A Aula de Poções




Entramos os três na sala do Snape. Harry e Rony foram se sentar em dupla, lá pelo meio da sala. Eu preferi ficar na frente, como sempre. Lilá se sentou ao meu lado logo depois.

Snape nem sequer me olhou. E eu desviei minha atenção para o caldeirão na minha frente. Sabe-se lá que tipo de poção ele ia ensinar hoje, eu faria tudo da melhor maneira possível. Não por que eu quero me exibir, mas por que ele precisa se mancar mesmo. E eu preciso das minhas notas altas para me sentir melhor, não sei por que, só sei que sou assim e pronto.

- Então vamos começar a aula de hoje abrindo o livro na página 89. – Mandou Snape com voz arrastada, como se aquilo tudo fosse um tédio e ao mesmo tempo um modo de se vingar nos alunos. Ou seja, uma coisa ruim que ele só suportava pela chance de eventualmente humilhar alguém que não fosse de sua casa. Principalmente e preferencialmente Harry!

Um belo modo de se vingar, devo dizer. Por que é claro que ele é que “manda” na sala. Ele dá as notas. Ele pode descontar quantos pontos quiser, dar quantas detenções desejar. Quer dizer, o cara é um sádico doente!

- Quero que façam uma poção, a poção de “Gutten” que está descrita nessa página que indiquei. Alguém sabe para quê essa poção serve? – Ele perguntou olhando para toda a sala, menos para mim.

Ergui minha mão.

Ele se fez de desentendido e aí mesmo que olhou para o outro lado me evitando, mas EU era a única que sabia a resposta naquele momento.

- Aqui, professor Snape. Por favor. – Pedi, mas só por que precisava, minha vontade era mesmo larga-lhe a porrada naquele imbecil que denominavam erroneamente de professor.

Ele me olhou com asco. E depois aquele sorrisinho de deboche, como se minha vida estivesse a mercê da vontade dele.

- Srta Granger, não me direcionei a você por que não quero saber sua opinião. A senhorita só serve para atrapalhar a turma com esse ar de sabe tudo.

Me calei. Mas por dentro estava fervendo de raiva.

Ele se virou para o resto da turma. E escolhendo um a dedo, atacou:

- Sr. Potter. Responda a pergunta.

Harry se encolheu. Ele não sabia. Lagrimei de raiva.

- Muito bem. – Ele disse quando Harry continuou calado. – Menos 20 pontos para Grifinória pela sua burrice.

Eu me segurei na cadeira para não levantar. Eu ia matar o Snape, soube disso naquele momento.

Todo o erro de Snape era me subestimar. Pois eu tinha 12 anos, mas não era qualquer uma. Ele não podia fazer tudo aquilo e ficar incólume. Ele ia pagar por cada maltrato que havia feito a cada aluno. Eu queria cegar se não cumprisse minha palavra!

- Agora quero que todos executem a poção, quando terminarem tragam uma amostra para mim e na próxima aula quero uma redação sobre a poção “Gutten” para que serve, seus efeitos, tudo que souberem. E não vou aceitar atrasos na entrega ou já sabem, detenção! – Avisou antes de se sentar naquela cadeira horrenda dele.

Respirei fundo e comecei a cortar os ingredientes. Não sei como não cortei minha mão, tamanha presa e raiva eu empregava naquela tarefa.

Terminei em tempo recorde. Tirei uma amostra da poção e levei até a mesa dele.

Ele olhou-me com desdém, pegou a amostra de uma maneira brutal, verificou e me deu a nota:

- Zero, srta. Granger. Fazer uma poção leva tempo, exige calma e paciência. Coisas que a srta NÃO FEZ! E por isso, menos 15 pontos para a Grifinória, vá se sentar.

- Mas professor... – Tentei argumentar possuída de raiva, tentando manter uma voz educada e contida – A poção está perfeita, não há erro nela.

- Mas há erro e displicência da srta e por isso a poção não serve. – Ele pegou a poção que ELE SABIA que estava ótima e jogou atrás de si, fazendo se espatifar na parede. Fim da minha amostra que evaporou. – Zero. Vá se sentar senão eu lhe ponho em detenção... novamente.

O novamente dele foi carregado de ironia e eu fui me sentar resignada a não destruir minha vingança.

O fim da aula se aproximava. Os alunos entregavam suas poções enquanto eu fingia ler o livro de poções já que tinha terminado a poção muito cedo e não tinha nada para fazer, e o melhor certamente não era ficar olhando muito para o Snape senão ele desconfiaria da minha raiva e se armaria contra mim, como eu já pensava que estava acontecendo. Então procurei ao máximo ficar na minha, mas meu coração batia descompassado de raiva por baixo da minha máscara ilusória de aluna indefesa.

Quando a aula finalmente acabou, e minha calma falsa ia se desintegrando, ele falou para a turma inteira:

- Já sabem o que quero para a próxima aula. Não esqueçam da redação. E srta. Granger permaneça na sala, os outros podem ir embora. – E voltou sua atenção para alguns pergaminhos em sua mesa, esperando os outros saírem.

Quando estávamos só eu e ele na sala, explodi.

- Professor Snape! Foi uma injustiça dupla que o senhor cometeu hoje não me deixando responder uma pergunta da qual eu sabia a resposta, preferindo tirar 20 pontos injustos da grifinória só por que o Harry não se lembrava da resposta, e ainda depois destruindo meu trabalho mesmo sabendo que estava bom! – Esbravejei doida da vida, sem me notar em pé apontando o dedo na cara dele.

- Acalme-se srta. Granger. Harry Potter é burro, não sabia a resposta, e a senhorita sabe muito bem disso. Sua poção estava carregada de ansiedade, tamanha é a vontade da srta de me atingir. Foi por isso que está aqui depois da aula. Não vou tolerar criancices! Não tenho tempo nem paciência para isso.

- O senhor não me conhece!

Ele fitou-me no fundo dos olhos ardentemente.

- Ah sim, conheço mais do que imagina srta. Granger.

Tirei minha varinha das vestes sem pensar e apontei pra ele.

- Não seja estúpida. – Disse ele sem se mover um centímetro. E continuou me fitando.

Guardei a varinha nas vestes e sai da sala como um furacão, batendo tão forte a porta da masmorra que ainda não sei como ela não quebrou.

Subi até o Salão Comunal da Grifinória na velocidade da luz acho. Quando cheguei ao dormitório, minhas pernas estavam tão bambas que cai na cama sem pensar mais nada. Só a raiva no meu peito batia descompassado, não era mais nem o coração. Eu era pura raiva.

E fiquei ainda mais puta quando me dei conta, minutos depois, que havia esquecido meu material na sala do Demo (Snape). E eu tinha outras aulas para assistir, não podia me dar ao luxo de ficar faltando.

Sendo assim tive que voltar as masmorras. Mas só fiz isso depois de tomar um banho e relaxar. Eu tinha que manter a calma e uma postura de mulher.

Bati na porta da sala dele.

Ele abriu segundos depois, me olhou, estreitou os olhos e se afastou me dando passagem para entrar. Entrei na sala, mas meu material já não estava onde tinha deixado.

- Vim buscar meus livros, minha bolsa. – Informei a ele.

- Guardei no armário ao fundo da sala. – Ele retrucou de má vontade. E acrescentou malignamente. – Sabe, eu deveria tirar pontos da grifinória e lhe dar uma detenção. A senhorita está tendo um comportamento muito impróprio para comigo que sou seu professor nos últimos dias.

- Não me culpe. O senhor faz por merecer. – Tirei meu material da estante.

Não ousei olhar para ele. Sabia que estava irritando-o. Mas era verdade. Ele merecia.

- Volte depois da última aula de hoje para cumprir detenção srta. Granger. Minha paciência já se esgotou.

- E se eu não quiser vir? Não fiz nada para merecer uma detenção. O senhor que foi injusto comigo e com os outros alunos. O senhor odeia todos que não pertencem a sua casa. Me odeia por que eu sou nascida trouxa, mas eu sou a melhor da turma e por isso o senhor me odeia ainda mais. – Dessa vez olhei para ele sentado na mesa, e ele não tirava o olho de mim. Eu gostaria de saber por que ele me fitava tanto.

- Isso não interessa a você.

Me assustei. Ele me chamou por “você”.

- A srta. deve ter aula. Nos veremos mais tarde na detenção.

Tive que sair da sala.

Estava alucinada andando pelos corredores. Por sorte topei com Lilá que me levou para a aula de Herbologia. Eu já tinha até esquecido que tinha aula.

Tudo transcorreu bem, na medida do possível. A professora só passou uma pesquisa como dever de casa, ainda bem. Eu não estava com cabeça para fazer deveres.

Alias, minha vontade era só tentar relaxar, ficar calma. Pois eu não estava mais nem me reconhecendo. Estava uma pilha. Tudo isso por causa das injustiças do Snape e eu não suportava isso. Não suportava as coisas que ele fazia.

Se eu pudesse fazer mais coisas eu faria. Mas estava de mãos atadas. Ele é o Professor e eu sou a Aluna! Ele pode me ferrar, como estava fazendo, em um estalar de dedos. E eu não podia fazer nada contra ele, algo significativo, pelo menos não que eu me lembre agora. Por isso o meu plano devia ser muito bem planejado. E eu não deveria entregar-me como tinha feito momentos antes.

E agora tinha que encarar uma detenção a noite.

O negócio é que eu não sabia se iria conseguir.




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N.A.: Olá! Olha só, eu estou postando antes do que foi prometido. Isso é bom, eu acho, estou inspirada. Obrigada gente!!!

Nos veremos em breve!

Beijos,

Angie Black

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Resposta aos comentários:

Dark Mell Lestrange: Mell querida! Obrigada pelo seu comentário! Obrigada por me visitar sempre. Obrigada pelo apoio. Obrigada por tudo!!! Beijos estalados!


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Fics Indicadas:

Nome: Alvo Severo: Uma Nova Aventura
Autor: igor pontas dumbledore
Link: http://fanfic.potterish.com/menufic.php?id=24855


Eu, particularmente achei essa fic fofa!!!!
Parabéns Igor!



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Só pra relaxar... Rir é o melhor remédio




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