lílian Evans... – Começou James se ajoelhando aos pés de Lily. – Me aceita como seu namorado?! – Perguntou com um sorriso maroto nos lábios.
- Promete que ainda irá me Amar amanhã de manhã?! – Perguntou Lily com um belo sorriso em seus lábios.
- Para todo e sempre... – Respondeu James sorrindo marotamente e se levantando.
- Nesse caso... – Começou Lily passando seus braços ao redor do pescoço do maroto. – Eu aceito sim... – Disse olhando nos olhos de James e logo após beijando - o.
Em um banquinho de cimento nem tão longe da loja Zonko’s Logros e Brincadeiras, um quase casal conversava sobre...nada na verdade, ambos pareciam ter esgotado o que tinham para falar, ou simplesmente não conseguiam se lembrar pelo simples fato de estarem próximos.
- Eu gosto da neve... – Pontuou Lele olhando para a branca neve que estava repousada no chão.
- “E eu de você...” – Pensou Remus olhando para Lele enquanto ela olhava para a neve. – A neve é realmente muito bonita... – Concordou atraindo o olhar da garota.

“I can't keep this from you
I've held it in so long
It's time to tell the truth
Keeping it from you is wrong
I can't keep this from you
It's so simple I'm afraid
When I tell you how I feel
You'll just laugh and call me crazy…
(Não posso esconder isto de você
Guardei isto em mim por tanto tempo
Já é hora de dizer a verdade
Esconder isto de você é errado
Não posso esconder de você
É tão simples que tenho medo
Que quando eu disser o que sinto
Você vá rir e me chamar de doido.)”


Remus estava em conflito com o seu eu interior, não poderia mais esconder os seus sentimentos por muito tempo, alias, fazia tempo demais que ele cultivava seu Amor secreto por essa certa garota chamada Letícia Bouvier. Mesmo sabendo que Amor secreto só faz mal, principalmente para quem o cultiva, o simples pensamento de não ter seus sentimentos levado à sério o impedia de se declarar.

“And I can't keep
This love a secret
And I don't want
To go on longing
I just want a chance for me to prove
My love and I can't keep this from you…
(Não posso manter
Este amor em segredo
E nem quero
Continuar só no desejo
Só quero uma chance de provar
Meu amor, e não posso mais esconder isto de você)”


Ele não queria manter seus sentimentos guardados, ele não podia fazer isso. Ele queria puder beijar aquela garota, ou simplesmente abraçar ela à qualquer momento. Resolveu então esperar por uma chance de provar para ela que ele a Amava.

“I can't keep this from you
It's hard to breathe in here
I just seem to act the fool
Every time I feel you near…
(Não posso esconder isto de você
É difícil respirar aqui
Acho que estou bancando o bobo
Cada vez que você se aproxima)”


Havia se tornado difícil para Remus respirar quando Lele estava por perto, sua cara era de um bobo. Ela estava ali do lado dele, e ele não sabia o que fazer, havia perdido o controle sobre suas emoções, era um misto de tanta coisa boa, que ele não sabia como reagir.

“I can't keep this from you
No matter what you say…
(Não posso esconder isto de você
Não importa o que você diga)”


- “Eu não posso mais continuar com isso, é hora de dizer a verdade...” – Pensou Remus. – Lele...eu tenho algo para lhe dizer... – Confessou olhando para a garota.
- O que foi Remus?! – Perguntou Lele curiosa, sua ansiedade era evidente em seu olhar.

“Anything is better now
Than going through my life this way
And I love every move you make
Can't you hear every heart you break?
And don't you know when I hear your name?
Just the sound of it shoots me down in flames…
(Qualquer coisa é melhor, agora,
Do que continuar a viver deste jeito
Eu adoro cada movimento que você faz
Você não escuta cada coração que se parte?
Sabia que quando ouço seu nome,
O simples som faz meu coração se inflamar?)”


- Eu não posso continuar escondendo isso de você... – Confessou Remus.
- O quê?! – Perguntou Lele confusa.
- Eu Amo cada pequena coisa que você faz... – Começou Remus olhando nos olhos da garota. – Amo cada pedacinho de você... – Continuou. – Cada vez que ouço o seu nome o meu coração bate em um ritmo frenético... – Disse acariciando o rosto da garota. – Eu te Amo Lele... – Falou por fim.

“I just want a chance for me to prove
My love and I can't keep this from you
Oh no I just can't keep this from you…
(Só quero uma chance de provar
Meu amor, e não posso mais esconder isto de você
Oh não! Não posso mais esconder isto de você)”


- Deixa eu te mostrar o quanto eu te Amo... – Pediu Remus aproximando – se da garota, que apenas balançou a cabeça positivamente.
Um beijo, vários segundos, muitos sentimentos unidos em imagens psicodélicas que se passavam na mente daqueles dois jovens que estavam de olhos fechados para o mundo, e de olhos abertos para o Amor.
- Eu te Amo Remus... – Começou Lele ao se separarem do beijo. – Sempre te Amei... – Confessou olhando nos olhos do maroto.
- Eu também sempre te Amei Lele... – Confessou Remus. – Mas nunca fui maroto o suficiente para te dizer... – Disse correspondendo o olhar da garota. – Você aceita ser a minha namorada?! – Perguntou esperançoso.
- Só se eu estivesse maluca que eu não aceitaria... – Respondeu Lele animada. – Alias! Mesmo maluca eu aceitaria... – Corrigiu sorrindo para o maroto.
O passeio clandestino continuou em paz e Amor, muito Amor. Não tiveram problemas para voltar para o castelo,voltaram em paz também.
As semanas se passaram, era o dia em que todos que iriam passar o recesso com os pais se despediriam temporariamente de Hogwarts.
- Nem acredito que só vou voltar a te ver depois do recesso... – Murmurou Sirius para Liu. – Não tem como você ir com a gente mesmo não?! – Perguntou com uma cara de criança abandonada em dias de chuva.
- Não tem, a menos que vocês consigam convencer a tia Marta... – Respondeu Liu cabisbaixa.
- A gente pode tentar... – Disse Sirius tentando animar Liu.
- Inútil tentar... – Confessou Liu. – Ela já deve estar me esperando na estação... – Murmurou olhando pela janela sabendo que faltava pouco para chegar na estação de Londres.
- Ah Liu... – Começou Lily que estava sentada ao lado de James. – Eu prometo que vou te mandar uma carta no dia do Natal... – Disse sorridente.
- Eu também! – Exclamou James que havia repousado seu braço no ombro de Lily.
- Se divirtam por mim... – Disse Liu olhando para os amigos. – Mandarei carta para todos vocês, nem que seja clandestinamente... – Completou sorrindo marotamente.
- Eu vou tentar falar com a sua Tia Má... – Pontuou Sirius. – Se ela resistir à minha cara de anjo pelo menos eu vou ter tentado... – Disse sorrindo.
- Eu só sei que vou passar o meu Natal ao lado do meu Amor... – Disse Lele dando um selinho em Remus.
- Sem dúvidas... – Murmurou Remus com uma cara de apaixonado.
- Claro que eu queria que você estivesse com a gente... – Adicionou Lele olhando para Liu.
- Eu sei... – Disse Liu piscando para a irmã gêmula banana. – E a Bel, ela também vai com vocês para a casa do James?! – Perguntou curiosa.
- Não...- Respondeu James. – O Thomas vai apresentar ela para a família dele... – Disse sorrindo.
- Uhhh!! – Murmurou Liu. – A coisa ta séria então... – Adicionou rindo.
O trem então chegou em seu destino cruel para alguns. E lá estava ela, aquela mulher magra dos cabelos longos e negros e olhos verdes. Liu já conseguia ouvir sua voz mesmo tendo acabado de sair do vagão.
- Maryzinhaaa!! – Gritava a mulher de voz irritante.
- Mãeee!! – Respondeu Mary Kate na mesma intensidade, por um segundo havia esquecido o medo que tinha de sua mãe, afinal, é normal sentir saudades da pessoa que te pôs no mundo.
- Cadê a imprestável da sua prima?! – Perguntou Marta imediatamente.
- Ali... – Disse Mary Kate desapontada enquanto apontava para Liu, porque a sua mãe havia perguntado por ela antes mesmo de perguntar como a própria filha estava indo no colégio?!
- Já volto... – Avisou Marta indo em direção a Liu que estava se despedindo de seus amigos e de seu namorado.
- Tchau Si... – Murmurou Liu abraçando o maroto.
- Tchau minha pequena...- Murmurou Sirius de volta.
- Vamos encosto! – Exclamou Marta puxando Liu para longe de Sirius, antes mesmo que pudessem se despedir direito.
- Agora não! – Exclamou Liu resistindo ao puxão da Tia. – Primeiro eu irei me despedir de meus amigos... – Disse com raiva no olhar.
- Eu mando em você... – Começou Marta.- E eu estou dizendo que nós estamos indo agora! – Falou pausadamente.
- Ela pode pelo menos se despedir de mim?! – Perguntou Sirius apelando para o lado bom de Tia Marta, mal sabia ele que ela não tinha um lado bom.
- Er...não?! – Respondeu Marta com um olhar de desprezo.
- Depois eu te mando uma carta Si... – Disse Liu que não estava afim de discutir com a Tia em plena estação. – Te Amo... – Murmurou olhando para o maroto.
- Não vai mandar carta nenhuma... – Avisou Marta em um tom autoritário de voz. – E eu te proíbo de namorar esse daí... – Adicionou apontando para Sirius.
- Você não manda em mim! – Gritou Liu. – Estou farta de você e sua filha... – Disse com os olhos marejados.
- Uma pena... – Começou Marta. – Porque até os dezoito eu mando em você sim! – Exclamou voltando a segurar o braço de Liu tão forte que suas unhas deixaram marcas. – Se você quer namorar com esse daí o problema é seu...não vou me meter nisso, tenho outras coisas para me preocupar agora... – Confessou sem dizer que havia recebido uma carta de Mary Kate contando dos planos de Cris, e que pretendia por um fim nisso tudo.
- Solta ela... – Disse Sirius ao ver que Marta estava machucando o braço de Liu.
- Não se meta frangote... – Retrucou Marta que estava muito estressada com tudo aquilo. – E você... – Disse virando – se para Liu. – Vamos agora! – Falou bem devagar.
- Feliz Natal gente... – Despediu – se Liu sendo arrastada para longe dali.
- Putz! – Exclamou Sirius. – Que...que mulher mais...Arghhhhhhhhh !!! – Disse ao olhar a cena e ver Liu olhando para trás para olhar para ele.
- Então... – Começou James. – Falou com o irmão dela sobre a surpresa?! – Perguntou com um sorriso maroto.
- Falei! – Exclamou Sirius. – Vamos salvar o Natal dela... – Disse sorridente.
- Merlim nos ajude à enfrentar esse dragão então! – Exclamou Lily se referindo a Marta.
- Merlim nos ajude mesmo, ruivinha linda... – Disse James abraçando Lily por trás.
- Isso não é justo! – Exclamou Sirius. – Eu sobrei de vela! – Adicionou com uma cara de desanimo.
- Vamos Mary Kate! – Disse Marta praticamente gritando enquanto arrastava Liu pela estação, Mary Kate apenas obedeceu.
- Pode me soltar! – Exclamou Liu. – Eu não sou uma criança! – Disse irritada.
- Por isso mesmo eu não vou te soltar! – Exclamou Marta cravando ainda mais suas unhas no braço de Liu, que agora já sangrava em pequenas partes. – Nós vamos de carro... – Avisou. – Aquele transporte de trouxa! – Adicionou como se nenhuma das duas garotas houvessem entendido.
- Eu sei o que é um carro... – Murmurou Liu segurando as lágrimas.
- Quieta! – Exclamou Marta. – Agora entrem no carro! – Mandou abrindo a porta e praticamente jogando Liu para dentro enquanto Mary Kate entrava no banco da frente com um certo medo.
- “Acho que a carta mexeu com ela...” – Pensou Mary Kate enquanto procurava alguma revista de moda no carro da mãe.
As ruas se passaram, e logo já estavam em frente à casa da Tia Marta.
- “Ótimo...acabei de chegar no inferno...” – Pensou Liu pegando as suas coisas e saindo do carro sem proferir nenhuma palavra.
- Aonde você pensa que vai mocinha?! – Perguntou Marta ao ver que Liu estava subindo as escadas para ir para o quarto aonde ela dormia.
- Para o meu quarto?! – Respondeu Liu com uma cara de “Dãã...para onde mais eu iria com as minhas malas?!”.
- Você vai dormir no porão... – Avisou Marta apontando para uma porta que era raramente aberta, e que levava para um lugar que nunca era limpo.
- Melhor impossível...- Murmurou Liu descendo as escadas e indo em direção à porta.
- Entre... – Disse Marta com um molho de chaves na mão.
- “Afff...ela vai aprontar algo...” – Pensou Liu entrando pela porta e logo após notando que ela havia sido fechada e trancada por fora. – “Legal, virei uma prisioneira!” – Pensou Liu na escuridão daquele porão que cheirava a mofo.
- E você nem pense em abrir essa porta, ouviu Mary?! – Liu ouviu Marta dizer antes de um silêncio sepulcral se instalar naquela parte da casa.
- Que lindo... – Murmurou Liu tentando ascender um único lampião que havia nas escadas do porão. – Só eu, a escuridão e o silêncio...paz finalmente... – Disse ascendendo o lampião com os fósforos que estavam ali perto, logo depois terminando de descer as escadas e botando suas coisas perto de um sofá velho e empoeirado enquanto deitava – se no mesmo.
- E ela vai comer o quê?! – Perguntou Mary Kate que estava na cozinha com a mãe.
- Nada por hoje... – Respondeu Marta friamente. – Tome conta dessas chaves, eu vou ir tomar um banho... – Disse enquanto entregava as chaves para Mary Kate e subia as escadas.
- “Eu poderia levar algo para a Liu comer...afinal, ela é minha prima...” – Pensou Mary Kate. – “Mas ela matou o meu pai...” – Pensou novamente entrando em conflito com si mesma.
- Nhaii!! – Murmurou Liu deitada no sofá. – Eu estou com fome... – Disse para o vazio. – Bem que o Si falou que era melhor eu comer algo antes de embarcar no trem... – Completou deixando – se levar por lembranças. – Droga! – Exclamou voltando a realidade. – Daqui eu não posso nem mandar cartas para ninguém...nem para dizer que eu ainda estou viva... – Pontuou fechando os olhos.
Ela fechou os olhos porém não dormiu, meia hora depois ela ouviu barulho de alguém abrindo a porta e descendo as escadas, resolveu então continuar “dormindo”.
- “Eu não estou fazendo isso porque eu gosto dela...é só porque ela deve estar com fome...” – Dizia Mary Kate para si mesma enquanto deixava um copo de água e um prato de comida em cima de uma mesinha que tinha no porão. – “Agora eu vou ir antes que minha mãe me veja aqui...” – Pensou saindo correndo do porão e trancando – o.
- “Sabia que ela não era totalmente idiota...” – Pensou Liu se levantando logo após Mary Kate ter saído do porão. Liu poderia simplesmente pegar sua varinha e sair de lá, certo?!...Não, Tia Marta não era burra, por isso confiscou a varinha dela e guardou em um lugar seguro.
Era Natal, a neve branca enfeitava as ruas. Liu ainda estava na casa de sua tia para passar o resto do feriado de Natal.
Como sempre, sua tia havia saído com a sua prima para fazer algo, abandonando ela em casa em pleno Natal, pelo menos tivera a decência de tirar ela do porão e a deixar livre pela casa, sem sua varinha. Foi então que ela se lembrou que o cemitério aonde o seu pai havia sido enterrado não ficava muito longe de lá.
Com medo de ser descoberta depois, ela vestiu suas roupas de frio, botou suas luvas, pegou uma capa preta, abriu a porta dos fundos e a deixou encostada com uma pedra impedindo que ela fechasse sozinha já que ela não tinha a chave da casa e nem sua varinha.
Ela correu pelas ruas com sua capa preta, até chegar na porta do cemitério, era um lugar sombrio, ainda mais com a neve que o deixava ainda mais deserto, todas aquelas esculturas de anjos imensos, gárgulas assustadoras em alguns casos, frases fúnebres, poucas flores devido a estação do ano, tudo isso ajudava na formação do ambiente tenebroso que era aquele cemitério.

“You were once my one companion . . .
you were all that mattered . . .
You were once a friend and father,
then my world was shattered . . .
(Você foi uma vez meu único companheiro.
você era tudo que importava.
Você foi uma vez um amigo e um pai,
meu mundo foi quebrado então.)”


Liu andava por aquele cemitério deserto, todos os seus pensamentos giravam em torno da morte de seu pai, que era o seu melhor amigo em todas as ocasiões, e de tudo que havia acontecido com ela depois da morte dele.

“Wishing you were somehow here again . . .
wishing you were somehow near . . .
Sometimes it seemed if I just dreamed,
somehow you would be here . . .
(Desejando que você estivesse de algum modo aqui outra vez.
desejando que você estivesse de algum modo próximo.
Às vezes parece que se eu sonhasse apenas, de algum modo você estaria aqui.)”


A garota continuava à procurar pelo tumulo do pai, tudo que ela queria era ter ele de volta ao lado dela, fechou então os olhos para imaginar a figura do seu pai...era a única maneira de ter ele ao seu lado sempre....sonhando.

“Wishing I could hear your voice again . . .
knowing that I never would . . .
Dreaming of you won't help me to do
all that you dreamed I could . . .
(Desejando poder ouvir sua voz outra vez.
Mesmo sabendo nunca mais posso.
Sonhar com você não me ajudará fazer,
tudo que você sonhou que eu faria.)”


- Pai...daria tudo para escutar você dizendo para mim que eu não precisava me assustar com a cara feia da tia Marta...ou até uma sermão clássico de que irmãos não brigam, irmãos são unidos... – Murmurava Liu pelo cemitério de cabeça baixa. – Saber que nunca mais poderei ouvir sua voz novamente me assusta... – Confessou deixando lágrimas lhe escaparem dos olhos. – E eu não posso ficar assustada... – Concluiu.

“Passing bells and sculpted angels,
cold and monumental,
seem, for you the wrong companions -
you were warm and gentle . . .
Too many years fighting back tears . . .
Why can't the past just die . . .?
(Sinos e anjos esculpidos,
frios e monumentais,
Parece a você os companheiros errados - você era morno e delicado.
Anos demais lutando contra as lágrimas
Por que não pode o passado simplesmente morrer?)”


Ela estava perto do túmulo do seu pai, aqueles anjos esculpidos no frio mármore, tudo aquilo fazia ela lembrar de seus piores pesadelos, muitos que viraram realidade.
Seu pai era um homem alegre, não era frio como o mármore utilizado para serem esculpidos os anjos.

“Wishing you were somehow here again . . .
knowing we must say goodbye . . .
Try to forgive, teach me to live . . .
give me the strength to try . . .
(Desejando que você estivesse de algum modo aqui outra vez. Sabendo que nós devemos dizer adeus.
Tente perdoar, ensine-me a viver.
Dê - me a força para tentar!)”


Liu finalmente chegou na lápide de seu pai, ajoelhou – se na fria e branca neve, pegou um desenho de uma flor que tinha guardado em sua capa preta e o depositou cuidadosamente sobre o lugar onde ela sabia que seu pai estava enterrado, era hora de se despedir das suas tristes memórias, para ter força para seguir em frente.

“No more memories, no more silent tears . . .
No more gazing across the wasted years . . .
Help me to say goodbye!
(Não mais memórias,não mais lágrimas silenciosas.
Não mais olhar através dos anos desperdiçados.
Ajude-me dizer adeus!
Ajude-me dizer adeus!)”


- Me perdoe pai, mas é necessário para mim me desprender de ti... – Começou Liu falando com a lápide. – Não posso mais chorar por você...é hora de te deixar ir... – Disse segurando as lágrimas que desejavam sair de seus olhos. – Um dia eu estarei ao seu lado novamente... – Falou cabisbaixa. – Feliz Natal, pai... – Adicionou levantando – se, ajeitando a capa e tomando o seu caminho para a casa de sua tia, afinal, tinha de estar lá antes de sua tia chegar.
Ela não sabia, mas a sua Tia não tinha planos de voltar naquela noite. Havia saído com Mary Kate para visitar uma amiga da filha, a Cris, não que Cris soubesse.
- Você fica aqui no carro Mary Kate! – Ordenou Marta ao chegar em frente a casa de Cris que estava decorada com a alegria do Natal. – Não vai sair daqui de jeito nenhum, ouviu?! – Completou enquanto saía do carro e deixava Mary Kate lá sozinha.
- Sim senhora... – Respondeu Mary Kate no que mais parecia um murmúrio, talvez ela tivesse visto que a expressão contida no rosto de sua mãe não era muito agradável.
Marta saiu do carro, andou até a porta da grande casa de Cris, limpou a neve de suas botas em um tapetinho, tirou uma de suas mãos do bolso e tocou a campainha.
- Quem é?! – Perguntou um voz alegre masculina, era de noite, e estavam trocando presentes naquela casa.
- Sou a mãe da Mary Kate... – Respondeu Marta do lado de fora da casa. Ao ouvir isso Cris deixou – se cair no sofá, sabia que coisa boa não era.
- Pai... – Murmurou Cris. – Não abra, por favor... – Disse com uma cara de medo.
- Calma minha filha, vai ver a sua amiga se perdeu... – Respondeu o pai indo em direção à porta.
- “O que o carteiro faz aqui à essa hora?!” – Se perguntou Mary Kate ao ver um homem alto que trajava um uniforme de carteiro ao lado de sua mãe.
- Boa noite... – Saudou o pai de Cris abrindo a porta e sendo empurrado para trás por um raio de luz enquanto Marta e o carteiro entravam na casa e fechavam a porta..
- “Eu não vou ficar no carro...” – Pensou Mary Kate saindo cuidadosamente do carro e começando à observar tudo através de uma janela.
- Ele não está morto... – Pontuou Marta ao ver a cara de desespero da mãe de Cris. – Não ainda... – Adicionou com sua varinha em mãos.
- O que você quer aqui?! – Perguntou a mãe de Cris em pânico.
- Hmmm... – Começou Marta olhando para o “carteiro” ao seu lado. – Eu quero ter um feliz Natal... – Disse com um sorriso maléfico em sua face.
- As duas... – Começou o carteiro que tinha belos olhos azuis. – Para o lado de lá... – Disse apontando para o lugar aonde o corpo desmaiado do pai de Cris estava.
- O que vocês pretendem fazer com a gente?! – Perguntou Cris enquanto obedecia o homem de olhos azuis.
- Nós?! – Perguntou Marta. – Nada... – Murmurou enquanto enchia cinco taças de vinho. – Já disse que só viemos comemorar o natal... – Repetiu botando gostas de um líquido não identificado em três das cinco taças.
- Aonde eu estou?! – Perguntou o pai de Cris acordando meio tonto ainda.
- Em casa pai... – Respondeu Cris abraçando o pai.
- Ohhhh... – Murmurou Marta. – Que bonitinho o Amor de família... – Disse em um tom irônico.
- Os três sentados no sofá agora... – Ordenou o homem de olhos azuis, e todos obedeceram.
- Gostam de vinho?! – Perguntou Marta com três taças na bandeja.
- Eu não bebo... – Respondeu Cris com os olhos marejados.
- Você sabe porque eu estou aqui, não é garota?! – Perguntou Marta colocando a bandeja na mesa que tinha em frente ao sofá e voltando para pegar as duas outras taças.
- Porque eu disse que mataria a sua sobrinha?! – Perguntou Cris fazendo com que os pais dela a olhassem com um olhar de surpresa.
- Sabe... – Começou Marta. – Ninguém pode ameaçar ninguém da minha família... – Disse passando o seu dedo na borda da taça. – Principalmente uma pessoa que eu gosto de ameaçar... – Completou com um sorriso maléfico.
- Desculpa... – Murmurou Cris mais para os pais do que para Marta, ela notou como os pais estavam com olhares de decepção.
- Tarde demais... – Disse Marta. – Vamos a parte legal do Natal... – Continuou entregando uma das taças que estavam em suas mãos para o homem de olhos azuis. – Um brinde ao Natal! – Exclamou erguendo a taça no ar.
- Vamos, peguem suas taças... – Falou o homem de olhos azuis em um tom autoritário.
- Um brinde ao Natal... – Disseram Cris e seus pais juntos enquanto pegavam as taças que estavam em cima da mesa e erguiam no ar.
- Agora bebam tudo... – Ordenou Marta que não havia tomado nem um gole de seu vinho ainda.
A família se encarou por um tempo como se dissessem em mente o quanto se Amavam apesar de tudo.
- Desculpa mãe, e desculpa pai... – Murmurou Cris em meio à lágrimas.
- A gente te Ama Cris... – Disseram ambos em coral, enquanto os três começavam à beber do vinho.
A partir daí ficou difícil para os três respirarem, seus corações batiam em um ritmo mais do que acelerado, tão rápido que era como se não batessem. Sentiram um frio intenso, junto com a sensação de impotência perante a vida, uma última lágrima escorreu do rosto da bela garota de cabelos negros de pontas rosas, que em uma última tentativa de alimentar seus pulmões com o ar necessário despediu – se da cruel e injusta vida junto com seus pais, tornando – se os três apenas três corpos gélidos sentados em um sofá macio numa sala decorada com enfeites de natal, e com uma bela música natalina tocando.
- Feliz Natal! – Exclamou Marta brindando com o homem ao seu lado, eles enlaçaram as mãos e beberam um da taça do outro.
- “Como ela foi capaz?!” – Se perguntou Mary Kate que havia visto tudo por de trás da janela.
- Isso te lembra a morte de alguém?! – Perguntou o homem dos belíssimos olhos azuis, com um sorriso malicioso nos lábios.
- Do meu nem tão querido marido... – Respondeu Marta com o mesmo sorriso malicioso que o homem trazia. – Vamos brindar à morte dele também... – Disse feliz.
- “Então eles mataram o meu pai?!” – Pensou Mary Kate começando à andar para trás para voltar para o carro.
- Tenho que ir meu Amor...- Despediu – se Marta beijando o homem de olhos azuis. – Vou levar a Maryzinha para uma festa que vai ter em um shopping trouxa... – Disse indo até a porta.
- Até mais tarde meu Amor...- Despediu – se o homem de olhos azuis indo para a porta do fundo da casa.
- “Então essa é a mulher que me criou...” – Pensou Mary Kate já no carro. – “Tenho que fingir que nada aconteceu...” – Pensou novamente ao ver Marta vindo em sua direção.
- Agora vamos festejar minha filha... – Disse Marta entrando no carro.
- A Cris mandou lembranças mãe?! – Perguntou Mary Kate fingindo estar lendo uma revista.
- Sim...ela e os pais dela... – Respondeu Marta dando ré com o carro para sair de lá.
- “Aiii...finalmente cheguei!” – Pensou Liu enquanto entrava pela porta dos fundos da casa de sua tia e a fechava. – “Espera um pouco...eu não deixei a luz da cozinha ligada...” – Pensou novamente ao ver que a luz da cozinha estava ligada. – Quem está ai?! – Perguntou indo em direção à cozinha que estava vazia.
- Feliz Natal!! – Exclamaram várias pessoas juntas enquanto entravam na cozinha pela porta que dava na sala de jantar.
- O que você estão fazendo aqui?! – Perguntou Liu surpresa e feliz.
- Ninguém passa o Natal sozinho quando tem amigos... – Disse Lele sorrindo.
- Nós vimos que a casa estava vazia... – Começou Edu. – E resolvemos entrar... – Disse com uma cara de santo enquanto ia abraçar a irmã.
- Vocês são os melhores dos melhores! – Pontuou Liu olhando para todos os amigos que estavam lá, James, Remus, Lele, Lily, seu irmão, Douglas, Peter e Júlia. Foi então que ficou um pouco triste ao ver que Sirius não estava lá.
- Surpresa! – Murmurou Sirius chegando por trás de Liu e a abraçando. – Feliz Natal! – Disse beijando – a.
- Mais feliz impossível!! – Disse Liu com os olhos marejados, aquele sem dúvidas estava sendo um de seus melhores Natais.
- O que me dizem de trocarmos os presentes agora?! – Perguntou Edu enquanto todos iam para a sala.
- Eu acho uma ótima idéia Professor...- Respondeu Lily sentando – se no sofá ao lado de James.
- Edu, por favor... – Disse Edu calmamente.
- Pera que eu vou buscar os presentes lá no porão... – Avisou Liu indo em direção à uma porta.
- Eu vou com você Liu... – Disse Sirius seguindo Liu.
- Ainda bem que vocês vieram salvar o Natal... – Murmurou Liu para Sirius enquanto ambos desciam as escadas do porão.
- Que é isso! – Exclamou Sirius. – Você realmente acha que eu ia deixar você passar o seu Natal longe de mim?! – Perguntou sorrindo marotamente. – Só me diz uma coisa, porque nós estamos no porão?! – Perguntou curioso.
- Porque é aqui que eu tenho passado os meus dias... – Respondeu Liu normalmente. – Você sabia que a Mary Kate tem sido boazinha comigo e tem me trazido comida?! – Adicionou com um sorriso de satisfação.
- Uia! – Exclamou Sirius agora sentado no sofá. – Nem tudo está perdido... – Completou piscando para Liu que agora estava sentando ao seu lado. – Senti sua falta.... – Confessou acariciando os cabelos da garota.
- Si... – Começou Liu. – Eu tenho algo para te dar...mas você vai ter que me prometer manter isso em segredo, para o seu bem... – Disse olhando nos olhos do maroto.
- Um presente secreto?! – Perguntou Sirius com um sorriso maroto nos lábios.
- Sim... – Respondeu Liu tirando algo de seu bolso. – Feliz Natal... – Concluiu entregando a corrente que havia sido de sua mãe para Sirius.
- Mas... era de sua mãe... – Murmurou Sirius confuso.
- Assim como meu pai deu para minha mãe para mostrar que o coração dele estaria sempre com ela, eu estou te dando para você saber que o meu coração vai sempre estar com você... – Explicou Liu enquanto Sirius observava a correntinha que estava me suas mãos.
- Você tem certeza Liu?! – Perguntou Sirius confuso.
- Mais do que absoluta... – Respondeu Liu com um sorriso verdadeiro nos lábios.
- Então o seu coração vai estar sempre pendurado no meu pescoço... – Disse Sirius colocando a correntinha no pescoço e escondendo – a por debaixo da blusa. – Escondido para ninguém querer tomar ele de mim... – Adicionou piscando para Liu.
- AHsduahsdua! – Riu Liu. – Vamos logo... – Murmurou para Sirius. – Tenho muitos presentes para distribuir. – Falou enquanto abraçava Sirius.
A noite foi se passando, e após a troca de presentes todos sentaram – se à mesa para comer algo como ceia de Natal.
- Eu estou ouvindo barulho de carro... – Pontuou Douglas que se mantinha atento para qualquer sinal de Marta estar chegando.
- E eu estou vendo os faróis... – Pontuou James que estava de frente para a janela da frente da casa.
- Droga... – Murmurou Liu. – Elas chegaram... vão depressa! – Disse se levantando.
- Espera... – Começou Edu. – A gente tem que arrumar as coisas, já que a sua varinha foi confiscada... – Disse começando à botar tudo em ordem.
- Si... – Começou Liu abraçando o namorado. – Te Amo... – Murmurou no ouvido do maroto, logo após beijando lhe os lábios.
- Até brevemente minha pequena... – Despediu – se Sirius se afastando de Liu.
- Vamos sair sem magia! – Avisou Douglas. – Tchau Liu... – Despediu – se dando um beijo na bochecha da garota.
- Tchau Douglas... – Retribuiu Liu ajudando o pessoal à abrir a porta dos fundos enquanto abraçava as outras pessoas.
- Tchau maninha lerda! – Exclamou Edu abraçando a irmã.
- Tchau maninho idiota! – Retrucou Liu com um sorriso nos lábios. Ela ficou ali observando todos saírem de perto da casa discretamente, até que sua felicidade fora cortada por um grito fino.
- Elisa Weiss! – Gritava Marta na porta que dava da garagem para dentro de casa. – Abra essa porta imediatamente! – Ordenou em um tom histérico de voz.
- Deveria te deixar do lado de fora... – Murmurou Liu pegando o molho de chaves e abrindo a porta vagarosamente. – Mas vou abrir a porta só porque é Natal... – Disse abrindo a porta com um sorriso.
- Incompetente! – Exclamou Marta mal humorada. – Não ouviu eu mandando deixar essa porta aberta?! – Perguntou autoritariamente. Liu tinha ouvido, mas como precaução havia resolvido trancar a porta quando estavam trocando presentes. – Quem estava aqui?! Eu ouvi vozes... – Adicionou mexendo em tudo, por sorte Liu já havia levado seus presentes para o porão, menos um que estava em seu dedo.
- Você deve ter pirado de vez Marta... – Respondeu Liu com um olhar de ironia, percebera que Mary Kate estava calada demais. – Mary Kate...feliz Natal! – Disse por fim.
- Não responda minha filha...ela não merece ouvir a sua voz... – Interrompeu Marta ao ver que Mary Kate fazia menção de responder o “Feliz Natal” da prima.
- Sim senhora... – Murmurou Mary Kate amedrontada, sabia agora do que a sua mãe era capaz.
- Eu vou subir para dormir... – Começou Marta. – Mas antes...já para o porão criatura! – Disse apontando para a porta do porão enquanto gritava e olhava para Liu.
- Feliz Natal para você também Tia Marta... – Disse Liu em um tom de provocação indo até a porta do porão e começando à descer as escadas enquanto ouvia o barulho da porta se fechando e sendo trancada por fora.
- Guarde a chave Maryzinha... – Falou Marta. – Vou dormir, Boa Noite... – Desejou subindo as escadas para o seu quarto depois de deixar o molho de chaves na mão de Mary Kate.
- “Ela já subiu...” – Pensou Mary Kate que observava a mãe subir as escadas. – “A barra ta limpa...” – Pensou novamente, indo até a cozinha, pegando alguns biscoitos natalinos que provavelmente haviam sido feitos por Liu, e levando até a porta do porão, abrindo – a em seguida.
- Olá Mary Kate... – Saudou Liu ao ouvir barulhos de passos descendo as escadas, em seu rosto um sorriso brotava.
- Liu... – Começou Mary Kate. – Me perdoa?! – Perguntou com os olhos marejados, só aí Liu percebeu que ela não estava ali por alguma besteira ou por pena.
- O que houve Mary?! – Perguntou Liu se levantando e indo em direção à prima, em seu rosto não havia mais um sorriso, e sim um semblante de preocupação.
- Por favor me perdoe... – Murmurava Mary Kate ininterruptamente. – Eu sei que não foi você que matou o meu pai... – Disse agora tentando olhar nos olhos da prima.
- Tudo bem Mary... – Falou Liu abraçando a prima. – Agora me diga porque você está chorando... – Pediu guiando a prima até o sofá e botando os biscoitos em cima de uma mesinha.
- Eu vi... – Começou Mary Kate. – Ela...ela matou a Cris e a família dela... – Disse triste, afinal, a assassina em questão, por pior que fosse, era a sua mãe.
- O quê?! – Perguntou Liu assustada.
- Minha mãe... – Recomeçou Mary Kate respirando fundo. – Ela matou os pais da Cris e a Cris... – Disse chorando, afinal, sua mãe havia matado a sua amiga e os pais.
- Sozinha?! – Perguntou Liu curiosa.
- Não... – Respondeu Mary Kate imediatamente. – Tinha um homem com ela... – Adicionou com lágrimas nos olhos. – Eles mataram o meu pai em conjunto... – Completou e Liu logo descobriu quem era o homem.
- Mary... – Murmurou Liu. – Espera um pouco... – Disse se levantando e indo até uma pilha de coisas. – Feliz Natal! – Exclamou dando um embrulho para a prima. – Espero que goste... – Adicionou com um sorriso.
- Mas eu não comprei nada para você... – Murmurou Mary Kate com o presente em mãos.
- Você me deu o melhor presente de Natal... – Começou Liu. – Você voltou a ser a Mary Kate de antigamente... – Completou abraçando a prima.
- Obrigada... – Agradeceu Mary Kate começando à abrir o embrulho. – E Feliz Natal... – Adicionou sorrindo discretamente.
- Melhores amigas para sempre?! – Perguntou Liu sorrindo.
- É a sua boneca...aquela que eu sempre gostei... – Pontuou Mary Kate lembrando de sua infância, e da boneca trazida da Suíça que pertencia a Liu. – Melhores amigas para sempre! – Exclamou Mary Kate sorrindo com a boneca nas mãos.
- Eu estava guardando para o dia que a minha amiga Mary resolvesse aparecer...e vejo que ela apareceu... – Pontuou Liu piscando para a prima.
- Errrr... – Começou Mary Kate. – Me desculpa por tudo que eu te fiz nesse início das aulas... – Disse de cabeça baixa.
- Está desculpada... – Falou Liu sorrindo.
- Essa aliança em seu dedo... – Recomeçou Mary. – É de compromisso com o Sirius?! – Perguntou curiosa.
- É sim... – Respondeu Liu. – Ele me deu de Natal... – Adicionou olhando para a aliança de ouro branco que estava em eu dedo, que por dentro tinha duas inicias, “S&E”.
- Vocês dois formam um casal muito fofo... – Confessou Mary Kate. – Juro que não farei nada para separar vocês dois! – Disse em meio a risos.
- Obrigada Mary! – Agradeceu Liu enquanto ria. – Eles vieram aqui hoje... – Confessou.
- Quem são “eles”?! – Perguntou Mary Kate curiosa.
- Todos os meus amigos, menos a Bel e o Thomas... – Começou Liu. – Mais o Si, o Edu e o Douglas... – Disse sorrindo. – Me fizeram uma surpresa de Natal.... – Adicionou feliz.
- Isso sim é que são amigos... – Pontuou Mary Kate. – Tenho que sair antes que minha mãe descubra que eu vim aqui... – Disse olhando para um relógio que era pregado na parede do porão. – Boa Noite prima... – Despediu – se subindo as escadas do porão junto com a boneca que ganhara de Natal.
- Boa Noite Mary... – Respondeu Liu enquanto ouvia o barulho de porta sendo trancada e logo depois fechando os olhos para dormir.

[Modo Sonho On]

Liu estava em uma sala toda decorada com balões coloridos, faixas com mensagens que pareciam impossível de se ler por algum motivo que ela não sabia qual era, talvez pelo fato daquilo ser apenas um sonho. Ela não estava sozinha, Sirius e Douglas estavam lá também...e...Marta e o homem de olhos azuis?!...Não...não podia ser, eles estavam sendo ameaçados pelos dois, ninguém ali estava com varinha...só Marta e o homem de olhos azuis, definitivamente aquilo não era um sonho, era um pesadelo.
- Não se preocupe Liu, não vou deixar que nada aconteça com você... – Murmurou Sirius no ouvido da garota. Era como se ela tivesse vendo tudo aquilo acontecer de fora, como se ela fosse outra pessoa, que sonho esquisito...
- Entregue a corrente... – Ordenou Marta que estava alguns metros de distância dos três.
- Eu não estou com ela! – Respondeu Liu.
- Agora! – Exclamou Marta em um tom agressivo, se aproximando de Liu.
- Nunca! –Retrucou Liu com lágrimas nos olhos. As mãos de Sirius procuravam por algo que estava em seu pescoço,até Liu segurar uma de suas mãos como quem diz “Não faça isso...”.
- Está bem... – Começou o homem de olhos azuis. – Marta...acho que você deveria matar ela então... – Disse com um sorriso maléfico. – Você sabe que além dela ter que passar todo o dinheiro para nós hoje, você tem logo que pegar essa coisa... – Adicionou olhando para a mulher de longos cabelos negros.
- Se ela morrer nada vai vir para nós... – Pontuou Marta. – Ah menos que ela faça um testamento... – Adicionou sorrindo.
- Vocês acham que eu darei alguma coisa minha para vocês?! – Perguntou Liu irritada.
- É...vamos matar ela mesmo... – Disse Marta com sua varinha em mãos. – AVADA KEDAVRA!! – Exclamou apontando para Liu.
De repente o pesadelo foi cortado por uma luz verde, seguida de uma escuridão profunda. Até que tudo tornou – se claro de novo...e lá estava ela debruçada sobre um corpo chorando.
- Porque?! – Repetia Liu em cima do corpo de alguém cujo o sonho não deixava ela identificar.

[Modo Sonho Off]


- Porque?! – Acordou Liu assustada como se ainda estivesse no sonho, ela estava suando frio naquele sofá velho. – Nossa! – Exclamou voltando à realidade. – Eu estou ficando louca... – Murmurou para si mesma. – Melhor tentar dormir de novo... – Finalizou voltando a fechar os olhos.
A noite de Natal se passou por entre “Jingle Bells” e “White Christmas”, dando vez a manhã seguinte à noite de Natal, onde todas as crianças começam a testar os brinquedos de uma maneira frenética, e que o almoço as vezes é o que sobrou da ceia. Claro, sem puder esquecer dos presentes que o “Papai Noel” deixa nas camas das crianças que se comportaram mo ano todo direitinho.
- Nossa...que sono... – Murmurou Liu ao acordar, não entrava muita claridade no porão, logo, para saber que já havia amanhecido era necessário olhar no relógio ou prestar atenção ao canto dos passarinhos. – O que é isso?! – Se perguntou ao ver um monte de cartas em cima da mesa, uma coruja e alguns papéis de carta com uma pena ao lado.

“Feliz Natal prima,
Seus amigos mandaram cartas...peguei elas antes que minha mãe visse...
A coruja e os papéis com a pena são para você responder elas...
Ps: Eu convenci a minha mãe de passarmos o dia fora, logo, você terá como mandar as suas cartas...
Ass: Mary Kate.”


- Yupiiii!! – Exclamou Liu ao ler o bilhete que Mary Kate havia deixado para ela. – hora de ler as cartinhas... – Murmurou pegando a primeira carta do montinho.

“Liuuuuuuuuuuuu!!
Essa aqui é uma carta conjunta, já que eu estou na casa do Thomas...
Eu e ele estamos mandando um Feliz Natal para você!!
Caso você não receba essa carta a gente depois te da um Feliz Natal pessoalmente no trenzinho...Como vai a tortura aí na casa de sua tia?! Já te afogaram em um balde?! Sério...ouvi dizer que fazem isso com as pessoas que são contra o sistema de ditadura que foi implantado no Brasil...deve ser horrível...
Aqui está tudo ótimo...você precisa conhecer os pais do Thomas, eles são uma viagem! Sério mesmo...Ah Simmm!!! E aí, como foi o Natal surpresa?!...Espero uma resposta...quer dizer, não espero, mas quero uma resposta, nem que seja no trenzinho!!

Ass: Eu \o/ e o Thomas ^^”


- HAsudhasudhau! – Riu Liu ao ler a carta de Bel. – Só podia ser ela... – Murmurou pegando a segunda carta do montinho.

“Minha pequena,
Eu sei que não faz tanto tempo assim que eu te vi, faz poucas horas na verdade...Mas, eu já estou morrendo de saudades! Espero que essa carta chegue em suas mãos.
Te Amo viu?! E eu sei até desenhar um coração oh...♥ ... detalhe, foi a Lele que me ensinou a desenhar um coração, é sério, eu não sabia que era tão complicado...o.O
Feliz Natal de novo! Sinto falta de você aqui na casa do Pontas...mas brevemente estaremos junto de novo no castelinho =D
Te Amo!!
Ps: Se você que está lendo essa carta é a Tia Marta...preste atenção no que eu vou lhe dizer, entregue essa carta para a Liu...isso é uma ordem!...Tem mais, eu não gosto de você, nem um pouco, nem metade de um pouco...Se eu pudesse eu...chega, eu não vou perder o meu tempo deixando um recado imenso para você ¬¬.

Ass: Sirius Black!”


- Que fofo...só podia ser o Si... – Murmurou Liu guardando a carta e pegando outra para ler.

“Pirralha,
Eu e o Douglas resolvemos mandar uma carta só para economizar papel de carta e tinta para pena. Está bem que a gente foi aí te dar um Feliz Natal, mas eu sei que você gosta de guardar cartas...
Então, Feliz Natal, Pirralha!
O Douglas está mandando eu escrever que ele finalmente decidiu se declarar para o professor de História da Magia...Binns não é mesmo?!
Afff!! Liu, aqui é o Douglas, acabei de roubar a carta e a pena que antes estavam na mão do idiota do Edu, fora que deixei ele trancado na varanda, ele está lá gritando feito uma criancinha e me ameaçando...mas tanto faz. Ignore o que o seu irmão escreveu, como você mesma sabe ele é uma criança que cresceu apenas no tamanho. Feliz Natal para você Liu, espero que a Marta não esteja te torturando ainda, essa história dela te botar para dormir no porão...(nessa parte tinha um grande borrão)
Ah Hááá!! Oh eu aqui de novo! Agora é o idiota do Douglas que está gritando do lado de fora da casa...juro que se eu encontrar com a Tia Marta eu....eu...eu sei lá o que eu faço com ela...mas não vai ser nada legal, ela não pode simplesmente te trancar no quarto. Ah sim, hoje de manhã, antes de eu escrever essa carta, sim, eu sei que você acorda tarde por isso escrevi a carta hoje...Eu estava lendo um jornal trouxa e vi uma manchete um tanto quanto curiosa...pegue o jornal para você ver...eu não acho que tenha sido suicídio...Até outro dia Pirralha!
Beijosmeligamemandeumrecadoviacorujaviusuaboba?!

Ass: Edu e uma pessoa não muito importante que no momento está me ameaçando de morte pela milésima vez!! \o/”


- Jornal trouxa?! – perguntou Liu para si própria em um tom baixo de voz. – Será que...OMM! – Pontuou guardando a carta e pegando outra para ler.

“Manaaaaaa gêmulaaaa bananaaaaaaa!!
Feliz Natal *-*
Remy também está mandando um Feliz Natal, mesmo a gente tendo ido aí ontem...
Você leu o jornal trouxa de hoje?! O Remy leu para mim...nossa! Tudo bem que eu não gostava dela, mas no Natal?! Suicídio...foi o que publicaram, mas eu acho que não sei se foi isso, ela não me parecia uma suicida...
De qualquer modo...a Tia Marta já te tirou do porão?! Porque se não tirou eu vou começar à me preocupar, porque pode ser que minha carta acabe sendo tomada por ela.
Tia Marta! Se você pegou isso aqui, aproveita e se corta com o papel e morre de hemorragia! Ò.Ó

Love U Sis...Bjuss =D”


- Certo… - Começou Liu. – Definitivamente foi o que a Mary me contou ontem… - Murmurou pegando outra carta.

“Liuuuuuu,
Essa carta de Natal também é dupla...minha e do James...
Feliz Natal!! E próspero ano novo...
A gente vai se ver de novo logo, logo não é?!
Acaba o recesso de Natal depois do ano novo, certo?!
Eu e minhas mil perguntas...
Em resumo, até daqui a pouco tempo meninaaa!!
Ps. Liuuu!! James aqui, preste atenção...leu o jornal trouxa?! Menos uma piranha em Hogwarts!!(pequeno risco no papel) Aiii!! A Lily me bateu por causa disso...sim, era brincadeira...mas a morte dela e dos pais foi muito estranha...você sabe de algo que a gente não saiba?!
Ps². Se você, Tia Marta, abduzir essa carta aqui, saiba que eu, James Potter, irei até aí pedir farinha...o.O Eu não entendi isso James... Lily, a gente vai lá pedir farinha, invade a casa dela e põe ela para fora \o/... Ah ta .__.

Ass: Lily & James”


- HAsduahsdusah! – Riu Liu enquanto pegava a pena e os papéis de carta para responder as cartas. – Tenho que ler esse jornal... – Murmurou para si própria.
Após responder todas as cartas e enviar pela coruja de sua prima, Liu foi à procura de um jornal trouxa, sem dúvidas a sua tia teria um, ela iria querer ter algo como lembrança do que ela tinha feito. Procurou por quase todos os cantos da casa, só faltava um lugar, o quarto da Tia, então ela entrou, era um quarto muito bonito, com detalhes em vermelho.
- Tem que estar aqui... – Murmurou Liu mexendo nas gavetas de uma cômoda.
- Marta?! – Perguntou uma voz estranha porém conhecida. – É você meu Amor?! – Perguntou novamente. A voz vinha do banheiro da suíte de sua Tia.
- “Ixxiii!! Me dei mal...” – Pensou Liu correndo para debaixo da cama, derrubando um monte de coisas no caminho. – “Mas quem será que está aqui?!” – Se perguntou quando já estava debaixo da cama.
- Quem está aí?! – Perguntou o homem que havia saído do banheiro apenas de roupão.
- “Uaiii!! Quem é ele?!” – Se perguntou Liu que não havia visto o homem direito.
- Estais debaixo da cama não é rato?! – Perguntou o homem achando que um rato que havia deixado a trilha para debaixo da cama e indo para perto da cama.
- Ótimo...virei um rato... – Murmurou Liu muito baixinho.
- Opa...ratos não falam! – Pontuou o homem com uma varinha em mãos.
- “Verdade!!” – Pensou Liu em desespero, o desespero só não foi maior porque ela só estava conseguindo ver os pés do homem, logo não viu a varinha na mão dele.
- Quem será que está se escondendo?! – Perguntou o homem se abaixando e olhando nos olhos de Liu.
- “É ele...” – Pensou Liu na hora, ficando praticamente sem reação.
Era ele... “o homem de olhos azuis”, agora vistos mais de perto os seus olhos pareciam ainda mais azuis, ele não sabia que ela sabia quem ele era, logo ela fez de tudo para esconder o seu medo, afinal, agora ela havia visto que ele estava com uma varinha e ela sem nenhuma maneira de se defender.
- O que você faz aqui?! – Perguntou o homem puxando Liu pelo braço para fora de debaixo da cama.
- Eu...eu...eu... – Começou Liu pensando em uma desculpa enquanto era arrastada. – Eu estava procurando pelo meu colar que eu deixei cair na sala e provavelmente a minha Tia guardou... – Respondeu Liu notando um pequeno sorriso nos lábios do homem.
- Você perdeu o seu colar foi?! – Perguntou o homem sentado na cama.
- Foi sim moço... – Respondeu Liu em pé perto da porta.
- Como ele é, o seu colar?! – O homem perguntou ainda com um sorrisinho nos lábios.
- É de prata e tem uma lua na ponta! – Falou Liu rapidamente, desfazendo o sorriso do homem. – E o que você faz aqui?! – Perguntou em um tom de quase ameaça.
- Eu sou amigo da sua tia... – Começou o homem. – Me chamo Gustavo... – Mentiu para não dizer o seu verdadeiro nome.
- Oi Gustavo... – Disse Liu quase morrendo de tanto medo, avistando a sua varinha em cima da mesa que ficava perto da porta. – Se você não se importa eu já vou descer... – Completou indo para frente da mesa para pegar a varinha discretamente.
- Sem problemas... – Murmurou o homem, era incrível como ele conseguia ser um sonso.
- Até depois! – Exclamou com a varinha já em sua posse, saindo do quarto da Tia Marta correndo.
- Essa daí não perde por esperar... – Murmurou “Gustavo” ao ver que Liu já havia saído de lá, fechando a porta do quarto e deitando – se na cama.
- “Que ótimo...” – Pensou Liu descendo correndo para o porão. – “Pelo menos agora eu tenho a minha varinha...” – Pensou novamente enquanto se jogava no sofá. – “E eu vou é sair daqui...” – Pontuou mentalmente pegando uma pena e um papel de carta e começando à escrever um bilhete para a sua Tia.

“Tia Marta,
Ao encontrar a minha varinha em seu quarto, e o seu namorado lá também, eu resolvi sair daqui, não espere que eu retorne, porque eu não vou retornar!
Cansei de ficar no porão...não te devo explicações, pode botar a polícia trouxa atrás de mim se quiser, não vai me achar mesmo...
Até nunca mais eu espero...

Ass: Elisa Weiss”


Liu arrumou todos os seus pertences que estavam no porão, botou uma capa preta, subiu até a cozinha, pregou o bilhete na geladeira, e cuidadosamente saiu da casa com suas coisas.
- E agora...o que eu faço?! – Se perguntou Liu enquanto vagava pelas ruas trouxas. – Aonde será que é a casa do James... – Murmurou para si mesma. – As cartas! – Concluiu parando de andar e pegando uma das carta que continha o endereço de James. – Legal...isso fica aonde mesmo?! – Se perguntou mas ao ver um Táxi passando resolveu ir de táxi.
- Para onde desejar ir senhorita?! – Perguntou o taxista.
- Para esse lugar aqui moço... – Respondeu Liu mostrando o endereço, ela havia se esquecido que depois de pegar carona no táxi se paga ao taxista a quantia equivalente à corrida.
- Hmmmm... – Murmurou o taxista. – Eu sei onde fica... – Disse começando à andar com o carro. – Viu a manchete do jornal de hoje?! – Perguntou tentando puxar assunto.
- Não, você teria um exemplar aí?! – Respondeu Liu curiosa.
- Tome... – Ele respondeu entregando um jornal que estava em cima do banco da frente.

“Família comete suicídio na noite de Natal!

Nessa noite de Natal, uma família inteira resolveu cometer suicídio. Foram encontrados os corpos dos três integrantes da família em cima do sofá, sem vestígios de assassinato. A perícia confirmou que foi morte por envenenamento, o veneno foi encontrado nas taças de vinho que estavam em cima da mesa. Pouco se sabe sobre essa família, apenas o nome da filha, Cristiane, que estava com um colar com seu nome escrito.
Estranha noite de Natal essa, principalmente para essa família que se escondia atrás do dinheiro...”


- Suicídio no Natal... – Começou o motorista. – Estranho não?! – Perguntou.
- Realmente... – Respondeu Liu. – Mas será que não foi assassinato?! – Perguntou enquanto sabia que havia sido assassinato.
- O local estava limpo demais para ter sido assassinato, só se magia existisse... – Disse o motorista rindo da própria suposição sobre magia existir.
- Realmente... – Concordou Liu rindo para disfarçar. – E todos nós sabemos que magia não existe... – Completou.
- Já para o porão sobrinha querida! – Gritou Marta ao entrar em casa, sem nem ao menos notar a ausência de sua sobrinha.
- Mãe...eu não estou vendo aquela imprestável... – Disse Mary Kate tentando fazer com que a mãe achasse que ela continuava detestando Liu.
- Realmente... – Pontuou Marta. – Aonde será que ela se meteu?! – Perguntou indo em direção à geladeira para pegar um copo de água. – Não é possível! – Gritou irritada ao ler o bilhete que estava na geladeira.
- O que foi mãe?! – Perguntou Mary Kate.
- Sua prima fugiu! – Disse Marta por entre os dentes, Mary Kate tinha vontade de rir da cara da mãe, mas seria muito perigoso.
- Como?! – Perguntou Mary fingindo uma cara de surpresa. – “Até que enfim ela resolveu sair desse inferno...” – Pensou sorrindo interiormente.
- Ela roubou a varinha dela do meu quarto! – Exclamou Marta. – “Como é que o imprestável não percebeu?!” – Se perguntou pois sabia que seu “Amor” estava lá.
- Aquela idiota... – Murmurou Mary Kate com uma cara de reprovação.
- Eu vou procurar ela... – Pontuou Marta. – Sabes de algo que possa me ajudar Maryzinha?! – Perguntou sorrindo.
- Eu não falo com ela... – Respondeu Mary Kate. – Logo não sei de nada... – Completou indo para o seu quarto.
- Traste! – Gritou Marta ao entrar no quarto, jogando um vaso caríssimo no chão.
- Calma meu bem... – Murmurou o homem que estava dormindo quando ouviu o barulho que Marta fez quando quebrou o vaso. – O que ouve?! – Perguntou esfregando os olhos em sinal de sono.
- Você não viu a minha “querida” sobrinha pegar a varinha dela que estava aqui em cima não?! – Perguntou apontando para a mesa com uma cara de poucos amigos.
- Ela esteve aqui no seu quarto... – Pontuou o homem. – Mas eu não a vi pegar a varinha não... – Disse olhando para a mesa. – A menos que ela tenha sido muito discreta... – Concluiu com um sorriso sarcástico nos lábios.
- Ela sabe ser discreta... – Pontuou Marta. – Mas ela te viu?! – Perguntou irritada.
- Me viu sim... – Respondeu o homem com uma cara de total despreocupação. – Mas ela não faz idéia de quem eu sou... – Completou piscando para Marta.
- Nosferato! – Exclamou Marta. – Você é louco... – Disse com a mão na cabeça em sinal de preocupação.
- Louco por você Marta... – Murmurou Nosferato se aproximando da mulher de longos cabelos negros.
- Por sua culpa agora eu vou ter que procurar a imprestável da minha sobrinha... – Pontuou Marta olhando para o homem de olhos azuis com um olhar de reprovação.
- Ela deve ter ido visitar o namoradinho... – Pontuou o homem abraçando Marta por trás.
- Sem dúvidas! – Exclamou Marta. – Eu vou procurar ela... – Disse saindo de perto de Nosferato. – Você está de castigo... – Completou fechando a porta do quarto deixando o homem sozinho.
- Que beleza... – Murmurou o homem de olhos azuis. - Que erro horrível esse meu... – Murmurou deitando – se na cama. – Pelo menos ela não sabe quem eu sou... – Disse um pouco antes de cair no sono novamente.
- Chegamos ! – Pontuou o taxista. – A corrida foi trinta e dois dólares... – Completou olhando para Liu que agora estava surpresa.
- Errr... – Murmurou Liu abrindo a sua bolsa para procurar dinheiro trouxa, como uma garota prevenida, e que segue os conselhos do irmão, quando de férias ela estava sempre com uma quantia de dinheiro trouxa na bolsa. – Toma aqui... – Disse entregando uma nota de cinqüenta dólares, que era tudo que ela tinha, para o motorista. – Isso é pela corrida e pelo jornal... – Completou pegando o jornal que estava no banco da frente e se dirigindo até a mala para pegar o seu malão.
- Quer ajuda?! – Perguntou o motorista ao notar o tamanho do malão.
- Não obrigada... – Respondeu Liu arrastando o seu malão. – Até mais ver! – Despediu – se à medida em que o táxi saía de lá. – Que casa será que é a do James?! – Se perguntou pois não lembrava o número da residência.
- Liu?! – Se perguntou Sirius que estava olhando para a rua através da janela do quarto de James. – Pontas!!! – Gritou descendo as escadas. – Temos visita! – Disse enquanto ia até a porta.
- Aquela não é... – Murmurou Liu que estava de costas para a casa de James. – Nem aquela... – Murmurou novamente ao olhar para uma casa rosa.
- Quem?! – Perguntou James que estava na cozinha com Lily ao ouvir os gritos histéricos de Sirius.
- A minha pequena! – Gritou Sirius abrindo a porta.
- Eu acho que o Almofadas está delirando... – Murmurou James para Lily que apenas riu.
- Talvez ela tenha fugido daquele inferno... – Pontuou Lily abraçando o maroto.
- Aí vai ser ótimo... – Murmurou James. – Ver o Almofadas fazendo nada pela casa é irritante... – Brincou se aproximando ainda mais de sua ruiva.
- Hasudhausd! – Riu Lily. – Assim ele vai parar de te chamar a cada segundo... – Pontuou sorrindo marotamente.
- E eu vou puder ficar muito mais tempo ao seu lado... – Murmurou James em seguida beijando a namorada.
- Que lindo... – Murmurou Liu. – Não consigo achar a casa... – Pontuou esfregando as mãos por causa do frio.
- Advinha quem é... – Disse Sirius no ouvido da garota, tampando os olhos dela com suas mãos.
- Si... – Respondeu Liu com um sorriso nos lábios logo após recebendo um beijo de Sirius.
- Como você veio parar aqui?! – Perguntou Sirius abraçando a namorada.
- Um disco voador me abduziu e me deixou aqui nessa rua... – Brincou Liu piscando para Sirius.
- Por isso eu Amo os ETs... – Pontuou Sirius. – Deixa que eu levo as suas coisas para lá para dentro... – Disse olhando para o malão de Liu.
- Está achando que eu sou fraquinha é Sirius Black?! – Perguntou Liu com as mãos na cintura enquanto Sirius ia pegar o malão.
- Eu?! – Perguntou Sirius. – Eu não acho nada!! – Exclamou sorrindo marotamente. – A casa do Pontas é aquela ali... – Disse apontando para a casa que estava atrás deles.
- Putz... – Murmurou Liu. – Quer dizer que eu estava na frente da casa e estava pensando que estava perdida?! – Perguntou olhando para a casa.
- Sim... – Respondeu Sirius. – Vamos?! – Perguntou já arrastando o malão.
- Vamos! – Respondeu Liu sorrindo enquanto ambos entravam na casa de James.
- Galeraaa!! – Gritou Sirius. – Temos visita! – Disse deixando o malão na sala da casa de James.
- Encontrou um novo cachorrinho foi Almofadas?! – Perguntou Remus que estava lá em cima mas tinha ouvido os gritos de Sirius.
- Não Remus! – Gritou Liu. – Ele me achou!! – Gritou novamente.
- Manaaaaaaaaaaa!! – Gritou Lele de lá de cima ao ouvir a voz de Liu.
- Manaaaaaaaaaaa!! – Gritou Liu de volta.
- Eu não acredito... – Murmurou James agora na sala com Lily ao seu lado. – Aquela mulher te deu uma carta de alforria?! – Perguntou ao ver Liu.
- Que nada... – Respondeu Liu. – Eu que fugi de lá... – Completou sorrindo.
Dentro de pouco tempo já estavam todos na sala sentados nos sofás e no chão.
- Você viu Liu?! – Começou Sirius. – A Cris morreu... – Murmurou.
- Eu vi! –Exclamou Liu. – E eu sei de coisas que vocês não sabem... – Completou abaixando a cabeça.
- Como assim?! – Perguntou James curioso.
- Eu sei que não foi suicídio... – Começou Liu. – E eu sei quem matou eles... – Completou olhando nos olhos de James. – E agora eu estou com medo... – Pontuou olhando para Sirius e segurando as lágrimas.
- O que houve...?! – Perguntou Sirius segurando a mão de Liu que estava sentada no chão ao seu lado.
- Bom... – Começou Liu. – A Mary Kate viu tudo, e me contou... – Disse pausadamente. – Minha Tia e o homem de olhos azuis foram lá para matar a Cris e a família porque a Cris ameaçou me matar... – Falou com medo. – E eu vi o homem de olhos azuis na casa de minha tia hoje de manhã... – Completou respirando fundo.
- Ela te defendeu?! – Perguntou Lily assustada.
- Não Lily... – Respondeu Liu. – Ela só não quer que façam esse serviço por ela, e por algum motivo ela não quer me matar ainda... – Completou olhando para o chão.
- Liu... – Começou James. – Porque exatamente você mora com a sua Tia?! – Perguntou querendo ajudar.
- Porque minha mãe escreveu uma carta dizendo que ela teria a minha guarda até eu completar dezoito anos... – Disse pensando em algo.
- Que você completa em Maio... – Interrompeu Sirius.
- E ficarei livre dela... – Murmurou Liu.
- E ela irá ficar sem o seu dinheiro... – Completou James.
- Provavelmente ela vai querer o meu dinheiro mesmo depois que eu fizer dezoito anos... – Pontuou Liu, agora tudo estava se encaixando em sua cabeça.
- Ela pode mandar você passar o seu dinheiro para o nome dela quando você completar dezoito anos... – Adicionou Sirius.
- E para conseguir isso ela pode tentar várias coisas, inclusive te torturar... – Pontuou Remus pensativo.
- Mas enquanto eu não tiver dezoito anos não é interessante para ela que eu morra... – Começou Liu.
- Porque senão o seu dinheiro vai para a mão do seu irmão! – Interrompeu Sirius.
- Então... – Começou Liu novamente.
- Até o dia do seu aniversário você está totalmente segura... – Disse James sorrindo marotamente.
- Graças à Merlim! – Pontuou Liu sorrindo.
- Viu?! – Começou Sirius. – E do dia do seu aniversário em diante eu prometo que não vou desgrudar de você... – Disse abraçando Liu.
Liu agora pensava sobre o sonho que tinha tido, seria por causa de seu aniversário que tudo estava decorado?!...Não, aquilo era só um sonho...não podia ser um sonho que revelasse o futuro.
- Você vai dormir no nosso quarto... – Disse Lily sorrindo. – O quarto que eu, a Júlia e a Lele estamos... – Completou.
- Que é o quarto de hóspedes... – Continuou Lele.
- Meu quarto quando eu passo as férias aqui... – Pontuou Sirius. – Mas como dessa vez tem muita gente aqui...eu fui despejado... – Disse com uma carinha triste.
- HAsudhaudhau! – Riu Liu. – Um quarto de garotas e um de garotos, acertei?! – Perguntou sorrindo.
- É... – Respondeu James. – Esses três marmanjos invadiram o meu quarto! – Exclamou apontando para os outros marotos.
- Coitadinho de você James... – Brincou Liu.
- Hey! – Exclamou Sirius. – Você queria o quê?! Que eu dormisse na sala?! – Perguntou com uma cara de cachorro abandonado.
- Si...sem dramas... – Murmurou Liu sorrindo. – Que tal vocês, marotos, me responderem uma pergunta?! – Perguntou Liu.
- Eu respondo uma pergunta além dessa pergunta... – Disse Sirius com uma cara de santo.
- Então me diga para aonde vocês vão em dia de lua cheia... – Provocou Liu. – Ou vocês acham que eu não notei que vocês só saem em noite de lua cheia?! – Perguntou. – E sempre voltam arranhados... – Completou.
- Errrrr... – Murmurou Sirius. – O Pontas responde... – Disse olhando para James.
- Eu não... – Respondeu James. – O Hamster! – Exclamou.
- Aluado... – Começou Peter.- Eu deixo você responder! – Pontuou ao ver a cara das garotas.
- Bom... – Começou Remus sem saber o que dizer. – Acho que elas merecem saber... – Pontuou olhando para os amigos.
- Você que sabe Aluado, o segredo é mais seu do que nosso... – Disse Sirius calmamente.
- Falem logo... – Murmurou Lily que estava muito curiosa.
- É... - Concordou Lele. – Esse negócio de segredo não dá certo... – Murmurou olhando para Remus.
- Antes de eu dizer o que é... – Começou Remus. – Todas vocês vão ter que prometer que não vão brigar com a gente... – Disse meio sem graça.
- Eu prometo que não vou brigar com o meu Pete! – Disse Júlia rapidamente.
- Ainda estou com a sobra do espírito natalino, não pretendo brigar com o Si hoje... – Falou Liu sorrindo marotamente.
- Dependendo do que for eu brigo... – Avisou Lily arqueando uma de suas sobrancelhas enquanto olhava para James.
- Eu não vou brigar... – Disse Lele sorridente.
- Então... – Começou Remus novamente. -Équeeusouumlobisomemetodanoitedeluacheiaosmarotosquesãoanimagosmeajudamanãosairporaímachucandoaspessoas!! – Disse Remus rapidamente, não tinha achado uma forma mais simples de dizer isso.
- Isso daí que você disse para você também... – Retrucou Liu com uma cara de interrogação.
- Tente falar mais devagar Remy... – Pontuou Lele que também estava com uma cara de interrogação.
- Sério... – Começou Lily. – A única palavra que eu entendi foi “pessoas”... – Murmurou confusa.
- Repete por favor?! – Perguntou Júlia olhando para Remus que estava nervoso.
- Équeeusouumlobisomemetodanoitedelua...- Recomeçou Remus.
- Devagar! – Exclamou Lele tentando decifrar o que o namorado estava dizendo.
- É que ele é um lobisomem e toda noite de lua cheia, nós marotos, que somos animagos, ajudamos ele a não sair por aí machucando as pessoas! – Explicou Peter pausadamente.
- Hehehe... – Riu Liu sem graça. – Sério?! – Perguntou achando que era só uma brincadeira do Peter. Os marotos apenas balançaram a cabeça positivamente. – Uhhh... – Murmurou Liu olhando para o chão.
- E porque você não me disse isso antes Remy?! – Perguntou Lele que estava surpresa com a informação.
- Eu tinha medo que você deixasse de gostar de mim, mesmo antes quando éramos apenas amigos... – Pontuou Remus com um olhar tristonho.
- Isso não iria acontecer Remy, você pode sempre contar comigo... – Disse Lele abraçando o namorado.
- Espera... – Começou Lily. – Você disse que todos vocês menos o Remus são animagos, certo Peter?! – Perguntou.
- Certo... – Confirmou Peter.
- Em o quê vocês se transformam?! – Perguntou Lily que assim como as outras garotas estava tentando assimilar essa nova notícia.
- Rato... – Respondeu Peter sorrindo.
- Errr... – Começou James. – Um cervo... – Respondeu sorrindo um sorriso amarelo.
- Si?! – Perguntou Liu ao notar que Sirius não parecia que ia falar no que se transformava.
- Você já me viu animago, só não sabia que era eu... – Pontuou Sirius olhando para Liu e sorrindo marotamente.
- O cachorro preto?! – Perguntou Liu arqueando a sua sobrancelha esquerda.
- Esse aí mesmo! – Exclamou Sirius com uma cara de anjo.
- Vem cá... – Começou Liu. – Vocês não contaram para a gente antes porque?! – Perguntou a Sirius.
- Porque envolvia o segredo do Aluado! – Respondeu Sirius.
- Agora eu entendi os apelidos... – Murmurou Lily.
- Estou sem palavras para descrever o que eu estou pensando... – Pontuou Liu com uma cara de interrogação ainda.
- Eu te Amo! – Exclamou Sirius com um sorriso amarelo para tentar amenizar o clima de...bom...a falta de clima do local.
- Eu também te Amo Si... – Começou Liu. – Mas é só que eu acho que ainda não caiu a ficha que vocês são o que são... – Pontuou olhando para o chão.
- Boba... – Começou Sirius. – Eu sou o seu namorado...e ponto final! – Exclamou sorrindo marotamente.
- Dãããã!! – Exclamou Liu. – Que você é o meu namorado eu sei muito bem... – Disse piscando para Sirius.
- HAudahsduahs! – Riu James. – Vocês dois são um só... – Disse deixando Peter confuso.
- Como assim?! – Perguntou Peter.- Eles dois são dois... – Pontuou com uma de suas sobrancelhas arqueadas.
- Ele quis dizer que o Sirius e a Liu são como se fosse um só... – Explicou Júlia.
- Ah sim... – Murmurou Peter. – Assim como eu e você né Jú?! – Perguntou Peter.
- Claro que sim Pete... – Confirmou Júlia com um belo sorriso nos lábios.
- Não gostei desse negócio de eu e a Liu sermos um só... – Pontuou Sirius.
- Porque?! – Perguntou Remus.
- Pensem aí... –Começou Sirius com uma cara séria. – Se eu e a Liu somos um só, isso significa que eu namoro comigo mesmo... – Disse olhando para Liu que estava com uma cara bem assim “¬¬”.
- Você não foi feliz com essa sua colocação, Almofadas... – Falou James olhando para Sirius.
- Bom... – Começou Remus. – Então vocês não vão brigar com a gente, e nem se afastar de mim?! – Perguntou confuso.
- Eu não... – Começou Lele. – Sempre quis conhecer um lobisomem, e agora eu namoro com um! – Brincou sorrindo para Remus.
- Bom... – Começou Liu. – Eu vou acabar economizando nas despesas, porque o meu namorado é ao mesmo tempo o meu cão de guarda... – Disse sorrindo marotamente. – E nunca tive problemas com lobisomens... – Completou.
- Eu sempre gostei dos ratinhos... – Pontuou Júlia. – E nunca tive medo dos lobos... – Adicionou olhando para Remus.
- Eu sempre gostei do Bambi... – Pontuou Lily olhando para James enquanto ria. – E você sempre será o meu amigo, Remus! – Completou com um belo sorriso nos lábios.
- Gente! – Exclamou Liu. – A minha tia deve estar me procurando... – Murmurou preocupada.
- Não vai achar a minha casa mesmo... – Pontuou James olhando para o teto.
- Sei lá... – Começou Liu. – Ela sempre consegue o que quer... – Completou ainda mais preocupada.
- Se ela bater aqui a gente expulsa ela a vassouradas! – Disse Sirius com um sorriso daqueles que as crianças dão quando pensam em algo para aprontar.
- Ótimo...ela no mínimo está na casa de um dos amiguinhos... – Murmurou Marta do lado de fora de casa.
- Moça... – Falou alguém dentro de um táxi. – Está procurando por sua filha é?! – Perguntou confuso.
- Sim... – Mentiu Marta. – Ela sumiu hoje de manhã... – Disse chegando perto do táxi.
- Ela é baixinha, dos cabelos e olhos castanhos?! – Perguntou querendo ajudar.
- É sim moço... – Respondeu Marta com um sorriso discreto de satisfação.
- Eu levei ela até uma rua, se quiser eu te digo o endereço... – Disse o homem com um papel em mãos.
- Eu quero sim... – Retrucou Marta. – Obrigada pela gentileza... – Agradeceu quando o homem deu o endereço para ela. – “Agora você vai ver só sua garotinha...” – Pensou Marta indo até o seu carro.
Horas já haviam se passado, Sirius e Liu estavam juntinhos no sofá da sala assistindo TV, quando de repente a campainha tocou.
- Quem será?! – Perguntou Liu a Sirius.
- Quem pediu pizza?! – Brincou Sirius gritando pela casa enquanto ia em direção à porta.
- Espera Si... – Murmurou Liu fazendo com que Sirius parasse quando sua mão estava na maçaneta da porta. – Pode ser ela... – Disse afastando a mão do garoto da maçaneta.
- Pontas!! – Gritou Sirius. – Vem cá atender essa porta, já que você trancou ela... – Mentiu só para James descer as escadas.
- Eu tranquei?! – Perguntou James enquanto descia as escadas, mas ao ver Liu indicando silêncio ele disse. – É mesmo Almofadas! Eu esqueci de te entregar a chave, é que você sabe né?! Ninguém vem aqui desde ontem, e minha mãe e meu pai mandaram eu deixar tudo trancado...
- Suba Liu... – Murmurou Sirius mas Liu foi para outra sala que era do lado da sala de visita e ficou observando tudo.
- Quem é?! – Perguntou James com a mão na maçaneta.
- Correio... – Mentiu Marta para abrirem a porta.
- É ela... – Murmurou Liu para Sirius.
- Certo... – Retrucou James. – Já vou abrir... – Disse abrindo a porta.
- Cadê ela?! – Perguntou Marta com a varinha em mãos entrando na casa de James.
- Ela quem?! – Perguntou James com uma cara cínica.
- A sua amiguinha... – Respondeu Marta apontando a varinha para James.
- Até daqui a pouco... – Murmurou Sirius no ouvido de Liu que estava encostada na parede da sala do lado para não ser vista.
- Cuidado, eu tenho um cachorro que não gosta quando me ameaçam com uma varinha... – Avisou James que esperava que Sirius estivesse ouvindo aquilo, ou que pensasse a mesma coisa que ele.
- E cadê esse seu cachorrinho?! – Perguntou Marta crente que era brincadeira de James.
- Bingooo!!! – Gritou James e rapidamente um cachorro preto apareceu na sala com uma cara de poucos amigos. – Aqui ele... – Respondeu com “Bingo” ao seu lado.
- Não tenho medo de cachorros... – Murmurou Marta. – Agora cadê a minha sobrinha idiota?! – Perguntou quase gritando.
- Uhulll!! – Murmurou Lele de cima da escada. – O dragão se soltou das correntes... – Brincou rindo.
- Eu ouvi isso sua pirralha metida! – Exclamou Marta ao ouvir o que Lele falou.
- Gente! – Exclamou Lele. – O dragão tem ouvido de fofoqueira... – Pontuou olhando diretamente para Marta, que não sabia mas estava bem perto de Liu, apenas uma parede separava elas duas.
- Crianças... – Murmurou Marta. – Vocês não perdem por esperar... – Disse levantando a varinha e apontando para Lele.
- Opaa!! – Exclamou Remus com sua varinha em mãos, surgindo ao lado de James. – Nem pense... – Avisou.
- Estamos em maior número... – Adicionou James também com a varinha apontada para Marta, “Bingo” não mais estava ao seu lado.
- Agora saia daqui... – Disse Lele descendo as escadas. – A Liu não está aqui... – Disse convicta.
- Eu vou... – Começou Marta. – Mas eu voltarei... – Avisou abrindo a porta e saindo de lá.
- Uffss! – Murmurou Liu respirando fundo.
- Hausdhausd... – Riu James. – Ela ficou com medo do Almofadas!! – Exclamou sorrindo.
- Falando de mim?! – Perguntou Sirius voltando da cozinha com um biscoito natalino na mão.
- Impressão sua... – Brincou James tomando o biscoito que estava na mão de Sirius.
- Pontas!! – Exclamou Sirius. – Era o último... – Disse num tom choroso.
- E agora se foi! – Exclamou James comendo o último biscoito.
- Muito baixo astral Pontas... – Murmurou Sirius com uma cara assim “¬¬”.
- Eu faço mais para vocês... – Prontificou – se Liu com um sorriso no rosto.
- Sério?! – Perguntaram James, Remus e Sirius de vez, quem havia feito esses biscoitos havia sido a mãe de James antes de ter que viajar.
- Sério... – Respondeu Liu. – Só vou precisar de uma ajudinha... – Completou piscando para Sirius.
- Eu ajudo! – Exclamou Sirius com um sorriso maroto nos lábios.
- Então mãos a obra! – Concluiu Liu indo para a cozinha junto com Sirius.
- Isso daqui vai aonde?! – Perguntou Sirius com um pacote de farinha nas mãos e um sorriso safado nos lábios.
- Ali... – Disse Liu que não estava prestando atenção apontando para uma tigela.
- Aqui?! – Perguntou Sirius com o pacote de farinha em cima de Liu que estava concentrada em outra coisa.
- É Si... – Respondeu Liu sem notar que Sirius estava com o pacote em cima dela.
- Então tudo bem! – Exclamou Sirius jogando a farinha toda em cima de Liu.
- Sirius Black!! – Gritou Liu parando para respirar fundo e encarando Sirius.
- Pois não?! – Perguntou Sirius com uma cara de anjo com o pacote vazio de farinha em mãos.
- Porque você fez isso?! – Perguntou Liu calmamente.
- Porque você disse que era para botar a farinha aí?! – Respondeu Sirius chegando mais perto de Liu com uma cara cínica.
- Você realmente acha que eu acredito nisso?! – Perguntou Liu botando as mãos na cintura.
- Mas é a verdade! – Exclamou Sirius puxando Liu pela cintura.
- Você está de castigo Sirius Black... – Pontuou Liu com o dedo indicador apontando para Sirius.
- Qual o castigo?! – Perguntou Sirius com um sorriso safado.
- Você vai ficar uma hora sem me beijar... – Provocou Liu melando a testa de Sirius de farinha.
- Vou nada! – Exclamou Sirius aproximando seu rosto do de Liu.
- Hey! – Exclamou Liu se afastando. – Você está de castigo... – Pontuou sorrindo marotamente.
- Ah não! – Exclamou Sirius. – Isso não é justo... – Murmurou com uma carinha triste.
- Nem adianta fingir que está triste... – Pontuou Liu desafiando Sirius com o olhar.
- Mas eu estou triste... – Disse Sirius baixando a cabeça.
- Me diga algo novo... – Murmurou Liu sorrindo.
- Eu te Amo! – Exclamou Sirius sorrindo marotamente.
- Isso não é algo novo... – Retrucou Liu sorrindo.
- Uia...nem se acha... – Brincou Sirius se aproximando de Liu aos poucos.
- Eu disse para você me dizer algo que eu já não saiba... – Pontuou Liu piscando para Sirius.
- Você fica linda com farinha no cabelo... – Disse Sirius sorrindo de uma maneira um tanto quanto safada.
- Você não presta Si... – Murmurou Liu sorrindo marotamente.
- Por isso que você gosta tanto de mim! – Exclamou Sirius puxando Liu para perto dele e aproximando o seu rosto do dela.
- Uma hora Si! – Lembrou Liu sorrindo para o maroto.
- Ah não! – Exclamou Sirius. – Uma hora é tortura... – Murmurou no ouvido de Liu.
- Eu vou ter que tomar banho mesmo... – Começou Liu. – Você nem vai sentir passar essa uma hora... – Completou piscando para Sirius.
- Não?! – Retrucou Sirius. – Até parece...uma hora é muito tempo sabendo que você está aqui... – Adicionou.
- Finge que eu saí então... – Brincou Liu se afastando de Sirius. – Agora eu vou tomar um banho... – Adicionou. – Nem vai dar para fazer os biscoitos, você acabou com a farinha... – Completou sorrindo enquanto tentava inutilmente tirar a farinha que estava em seu cabelos com as mãos.
- Vá lá então... – Murmurou Sirius. – Vou falar com o Pontas para ver se dá para a gente ir no mercado trouxa que fica mais ou menos perto daqui... – Completou.
- Se for para ir no mercado me esperem! – Avisou Liu enquanto subia as escadas.
- Sim senhora! – Respondeu Sirius em um tom de brincadeira. – Pontas!!!!!! – Gritou no pé da escada.
- James... – Murmurou Lily. – O Sirius está te chamando... – Disse sorrindo.
- Deixa ele chamar... – Respondeu James com um sorriso maroto enquanto abraçava a ruiva.
- Pontassssssss!! – Gritou Sirius de novo.
- Deve ser algo urgente... – Pontuou Lily que estava com os braços enlaçados no pescoço de James.
- Duvido... – Murmurou James.
- Pelo menos dê um sinal de vida... – Disse Lily sorrindo.
- Espera só um pouco... – Murmurou James no ouvido de Lily, logo após se afastando e indo até as escadas. - O que você quer pulguento?! – Perguntou de cima da escada.
- Apareceu o Bambi!! – Exclamou Sirius sorrindo marotamente.
- Diz logo vai Bingo!! – Pontuou James.
- Vamos para o mercado mais tarde?! – Perguntou Sirius com uma cara de santo.
- Está faltando comida?! – Perguntou James.
- Farinha para fazer biscoito... – Respondeu Sirius com um sorriso amarelo.
- Mas tinha farinha... – Pontuou James com uma cara confusa.
- Tinha antes de eu derramar toda na Liu...- Adicionou Sirius com um sorriso maroto.
- HAsudhausdhau!! – Riu James. – Ela deve estar irritada com você... – Completou.
- Disse que vai ficar uma hora sem me beijar e subiu para tomar banho... – Disse Sirius. – Então, vamos levar o pessoal até o mercado?! – Perguntou sorrindo.
- Está certo, minha mãe deixou a chave do carro aí... – Respondeu James apontando para um lugar feito para pendurar chaves.
- Deixa só a Liu terminar o banho que a gente vai... – Pontuou Sirius. – Agora pode voltar para a sua ruivinha, porque eu vou ficar com a minha amiga, a TV! – Brincou Sirius indo até o sofá e ligando a TV.
- O que foi?! – Perguntou Lily quando James entrou no quarto rindo.
- Topa ir para o mercado assim que a Liu acabar o banho?! – Perguntou James sorrindo marotamente.
- Topo sim! –Exclamou Lily. – Agora me dá licença que eu vou ir para o meu quarto conjunto para expulsar o Remus e a Lele e me arrumar... – Adicionou dando um selinho em James e saindo de lá.
- Você aqui Pontas?! – Perguntou Sirius quando James desceu e se sentou ao lado dele para assistir o programa que estava passando na TV.
- A Lily foi se arrumar... – Pontuou James.
- Bem vindo ao maravilhoso mundo da tevelisão! – Exclamou Sirius com um sorriso imenso.
- É televisão Almofadas... – Corrigiu James sorrindo.
- Posso me juntar à vocês?! – Perguntou Remus chegando na sala de repente.
- Claro Aluado! – Responderam James e Sirius juntos dando um espaço para Remus sentar no sofá.
- Pênalti!! – Exclamou James que estava assistindo Futebol junto com os marotos.
- Foi falta Pontas, não pênalti! – Corrigiu Remus.
- Opaa!! – Exclamou Sirius. – Juiz ladrão, porrada é a solução!! – Cantou ao ver que o juiz não tinha marcado nada.
- Obaa...futebol... – Disse Peter sentando – se o chão.
Depois de algum tempo, as garotas terminaram de se arrumar e desceram. Quando elas chegaram na sala deram de cara com os marotos quase dentro da TV de tão próximos que estavam.
- Ficar perto da TV faz mal... – Pontuou Liu.
- Gollllll!!!!!!! – Gritaram os marotos juntos.
- Vamos?! – Perguntou Lily confusa.
- Espera... – Murmurou James. – Está nos pênaltis! – Exclamou vidrado na TV.
- Eu e as garotas vamos indo de carro na frente e vocês vão a pé depois... – Provocou Liu pegando a chave do carro.
- Drogaa! – Exclamaram os quatro marotos juntos.
- Estamos indo viu?! – Avisou Lele enquanto Liu balançava a chave para fazer barulho.
- Vão logo! – Disse Peter sem notar o que estava dizendo, consequentemente as garotas passaram pela frente da TV rapidamente para ir até a porta que dava ligação com a garagem.
- Até mais tarde marotos! – Gritou Liu fechando a porta e indo em direção ao carro.
- Até mais...- Começou Sirius. – O quê?! – Perguntou com uma cara confusa.
- OMM! – Exclamaram os quatro juntos.
- Esperem por nós!! – Gritou James indo para a porta da garagem junto com Remus e Peter, enquanto Sirius desligava a TV.
Eles abriram a porta da garagem e deram de cara com as quatro garotas com as mãos na cintura em sinal de reprovação.
- Toma James... – Disse Liu jogando a chave para James, que conseguiu pegar no ar.
- Eu acho que elas ficaram estressadas com a gente... – Murmurou Sirius para Remus.
- Você acha?! – Retrucou Remus olhando para a cara das garotas.
- Está bem... – Murmurou Sirius. – Eu tenho certeza... – Completou indo para o lado de Liu.
- Você me trocou por um jogo de futebol...- Começou Liu olhando feio para Sirius. – Tsc tsc para você Sirius Black... – Disse num tom aparentemente sério.
- Eu hein! – Exclamou Sirius. – É ruim eu te trocar por um monte de marmanjo correndo atrás de uma bola... – Disse sorrindo marotamente enquanto trazia Liu para junto de si.
- Vamos! – Gritou James que já estava dentro do carro no banco do motorista, enquanto Lily estava entrando no outro banco da frente.
- Está bem Pontas! – Exclamou Sirius fingindo que ia largar Liu, mas logo após beijando – a.
Todos entraram no carro e James conseguiu tirar o carro da garagem.
- Nós vamos morrer... – Murmurou Liu que estava no colo de Sirius no banco do fundo.
- Que é isso... – Começou James. – Eu sei dirigir muito bem... – Disse virando sua cabeça para falar com quem tava atrás.
- Olha a rua James! – Desesperou – se Lele que estava no colo de Remus.
- Hasudahsu! – Riu James voltando a olhar para a pista. – Vocês realmente acham que eu não sei dirigir?! – Perguntou sorrindo marotamente.
- Não... – Murmurou Liu confusa. – Só acho que você deveria ser mais prudente! – Exclamou ao ver que James tinha tirado as duas mãos do volante.
Passaram por várias ruas até finalmente pararem o carro no estacionamento do mercado. Não era aqueles mercadinhos pequenos, era daqueles bem grandes que não vende só comida, como vende várias outras coisas.
- Aleluia chegamos... – Disse Liu saindo do carro.
- Nem me diga... – Concordou Lele enquanto também saía do carro.
- Oh gente... – Começou Lily. – O meu lindo não dirige tão mal assim... – Disse abraçando James que já tinha saído do carro e estava ao lado dela.
- Imagina se dirigisse mal... – Murmuraram Liu e Lele juntas enquanto quem faltava sair do carro saía.
- Engraçadas vocês duas... – Retrucou James dando língua para as duas.
- Está frio aqui fora... – Pontuou Liu que enquanto falava saía fumaça de sua boca.
- Vamos logo para dentro do mercado então... – Disse Sirius, e todos foram para dentro do mercado.
- Si... – Começou Liu quando eles já estavam passeando pelo mercado. – Aquelas trouxas não param de olhar para você... – Pontuou quase apontando para um grupo de garotas que estavam secando Sirius com os olhos, alias, não só Sirius como todos os marotos menos Peter.
- E eu não estou nem aí... – Respondeu Sirius sorrindo marotamente, o que levou as garotas à loucura.
- Mas eu estou... – Disse Liu com ciúmes. – Vou soltar o meu olhar fatal para elas... – Completou fazendo com que Sirius risse do “olhar fatal” dela.
- Nossa... – Começou Sirius. – Até eu fiquei com medo... – Brincou fazendo com que Liu olhasse mortalmente para ele dessa vez.
- Está zuando o meu olhar fatal é Si?! – Perguntou Liu com uma cara assim “¬¬”.
- Eu?! – Começou Sirius. – Nunquinha... – Respondeu puxando Liu para perto de si.
- O lance é o seguinte Sirius Black... – Começou Liu cutucando o ombro de Sirius enquanto falava. – Essas garotas vão botar olho gordo em você, e aí você vai ficar doentinho e eu vou ter que cuidar de você... – Disse se controlando para não rir.
- O lance é o seguinte Elisa Weiss... – Começou Sirius também cutucando o ombro de Liu. – Eu só tenho olhos para você, e se essas garotas trouxas querem ficar me olhando problema delas, porque eu sou só seu... – Continuou. – Propriedade privada! – Completou beijando Liu apaixonadamente na frente de todos, o que deixou as garotas boquiabertas imaginando o beijo dele.
- Nossa... – Começou uma das garotas trouxas, ela era morena. – Que Deuses... – Murmurou parando para respirar.
- Nem me fale... – Respondeu a outra do grupinho que era loira. – Quero um desses para mim... – Disse com os olhos brilhando.
- Parece que todos já têm namorada... – Pontuou uma outra garota, que tinha os cabelos castanhos.
- Eu não sou ciumenta... – Retrucou a loira.
- Mas elas parecem que são... – Pontuou a castanha.
- Também, com Deuses desse calibre em mãos... – Completou a morena.
- Aff!! – Exclamou Lily que estava irritada do quanto as garotas trouxas olhavam para James e os outros marotos enquanto eles testavam óculos escuros em uma parte do mercado. – Elas estão nos perseguindo... – Pontuou ao notar que em todos os lugares que eles iam elas iam atrás.
- Quem?! – Perguntou James baixando um pouco o óculos escuro que estava testando e olhando para Lily.
- Um grupo de garotas trouxas... – Respondeu Lily embirrada.
- Ah Háááá!! – Exclamou James ajeitando o óculos. – A minha ruivinha está com ciúmes de mim!! – Disse no que Lily estava com uma cara bem assim “¬¬”.
- Sério?! – Ironizou Lily. – Vai ver que é só porque aquelas garotas estão te secando com os olhos... – Completou arqueando sua sobrancelha direita enquanto olhava para as garotas.
- Ciumenta... – Murmurou James se aproximando de Lily. – Deixa elas olharem, assim elas vão morrer de inveja de você... – Disse logo em seguida beijando os lábios de Lily.
- Si... – Começou Liu. – Esse óculos ficou muito engraçado em você... – Pontuou rindo do óculos com borda de onçinha que Sirius tinha posto de brincadeira.
- Você acha?! – Perguntou Sirius olhando – se no espelho. – Nossa! – Exclamou tirando os óculos. – Quem é essa garota linda do meu lado?! – Perguntou olhando pelo espelho.
- Abestalhado... – Murmurou Liu rindo.
- Uia... – Começou Sirius. – As garotas ainda estão nos seguindo... – Pontuou ao ver os olhares via espelho.
- Sério?!- Perguntou Liu quase se virando para encarar as garotas.
- Larga de ser ciumenta! – Exclamou Sirius impedindo que Liu se virasse.
- Eu não posso deixar de ser ciumenta com um namorado como você... – Pontuou Liu.
- Cachorro?! – Brincou Sirius achando que Liu falaria isso.
- Não, perfeito! – Disse Liu piscando para Sirius. – Droga... – Murmurou Liu olhando pelo espelho. – O que ela faz aqui?! – Se perguntou.
- Ela quem?! – Perguntou Sirius olhando pelo espelho.
- Fui... – Respondeu Liu saindo de lá discretamente.
- Uiii... – Começou Sirius. – Ela... – Concluiu ao ver de quem era que Liu estava falando.
- Vocês por aqui?! – Perguntou uma voz fina e insuportável chegando perto de Sirius.
- Não moça... – Começou Sirius. – A gente ta lá em casa, o que você está vendo é uma miragem... – Respondeu com uma cara tipo “Dããã”.
- Eu sei que ela está aqui... – Começou a mulher. – Cadê ela?! – Perguntou rispidamente.
- Oxi! – Exclamou Sirius. – Você não disse que sabe aonde ela está?! – Retrucou com um sorriso maroto.
- Sem brincadeiras frangote... – Murmurou a mulher de voz fina.
- Vá procurar o que fazer sua mal – amada... – Disse Sirius guardando o óculos e virando de costas para Marta deixando ela falando com o espelho.
- Arghh!! – Gritou Marta quebrando o espelho logo em seguida.
Após comprarem o que queriam, evitando topar com Marta pelos corredores do supermercado, eles voltaram para a casa de James, conversaram e foram dormir.
Enquanto dormia Liu novamente começou a sonhar com aquela mesma cena estranha.

[Modo Sonho On]

Liu estava novamente em uma sala toda decorada com balões coloridos, faixas com mensagens que agora ela já conseguia decifrar o que tinha escrito...“Feliz aniversário, Liu!!”, por algum motivo o sonho estava se completando aos poucos. Ela, como anteriormente, não estava sozinha, Sirius e Douglas estavam lá também...e...Marta e o homem de olhos azuis?!...Não...não podia ser,mas novamente era, eles estavam sendo ameaçados pelos dois, ninguém ali estava com varinha...só Marta e o homem de olhos azuis, definitivamente aquilo não era um sonho, era um pesadelo, e esse pesadelo queria lhe dizer algo.
- Não se preocupe Liu, não vou deixar que nada aconteça com você... – Murmurou Sirius no ouvido da garota. Novamente era como se ela tivesse vendo tudo aquilo acontecer de fora, como se ela fosse outra pessoa, que sonho esquisito esse que insistia em se repetir...
- Entregue a corrente... – Ordenou Marta que estava alguns metros de distância dos três, dessa vez a garota pôde notar a expressão de cobiça da Tia.
- Eu não estou com ela! – Respondeu Liu.
- Agora! – Exclamou Marta em um tom agressivo, se aproximando de Liu, a adrenalina aumentava em seu corpo cada vez mais.
- Nunca! –Retrucou Liu com lágrimas nos olhos. As mãos de Sirius procuravam por algo que estava em seu pescoço,até Liu segurar uma de suas mãos como quem diz “Não faça isso...”.
- Está bem... – Começou o homem de olhos azuis. – Marta...acho que você deveria matar ela então... – Disse com um sorriso maléfico. – Você sabe que além dela ter que passar todo o dinheiro para nós hoje, você tem logo que pegar essa coisa... – Adicionou olhando para a mulher de longos cabelos negros.
- Se ela morrer nada vai vir para nós... – Pontuou Marta. – Ah menos que ela faça um testamento... – Adicionou sorrindo.
- Vocês acham que eu darei alguma coisa minha para vocês?! – Perguntou Liu irritada.Como ela já havia sonhado isso antes ela sabia exatamente o que ia acontecer nesse pesadelo, a única coisa que fez com que ela não acordasse foi a curiosidade de ver de quem era o corpo.
- É...vamos matar ela mesmo... – Disse Marta com sua varinha em mãos. – AVADA KEDAVRA!! – Exclamou apontando para Liu. Dessa vez foi possível ver alguém entrando em sua frente, não era Sirius, Sirius continuava de seu lado apertando sua mão.
O pesadelo novamente foi cortado por uma luz verde, seguida de uma escuridão profunda. Até que tudo tornou – se claro de novo...e lá estava ela debruçada sobre um corpo chorando, dessa vez ela pôde ver um pouco do rosto do corpo que estava estendido no chão.

[Modo Sonho Off]


- Não!! – Gritou Liu antes mesmo de abrir os olhos, fazendo com que todos acordassem assustados de seus mais profundos sonhos.
- O que houve Liu?! – Perguntaram Lele e Lily juntas ficando sobre o pé da cama de Liu. Novamente a garota suava frio.
- O que foi?! – Perguntou Liu ao abrir os olhos e ver as amigas com um olhar de preocupação. Dessa vez, pelo jeito, Liu não estava se lembrando do porque dela ter gritado. Ou melhor, não se lembrava de ter gritado.
- Liu... você está bem?! – Perguntou Sirius entrando feito um furacão no quarto das meninas, o grito de Liu havia sido muito alto. James, Remus e Peter entraram devagar e foram para o lado de suas respectivas namoradas.
- O que houve?! – Perguntou Liu confusa.
- O que houve quem pergunta sou eu... – Pontuou Sirius. – Porque você gritou?! – Perguntou preocupado segurando a mão da garota.
- Eu não gritei...gritei?! – Respondeu Liu confusa, agora flashs do sonho lhe vinham à mente.
- Foi um pesadelo?! – Perguntou James curioso.
- Definitivamente não foi um bom sonho... – Respondeu Liu passando a mão em sua testa para limpar o suor. – Acho que vou descer para tomar uma água... – Pontuou se levantando da cama. – Por favor, podem voltar a dormir... – Disse fingindo um sorriso.
- Eu vou com você... – Prontificou – se Sirius.
- Não Si... – Começou Liu. – Você vai ir dormir... – Completou calmamente.
- Mas... – Recomeçou Sirius.
- Eu preciso ficar sozinha... – Interrompeu Liu. – Só por hoje... – Acrescentou com um olhar sério.
- Está bem... – Concordou Sirius. – Mas me promete que não vai fazer nenhuma besteira... – Pediu preocupado.
- Eu prometo... – Falou Liu beijando o maroto e seguindo em direção às escadas sozinha.
- O que será que ela sonhou?! – Perguntou Remus olhando para Lele.
- Bom... – Começou Lele. – Eu posso jurar que antes do “não” ela murmurou algo como Douglas e Sirius... – Disse parando para pensar.
- Será que ela sonhou que um dos dois morria?! – Perguntou James.
- Aff Pontas! – Exclamou Sirius. – Se eu sonhasse com a Liu morrendo eu acordaria pior do que isso.... – Pontuou.
- Eu acho que foi um pesadelo com morte sim... – Falou Lily. – E eu também acho que se a gente descer para ver o que ela está fazendo ela vai estar chorando... – Murmurou em seguida.
Liu pegou um copo, abriu a geladeira, botou um pouco de água gelada no copo, fechou a geladeira, em seguida foi até o armário e pegou o açucareiro, depositando duas colheres de chá cheias de açúcar em seu copo de água.
Enquanto isso, Sirius voltava para o seu quarto, e se deitava em sua cama para tentar dormir, mas o grito de Liu ainda ecoava em seu ouvido.
- É essa a casa?! – Perguntou uma voz masculina do lado de fora de uma casa muito bonita, onde apenas uma luz estava ligada, a da cozinha.
- Sim... – Respondeu uma voz fina e irritante.
No quarto Sirius se revirava na cama, sua mente havia sido invadida por um louco pesadelo.

[Modo Sonho On]

- Não, a Liu não... – Ele falava mas parecia não ser escutado.
- Então mande ela entregar tudo! – Disse uma voz desconhecida por Sirius.
- Deixe – a em paz! – Dessa vez era uma terceira voz...Douglas?!
- Vocês vão fazer o que?! – Começou aquela mesma voz masculina. – Chamar a mãe de vocês?! – Perguntou.
- Nós... – Começou Douglas, dava para notar que ele estava procurando por algo.
- Procurando a sua varinha não é?! – Perguntou uma voz feminina....Marta.
- Vocês não vão conseguir nada aqui, em breve o diretor dessa escola já vai estar aqui... – Pontuou Douglas. Estavam três desarmados contra dois com varinha.
- Não se preocupe Liu, não vou deixar que nada aconteça com você... – Murmurou Sirius no ouvido da garota. Era como se ele estivesse vendo tudo de cima, era uma sensação esquisita não puder interferir naquela cena.
- Entregue a corrente... – Ordenou Marta que estava alguns metros de distância dos três, ela tinha cobiça nos olhos.
- Eu não estou com ela! – Respondeu Liu.
- Agora! – Exclamou Marta em um tom agressivo, se aproximando de Liu. Sirius começou a se sentir mal por não ter como fazer nada.
- Nunca! –Retrucou Liu com lágrimas nos olhos. As mãos de Sirius procuravam por algo que estava em seu pescoço, no sonho,até Liu segurar uma de suas mãos como quem diz “Não faça isso...”.
- Está bem... – Começou o homem de olhos azuis. – Marta...acho que você deveria matar ela então... – Disse com um sorriso maléfico. – Você sabe que além dela ter que passar todo o dinheiro para nós hoje, você tem logo que pegar essa coisa... – Adicionou olhando para a mulher de longos cabelos negros.
- Se ela morrer nada vai vir para nós... – Pontuou Marta. – Ah menos que ela faça um testamento... – Adicionou sorrindo.
- Vocês acham que eu darei alguma coisa minha para vocês?! – Perguntou Liu irritada.
- É...vamos matar ela mesmo... – Disse Marta com sua varinha em mãos. – AVADA KEDAVRA!! – Exclamou apontando para Liu.
O pesadelo foi cortado por uma luz verde, seguida de uma escuridão profunda.

[Modo Sonho Off]


O pesadelo de Sirius fora cortado por um barulho de copo se quebrando.
- Liu... – Murmurou Sirius ainda deitado na cama, suando frio, pensando que o barulho de copo quebrando havia sido coisa de sua imaginação. Mal sabia ele que na cozinha estava acontecendo algo.
- O que vocês fazem aqui?!- Perguntou Liu deixando o copo de água com açúcar cair no chão.
- Achou que ia ficar escondidinha aqui para sempre?! – Perguntou uma voz fina e irritante.
- Nós viemos te buscar... – Disse uma voz masculina, era ele, o “homem de olhos azuis”.
- “Até eu fazer dezoito anos eu estarei segura....” – Repetia Liu mentalmente tentando não ficar com medo.
- Sabe... – Começou Marta. – Eu pensei em te levar sem te machucar... – Continuou, seu olhar era maligno. – Mas eu mudei de idéia... – Pontuou.
- Quem disse que eu vou com você?! – Provocou Liu. – Meu amigos estão todos aqui, eles são mais do que vocês dois... – Disse confiante.
- Mais novos também... – Pontuou Nosferato.
- Se eles descerem eles vão morrer, um por um, na sua frente... – Ameaçou Marta.
- Lily... – Começou Lele cutucando Lily.
- O que foi?! – Perguntou Lily abrindo os olhos.
- Eu acho que a Liu está demorando demais para subir... – Começou Lele. – Acho que devíamos ver se ela precisa de nós... – Pontuou.
- Você tem razão... – Concordou Lily.
- Vamos então... – Disse Lele indo até as escadas.
- Ouço passos... – Pontuou o homem de olhos azuis.
- Liu?! – Perguntou Lele da escada. – O que houve?! – Perguntou novamente enquanto descia as escadas com Lily logo atrás.
- Liuuu, você está aí?! – Gritou Lily.
- Por favor... – Murmurou Liu. – Não façam nada com elas... – Pediu em desespero.
- Você vai vir conosco e se comportar direitinho?! – Perguntou Marta com um olhar maléfico.
- Vou sim... – Respondeu Liu com lágrimas nos olhos.
- Liu...você... – Começou Lele entrando na cozinha e dando de cara com Marta com uma varinha apontada para Liu e o homem de olhos azuis com uma varinha apontada para ela. – Vocês dois....eu vou gritar! – Alertou Lele. Lily não chegou a entrar na cozinha, voltou silenciosamente para cima.
- Não Lele! – Pediu Liu ao ver os olhares de Marta e Nosferato. – Por favor... – Murmurou.
- Mas Liu... – Começou Lele.
- Suba para o seu quarto e finja que nada aconteceu... – Ordenou Marta.
- Nunca! – Exclamou Lele.
- Acho melhor você convencer a sua amiguinha... – Murmurou Marta para Liu.
- Lele... – Começou Liu quase chorando de medo que algo acontecesse com sua amiga – irmã. – Faz o que ela está pedindo...por favor... – Pediu com um olhar triste.
- Só vou subir porque a minha Sis está pedindo... – Murmurou Lele olhando para o chão e saindo de lá.
- Acorda James... – Murmurava Lily enquanto cutucava James. – Aff... – Murmurou indo acordar Sirius. – Siriuss... – Disse tentando acordar o maroto.
- Que foi Lily... – Murmurou Sirius com sono.
- A Liu... Marta...um homem... – Palavras desconexas, isso era tudo que saía da boca de Lily.
- A Liu está em perigo?! – Perguntou Sirius acordando bruscamente.
- É! – Exclamou Lily rapidamente.
- Liuu!! – Gritou Sirius pegando a sua varinha que estava perto dele e descendo as escadas feito um furacão, seguido por James e Remus que acordaram com o barulho e foram atrás dele com suas varinhas.
- Calma Almofadas! – Exclamou James, mas ao ver Sirius já estava parado em um estado catatônico em frente à porta da cozinha.
- Cheguei tarde demais... – Murmurou Sirius. – Já levaram ela... – Disse abaixando a cabeça ao ver a cozinha vazia com apenas um copo quebrado no chão.
- Almofadas... – Começou Remus. – Não se preocupe...nada demais vai acontecer... – Disse para acalmar o amigo.
- Bom... – Começou Lele que havia acabado de descer as escadas de novo. – Pelo olhar da tia dela...ela vai apanhar... – Pontuou triste.
- Você viu ela sendo levada e não fez nada?! – Perguntou Sirius sem acreditar em seus ouvidos.
- Ela me pediu para fazer o que a Tia dela mandou! – Exclamou Lele com lágrimas nos olhos. – Eu queria ter ajudado ela, mas nem com varinha eu estava! – Completou.
- Calma Lele... – Murmurou Remus indo abraçar a namorada. – Ela vai ficar bem... – Disse sorrindo.
- Foi mal Lele... – Começou Sirius. – É que eu tenho certeza de que ela não vai ser bem tratada lá na casa da Tia dela... – Pontuou balançando a varinha e fazendo com que os destroços do copo se recuperassem.
- Agora você vai aprender a nunca mais fugir... – Gritou Marta quando chegaram em casa. Todos os pertences de Liu ficaram na casa de James.
- Me solta! – Gritou Liu de volta, elas estavam na sala. Mary Kate assistia tudo de cima da escada.
- Você vai ver só sua pirralha atrevida... – Murmurou Marta chegando perto de Liu que assim como ela estava de pé. – Eu vou te fazer sofrer muito nesses dias... – Completou com um olhar maléfico. – Ainda bem que a louca da sua mãe já foi para o inferno... – Adicionou com um sorriso maligno.
- Nunca mais fale assim da minha mãe! – Exclamou Liu logo em seguida dando um tapa na face direita de Marta.
- Como você se atreve a fazer isso?! – Perguntou Marta extremamente enraivecida.
- Eu perdi o meu medo... – Começou Liu. – Você não passa de uma idiota para mim! – Completou com raiva correndo em suas veias.
- Você vai se arrepender disso... – Avisou Marta com a varinha em mãos. – Langlok! – Gritou em fúria.
- “Eu tenho que ser firme...por você mãe, e por você pai...” – Pensava Liu enquanto sentia uma agonia imensa por estar engasgada e sua vida estar nas mãos de sua tia.
- Anapneo! – Exclamou Marta novamente revertendo o efeito do feitiço. – Isso foi só o começo... – Murmurou com uma cara de satisfação.
- Bom... – Começou Liu com um olhar provocador. – Ainda bem que isso foi só o inicio, porque nunca vi feitiço tão fraco quanto esse! – Exclamou soltando um sorriso confiante enquanto permanecia imóvel na frente de sua tia.
- Rictusempra! – Exclamou Marta fazendo com que Liu sentisse como se estivessem fazendo cócegas intensas nela.
- AHsudhasud! – Ria Liu. – Esse é o seu melhor?! – Perguntou em meio à risos, o ar já se tornava raro em seus pulmões.
- Não vai reclamar ou reagir?! – Perguntou Marta enquanto retirava o efeito do feitiço com um feitiço não – verbal.
- Não perco o meu tempo com você... – Falou Liu sem tirar o sorriso confiante do rosto.
- Vou testar um feitiçinho inofensivo em você... – Começou Marta.
- Fique a vontade tia... – Retrucou Liu com um olhar que expressava coragem.
- Accio chicote! – Gritou Marta e um chicote veio em um sua direção.
- Não sabia que você gostava dessas coisas tia Marta... – Confessou Liu se acabando de rir.
- Cale – se! – Ordenou Marta batendo com seu chicote nas costas de Liu, que não demonstrou sentir nenhuma dor com aquilo.
- Não sabe bater mais forte não é?! – Perguntou Liu provocando Marta.
- Não me provoque... – Avisou Marta batendo novamente com o chicote em Liu.
- “Tenho que ser forte!” – Repetia Liu mentalmente para não demonstrar a dor que sentia. – Tente um pouco mais forte...não comeu bem hoje foi?! – Provocou novamente.
- Sua... – Marta levantou o chicote para bater em Liu de novo, mas algo a impediu.
- Deixa comigo Marta... – Disse Nosferato, afinal ele era homem e batia mais forte.
- É tia, os homens normalmente são mais fortes do que as mulheres... – Pontuou Liu com um sorriso confiante ainda em seu rosto.
- “Coitada da Liu...” – Pensava Mary Kate do alto da escada.
- Você vai aprender a andar na linha garota! – Exclamou Nosferato logo após batendo com o chicote com tanta força que marcou as costas de Liu. Dessa vez Liu não conseguiu esconder a dor que sentiu e acabou deixando uma fina lágrima lhe escorrer os olhos.
- “Desculpa mãe e pai...” – Pensou Liu ao notar que havia derramado uma única lágrima.
- Quero ver você se agüentar em pé agora! – Exclamou Nosferato logo após batendo com força total o chicote nas pernas de Liu o que fez com que ela desabasse no chão. – De pé garota, de pé! – Provocou Nosferato crente que a garota não conseguiria se levantar.
- “Força Liu...por todos...por você mesma...” – Se auto ajudava Liu, se levantando com dificuldades, mas se levantando. – Esse é o seu melhor?! – Perguntou num tom provocativo.
- Hahahahaha!! – Gargalhou Nosferato. – A garota é insistente... – Pontuou. – Tente ficar de pé agora! – Exclamou dando uma chicotada no mesmo lugar da anterior. Liu novamente caiu por causa da força da chicotada.
- “Vamos...eu sei que eu consigo...eu sei que eles não vão me matar...” – Pensava Liu enquanto novamente se levantava com um sorriso confiante nos lábios.
- Vamos ver o que você vai fazer quando não tiver com o que se apoiar na hora de cair... – Murmurou Nosferato.
- Eu sempre tenho no que me apoiar nas horas das quedas... – Disse Liu levando uma chicotada no braço esquerdo. – Os meus bons pensamentos sempre me levantarão sobre qualquer situação... – Completou recebendo outra chicotada no braço, que já estava cortado por causa da força do chicote.
- Pensamentos bons não curam suas feridas! – Exclamou Nosferato enquanto dava uma chicotada nas pernas de Liu.
- Pensamentos bons, amigos, e coisas boas, são capazes de me dar forças para seguir em frente... – Disse Liu confiante. Dessa vez ela nem sequer caiu.
- Mas não são capazes de impedir que você se machuque... – Pontuou Nosferato com raiva no olhar, aquela garota estava tirando ele do sério, sua vontade era de matar ela ali mesmo...maldita herança. – E você vai se machucar muito hoje! – Pontuou chicoteando as costas de Liu com uma força brutal.
- “Mãe...me dá forças...” – Pediu Liu em pensamento, se suas costas estavam antes marcadas, agora estavam feridas.
- Não adianta pedir forças a algo que não existe... – Provocou Nosferato ao ver a cara que Liu fazia como se estivesse pedindo ajuda. – Nada vai te livrar de seu castigo... – Pontuou chicoteando as pernas de Liu, e no que ela caiu chicoteando suas costas impedindo – a de levantar novamente. – Você vai ficar aí... – Ordenou.
- Não vou não... – Murmurou Liu se levantando novamente.
- Quero ver você se apoiar em seus pensamentos bons agora... – Disse largando o chicote e pegando a varinha. – Crucius!! – Exclamou sem pena.
- Ahhhh!! – Gritou Liu de dor. – “Mãe me perdoe por ser fraca...” – Pensou pouco antes de desmaiar de dor.
- Liu! – Gritou Sirius de repente no quarto da casa de James.
- O que foi dessa vez Almofadas?! – Perguntou James preocupado.
- A Liu não está bem... – Murmurou com lágrimas nos olhos. – Não era para eu ter deixado ela descer sozinha... – Disse deixando uma lágrima lhe escorrer a face.
- Almofadas... – Começou James. – Ela vai ficar bem...eu te prometo... – Murmurou agora ainda mais preocupado tanto com Sirius quanto com Liu.
- Liu...acorda... – Murmurava Mary Kate para a prima que permanecia desacordada no chão da sala a mais de uma hora, tempo que levou para Marta e Nosferato saírem para comemorar a tortura.
- Mary?! – Perguntou Liu acordando cheia de dores, sua visão estava embaçada. – É você?! – Perguntou confusa.
- Calma prima... – Murmurou Mary Kate. – Eu vou te ajudar... – Disse calmamente ajudando Liu a se levantar.
- Obrigada Mary... – Murmurou Liu enquanto ambas desciam as escadas do porão, Liu se apoiando em Mary Kate.
- Deite – se... – Disse Mary Kate ajudando Liu a se deitar no sofá.
- A sua mãe vai descobrir... – Pontuou Liu preocupada.
- Dane – se a Marta... – Retrucou Mary Kate. – Agora volte a dormir... – Disse sorrindo para a prima.
- Boa noite prima... – Murmurou Liu antes de dormir.
Para Liu a noite até que se passou em paz, já que seu corpo e mente estavam tão cansados que foi como se ela tivesse se desligado de tudo em uma questão de segundos.
Já para um certo maroto chamado Sirius a noite foi exaustiva, culpava – se a todo momento pelo fato de terem levado Liu para longe dali, o sentimento de culpa foi tão intenso que seus olhos resolveram não se fechar para não deixar ele dormir em paz.
A manhã resolveu finalmente chegar...infelizmente no caso de Liu.
- Acorda! – Gritou uma voz fina abrindo a porta do porão com uma agrestia sem tamanho.
- “Mãe, dê – me forças para agüentar isso...” – Pensou Liu abrindo os olhos.
- Pensou que o castigo era só aquilo?! – Perguntou Marta.
- Esqueceu que eu não posso pensar?! – Retrucou Liu de mal humor.
- Bora... – Apressou Marta puxando Liu pelo braço machucado pelo chicote. – Você vai lavar o chão da minha casa!! – Disse sorrindo.
- Legal... – Murmurou Liu. – Virei faxineira da casa da madrasta cruel! – Brincou sem nem ao menos dar sinal de dor pela puxada.
- Isso mesmo...- Disse Marta entregando uma escova de dentes para Liu e um balde com sabão e água. - Pode começar à limpar... – Murmurou deixando Liu com uma cara estilo “o.O”.
- Uhull!! – Comemorou Liu. – Vou aprender a limpar a casa com uma escova de dentes... – Murmurou num tom de decepção. – “E para completar minhas costas doem, minhas pernas doem, meu braço dói, meu corpo todo dói...Saudades do Si...” – Pensou se abaixando para começar a limpar o chão da casa.
- É isso aí... – Pontuou Nosferato quando viu Liu lavando o chão. – Finalmente está aprendendo quem manda aqui... – Disse com um sorriso superior.
- Pois é... – Murmurou Liu com algo em mente se levantando e pegando o balde. – Eu aprendi quem manda aqui... – Disse do lado de Nosferato. – E não é você! – Terminou derrubando o balde de água e sabão na cabeça do homem.
- Atrevida! – Gritou Nosferato puxando Liu pelo braço. – Não cansou de apanhar não é?! – Perguntou com os olhos vermelhos de raiva.
- Brevemente estarei livre de você e da Marta! – Exclamou Liu com um sorriso superior. Como ela poderia estar sorrindo com tanta dor?! – E vocês não podem fazer nada para impedir isso... – Completou.
- Não?! – Disse Nosferato com um sorrisinho irônico.
- Não... – Respondeu Liu com firmeza no olhar.
- Estamos tendo problemas?! – Perguntou Marta enquanto descia as escadas.
- Sua sobrinha que é um pouco rebelde... – Disse Nosferato apertando o braço machucado de Liu.
- Vou deixar algo bem claro para vocês, eu não sou escrava de nem um de vocês dois! – Explicou Liu com um olhar de desprezo.
- E eu vou deixar algo bem claro para você... – Começou Marta. – Você mora na minha casa...
- Me expulse então! – Interrompeu Liu com um sorriso vitorioso.
- Não me provoque... – Avisou Marta. – Accio chicote! – Exclamou deixando Liu com uma cara estilo “Vai começar tudo de novo”, e um sorriso de ironia nos lábios.

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