Morrendo por amor a ela



Capítulo 24: Morrendo por amor a ela
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Isabella espantou-se ao ver-se viva ainda. Fitou o corpo tombar na sua frente, ficando estatelado e imóvel no chão. A garota ajoelhou-se ao lado do corpo da pessoa que ela tanto amava, admiriva e respeitava. Não conseguia acreditar que ele havia morrido...por amor a ela. As lágrimas escorriam pela sua face enquanto acariciava o rosto pálido de Lúcio Malfoy.
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- Padrinho... – murmurou ela chorando ainda mais, sabia que ela não estava vivo, mas mesmo assim começou a dar leves tapinhas no ombro de Lúcio. - ... acorde, por favor.
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Draco correra até Lúcio e Isabella, ajoelhou-se ao lado da garota. Estava perplexo. Via nitidamente em sua mente a imagem de seu pai soltando-o e correndo em seguida em direção Isabella, ser atingido pela maldição imperdoável e tombando no chão imediatamente.
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Voldemort e os Comensais da Morte estavam completamente surpresos. Jamais passara pelas cabeças deles que Lúcio Malfoy daria a prórpia vida para salvar sua afilhada Isabella Lestrange. Mas uma coisa o Lord das Trevas sabia, ele havia perdido um de seus melhores seguidores.
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- Vamos embora. – ordenou Voldemort para os Comensais, ele tinha plena consciência de que não seria apropriado ficar em Hogsmeade naquelas sircunstâncias.
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Voldemort foi o primeiro a aparatar. Em seguida, um a um do Comensais foram aparatando. Eles haviam ido para Hogsmeade esperando uma batalha que ficaria na história, iriam matar qualquer um que entrassem em seu caminho. Mas infelizmente a morte de Lúcio Malfoy havia surpreendido a todos.
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Draco e Isabella não estavam nem aí com os Comensais e Voldemort. Esses covardes que aparatassem e fugissem. A única coisa que lhes importava agora era Lúcio. Ambos sofriam demais. Era definitivamente uma grande perda.
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O loiro sentia os olhos marejarem, mas não derramara nenhuma lágrima. Sentia uma luz apagar-se dentro de si mesmo, deixando-o na escuridão. A ausência de alguém que partiu...o contraste da presença do pai na vida dele o fazia sentir sua ausência naquele momento.
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Aos poucos, ia acomodando-se dentro dos corações de Draco e Isabella o desconforto da ausência de Lúcio Malfoy. Sabiam quem em breve aquilo daria lugar para a saudade, as boas e más lembranças. Assim como estavam cientes também de que aquele homem existiria apenas em suas memórias.
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- Não vou faltar com a promessa pai...não vou... – murmurou Draco sentindo uma dor insuportável dentro de si mesmo.
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Isabella fechou os olhos de Lúcio lentamente, mais lágrimas escorreram por sua face, pois jamais veria novamente o brilho dos olhos de seu padrinho. Segurou firmemente a mão de Lúcio, com sua outra mão, apertava contra o próprio peito o pingente do colar Malfoy. Uma brisa morna tocou-lhe a face, acalmando-a aos poucos. Parecia ser a presença de seu padrinho. A garota enxugou as lágrimas, mas em vão, pois muitas outras continuavam a escorrer por seu rosto.
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Enquanto isso, na entrada do Três Vassouras...
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- Profª Minerva, o que estamos dizendo é verdade. V-Voldemort está no Bosque da Perdição com os Comensais! – exclamou Hermione desesperada.
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Harry, Rony e Hermione haviam encontrado a Profª McGonagall e Hagrid saindo do bar. Contaram rapidamente o que estava acontecendo, e enquanto contavam, Snape se aproximava, escutando tudo.
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- O que está dizendo Granger?! – perguntou Snape.
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- Professor, não há tempo para explicações agora! Precisamos ir ajudar Isabella! – disse Harry exaltado.
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O trio foi seguido por Hagrid e Snape. Minerva tinha ficado no povoado para levar os alunos de volta para Hogwarts. Quando os cinco chegaram no bosque, depararam-se com Draco e Isabella ajoelhados ao lado do corpo de Lúcio Malfoy.
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Hermione tapou rapidamente a boca para abafar o gritinho, sabia que Malfoy estava morto. Harry estava aliviado em ver Isabella viva, não se perdoaria se algo de ruim acontecesse com ela. Aproximaram-se mais, chamando a atenção do casal.
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- Levanten-se depressa. – disse Snape olhando ao redor, com a varinha empunhada caso havesse algum Comensal da Morte por perto.
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Isabella queria ficar ali, mas sentiu Draco erguê-la lentamente. O loiro enlaçou-a pela cintura com os braços enquanto a garota apoiava a cabeça em seu ombro.
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- Vamos voltar para a escola, imediatamente. – ordenou Snape.
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Hagrid pegou o corpo de Lúcio sem a menor dificuldade. Harry jogara a sua Capa de Invisibilidade por cima do corpo imóvel do homem que fora um de seus inimigos durante anos. Hagrid começou a sair do bosque, seguido de Rony e Hermione.
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Harry olhara para trás. Viu Isabella chorando nos braços de Draco. Só de olhar já podia sentir que ela estava sofrendo demais. Sabia que Lúcio Malfoy fora como um verdadeiro pai para Isabella, ela mesma havia dito isso uma vez quando estavam conversando em uma noite perto do lago.
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- Vá logo Potter. – resmungou Snape.
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O garoto começou a sair do local, seguido por Snape. Logo atrás vinham Draco e Isabella. Hogsmeade estava praticamente vazia. Os alunos já haviam retornado para a escola. Alguns bruxos olhavam o grupo passar rapidamente pela rua.
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Ao chegarem no saguão de entrada do castelo...
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- Potter, Weasley e Granger, vão agora para a Sala Comunal da Grifinória. – ordenou Snape.
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Os três obedeceram. Começaram a subir a escada de mármore. Harry sempre olhando para trás, para ver se Isabella olharia para ele. Mas a garota não desgrudava de Draco. Respirou fundo e continuou subindo a escada para o sétimo andar.
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- O corpo de Lúcio Malfoy ficará na enfermaria. Vão para a sala comunal agora. Em breve irei até lá chamá-los. – disse Snape para Draco e Isabella.
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Hagrid rumou para a enfermaria e Snape para a sala do diretor. O casal rumou lentamente para as masmorras, ambos em silêncio. Cada um perdido em seus pensamentos e sofrimentos. Entraram na sala comunal da Sonserina. Os alunos notaram que Draco e Isabella estavam tristes.
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- Eu...vou para meu dormitório. Lavar meu rosto. – murmurou Isabella enquanto enxugava as lágrimas.
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- Tudo bem...eu, vou ficar aqui e ...esperar o Profº Snape vir nos chamar. – disse Draco com um pesar na voz.
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- Ok...eu, não vou demorar.
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Isabella virou-se e foi para seu dormitório. Fechou a porta atrás de si. Ficou com uma vontade descontrolada de deitar em sua cama e continuar a chorar, mas respirou fundo, buscando força para seguir em frente. Foi até o banheiro e lavou seu rosto. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar. Voltou até o quarto, foi até sua estante e pegou um vidrinho com um líquido branco.
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- Ah Narcisa...como eu queria estar do seu lado agora. – murmurou Isabella enquanto pingava uma gota do líquido em cada um de seus olhos.
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A garota piscou algumas vezes, o vermelho em seus olhos sumira instantaneamente. Repirou Fundo. Narcisa...precisava avisar a madrinha sobre o ocorrido. Não seria nada fácil para ela. Isabella lembrava-se claramente do amor intenso que Narcisa sentia por Lúcio, e vice-versa.
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Sentou-se em sua cama. Pegou um porta-retrato que estava na sua mesinha-de-cabeceira. Era uma foto de Lúcio e Narcisa, os dois estavam no jardim da Mansão Malfoy. O padrinho meneara a cabeça, num gesto de cumprimento e a sua madrinha acenara discretamente para ela.
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Isabella ficou com o olhar perdido por algum tempo. Recordava-se de seus momentos mais felizes que passara ao lado das pessoas que ela realmente considerava sua verdadeira família. Naquele instante, seu coração parecia ser pequeno demais para carregar tanta dor.
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Voltou a si de repente. Fitou mais uma vez a foto de seus padrinhos, em seguida recolocara o porta-retrato na mesinha-de-cabiceira. Levantou-se e arrumou-se rapidamente. Era apenas em sua família que pensava agora, nada mais.
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Não importava-se em ser expulsa de Hogwarts, nem em ser presa em Azkaban se fosse o caso. Ela ainda não havia parado para pensar em Voldemort ou em Harry Potter. Nem queria pensar nesses “problemas” agora. Saiu de seu dormitório e voltou para a sala comunal. A maior parte dos alunos que estavam ali fitaram-na curiosos.
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Isabella olhou ao seu redor. Viu Draco sentado em uma poltrona, afastado dos outros alunos. Caminhou lentamente até ele. Sentou-se em uma poltrona ao lado da poltrona em que o loiro estava sentado.
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- Snape ainda não apareceu? – perguntou Isabella fitando o namorado com atenção.
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Draco voltara a si. Não havia notado Isabella sentar-se ao seu lado. Estava tão perdido em seus pensamentos que nem ao menos havia escutado o que a garota havia falado naquele mesmo instante. Endireitou-se na poltrona e fitou Isabella.
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- Perdão, o que disse? – perguntou Draco com a voz amargurada.
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- Snape, ele ainda não veio aqui na sala comunal? – perguntou Isabella sem desviar o olhar de Draco.
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- Ah...não, ainda não... – disse o loiro num suspiro.
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- Deve estar conversando com os outros professores e Dumbledore. Não irão demorar para nos chamar. – murmurou Isabella tentando confortar a Draco e a si mesma.
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- Deve ser...
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O silêncio pairou sobre eles novamente. Nenhum aluno chegava perto de Draco e Isabella. Sabiam que algo de ruim havia acontecido. Notaram a aflição no olhar de Minerva McGonagall quando esta ordenara que todos os alunos voltassem para o castelo rapidamente.
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