E sempre há alguém para trazer

E sempre há alguém para trazer



People I’ve loved, I have no regrets
Some I remember, some I forget
Some of them living, some of them dead
All I want is to be home

(As pessoas que eu amei, não tenho arrependimentos
De algumas eu me lembro, de outras eu esqueço
Algumas delas vivas, algumas mortas
Tudo que eu quero é estar em casa)

- Gina? Gina, meu bem, vamos acordar? Ta na hora de levantar dorminhoca! – Harry beijou primeiro as bochechas de Gina, depois seu pescoço e por fim lhe deu um selinho.
- Bom dia, Harry... Deixa eu ficar só mais uns minutinhos...
- Você sabe que eu sempre deixo, mas hoje não dá... Vamos, já para o banheiro tomar banho mocinha! Enquanto isso eu preparo o café da manhã.
- Então me ajuda aqui... Hein?
- Dengosa.
- Posso me dar ao luxo...
Harry ajudou Gina a se por de pé, deu lhe mais um beijinho de bom dia e desceu para preparar o café. Como magia é mágico, rapidamente estava tudo pronto. E como sua esposa não descia, ele resolveu buscá-la.
- Gina? – ele deu uma batidinha na porta do banheiro e a abriu. A mulher se olhava no espelho, os cabelos molhados escorrendo pelas costas, as mãos acariciando a barriga. – Tudo certo?
- Ta ficando grande, né? Mamãe diz que vai ser menina, com certeza.
- Espero que seja... Uma menininha ruivinha bem parecida com a mãe, linda igual...
- Mas e se não for?
- Se não for? Bom, eu acho que agüento segurar mais um menino encapetado correndo pela casa. – Harry disse sorrindo, enquanto enlaçava a esposa pelas costas, afastando-lhe os cabelos e beijando seu ombro. – Mas, vamos lá, ponha uma roupa e desça, senão o nosso lanche esfria.
- Já vou.
Enquanto descia, Harry pode ouvir um dos filhos acordando. Entrou no quarto que eles dividiam (mas em pouco tempo isso se tornaria impossível).
- Bom dia rapazinho. – Harry pegou o filho mais novo, que resmungava. – Vamos descer com o papai?
Na cozinha, Harry colocou o menino numa das cadeirinhas e sentou-se, começando a se servir. Gina entrou no aposento parecendo mais linda do que nunca aos olhos de Harry (todo dia ele era capaz de achá-la mais linda). Deu um beijo no filho e sentou-se também.
- Você já chamou um táxi para nos levar lá?
- Tudo resolvido, Gina. Temos que estar prontos às nove...
- Eu fico sempre tão mal quando fazemos isso. Reavivar essas lembranças.
- Você prefere não ir?
- Eu vou...
- Certeza?
- Absoluta. – e o resto do café se deu em silêncio.
Todos os anos, nessa mesma data, iam todos os Weasleys juntos ao cemitério de Ottery St. Catchpole. A data em que Fred morrera, anos atrás. Com dois filhos pequenos e uma mulher grávida de seis meses, Harry achou desaconselhável ir de qualquer outro modo que não como os trouxas.
- Eu vou arrumar os meninos. Se importa de arrumar as coisas aqui?
- Tranquillo. Já subo para te ajudar... – Harry odiava ver a esposa tão angustiada como estava.
Às nove horas, um táxi chegou na residência dos Potter e os quatro embarcaram. Harry mantinha-se olhando para Gina, sentada no banco de trás, a qual mal fazia esforços para conter os filhos.
Chegaram ao local, desceram do carro, Harry pagou a corrida e se juntaram aos demais que já estavam por lá. Hermione estava grávida de oito meses e Rony segurava Rosa no colo. Gui e Fleur também já estavam lá, com Victorie. Logo chegaram Percy e sua família, Carlinhos, e por último, Molly, Arthur e Jorge.
- E aí, cara? – disse Jorge olhando para o túmulo de seu gêmeo. – Vê? Todo mundo veio te fazer uma visita.
- Meu filho, todo dia eu penso em você... – Molly se abraçou a Arthur.
- A Hermione veio aqui grávida de oito meses... Ela ta enooooorme!
- Jorge! – ralhou Hermione. – Isso é lá coisa que se diga?
- Mas é verdade!
- Deixa minha mulher, ela ta quieta aqui.
- E viu? Agora o Rony vive defendendo ela para cima e para baixo, igual quando ela tava grávida da Rosa.
- Em seu estado normal, ela não precisa de defesa, você sabe.
- A Gina ta com um barrigão... Não tão grande, mas se o Potter continuar fazendo filhos nela, acho que teremos que dar um jeito. Cortar o mal pela raiz, sabe?
- Ai de vocês se pensarem em fazer isso! O Harry bota vocês para correr, não é querido?
- Lógico! Ainda vem mais uma renca de Potterzinhos por ai...
- E aí, Fred? Ele ta ou não pedindo? Nossa inocente irmãzinha...
- Nem tão inocente assim. – comentou Hermione. – Gina, não deixa eles sequer pensarem em que circunstâncias esse aí foi feito. – completou, apontando para a barriga da cunhada.
Harry corou fortemente, todos os Weasleys olharam desconfiados, Rony com uma cara de “você vai ter que me explicar!”. Gina riu, acompanhando Hermione.
- A Vic ta crescendo muito agora.
- Oi tio... Sabia que é muito estranho conversar com você? – Fleur fez a filha ficar envergonhada com um mero olhar “fique quieta” que lhe lançou.
- A Mel também... O Percy é tão mala como pai, tentando superproteger ela!
Não deu tempo de Percy retrucar. Hermione soltou um grito e todos correram a acudi-la.
- E-e-e-eu acho que vai nascer...
Rony desmaiou, fazendo Hermione gritar de novo (de desagrado). As crianças, assustadas, agarraram-se a seus pais, exceto Rosa, que grudou no Sr. Weasley.
- Precisamos levá-la para casa, rápido! A bolsa estourou! – bradou a Sra. Weasley.
Gui acordou Rony, enquanto Carlinhos sustentava Hermione de um lado e Jorge de outro. Foram todos saindo em direção à Toca, Gina, Harry, Tiago e Alvo por último.
- Gina? Vai levando eles... Daqui a pouco eu alcanço vocês.
- Aonde você vai?
- Fazer uma coisa. – Gina assentiu e foi saindo com os filhos.
Harry voltou ao túmulo de Fred.
- Viu como são as coisas, cara? Mais cedo, a Gina nem queria vir aqui por causa da tristeza desse dia, de lembrar que você não está mais fazendo palhaçada por aí. Nós todos sentimos muita falta sua. Mas daí, veja o que o destino nos prega... Quem esperaria que mais um Weasley decidiria vir ao mundo? A gente tem que ir levando a vida, mesmo que nem tudo seja fácil. Sabe o Dumbledore? Isso me lembra ele. Dá para ver a luz na escuridão, se você lembrar de acendê-la. De qualquer forma, estamos todos bem.
E Harry correu, até alcançar Gina e os filhos.
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N/A: Gostaram? Eu quis muito fazer essa fic... Foi de todo coração. Ah, sim, em especial p/ Naty L. Potter, que queria mais uma H/G.

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