Quinto Capítulo.



~~> Quinto Capítulo.
“Hogsmeade...até que enfim Hogsmeade!”

A manhã estava propicia para um passeio para Hogsmeade. E era exatamente isso que os alunos do sétimo ano iriam fazer, pelo menos aqueles que conseguiram a autorização de seus responsáveis. O sol brilhava no horizonte, e nas poucas nuvens era possível perceber desenhos abstratos.
- Thomas...- Começou Liu. – Você tem certeza de que não tem problema eu ir me encontrar com o meu irmão?! – Perguntou.
- Já disse...problema vai ter se você não for... – Murmurou no ouvido da garota fazendo com que ela sentisse calafrios.
- Nesse caso... – Disse a garota um pouco corada. – Encontro com você depois... – Terminou beijando a bochecha do garoto.
- Até depois princesa... – Despediu-se Thomas na frente da Dedos de Mel, enquanto observava Liu ir em direção ao bar chamado “Cabeça de Javali”.
A castanha entrou no pequeno bar. Ele era muito sujo e com um cheiro de algo que lembrava o aroma de gambás, mas só de saber que seu irmão iria para lá se encontrar com ela, aquele lugar virou o melhor lugar do mundo para ela. Ela se sentou, e começou a esperar por algum sinal de que seu irmão havia chegado.
Enquanto isso, algumas pessoas se divertiam comprando doces na Dedos de Mel.
- Quatro sapos de chocolate, um pacote de feijõezinhos de todos os sabores e cinco tortinhas de abóbora! – Pediu Peter a vendedora da loja.
- Olha só!! – Começou Bel. – Ele é tão bonzinho que vai comprar doces para todos nós!! – Brincou com Peter.
- Até parece... – Disse Sirius. – Bel...vem cá, quero falar com você em particular! – Terminou puxando Bel para longe dali.
- Diga Sirius... – Falou Bel quando eles já estavam longe o suficiente.
- Aonde está a Liu?! O namoradinho dela está ali...e nada dela... – Pontuou Sirius apontando para o lugar onde Thomas estava sem Liu.
- Primeiro, você é um idiota... – Começou Bel.
- E o que isso tem haver?! – Perguntou Sirius.
- Nada...só gosto de te lembrar... – Começou Bel novamente. – Segundo...ele não é “namoradinho” da Liu, ela ainda não respondeu se aceita ou não namorar com ele...
- Tanto faz... – Respondeu Sirius, sendo que saber que Thomas e Liu não estavam namorando havia melhorado seu humor um pouco.
- E terceiro... – Continuou Bel. – Ela foi para o bar “Cabeça de Javali”... – Terminou sorrindo para Sirius.
- Fazer o quê lá?! – Perguntou Sirius curioso.
- Descubra por você mesmo... – Respondeu Bel.
- Chata! – Disse Sirius sorrindo e indo para o Cabeça de Javali.
No bar “Três Vassouras”, dois “casais” tomavam cervejas amanteigadas e conversavam sobre assuntos aparentemente nem tão importantes.
- Vocês viram a roupa do professor de poções?! – Começou Lele. – Era o cúmulo de quem quer chamar a atenção!
- Sem dúvidas... – Concordou Lily tomando um gole de sua bebida.
- Agora... – Começou Lele novamente. – Eu simplesmente Amei o nosso novo professor de DCAT!
- Você e todas as garotas! – Concluiu Remus rindo.
- Eu gostei dele... – Disse James.
- Pontas!! – Começou Remus. – Não me diga que virastes uma garota!! – Brincou.
- Aluado!! – Começou James diminuindo o tom de voz a cada palavra. – Não espalha! – Disse fazendo um gesto de silêncio e fazendo com que tanto Lily quanto Lele rissem.
- “Está bem...eu ainda não me arrependi de ter aceitado o convite do Potter...ele é até divertido...” – Pensou Lily enquanto olhava James que estava fazendo umas “gracinhas” com as coisas que tinha na mesa.
- “Poxa...será que ele não vem?!” – Pensou Liu sentada em uma das mesas do bar vazio.
- “Olha ela ali!” – Pensou Sirius ao ver Liu sentada sozinha mexendo na latinha de cerveja amanteigada.
- “Será que é ele?!” – Se perguntou Liu ao ouvir passos de alguém entrando no bar.
- Olá! – Disse Sirius se sentando na mesa de quatro lugares aonde apenas Liu estava sentada.
- Estou esperando uma pessoa se você me der licença... – Respondeu Liu friamente.
- Ótimo...- Começou Sirius. – Eu espero com você...
- Não é por nada não... – Começou Liu. – Mas você não tem mais o que fazer não Sirius?! – Perguntou com uma cara de desprezo.
- Na verdade tenho... – Começou Sirius. – Mas eu prefiro ficar te enchendo a paciência mesmo...
- Me esqueça Sirius... – Murmurou Liu com um olhar de desaprovação.
- Já esqueci... – Começou Sirius. – Apenas quero voltar a ser seu amigo...
- Esquece isso também... – Respondeu Liu olhando para a porta na esperança de ver o irmão dela.
- Ai não dá... – Começou Sirius sendo interrompido pelo barulho de alguém entrando no bar.
- “É ele...” – Pensou Liu se levantando da mesa e virando de costas para ver se quem havia entrado no bar era o mesmo o irmão dela.
- Liu?! – Perguntou um rapaz de mais ou menos vinte e quatro anos, olhos e cabelos castanhos, alto e muito bonito.
- Edu!! – Exclamou Liu correndo e abraçando o irmão.
- “Quem é ele?!” – Pensou Sirius ao ver o rapaz.
- Eu estava com saudades... – Disse Liu enquanto abraçava o irmão e deixava algumas finas lágrimas prateadas caírem.
- Eu também pequena... – Respondeu ele abraçando a irmã ainda mais forte. – Você não sabe o quanto eu ansiava por te encontrar novamente... – Murmurou.
- Eu só pensei nisso nos últimos sete anos... – Respondeu Liu separando um pouco do abraço para ver o quão mais bonito o seu irmão havia se tornado.
- Nossa que a minha pequena está muito linda... – Disse Edu limpando as lágrimas da irmã e rindo.
- Você que continua lindo... – Retrucou Liu passando a mão no rosto do irmão para sentir a pele dele. Qualquer desavisado que não soubesse nada sobre os dois juraria que eles formavam um belo casal apaixonado.
- “Ihhhh...sobrei aqui...por isso que ela não respondeu a pergunta do Thomas ainda...” – Pensou Sirius totalmente errado com a sua lógica.
- Quem é ele?! – Perguntou Edu lançando um olhar para Sirius e se aproximando da mesa. – Quem é você?! – Perguntou ele para Sirius sentando-se na cadeira ao lado de Liu.
- Sirius Black... – Respondeu Sirius confuso.
- O que você é da minha pequena?! – Perguntou com um olhar ameaçador.
- Ele é apenas um colega Edu... – Respondeu Liu para o seu irmão não entender as coisas de maneira errada.
- Sei...e o que ele faz aqui então?! – Perguntou Edu.
- Desculpa...- Começou Sirius amedrontado com as perguntas do rapaz. – Eu não sabia que ela tinha um namorado. – Terminou fazendo com que Liu pusesse as mãos na testa e Edu começasse a rir.
- Hasuhdaushdu! – Riu Edu. – É sempre assim...desde que éramos menores... – Disse sorrindo para Liu.
- Não entendi...- Falou Sirius confuso.
- Ele é meu irmão Sirius... – Explicou Liu sorrindo para Edu.
- Sério?! – Perguntou Sirius surpreso.
- Mais do que sério... – Respondeu Eduardo. – Eduardo Weiss, prazer em te conhecer Sirius... – Disse o garoto dando um aperto de mão em Sirius.
- Errrrr... – Começou Sirius. – Desculpa, eu não sabia que você era irmão da Liu... – Desculpou – se Sirius com um olhar confuso.
- Então... – Começou Edu. – Vocês não vão abrir o jogo para mim e dizer que são namorados?! – Perguntou. – Porque se forem, você pulou uma parte rapazinho, me pedir a mão da minha irmã em namoro... – Disse rindo.
- Ele não é meu namorado Edu!! – Retrucou Liu chateada.
- Eu...namorado dela?! – Começou Sirius. – Não...eu não costumo me prender a uma garota só... – Continuou.
- Ihhhhh... – Começou Edu. – Eu também era assim, e até hoje me arrependo de não ter dito a garota que eu mais Amei o quanto eu queria ficar com ela para o resto da vida...
- Edu, você fala como se você já fosse velho... –Brincou Liu.
- Mas tem chances que vão e não voltam mais... – Disse Edu seriamente.
- Mudando de assunto... – Começou Liu. – O que você faz aqui Edu?! – Perguntou curiosa.
- Ah Hááá!! – Começou Edu rindo. – Vejo que o Douglas não estragou a surpresa ainda!! – Continuou. – Dentro de pouco tempo você irá saber...é surpresa... – Terminou.
- Conta vai... – Pediu Liu fazendo a cara do gatinho do Shrek.
- Bom... – Começou Sirius se levantando. – Eu vou nessa, deixarei vocês conversando a vontade...Até mais! – Despediu – se saindo do bar.
- Agora... – Começou Edu vendo que Sirius já havia saído do bar. – Me explique direitinho quem é ele...
- Um colega... – Começou Liu. – Já te disse isso... – Terminou evitando os olhos do irmão.
- Até parece... – Começou Edu. – Você fez a mesma coisa quando eu perguntei a você se você gostava daquele nosso vizinho quando você tinha dez anos...
- Eu era uma criança! – Respondeu Liu.
- E para mim continua sendo... – Retrucou Edu. – E eu acho que você gosta dele...
- Pois está enganado... – Começou Liu. – Eu gosto de outro...
- Está bem Liu... – Começou Edu. – Eu vou fingir que acredito....mas quem é o outro?!
- É um que não é cachorro, é gentil, educado, e me pediu em namoro! – Respondeu rapidamente.
- Que audácia a dele! Pedir a minha irmã em namoro?! – Disse Edu enciumado.
- Edu...você acha que eu vou ficar sem namorado para sempre?! – Brincou Liu. – Mas, eu ainda não respondi o pedido dele... – Terminou num tom de voz baixo.
- Porque você gosta mesmo é do cachorro que estava sentando aqui... – Brincou Edu.
- Não!! – Começou Liu. – Porque eu não me decidi ainda...
- Eu te conheço maninha... – Disse Edu. – Pode me contar tudo!! Sem me esconder nem um detalhe....e considere isso uma ordem de irmão mais velho... – Terminou olhando para a irmã.
- Está bem...- Começou Liu respirando fundo. – Vou começar do início.
- Evans, aceita passear só comigo por Hogsmeade?! – Perguntou James enquanto se levantava da mesa onde estava sentado junto com os amigos no “Três Vassouras”.
- Aceito sim... – Respondeu Lily se levantando e ficando do lado de James.
- Até mais então pessoal!! – Despediu-se James de Lele e Remus, enquanto quase se exaltando de alegria, ia com Lily para fora do bar.
- Aleluia a Lily deixou de lutar contra os próprios sentimentos... – Murmurou Lele para Remus quando tanto Lily quanto James já haviam saído.
- Agora só falta o Almofadas admitir que está apaixonado pela Liu... – Começou Remus.
- E ela largar de ser cabeça dura... – Completou Letícia.
- Realmente... – Murmurou Remus logo depois caindo na risada com Lele.
- Evans...posso te chamar de Lily?! – Perguntou James olhando nos olhos de Lily.
- Já que você pediu permissão...pode sim James. – Respondeu Lily.
- Yupiiiiiiiiiiiiii!! – Exclamou James começando a pular de alegria.
- Não exagera James... – Brincou Lily rindo.
- Hoje é o dia mais feliz da minha vida! – Pontuou James com os olhos brilhando de alegria.
- Você parece uma criança James... – Riu Lily.
- A criança mais feliz do mundo!! – Retrucou James.
- Não acredito! – Disse Edu surpreso.
- Pois acredite... – Completou Liu.
- Eu disse que você era apaixonada por ele! – Falou Edu rindo.
- Sem graça Eduardo Weiss... – Disse Liu fechando a cara.
- Ohhh...- Começou Edu. – Mas ela fica tão fofinha quando faz biquinho!! – Brincou imitando a irmã.
- Idiota... – Murmurou Liu começando a rir.
- Lerdinha... – Disse Edu dando língua para Liu.
- Quem da língua é macaco...vai para a feira sem sapato!! – Brincou Liu.
- Quem fala é que é...tem nariz de jacaré!! – Brincou Edu de volta.
- Se o meu nariz é de jacaré, o seu também é... – Começou Liu. – Ou você se esqueceu que eu e você herdamos o nariz da mamãe?!
- Sem graça da sua parte estragar a brincadeira...- Brincou Edu fingindo estar triste.
- Me diga....porque você voltou?! – Perguntou Liu curiosa.
- Segredo!! – Respondeu Edu com sorriso estampado no rosto. – Agora me diga, porque você não vai até aquele Sirius, dá um beijo nele e vê o que acontece depois?! – Perguntou Edu rindo.
- Eduuuuuu!!!!! – Reclamou Liu corando.
- Que foi?! – Começou Edu. – Eu não disse nada demais... – Terminou olhando para o teto com uma cara cínica.
- Eu já disse que agora eu gosto do Thomas... – Começou Liu.
- O que queria soltar um feitiço em um cachorro?! – Perguntou Edu com uma cara engraçada.
- O que tem demais?! – Começou Liu. – Tem gente que tem medo de cachorro...
- Mas daí a soltar um feitiço... – Começou Edu. – Tem uma grande diferença.... – Terminou dando bastante ênfase a palavra “grande”.
- Pois eu me lembro muito bem que uma vez você quis soltar um feitiço em um morcego no porão de lá de casa!! – Começou Liu. – E você era de menor!!
- Morcegos podem ser vampiros pirralha... – Retrucou Edu.
- Desculpa esfarrapada...- Atiçou Liu.
- Pior você que quase morreu no dia que a gente achou uma cobra no jardim do fundo...correu para trás do Douglas... – Revidou Edu.
- Cobras têm veneno, sabia?! – Perguntou Liu com uma certa ironia na voz.
- “Maninhooooooooooooo, Douglassssss!! Me salvemmmm!!! Tem uma barata no meu quartoooooo!!” – Disse Edu se levantando e imitando Liu correndo de um lado para o outro do bar.
- “Liuuuuuuuuu!! Você ouviu o que eu ouvi?!....Deve ser um....Morcegooooooooooooooooooooo!!” – Disse Liu imitando Edu pelo bar.
- “Mãeeeeeeeee!! Tem uma lesma na geladeiraaaaaaaaaaaa!!” – Imitou Edu novamente.
- “Paiiiiiiiiiiiiii!! O seu carro está me olhando feiooo!!” – Imitou Liu.
- “Eduuuuuuuuuuuuuuuuu!!!! Me salvaaaaaaaaa!!!O passarinho suicida está me perseguindo e me olhando feio!!” – Imitou Edu chegando perto de Liu.
- “Mãeeeeeeeeeeeeeeeeee!!!!! Eu acho que a sua salamandra quer me morder!!!” – Imitou Liu bem perto de Edu.
- “Eduuuuuuu!!” – Começou Edu.
- “Liuuuuuuuuuu!!” – Interrompeu Liu.
- AHSduahsudhauhsdua!! – Riram ambos voltando a sentar na mesa.
- Você sempre foi um idiota!! – Riu Liu.
- E você lerdinha...- Brincou Edu.
- Por isso que eu sempre te Amei... – Disse Liu com os olhinhos brilhando.
- Eu sempre te Amei porque perto de você eu sempre me senti um gênio! – Brincou Edu.
- Sério?! – Perguntou Liu surpresa.
- Claro que não!! – Começou Edu. – Viu que eu disse que você era lerdinha?! – Disse rindo.
- Isso não teve graça...- Pontuou Liu olhando feio para Edu.
- Bobona... – Murmurou Edu.
- Eu tava com muita saudade de você... – Começou Liu. – Se você sumir assim de novo você vai se ver comigo... – Terminou rindo.
- E eu?! – Começou Edu. – Sem você minha vida estava tão monótona...não tinha a quem encher o saco o dia todo, não tinha alguém para me dizer que eu estava extremamente ridículo com a roupa que eu estava usando...
- Pera, o Douglas poderia te dizer isso... – Interrompeu Liu.
- Parece que não conhece ele... – Começou Edu. – Aquele safado deixava eu sair com um pé de cada meia e um pé de cada sapato e não falava nada de propósito!
- HAsudhaushduahsu!! – Riu Liu. – Bem feito, quem sabe você não aprende a se virar sozinho...
- Owww....eu aprendi a cozinhar ta?! – Disse Edu se achando.
- Sei... “Alô, é da Pizzaria daqui da esquina?! Eu gostaria de uma pizza grande de Mussarela! E uma Coca de dois litros! Vocês entregam Delivery né?!” – Brincou Liu imitando a voz do irmão.
- Sério...eu aprendi mesmo... – Começou Edu novamente. – Você vai ver só...não vou deixar você provar a nova receita que eu inventei...
- Sou muito nova para morrer... – Brincou Liu.
- Duvidas dos meus dotes culinários não é?! – Começou Edu. – Pois espere e verás coisa pequena... – Terminou rindo.
- Aprendeu a calçar as meias também?! – Perguntou Liu em um tom de brincadeira.
- Claro que sim não é?! – Começou Edu. – Se não eu não estaria de meia hoje! – Disse suspendendo as calças e mostrando as meias para a irmã.
- Pelo menos isso você aprendeu!! – Brincou Liu novamente.
- E você aprendeu a passar menos tempo estudando?! – Perguntou Edu.
- Esse ano eu ainda não estudei muito... – Respondeu Liu.
- Também... – Começou Edu. – Já pegou duas detenções assim de cara! – Falou rindo. – Sério mesmo, eu faço gosto de você namorar esse Sirius...
- Está parecendo a vovó Edu... – Brincou Liu.
- HAsudhasudhasuhdu!! – Riu Edu à medida que se lembrava de um acontecimento. – Lembra do que ela falou para você em relação ao Douglas?!
- Oh se lembro... – Disse Liu rindo enquanto se lembrava do que havia acontecido quando ela tinha apenas dez anos.

[Flash Back On]

A festa estava muito bonita, a decoração era toda em dourado e branco, meio afastados da grande maioria do pessoal da festa, dois garotos, e uma garota um pouco menor, brincavam de acertar as pessoas com papel soprado por um canudo.
- Eu estou parecendo uma abóbora nesse vestido laranja... – Murmurou Liu enquanto se divertia soprando papéis nas pessoas. Ela trajava um vestido laranja rodadinho, melhor dizendo rodadão, escolhido por sua Tia Marta.
- Realmente... – Começou Edu rindo.
- Mas é uma abóbora bem pequena... – Completou Douglas rindo.
- Hahaha...não achei graça... – Murmurou Liu assoprando uma bolinha de papel em uma mulher que estava a passar.
- Elisa!! – Berrou uma voz aguda feminina. – Isso não é coisa para mocinhas da sua idade estarem fazendo!! – Brigou.
- Tia Marta! – Disse a garota escondendo o canudo. – Eu não estava fazendo nada demais...
- Venha ficar de junto de suas priminhas... – Falou a mulher apontando para um bando de menininhas bobas e metidas que estavam discutindo de quem era o vestido mais bonito, e puxando Liu pelo braço.
- Mas tia!! – Reclamou Liu fazendo cara feia. – Eu estou com o meu irmão... – Disse se recusando a sair do lugar.
- Venha logo garota!! – Disse a mulher aos berros.
- Marta... – Falou uma voz serena que vinha de uma mulher nos alto dos seus sessenta anos, que trajava um vestido adequado para a sua idade, cujos olhos eram lindos e verdes, e que usava jóias muito belas. – Deixa ela aí com o irmão dela...
- Está bem mãe... – Disse Marta se retirando.
- Obrigada vovó! – Agradeceu Liu voltando a ficar entre o irmão e o Douglas.
- Que é isso minha netinha... – Começou a mulher. – Você sabe que eu faço gosto que você namore esse rapazinho aí... – Disse apontando para Douglas e piscando para Liu, que estava púrpura de vergonha, e logo depois se retirando.
- É Douglas...acho que você vai acabar entrando para a minha família desse jeito!! – Brincou Edu fazendo com que Liu o chutasse, com a sua sandália de saltinho, bem no joelho.
- Parece que sim... – Respondeu Douglas de pirraça também ganhando um chute.
- Abestalhados! – Disse a garota ainda púrpura de vergonha.

[Flash Back Off]


- Aliás...aquela festa não foi nada normal... – Murmurou Liu olhando para o irmão.
- Realmente...nada normal... – Murmurou o irmão também, ambos pareciam tristes e se lembrando de algo.

[Flash Back On]

Estavam todos se divertindo na festa, os doces estavam deliciosos, a música dava uma vontade imensa de dançar, e quase todos estavam dançando.
- Socorroooooooo!! – Ecoou uma voz de desespero vinda de dentro da casa.
Algumas pessoas correram rapidamente para dentro da casa para saber o que estava acontecendo, Douglas, Liu e Edu apenas se entreolharam e continuaram a dançar e cantar a música que estava tocando, deixando o trabalho de socorro para os adultos.

“Ah, look at all the lonely people!
Ah, look at all the lonely people!

Eleanor Rigby picks up the rice in the church
Where a wedding has been
Lives in a dream
Waits at the window
Wearing a face that she keeps in a jar by the door
Who is it for?”
(Ah, olhe todas as pessoas solitárias
Ah, olhe todas as pessoas solitárias
Eleanor Rigby, apanha o arroz
na igreja onde um casamento foi feito
Vive em um sonho
Espera na janela, mostrando a cara
que ela guarda em um jarro perto da porta
Para quem é isso?)


Liu, Edu e Douglas dançavam e cantavam cada vez mais animadamente, enquanto algo acontecia na casa.
- Não é possível!! – Disse uma voz chorosa dentro da casa na sala de estar.

“All the lonely people
Where do they all come from?
All the lonely people
Where do they all belong?

Father Mckenzie, writing the words of a sermon
That no one will hear
No one comes near
Look at him working, darning his socks in the night
When there´s nobody there
What does he care?
(Todas as pessoas solitárias
De onde todas elas vem ?
Todas as pessoas solitárias
De onde todas elas são ?
Padre McKenzie, escrevendo as palavras
de um sermão que ninguém ouvirá
Ninguém chega perto
Olhe para ele trabalhando, remendando sua meias
à noite quando não há ninguém lá
O que ele protege?)


Douglas, Liu e Edu continuavam a dançar e cantar...
- Eles têm o direito de saber!! – Disse uma voz masculina dentro da casa.
- Vá chamá-los! – Ordenou a voz serena da avó da Liu.
- Vai ser um choque para eles... – Pontuou o homem.

“All the lonely people
Where do they all come from?
All the lonely people
Where do they all belong?

Ah, look at all the lonely people!
Ah, look at all the lonely people!

Eleanor Rigby died in the church
And was buried along with her name
Nobody came
Father Mckenzie wiping the dirt from his hands
As he walks from the grave
No one was saved”
(Todas as pessoas solitárias
De onde todas elas vem ?
Todas as pessoas solitárias
De onde todas elas são?
Ah, olhe todas as pessoas solitárias
Ah, olhe todas as pessoas solitárias
Eleanor Rigby, morreu na igreja
e foi enterrada junto com o nome dela
Ninguém veio
Padre McKenzie e enxuga a sujeira
das suas mãos como ele caminha do sepulcro
Ninguém foi salvo)


A música continuava a tocar, um homem saiu da casa com o rosto pálido.
- HAsudhausdhuasu!! – Começou Edu rindo. – A Tia Marta deve ter falado mal do Tio Tobby de novo!! – Brincou ao ver a cara do homem baixo e gordo que havia acabado de sair da casa.
- Coitado do Tio Tobby!! – Pontuou Liu. – Ele é tão legal... – Terminou.
- Ele está vindo para cá... – Disse Douglas olhando para o amigo.
- Garotos... – Começou o homem baixo. – Venham comigo... – Sua cara era séria.
- “O que será que aconteceu?!” – Se perguntou Edu.
- “Espero que não seja a Tia Marta mandando eu ir brincar com as minhas primas...” – Pensou Liu.
- “Tomara que nada demais tenha acontecido...” – Pensou Douglas.

“All the lonely people
Where do they all come from?
All the lonely people
Where do they all belong?”
(Todas as pessoas solitárias
De onde todas elas vem?
Todas as pessoas solitárias
De onde todas elas são?)


- Nãoooooooo!!!!! – Gritou a garota aterrorizada em prantos ao ver o corpo de sua querida mãe estendido no chão sem nenhum vestígio de emoção restante no corpo.
- Vocês estão brincando com a gente não é?! – Perguntou Edu desesperado. – Mãe...eu sei que você só está fingindo... – Disse ajoelhando –se ao lado do corpo da mãe. – Acorda mãe...por favor... – Pediu o garoto apoiando a cabeça no lugar aonde costumava bater o coração de sua mãe procurando por um sinal, por menor que fosse, de batimento cardíaco.
- Olha para mim Liu... – Pediu Douglas para a irmã do amigo que se encontrava em estado de choque, e cujas lágrimas não paravam de cair nem por um segundo. – Olhe para mim!!!! – Disse afastando o olhar da garota do corpo caído.
- Mãeeeee...você não pode nos deixar assim... – Disse Edu em meio a lágrimas incessantes.
- Solta ela Eduardo! – Ordenou uma voz aguda. – Você tem que começar a agir como um homem agora! – Disse afastando o garoto do corpo da mãe.
- Deixa meu irmão em paz sua insensível! – Gritou Liu saindo do estado de choque em meio a lágrimas ainda.
- Respeite a sua Tia mocinha! – Reclamou a avó.
- Respeitem minha mãe então!! – Gritou a garota.
- Liu...calma. – Pediu Douglas abraçando a irmã do amigo.
- Calma o caramba!! – Desesperou –se a garota.
- Olha as palavrinhas garota!! – Advertiu a mulher de cabelos negros.
- Minha mãe está ai, morta, e você manda eu olhar as “palavrinhas”?! – Começou Liu chorando de raiva. – Vocês são todos uns idiotas!! – Disse sem nenhum remoço.
- Liu...- Começou Douglas mas não prosseguiu, sabia que a garota estava certa.

“Hello darkness my old friend
I've come to talk with you again
Because a vision softly creeping
Left it's seeds while I was sleeping
And a vision that was planted in my brain
Still remains -
Within the sound of silence”
(Olá escuridão, minha velha amiga
Eu vim para conversar com você novamente
Por causa de uma visão que se aproxima suavemente
Deixou suas sementes enquanto eu estava dormindo
E a visão que foi plantada em minha mente
Ainda permanece
Entre o som do silêncio)


Aquela imagem se fixava na mente de cada um presente ali...era noite, e as pessoas provavelmente teriam pesadelos a noite, por isso as crianças haviam sido poupadas de ver aquilo, pelo menos algumas...

“In restless dreams I walked alone
Narrow streets of cobblestone
'Neath the halo of a streetlamp
I turned my collar to the cold and damp
When my eyes were stabbed by the flash of a neon light
-That split the night
And touched the sound of silence”
(Em sonhos agitados eu caminho só
Em ruas estreitas de paralelepípedos
Sob o halo de uma lamparina da rua
Virei minha gola para (proteger do) frio e umidade
Quando meus olhos foram esfaqueados pelo flash
De uma luz de néon
Que rachou a noite
E tocou o som do silêncio)


- Liu...- Começou Edu indo em direção a sua irmã. – Agora nós só temos um ao outro...
- E os dois têm a mim... – Adicionou Douglas.

“And in the naked light I saw
Ten thousand people, maybe more
People talking without speaking
People hearing without listening
People writing songs that voices never share
-And no one dared
Disturb the sound of silence”
(E na luz nua eu enxerguei
Dez mil pessoas talvez mais
Pessoas conversando sem estar falando
Pessoas ouvindo sem estar escutando
Pessoas escrevendo canções
Que vozes jamais compartilharam
Ninguém ousou
Perturbar o som do silêncio)


O silêncio, por unanimidade, se instalou naquela sala. Algumas pessoas apenas balançavam a cabeça ao olhar umas para as outras, outras queriam falar, mas quebrar o silêncio?! Jamais...

“"Fools", said I, "You do not know"
"Silence, like a cancer, grows"
"Hear my words, that I might teach you"
"Take my arms, that I might reach you"
But my words, like silent raindrops fell
And echoed in the wells of silence”
(“Tolos,” digo eu, “vocês não sabem
O silêncio como um câncer cresce
Ouçam as palavras que eu posso lhes ensinar
Tomem meus braços que eu posso lhes estender”
Mas minhas palavras
Como silenciosas gotas de chuva caíram
E ecoaram no poço do silêncio)


- É isso?! – Começou a voz pura de uma criança. – Vocês vão simplesmente ficar olhando uns para os outros e balançando a cabeça?! – Continuou com uma cara de indignação. – Vocês são otários?! – Disse exaltada. – Não estão me escutando?! – Perguntou ao notar que ninguém havia dito nada. – Me escutem!! Eu não agüento mais isso!! – Completou, mas ninguém proferiu uma palavra sequer.

“And the people bowed and prayed
To the neon god they made
And the sign flashed out its warning
In the words that it was forming
And the sign said, "The words of the prophets are
Written on the subway walls - and tenement halls"
And whispered in the sounds of silence”
(E as pessoas se curvaram e rezaram
Para o Deus de néon que elas criaram
E um sinal faiscou o seu aviso
Nas palavras que estavam se formando
E o sinal disse
“As palavras dos profetas
Estão escritas nas paredes do metrô
E nos corredores dos conjuntos habitacionais
E sussurraram o som do silêncio)


- Vamos rezar para Merlim nos ajudar! – Disse uma voz serena.
- Merlim?! – Perguntou a garota. – Vocês acham que se esse tal de “Merlim” fosse bom ele deixaria duas crianças órfãs?! – Perguntou indignada.
- Liu...fique calma...- Pediu o irmão que para consolar a irmã já havia se recuperado um pouco do choque.
- Crianças não são puras, e suas palavras verdadeiras?! – Perguntou Liu. – Então porque vocês me ignoram dessa maneira?! – Completou enquanto via seus parentes de joelhos rezando.
- Você deveria ser mais sensível garotinha... – Murmurou a moça de voz fina e cabelos negros.
- Você é uma hipócrita Tia Marta! – Gritou Liu.
- Você não sabe nem o que essa palavra significa garotinha... – Respondeu a Tia.
- Sei sim, e você é o perfeito exemplo desse tipo de pessoa! – Retrucou enraivecida com a hipocrisia ambulante que sua Tia era.
- Para mim já chega... – Disse a mulher de cabelos negros. – Você vai vir comigo agora!! – Terminou levantando –se e puxando a garota dali pelos cabelos.
- Eu quero ficar com a minha mãe!! – Gritou a menina enquanto era arrastada para fora da sala pelos cabelos.
- Largue a minha irmã!! – Berrou Edu puxando a Tia pelo braço.
- A mãe de vocês era uma péssima mãe, não deu nem um pouco de modos para vocês! – Disse Marta por entre os dentes, soltando a garota.
- Nossa mãe nos deu Amor... – Começou Liu. – Coisa que você não sabe nem o que significa! – Terminou virando de costas, e junto com o irmão sentando ao lado do corpo da mãe para olhar para ele por uma última vez talvez...

[Flash Back Off]


- Bom...é passado... – Murmurou Edu voltando de suas lembranças.
- É...- Começou Liu. – Mas viver com a Tia Marta e a chata da minha prima não foi nada fácil...- Murmurou calmamente.
- Claro...como é mesmo o nome daquela garota?! Ela era da sua idade não é?! – Perguntou Edu.
- Mary Kate...- Começou Liu. – Mas metida do que ela, só a mãe dela... – Terminou.

[Flash Back On]

Liu agora tinha quatorze anos...e estava no seu quarto na casa de sua Tia Marta.
- Primaa!! – Começou uma voz enjoada.
- “Eu mereço...porque meu irmão teve que ir embora?!” – Pensou Liu enquanto arrumava as suas coisas no seu malão.
- Você não vai acreditar no que a minha mãe me deu!! – Disse uma garota de cabelos negros entrando no quarto da Liu.
- Outro esmalte cor de burro quando foge?! – Perguntou Liu ironicamente.
- Bem que minha mãe sempre diz que você é meio desprivilegiada de cérebro... - Respondeu a garota.
- Nossa...- Começou Liu rindo um sorriso amarelo. – Eu não sabia que ela perdia o precioso tempo dela falando mal de mim...sinto me honrada... – Mentiu Liu.
- Pois é....tem que se sentir honrada mesmo... – Disse Mary Kate fazendo com que Liu soltasse um olhar de desprezo. – Mas olha só o que eu tenho e você não!! – Disse mostrando um livro intitulado de “1000 maneiras de conquistar o seu gatinho”.
- Nossa...- Murmurou Liu desanimada. – Estou com tanta inveja... – Disse ironicamente.
- Ótimo... – Disse Mary Kate ajeitando –se na frente de um espelho. – Como eu sei que você gosta de livros, vou deixar esse aqui em cima e pegar aquela sua saia que eu Amo para mim! – Terminou fazendo a troca sem nem dar tempo de Liu falar nada, e saindo de lá.
- Nossa...que Amor de prima... – Murmurou Liu. – Me dá um livro ridículo em troca da minha saia preferida...ela é tão legal... – Ironizou sozinha em seu quarto enquanto jogava o livro pela janela.

[Flash Back Off]


- AHSduahsudhaus!! – Riu Edu. – Não deve ter sido tão ruim assim morar com as duas...- Disse ironicamente.
- Não...imagina! – Brincou Liu. – Ela só quase roubou o meu colar que você me deu antes de partir...
- Que era da mamãe...- Completou Edu.
- É...- Começou Liu. – Peguei ela já com a mão nele, quase saindo do quarto...- Continuou. – Claro que não deixei barato...

[Flash Back On]

- O que você faz com o meu colar na mão?! – Perguntou Liu com fúria nos olhos, ao ver a sua “querida” prima saindo do quarto dela com a sua corrente herdada da sua mãe nas mãos.
- Agora ela é minha! – Disse a garota de curtos cabelos negros.
- Sua inimiga! – Gritou Liu pegando a corrente de volta.
- Me dê ela.... – Começou Mary Kate. – Ou então eu rasgo essa sua foto! –Ameaçou pegando uma fotografia onde tinha Liu e a família, todos alegres em um sofá.
- Você não seria capaz...- Retrucou Liu.
- Não?! – Perguntou Mary Kate quase rasgando a fotografia.
- Está bem...venha aqui que eu te entrego a minha corrente... – Disse indo para dentro do quarto e guardando algo discretamente dentro de sua gaveta.
- Feito! – Respondeu Mary Kate entrando no quarto da prima e estendendo uma mão com a fotografia e a outra vazia para fazer a troca.
- Com calma agora... – Disse Liu rapidamente tirando a fotografia da mão da prima sem dar nada em troca. – Você realmente achou que eu trocaria?! Agora saía daqui! – Gritou em fúria.
- Nunca...- Começou Mary Kate. – Só com a minha nova corrente!!
- Você vai se arrepender!! – Disse Liu por entre os dentes, enquanto tirava de sua gaveta a sua varinha, ela já havia feito dezessete anos, logo, podia usar magia. – Oppugno!! – Gritou fazendo com que pássaros aparecessem do nada e começassem a ir atrás de Mary Kate que corria pela casa em busca de sua mãe.
- Você vai me pagar!! – Gritou a garota enquanto corria para o quarto da mãe.
- Idiota... – Murmurou Liu olhando para a foto e deixando lágrimas finas lhe escorrerem a face.

[Flash Back Off]


- Sério que você fez isso?! – Perguntou Edu orgulhoso.
- Mais do que sério... – Começou Liu. – Ela merecia mais... – Terminou.
- Tinha que ser minha irmã mesmo! – Brincou Edu.
- E você?! – Perguntou Liu. – Me conte o que você fez esses anos todos... – Pediu curiosa.
- Bom...- Começou Edu. – Devo admitir que foram ótimas as viagens.... – Disse pensativo.

[Flash Back On]

Pirâmides do Egito, sábado de sol, cinco anos atrás....
- Ah Háááá!! – Gritou um jovem de dezenove anos, cabelos curtos e castanhos, olhos castanhos, porte físico de atleta, feições finas, bastante bonito.
- O que foi dessa vez Edu?! – Perguntou outro jovem de dezenove anos, cabelos no cumprimento do queixo de cor loira, olhos verdes, porte físico de atleta também, feições delicadas, muito bonito.
- Acheiiii!! – Tornou a gritar Edu com uma peça de ouro nas mãos.
- Achou?! – Perguntou o loiro feliz.
- Achei Douglas!!! Acheiii!!! – Gritou Edu novamente pulando de felicidade.
- Achouuuuuuu!!! – Gritou Douglas fazendo uma dançinha esquisita.
- Heyyy!! – Exclamou Edu parando de pular. – Porque os “papéis higiênicos” estão andando?! – Perguntou intrigado. – Eu achei que eles estivessem mortos...
- Deve ser impressão sua, múmias não andam... – Concluiu Douglas.
- Ou aquelas coisas que estão vindo em nossa direção não são múmias... – Começou Edu. – Ou múmias andam sim!! – Terminou dando alguns passos para trás.
- Eu vou te provar que são apenas nossos concorrentes vestidos de múmia... – Disse Douglas se aproximando das múmias.
- Está bem...- Começou Edu. – Enquanto você prova isso, eu posso aproveitar para correr?! – Perguntou certo de que eram múmias de verdade.
- Viu que eu disse que eram apenas pessoas?! – Disse Douglas puxando a bandagem das múmias sem olhar para o que havia sido revelado estar por baixo delas.
- Pessoas em um estado lamentável de decomposição?! – Perguntou Edu dando mais três passos para trás.
- O quê?! – Perguntou Douglas virando para ver o que tinha sido revelado pela bandagem. – Desculpa Senhora, ou Senhor, múmia!! – Desculpou-se correndo para junto do amigo.
- E agora?! – Perguntou Edu logo depois sentindo uma mão em seu ombro. – Douglas...tira a mão do meu ombro! – Exclamou.
- Idiota...eu não estou com a mão no seu ombro... – Respondeu Douglas.
- Bela tentativa...- Disse Edu virando para ver quem estava atrás dele. – Múmiaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!! – Gritou em desespero quase tropeçando nos próprios pés.

[Flash Back Off]


- HAsudhaushduhau!! – Riu Liu. – Como vocês dois escaparam?! – Perguntou enquanto ria.
- Para falar sério... – Começou Edu. – Eu não faço a mínima de como a gente escapou... – Respondeu rindo.
- Também...foram roubar o tesouro da pessoa que estava mumificada lá...- Começou Liu. – A culpa foi toda de vocês...
- Nem toda não é?! – Começou Edu. – Bom, em resumo, a gente saiu de lá sem a peça de ouro, e sem nossas mochilas de comida.... – Disse rindo.
- Idiotas...- Começou Liu. – Se separaram das mochilas... – Disse balançando a cabeça negativamente.
- Heyyy!! – Começou Edu. – E a festinha de quinze anos, teve?! – Perguntou com os olhos brilhando.
- Tive sim... – Começou Liu com os olhos brilhando. – Uma surpresa e tanto...

[Flash Back On]

Noite do dia 30 de Maio...
- Liuuuu...- Começou uma garota de cabelos castanhos. – Sabe que dia é hoje?!
- Se eu não soubesse eu estaria com um lapso de memória muito grande...- Respondeu Liu rindo.
- Heyy...irmã banana! – Disse a garota novamente. – Sabe para aonde nós vamos?!
- Para o salão comunal dormir, Lele?! – Perguntou Liu desanimada.
- Não, não é?! – Riu Lele.
- Eu já recebi os Parabéns de todos, logo eu já posso ir dormir! – Respondeu Liu.
- Nananinanão!! – Retrucou Letícia. – Você vai vir comigo até a sala precisa, eu escondi uma coisa lá e agora não me lembro como eu faço para pegar de volta.... – Disse fazendo uma cara de confusa.
- Tinha de ser a minha irmã gêmula banana!! – Riu Liu se levantando do sofá e ficando ao lado da amiga.
- Eu não tenho culpa se aquela sala é meio louca!! – Respondeu Lele rindo.
- Vamos que eu te ajudo... – Disse Liu saindo do salão comunal da Grifinória junto com Lele.
- Aqui chegamos... – Disse Lele em frente a sala precisa.
- O que você pensou na hora?! – Perguntou Liu.
- Uma sala ampla para eu puder sentar um pouco para descansar, e depois guardar meu livro?! – Disse Lele contendo um riso.
- Agora pense de novo... – Pediu Liu, e após um tempo uma porta apareceu.
- Weeeeeeeeeeeeeeee!! – Gritou Lele. – Você é incrível manaaa ! – Disse pulando. – Você primeiro...- Terminou abrindo caminho para Liu entrar.
- Nossa! – Exclamou Liu ao ver uma sala toda decorada, seus amigos todos reunidos cantando parabéns e o som de uma valsa.
- Feliz Aniversário mana! – Murmurou Lele enquanto entrava na sala.
- Sabe...quando uma garota faz quinze anos... – Começou Sirius estendendo a mão. – Ela dança valsa com todos os garotos do salão!! – Brincou puxando Liu para dançar valsa.
- Mas eu não sei dançar!! – Disse Liu rindo.
- Eu te ensino... – Respondeu Sirius começando a dançar com Liu.
Depois dela dançar com Sirius, Peter, Remus e James, todos começaram a cantar os parabéns e logo depois cortaram o bolo de chocolate. Liu estava super, hiper, mega contente...e não conseguia esconder isso de ninguém, porém sentia falta do seu irmão ali do lado dela...

[Flash Back Off]


- Heyyy!! – Exclamou Edu. – Isso não é justo...eu não dancei valsa com você! – Disse se levantando.
- Você estava viajando não é mesmo?! – Disse Liu com uma cara de “Dããã”.
- Boraaaa....se levante e venha dançar comigo!! – Falou Edu em pé com a mão estendida.
- Sem música?! – Perguntou Liu. – Você está louco?!
- Levanta logo pirralha! – Disse puxando Liu para se levantar.
- Vão achar que somos loucos! – Respondeu Liu em pé.
- Danem – se os outros! – Retrucou Edu começando a dançar valsa sem música com a irmã que não parava de rir.
- Lily... – Começou James do lado de Lily que olhava a vitrine da loja de penas Scrivenshft à procura de uma pena nova e bonita.
- Diga James... – Respondeu Lily fascinada com as penas da loja.
- Você sabia que tens os olhos mais lindos da face da Terra?! – Disse com os olhos brilhando.
- Errrrr...obrigada James... – Agradeceu Lily. – Olha só que pena linda!! – Pontuou Lily mudando de assunto e apontando para uma pena de faisão branco que estava na vitrine.
- Vamos entrar na loja?! – Perguntou James com algo em mente. – Assim você vê as penas com mais calma...
- Vamos sim! – Disse Lily puxando James pelo braço que não pôde conter um sorriso verdadeiro.
- Olha só essa Lily! – Falou James com uma pena rosa na mão. – De que tipo de ave será que ela vem?! – Perguntou olhando a coloração da pena.
- Você deveria comprar ela para você...- Começou Lily rindo. – Ia ser lindo ver você escrevendo com essa pena... – Brincou.
- Se você acha...- Começou James. – Eu compro!! – Disse com a pena na mão.
- Não Jamess!! – Pontuou Lily. – Era brincadeira... – Disse rindo.
- Mas me diga... – Começou James passando a pena pelo rosto de Lily. – De qual pena você gostou mais?! – Perguntou enquanto Lily olhava para ele.
- Para quê você quer saber?! – Perguntou desviando o olhar dos olhos do garoto.
- Curiosidade somente! – Respondeu James rapidamente.
- Se é só por curiosidade... – Começou Lily. – Eu gostei daquela da vitrine... – Respondeu timidamente.
- Moçooooooo!! – Gritou James para o vendedor que estava no balcão.
- Jamess!! – Começou Lily. – O que você está pensando em fazer?! – Perguntou surpresa.
- Você vai ver Lily! – Respondeu piscando para Lily.
- Pois não meu jovem?! – Recebeu o vendedor.
- Eu gostaria de comprar aquela pena de faisão branco que está na vitrine! – Respondeu James apontando para a pena da vitrine.
- James?! – Olhou Lily surpresa. – Não precisa... – Murmurou.
- Não precisa, mas eu quero... – Murmurou James de volta.
- Aqui está! – Disse o vendedor à medida que James pagava pela pena.
- Muito Obrigado... – Agradeceu James ao vendedor e saiu da loja junto com Lily.
- Você não existe James... – Murmurou Lily.
- Se eu não existisse, eu estaria te dando isso de presente?! – Perguntou entregando a pena, que estava em uma embalagem, para Lily.
- Realmente... - Começou Lily. – Se você não existisse, eu estaria ficando maluca... – Brincou pegando o embrulho. – Obrigada James... – Agradeceu corando levemente.
- Disponha Lily... – Murmurou James.
- Você não é tão idiota quanto eu pensei que fosse... – Murmurou Lily dando um beijo na bochecha de James.
- ... – James nada disse, apenas entrou em um estado autista.
- James?! – Perguntou Lily. – James?! Você está ai?! – Perguntou olhando para a cara de bobo de James.
- Oi?! – Respondeu James voltando de seu momento autista.
- Bellllllllll!!!!! – Gritou Sirius ao ver uma garota loira na frente da Dedos de Mel.
- Que foi dessa vez?! – Perguntou Bel quando Sirius já estava ao lado dela.
- Você não imagina o que eu descobri! – Respondeu se sentindo o cara das notícias novas.
- Que a Liu tem um irmão... – Começou Bel.
- Simm...- Começou Sirius. – E que...
- Ela está com o irmão dela no Cabeça de Javali... – Continuou Bel.
- É....e que... – Começou Sirius logo parando e desfazendo a alegria de trazer notícias que estava estampada em seu rosto. – Você já sabe de tudo não é?! – Perguntou desanimado.
- Sei sim... – Respondeu Bel rindo.
- Obrigado por não me contar nada... – Começou Sirius. – Por sua culpa eu cheguei a achar que eles fossem namorados... – Disse envergonhado.
- HAsudhausdhuahsduahdu!! – Riu Bel. – Você é bobo viu?! – Pontuou. – Então...como ele é?! – Perguntou Bel curiosa.
- Ele é... – Começou Sirius. – Pensando agora, ele parece muito com a Liu... – Respondeu com uma cara pensativa.
- Vai ver que é porque ele é irmão dela?! – Disse Bel com uma cara de “Ohhhh....sério?!”.
- Você me entendeu! – Respondeu Sirius rindo.
- Lele... – Começou Remus sem saber o que falar.
- Diga Remus... – Respondeu Letícia.
- Você notou o estranho conhecimento entre o nosso professor de DCAT e a Liu?! – Perguntou .
- Dãããã!! – Começou Lele. – Eles já se conheciam de antes...- Continuou. – Ele até entregou um bilhete do irmão dela, onde ele pedia para se encontrar com ela hoje... – Disse logo depois levando a mão à boca.
- Sério?! – Perguntou Remus incrédulo.
- Depende do ponto de vista... – Respondeu Lele tentando disfarçar.
- Não depende não Lele, ou é, ou não é! – Disse Remus.
- Então é... – Respondeu Lele com um sorrisinho.
- Não se preocupe... – Começou Remus. – Eu não vou dizer isso para ninguém... – Terminou olhando para Letícia.
- Obrigada Remus... – Agradeceu Lele.
- Chega não é Edu?! – Perguntou Liu com a cabeça apoiada no ombro do irmão enquanto dançavam.
- Está bem... – Respondeu Edu e os dois pararam de dançar e voltaram a sentar. – Um brinde a nós?! – Perguntou Edu levantando o copo que estava cheio de cerveja amanteigada.
- Um brinde a nós! – Respondeu Liu elevando o seu copo e brindando com o irmão.
- Gatinhooooooooooooooo!! – Ecoava uma voz enjoada pelas ruas de Hogsmeade.
- Eu pensei que ela tinha desistido de me encher a paciência... – Comentou Sirius com Bel com uma cara de desânimo.
- Aleluia te achei!! – Disse a garota de cabelos negros.
- Se ferrou!! – Murmurou Bel rindo.
- Do que você está rindo senhorita Isabel?! – Perguntou Mary Kate.
- Do pobre do meu amigo... – Respondeu Bel rindo ainda mais.
- Obrigado Bel... – Murmurou Sirius.
- Eu te avisei... – Murmurou Bel ficando ao lado de Sirius.
- Você pode nos dar licença?! – Perguntou Mary Kate.
- Não?! – Respondeu Bel com uma cara de interrogação.
- Gatinho... – Começou Mary Kate. – Vim te dizer que perdôo o seu momento autista de ontem, e que aceito ser sua namorada! – Disse arrancando uma cara de surpresa de Sirius e risos de Bel.
- Se toca garota... – Começou Bel. – Ele não quer nada contigo... – Disse olhando com desprezo para Mary Kate.
- E você é o quê?! – Começou Mary Kate. – A namorada enciumada?! – Continuou. – Pois saiba que ele gosta é de mim, minha filha! – Disse com um ar de superior na voz.
- Pois “minha filha”, eu não namoro ele não... – Começou Bel. – Apenas sou a melhor amiga... – Disse arqueando uma sobrancelha.
- Nojenta! – Exclamou a garota de cabelos negros logo depois dando um selinho em Sirius. – Até mais Amorzinho... – Disse saindo de lá deixando Sirius com uma cara incrédula.
- Te devo essa Bel... – Disse Sirius rindo.
- Nem dá para acreditar que ela é prima da Liu... – Murmurou Bel balançando a cabeça negativamente.
- É...nem dá para... – Começou Sirius parando para prestar atenção no que Bel havia dito. – Como é?! – Perguntou confuso.
- Não me diga que você não sabia! – Disse Bel fazendo uma cara de surpresa.
- Eu não sabia... – Respondeu Sirius.
- Pois agora sabe... – Começou Bel. – Ela é a prima “malvada”, filha da Tia “malvada” da Liu....a Liu mora na casa dela... – Terminou.
- Oxiii!! – Começou Sirius. – Porque a Liu não mora na casa dos pais dela?! – Perguntou confuso.
- Eu não vou dizer!! – Começou Bel. – Era para ser segredo eu acho... – Murmurou.
- Diz Bel!! – Implorou Sirius. – Por favor...
- Se você falar algo sobre isso para quem quer que seja... – Começou Bel. – Eu juro que te mato!
- Violenta... – Murmurou Sirius. – Mas eu não falo não...
- Acho bom mesmo você não falar... – Disse Bel. – A Liu é órfã de pai e mãe desde os dez anos... – Murmurou.
- Como é?! – Exclamou Sirius. – Não acredito... – Murmurou.
- No mesmo ano que perdeu o pai, a mãe dela se matou... – Começou Bel. – Pelo menos é o que dizem...
- Suicídio?! – Começou Sirius. – Deve ter sido difícil para ela agüentar isso com dez anos...ela era só uma criança... – Murmurou Sirius diminuindo cada vez mais o tom de voz.
- E nesse mesmo ano o irmão dela partiu em uma viagem pelo mundo...- Continuou Bel. – Talvez ele não quisesse assumir a responsabilidade de cuidar da irmã...ele também era jovem...
- Putzzz!! – Exclamou Sirius. – Por isso ela não fala muito da vida dela... – Murmurou.
- É né... – Começou Bel. – Agora finja que eu nunca te disse nada!! – Falou com um olhar ameaçador.
- Você me disse alguma coisa?! – Começou Sirius. – Porque se disse eu juro que não escutei... – Disse fazendo Bel rir.
- Bom...acho que já está na hora de você voltar para Hogwarts... – Disse Edu olhando para o relógio do bar e vendo que já haviam se passado horas desde que ele tinha entrado lá.
- Acho que sim... – Respondeu Liu entristecida. – Quando irei te ver de novo Edu?! – Perguntou ao se levantar.
- Brevemente pequena... – Começou Edu se levantando para abraçar a irmã. – Brevemente!
- Nesse caso... – Começou Liu se afastando do irmão e indo até a porta. – Até brevemente Edu!! – Gritou saindo do bar.
- E aí?! – Começou Lele quando todos já estavam no salão comunal da Grifinória. – Como foi o passeio de vocês?!
- Melhor impossível... – Riram Lily e James juntos.
- O meu foi um misto de muita coisa... – Respondeu Sirius olhando para baixo.
- O meu você sabe como foi... – Disse Remus piscando para Lele.
- É...o seu eu sei como foi... – Retrucou Lele rindo. – E você Liu?!
- Eu o quê?! – Perguntou Liu deixando – se levar pelos seus pensamentos.
- Como foi o seu dia?! – Perguntou Sirius olhando para Liu.
- Legal... – Respondeu na esperança de que nem todos ali soubessem o que ela tinha ido fazer lá.
- Legal?! – Perguntou Lele. – Só isso?!
- É Lele...- Respondeu Liu indicando com os olhos que tinha mais gente lá. – Só isso...
- A gente já sabe... – Murmuraram James e Remus juntos.
- Sirius?! – Olhou Liu com raiva, falando por entre os dentes.
- Dessa vez ele não teve culpa... – Murmurou Lele.
- Claro... – Começou Liu. – Vocês deixaram escapulir sem querer não é?! – Disse mais calma.
- Foi... – Murmuraram Lily e Lele juntas dando um sorrisinho amarelo.
- Tudo bem... – Murmurou Liu de volta.
- Se tivesse sido eu... – Começou Sirius. – Eu ia levar uma bronca do tamanho de um dragão! – Terminou.
- Na verdade... – Começou Liu. – Maior do que um dragão! – Disse fuzilando Sirius com os olhos.
- Viram como ela é justa comigo?! – Disse Sirius encarando Liu.
- É porque você não seria a primeira vez que quebraria uma promessa feita a mim... – Respondeu Liu.
- Mas nesse caso... – Começou Sirius. – Eu não te prometi segredo! – Respondeu Sirius.
- Mas no outro caso prometeu! – Retrucou Liu. – Você é incapaz de guardar segredo quando te pedem...
- Ah é?! – Começou Sirius sem se controlar. – Pois fique sabendo que eu sei muito sobre você e que eu não contei para ninguém ainda! – Disse de pé encarando Liu.
- Tipo o quê?! Que eu tenho um irmão?! – Começou Liu. – Caso você não tenha percebido todo mundo já sabe!! – Disse encarando Sirius.
- Tipo o fato de você ser órfã de pai e mãe desde os dez anos de idade! – Começou Sirius sem notar o que estava dizendo. – De você ser prima da Mary Kate, e morar com ela de favor...mesmo odiando ela! – Continuou. A cada palavra Liu ficava mais branca, e os ali presentes que não sabiam disso mais surpresos. – Que seu irmão viajou e te largou sozinha quando você tinha dez anos! – Continuou enquanto finas lágrimas escorriam pela face de Liu. – E que sua mãe se suicidou!! – Terminou finalmente se dando conta do que havia dito.
Liu deixou o seu corpo sentar – se em uma poltrona, e no que mais parecia um murmúrio ela disse:
- Satisfeito Sirius?!
- Desculpa Liu... – Começou Sirius. – Eu não queria ter dito isso tudo... – Disse tentando se aproximar da garota que não mais olhava para ninguém ali presente.
- Mas disse... – Começou Liu se levantando e limpando as próprias lágrimas. – Agora, se me dão licença eu irei me retirar... – Continuou. – Boa noite... – Despediu – se subindo as escadas do dormitório.
- Eu vou atrás dela! – Disse Lele se levantando.
- Não Lele... – Começou Lily. – Eu acho que ela quer ficar só um pouco... – Disse enquanto Lele se sentava novamente.
- Muito feio o que você fez cachorrinho... – Advertiu James olhando para Sirius.
- Como é que você ficou sabendo disso?! – Perguntou Lele.
- Eu ando saindo com a Mary Kate... – Respondeu Sirius mentindo.
- E está ficando que nem ela... – Murmurou Lele.
- Eu não fiz por querer sabia?! – Disse Sirius. – Eu não queria ver a Liu desse jeito... – Murmurou olhando para baixo.
- Você tem que aprender a se controlar Almofadas... – Pontuou Remus.
- Vocês têm razão... – Começou Sirius. – Todos vocês... – Continuou. – Eu realmente tenho que aprender a me controlar, eu realmente estou parecendo a Mary Kate, e realmente foi muito feio o que eu fiz, satisfeitos?! – Perguntou no final.
- Não... – Disse Lily. – Falta você admitir que está apaixonado pela Liu!
- Isso não... – Começou Sirius. – Agora eu gosto é da prima dela, a Mary Kate... – Mentiu ele, na verdade ele não suportava nem sequer olhar para a garota de cabelos negros e curtos.
- Não se engane Almofadas... – Disse James.
- Não estou me enganando... – Respondeu Sirius.
- Está bem então... – Começou Lily. – Mas você deveria pedir desculpas direito para Liu... – Pontuou apontando para as escadas do dormitório feminino.
- Você sabe que eu não posso entrar lá...eu sou um garoto... – Disse Sirius.
- Isso nunca te empatou de entrar antes, vai empatar agora?! – Perguntou Lele.
- Está bem... – Começou Sirius. – Acho que vocês têm razão... – Disse indo até as escadas do dormitório feminino.
- Boa sorte Almofadas... – Disseram James e Remus juntos enquanto Sirius subia as escadas.
Sirius subiu as escadas do dormitório feminino, e ao chegar no quarto onde Liu estava, viu uma garota sentada em uma cama, olhando para uma foto enquanto lágrimas lhe escorriam a face.
- O que você faz aqui?! – Perguntou Liu notando a presença de Sirius sem ao menos tirar os olhos da foto.
- Vim implorar pelo seu perdão... – Respondeu Sirius.
- Veio em vão então... – Concluiu Liu enquanto olhava para a foto.
- Pois saiba que não sairei daqui enquanto você não tiver me perdoado... – Disse Sirius sentando na cama ao lado à de Liu.
- Então aproveite que está numa cama e espere deitado... – Retrucou Liu virando de costas para Sirius.
- Tudo bem... – Disse Sirius deitando – se na cama ainda olhando para Liu. – Lembra que você me prometeu que não choraria mais?! – Perguntou ele olhando para o teto.
- Me deixe em paz Sirius... – Pediu Liu deitando – se na cama ainda encarando a foto.
- No dia que eu te deixar em paz... – Começou Sirius. – Eu não serei mais eu... – Concluiu virando de lado na cama para olhar para Liu.
- Você é chato assim naturalmente, ou se esforça para me irritar?! – Perguntou Liu finalmente olhando para Sirius.
- Naturalmente mesmo... – Respondeu Sirius com um belo sorriso em seus lábios.
- Vamos fazer o seguinte então... – Começou Liu. – Você esquece que eu existo, e eu te perdôo! – Terminou.
- Feito! – Começou Sirius com algo em mente. – Já me esqueci quem você é...
- Então está perdoado... – Disse Liu virando – se de costas para Sirius.
- Olá... – Murmurou Sirius no ouvido de Liu. – Quem é você?! – Disse quando Liu virou de frente para encarar ele.
- Você disse que ia me esquecer!! – Brigou Liu.
- Como posso te esquecer se não sei quem você é?! – Perguntou Sirius com uma cara aparentemente séria, era incrível como mesmo nas piores horas ele consegui arrancar sorrisos.
- Elisa Weiss... – Começou Liu com um sorriso em seu rosto. – Agora saia daqui antes que eu jogue um travesseiro em você! – Terminou.
- Ah Hááá!! – Começou Sirius. – Você riu!! – Continuou. – Isso significa que estou perdoado e que você voltou a ser minha amiga não é?! – Perguntou feliz.
- Não... – Começou Liu rindo. – Isso significa que você vai sair daqui e me deixar sozinha...
- Mais é ruim hein!! – Brincou Sirius. – Não vou te deixar sozinha para você começar a chorar nem pensar!! – Disse dando língua.
- Vá logo! – Ordenou Liu arqueando uma sobrancelha e apontando para a porta com uma das suas mãos.
- Me obrigue... – Atiçou Sirius com um sorriso maroto, e em pé.
- Está bem... – Disse Liu se levantando. – Vai ficar aí sozinho?! – Perguntou saindo do dormitório feminino dando risada.
- É ruim hein! – Respondeu Sirius alcançando a garota e descendo as escadas junto com ela.
- Opaaa!! – Exclamou Lele. – Isso significa que os dois pararam de brigar?! – Perguntou com um sorriso na face.
- Isso significa que somos amigos de novo porque o Sirius é um chato! – Respondeu Liu sorrindo.
- Um chato que te faz sorrir... – Adicionou Lily enquanto Liu e Sirius se entreolhavam.
- É... – Disse Liu parando de olhar para Sirius e começando a olhar para os amigos. – Então...querem saber como realmente foi o meu passeio para Hogsmeade?! – Perguntou, e, logo depois notando que todos queriam ouvir como realmente havia sido o passeio dela, ela começou a narrar os fatos.

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Espero que gostem.
Comentem que eu posto o próximo capítulo.
Bjus queijus e biscoitos.

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