No começo de tudo...



-> Passa-se no segundo ano de Hermione em Hogwarts.

“Eu, Prof. Snape, dei ao time da Sonserina permissão para praticar hoje no campo de quadribol, face a necessidade de treinarem o seu novo apanhador.”

...

- Vamos voltar para o castelo. Temos aula para assistir. – avisou Hermione.

- ... de poções, com sonserina. – emendou Rony desgostoso.

Hermione olhou para ele e expirou, como se só pudesse fazer aquilo naquele momento. Estava tão chateada quanto ele, mas não tinha outro jeito. Tinha que encarar Malfoy e sua turma, isso já era suficiente, mas ainda tinha que encarar Snape também. Isso era demais até para ela. Agüentar Snape jogando todo o seu mal humor nos grifinórios, em especial perturbar Harry e pior, maltratar ela por saber a matéria era uma completa idiotice. Ele com a idade que tem já devia saber separar as coisas pessoais das profissionais. Ele era um professor de Hogwarts e não tinha nada que fazer distinção entre seus alunos por causa da casa que eles faziam parte. Mas Snape não sabe nada disso, pior, sabe, mas faz tudo para infernizar seus alunos não-sonserinos.

- Srta. Granger. Faça o favor de entrar na sala que eu não tenho o dia todo para esperar sua boa vontade. 10 pontos a menos para Grifinória!

Hermione se sobressaltou ao ouvir a voz de Snape na sua nuca e em seguida por estar na frente da sua sala, parada como uma estátua. Não entendeu nada, mas foi logo entrando sem entender como chegara ali sem se dar conta. Harry e Rony a olhavam de seus lugares meio boquiabertos também sem entender o que ela tava fazendo.

Aproveitou logo o embalo e foi se sentar em alguma das últimas cadeiras que haviam sobrado no final da sala. Odiava sentar no fundão, mas agora não tinha jeito. Sentou coçando a cabeça nervosamente.

Quando levantou o olhar para a lousa, viu Snape em pé, aparentemente esperando ela se acomodar para iniciar a aula. Ele sabia ser irritante, tudo que ela queria era não chamar atenção, mas ele fazia de tudo para o contrário.
O filho da puta sabia ser o cão.
E a aula se iniciou.

No fim, Hermione já estava quase furando o dedo e se aprontando para fazer um pacto de sangue com o espírito supremo do mal, mas foi interrompida em sua idéia por Rony e Harry que já se aproximaram dela nos corredores querendo saber por que ela tinha pirado no início da aula do SNAPE. Logo na aula do morcegão! O que ela tinha feito não fazia o menor sentido. Não se sabe o que tinha acontecido com ela, mas ela tinha viajado legal. Isso se ela realmente não tivesse fumado uns baseados antes, e Rony deixou bem claro que não ia ficar surpreso se isso tivesse acontecido.
Hermione só se limitou a rugir um pouco e balbuciar que não estava se sentindo muito bem, que devia ser a pressão das provas que estavam se aproximando. Isso deve ter bastado para os dois que sumiram depois de um tempo conversando sobre o almoço. Isso eram nove horas da manhã. Imagine a aflição dessas crianças as onze horas.
Hermione pensou em ir a biblioteca já que tinha tempo vago agora. E fato, pensou que isso era o melhor que fazia agora para se acalmar. Precisava de paz.
Entrou na biblioteca, deu “oi” para a madame Pince, foi escolher um livro interessante para ler, e só para se vingar escolheu um de poções, para ficar bem fera na matéria e matar o Snape de raiva. Aquela bicha enrrustida!
Sentou num canto e começou a devorar o livro.

POÇÕES – VOLUME CINCO.
UMA INICIAÇÃO AS POÇÕES AVANÇADAS.

Capítulo Um – Poção do Luar.
Capítulo Dois – Poção Polisuco.
Capítulo Três – Poção Sentinela.

...

Quando Hermione se deu conta já era bastante tarde. Precisava voltar aos seus afazeres se não quisesse se atrasar ainda mais. Tinha descoberto vários tipos de poções bizarros e ia testar cada uma delas em seu devido tempo. Quando Snape pedisse para ela fazer em sala de aula estaria tão afiada no trabalho que ele ia cagar verde. Ele ia ver só uma coisa para aprender a não discriminar as pessoas. Não era por que ela tinha nascido trouxa e era da grifinória que ela não podia ser uma ótima bruxa, um exemplo até. Nada de pensar modestamente quando se tratava de Snape. Ele merecia que ela esfregasse na cara dele que tipo de gente ela era! Coisas que ele desconhecia como virtude, conduta honesta, bom senso, humor, simpatia, educação, piedade e todas as qualidades das grandes pessoas que ele não possuía nem uma pequena parcela. Mas ele tinha passado da conta e alguém devia mostrar a ele o que realmente importava. A hipocrisia dele estava a um ponto de não ter mais limites. Mais tinha, e passado do limite há muito. E ele ia perceber isso em breve.

Seria ela mesma a não desistir e não se entregar. Ia fazer sua parte como lhe convinha e ele que se virasse para agüentar as coisas que viriam por aí. E não eram poucas, pois ela estava decidida a mudar o rumo dessa história. Foi pensando dessa maneira que ela resolveu “entrar em ação”.
Quando ia saindo da biblioteca de deparou com o Próprio Prof. Snape entrando no recinto. Ele fez questão de olhar para ela e fazer aquela cara maligna que ele nem precisava se esforçar tanto para fazer. E perguntou debilmente:

- O que faz nesse horário na biblioteca srta. Granger?

“Cagando Prof. Snape”

- Estava lendo um livro. – Estúpida. Resposta estúpida, a do coco era bem melhor.

Ele ficou lá plantado, acho que pensando em quantos pontos descontar, ou se dava uma detenção ou não depois.

- Srta. Granger, já é bastante tarde. – Incitou ele.

- Eu nem percebi o tempo passar, a leitura estava realmente boa.

- Que tipo de livro estava lendo?

“Que tipo de conversa é essa exatamente?”

- Um volume sobre poções avançadas.

- Hmmm, poções avançadas. Não deve ter servido para nada já que a senhorita ainda está no segundo ano. Não tem conhecimento suficiente para poções avançadas.

- ... (¬¬)

“boi”

- Menos 10 pontos para a grifinória por gazetar as aulas e menos 15 por estar fora dos dormitórios a noite.

“A NOITEEE?!!!”

- O quê? Ainda é hora do almoço. – afirmei boquiaberta.

- Só no seu mundo talvez, no mundo real já é de noite, os alunos estão em seus dormitórios e a biblioteca só ainda não está fechada por que a madame Pince também perdeu o horário.

Tive que piscar um monte de vezes até entender que já era noite. NOITE. Baixei o olhar para o chão. Meu plano de derrotar o professor Snape indo pelo ralo só por que ele tinha conseguido me derrotar na primeira batalha. Ele não devia ter me pegado. Não.

- Srta. Granger. – Ele me chamou. – Acho que já está mais que na hora de começar a se mover em direção ao seu salão comunal.

Olhei para ele com pena de mim mesma. Estava tendo sorte de ele não me dar uma detenção.

- O que ainda faz parada aí? – Ele questionou impaciente.

- Eu...

- Quer uma detenção?!

- Não. Só estou confusa, por que realmente não imagino que seja noite.

- Então olhe você mesma e comprove.

Ele me pegou pelo braço e me conduziu (arrastou) até a janela da biblioteca, de onde pude vislumbrar que, de fato já era escuro.

- Acredita agora?

- Sim. Vejo a verdade agora.

- Então não há mais porque enrolar. Vá para seu dormitório.

- Sinto fome. – Soltei sem pensar.

Ele arregalou os olhos para mim como se não acreditasse na minha ousadia. Eu também me surpreendi. O que eu estava fazendo?

- Siga-me, srta Granger.

Eu podia ter pensado, mas naquela situação o desespero não me deixava. Segui-o.
Não com muita surpresa fui parar na sala de aula dele. Um sanduíche e um suco conjurados para mim. Comi com satisfação. Depois de saber que estava a tanto tempo na biblioteca sem comer me deu uma fome descontrolada de modo que repeti o lanche.
Permaneci em silêncio digerindo a comida pelo que me pareceu uns dez minutos, até que ele quebrou o silêncio.

- Eu podia lhe dar uma detenção, mas é muito tarde e ainda tenho trabalho a fazer. Volte para o seu dormitório. Eu a levarei até o quadro da mulher gorda. Não quero lhe ver por Hogwarts a noite novamente.

Ele se levantou e seguimos até o quadro da mulher gorda, por onde passei e não tornei a vê-lo.

...






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