Conversas...nada mais



Capítulo 28: Conversas...nada mais


Brian foi embora alguns instantes depois. Dumbledore foi até Narcisa.


- Eu suponho que a senhora prefira ficar aqui em Hogwarts enquanto a srta. Lestrange recupera-se. – disse Dumbledore calmamente.


Narcisa endireitou-se.


- Sim, é o que eu farei. Ficarei aqui na enfermaria...


- Pedirei para a Profª Sprout levá-la a um quarto. – disse Dumbledore enquanto se afastava e caminhava até Sprout.


Draco foi até a mãe.


- Eu vou ficar aqui com ela. – disse o loiro.


Madame Pomfrey havia escutado o comentário e já foi protestar.


- Sr. Malfoy, a srta. Lestrange já está completamente fora de perigo. Ela precisa descansar e é provável que só acorde amanhã pela manhã. Sendo assim, não é necessário que o senhor fique aqui.


- Ela está certa Draco. – disse Narcisa. – Pode ir, tome um banho. Você também precisa descansar.


- Mas mãe...


- Sem mas, Draco. Vá. Você está com uma aparência cansada. Descanse essa noite.


O loiro saiu a contragosto da enfermaria. Queria passar a noite ali, ao lado de Isabella. Rumou de volta para as masmorras e foi até a sala comunal da Sonserina. Mais uma vez os alunos o observaram atentamente até que ele entrasse no dormitório.


Narcisa estava sentada em uma cadeira, próxima a cama de Isabella. A enfermaria estava se esvaziando aos poucos. Logo, ela era a última visita que estava ali. A Profª Sprout aproximou-se silenciosamente da loira.


- Sra. Malfoy, o horário de visistas se esgotou. Me acompanhe até o seu quarto.


Narcisa concordou com a cabeça e levantou-se. Cobriu Isabella carinhosamente e saiu da enfermaria no encalço da professora. Enquanto andava, olhava tudo atentamente. Cada parte daquele castelo lhe trazia uma lembrança, algumas não tão boas...e as outras eram de Lúcio.


***


Isabella abriu os olhos lentamente. A luz do sol iluminava toda a Ala Hospitalar. Piscou duas vezes. Estava sentindo uma leve dor de cabeça. Tentou levantar-se, mas por estar fraca, não conseguiu, permaneceu deitada. Havia vários alunos na enfermaria. Alguns estavam recebendo auta de Madame Pomfrey.


A garota fitou o teto por alguns segundos. Em seguida, chamou a enfermeira. Esta caminhou até Isabella rapidamente.


- Não tente se levantar srta. Lestrange. Ainda está fraca.


- E com uma dor de cabeça bem chatinha... – murmurou ela num suspiro.


- Hum...Eu já volto.


Isabella assentiu suavemente com a cabeça. Observou a enfermeira ir até sua mesinha repleta de frascos e voltar até sua cama rapidamente, segurando um pequeno frasco com um líquido amarelado.


- Beba..Irá fazer a dor de cabeça passar. – disse Madame Pomfrey entregando o frasquinho para a garota.


A enfermeira ajudou Isabella a sentar-se na cama, ficando recostada nos travesseiros. Ela bebeu a poção em goles longos e em seguida devolveu o frasquinho vazio para Madame Pomfrey. Esta afastou-se para ver um aluno do quarto ano que estava com uma fratura na perna.


A porta da enfermeria abriu-se pela décima quinta vez em cinco minutos. Dessa vez, entraram por ela Narcisa e Draco. Já não havia mais nenhum vestígio de briga no loiro. Ao verem Isabella acordada, respiraram aliviados e foram até a garota. Esta estava surpresa com a presença da madrinha.


- Isabella... – sussurrou Draco abraçando-a.


A garota retribuiu o abraço, mas com um pouco de dificuldade. Ficaram abraçados em silêncio por alguns instantes. O loiro queria senti-la para constatar de que não era uma miragem...que ela relamente estava ali e estava sã e salva. Ao soltá-la, foi a vez de Narcisa abraçá-la.


- Que bom que já acordou. – murmurou Narcisa.


- É bom ver você, madrinha.


Narcisa soltou-a. Ela e Draco ficaram em pé, próximo a cama.


- Bem, eu preciso ir embora agora...mas antes quero falar com vocês dois. – disse Narcisa.


- Sobre o que, mãe?


- Que fique bem claro que nenhum membro da família Malfoy nunca mais terá nenhuma ligação com Voldemort. E você, Isabella, faz parte da nossa família, portanto, isto vale para você também. – disse Narcisa séria.


- Isso está bem claro madrinha.


- Para mim também. – falou Draco.


- Voldemort já nos trouxe sofrimento demais. Nos tirou Lúcio...e...quase nos tirara Isabella. Acabou. – sussurrou Narcisa.


Draco abaixou a cabeça. Sempre que se lembrava do pai sentia uma dor dilacerar seu coração. Ele nunca lhe dera muito carinho, as vezes quase nenhum...mas Draco sentia-se amado. Aquilo era o bastante.


- Agora eu vou indo. Nos vemos na mansão no dia 1 de julho. – disse Narcisa.


Ela despediu-se de seu filho e de sua afilhada e em seguida partiu do castelo.


Draco sentou-se na beirada da cama em que Isabella estava.


- A Pomfrey já falou quando você vai ter auta? – perguntou o loiro.


- Não. E eu nem perguntei. – respondeu Isabella.


- Eu já volto. Irei conversar com ela. – disse Draco descendo da cama e indo até o outro canto da enfermaria.


Isabella observou o namorado conversar com Madame Pomfrey. Não demorou muito para voltar. Ele sentou-se novamente na beirada da cama.


- Então? – perguntou Isabella ansiosa.


- É provável que fique aqui por uma semana. – disse Draco desanimado.


A garota arregalou os olhos.


- Mas a final de quadribol é no dia 10! – exclamou ela.


- Eu sei Isabella. Mas ela disse que você precisa se recuperar. E eu também prefiro que você fique aqui. Não quero que jogue a...


- Eu não estou incapacitada Draco...


- Você não está em condições de jogar Isa. – disse Draco calmamente.


- Mas...mas...quem é que vai me substituir?!


- Irei arranjar algum artilheiro. Não precisa se preocupar.


Isabella respirou fundo. Aconchegou-se na cama. Estava chateada por não poder jogar. Ainda mais sendo a final. Draco notara que a namorada não estava nem um pouco feliz por causa daquilo, mas era para o bem dela.


O loiro passara a manhã na enfermaria, para fazer companhia para Isabella. Quando a sineta tocou avisando o início do almoço...


- Preciso ir almoçar. Volto daqui a pouco. – disse Draco e em seguida deu um selinho na garota.


Quando Draco saiu, Isabella aproveitou para tomar um banho rápido. Ao sair do banheiro que havia no fim da ala hospitalar, avistou Harry. O moreno estava sentado na cadeira próxima a sua cama. Ele caminhou até ela.


- Deixa eu te ajudar. – disse Harry pegando a mão de Isabella, e a fez apoiar-se nele.


- Eu estava mesmo querendo falar com você...Harry... – disse Isabella enquanto deitava-se em sua cama, com a ajuda de Harry.


O garoto sorriu ao ouvi-la chamá-lo pelo primeiro nome.


- Eu te devo um trilhão de desculpas. – disse Harry.


- Mais. – sussurrou ela divertida, fazendo-o sorrir sem graça.


- É...eu sei... E também quero agradecer...por tudo o que fez por mim Isa.


Isabella fitava o jardim através da janela.


- Não venha puxar o meu saco, vai estragar o meu repouso. – disse ela rindo levemente.


Harry acariciou a mão dela carinhosamente.


- Eu preciso ir almoçar agora. Venho te visitar depois.


- Certo.


Harry despidiu-se dela e saiu da enfermaria, com um peso a menos nas costas. Madame Pomfrey levou uma bandeja até Isabella. Era sopa de ervilhas. A garota torceu um pouco os lábios, não gostava muito de sopas, mas acabou tomando a sopa.


Enquanto tomava a sopa, ficara pensando no que havia ocorrido momentos antes. Ela havia desculpado Harry, não sabia bem porque. A verdade é que talvez ela nunca soubesse. Mas havia uma vozinha em seu subcosciente dizendo que desculpá-lo era o certo a fazer...e foi o que ela fez.


Draco voltara para a enfermaria vinte minutos depois. Ele estava com sua mochila. Colocou o biombo ao redor da cama da namorada.


- Pra que a mochila? – perguntou Isabella erguendo uma sobrancelha.


- Trouxe umas coisas para você.


- E para que o biombo?


- Para ficarmos mais à vontade. – respondeu Draco com simplicidade.


Isabella riu divertida. Chamou-o para aproximar-se e o beijou apaixonadamente.


- Estava com saudade dos seus lábios. – murmurou Draco entre o beijo.


Após pararem de se beijar, Draco tirou da mochila algumas coisas que trouxe para Isabella e colocara na mesinha que havia ao lado da cama.


- O Harry veio me ver. – comentou Isabella.


Draco prendeu a respiração ao ouvi-la dizer o nome do “cicatriz”. Fingiu não ter escutado, continuou colocando as coisas na mesinha.


- Eu o desculpei.


Dessa vez, o loiro deixara cair a caixa com três sapos de chocolate no chão. Respirou fundo e abaixou-se para pegar. Recolocou-os na mesa e virou-se para Isabella.


- Não gosto do jeito que ele olha pra você, não gosto do jeito que ele fala com você. Odeio o jeito como você fala dele e me enojo ao ver o jeito que você olha pra ele. – disse Draco rapidamente, num tom muito grosseiro.


- Eu apenas estou te informando. Agora, se você vai ficar falando desse jeito c...


- Desculpe..Eu não devia ter falado daquele jeito. – murmurou Draco num suspiro. – É que...


Isabella segurou uma das mãos de Draco. Compreendia o ciúme que ele sentia. Sabia que se estivesse no lugar dele iria sentir a mesma coisa.


- Ok. Deixa pra lá.


- Não...deixa eu falar.


A garota sentou-se na cama, recostando-se nos travesseiros. Draco sentou-se na cama, ao seu lado, ficando de frente para ela. Segurou as duas mãos da namorada.


- Tenho medo de te perder. Ontem...quando eu vi você quase morrendo em meus braços... Merlin sabe o quanto eu queria que aquilo estivesse acontecendo comigo e não com você. . – sussurrava Draco olhando fixamente nos olhos de Isabella. – Perdi meu pai. Se você não estivesse do meu lado, não sei se conseguiria suportar isso tão fácil. E se eu tivesse te perdido ontem..eu não sobreviveria.


Isabella ficou com os olhos marejados.


- Draco...


- Não. Você deu um sentido na minha vida que eu nunca pensei ter. Me deu um motivo enorme para continuar vivendo...sendo uma pessoa melhor do que eu era. – confessou Draco. – Era isso o que eu queria te contar...naquele dia, na cabine do trem...quando estávamos vindo para cá.


Isabella não desviava o olhar dos olhos de Draco.


- Sabe...eu não preciso mais que me falem que existe um Paraíso no céu...Basta olhar você e eu acredito...E...enquanto você me fizer sorrir, eu vou estar do seu lado. Eu te prometo isto. – disse Draco e em seguida beijou as duas mãos da garota.


Isabella puxou-o para perto de si e o beijou, um beijo repleto de amor e paixão. Draco ficou a tarde inteira com ela. Foi o último visitante a deixar a enfermaria.


***


Os dias foram se passando. Isabella recuperava-se aos poucos. Sempre recebia visitas de Draco, Harry, Rony e Hermione. E todas as manhãs acordava com uma pilha de presentes de pessoas que ela não conhecia, mas que a admiravam pelo o que ela fizera por Harry Potter.


Na manhã do dia 8 de junho, Madame Pomfrey dera auta para Isabella. Mas a avisou de que ela não poderia jogar mesmo assim no dia 10. A garota tentou convencê-la de que estava com condições perfeitas para jogar, mas em vão.


A garota queria chegar cedo no dormitório de Draco, para fazer uma surpresa. Haviam poucos alunos acordados àquela hora. Entrou apressada na sala comunal da Sonserina, esta aestava deserta. Caminhou calmamente até o dormitório de Draco. Fechou a porta sem fazer nenhum ruído.


Isabella olhou diretamente para a cama, mas esta já estava vazia e arrumada. Ouviu o som do chuveiro. Sorriu maliciosamente. Despiu-se tranqüilamente e deitou-se de bruços na cama do loiro.


Dois minutos depois, Draco saiu do banheiro, enrolado em uma toalha preta. Ao ver Isabella, sentiu o coração desparar. Observou-a atentamente. Estava tão linda.


- Recebeu auta antes do previsto. – comentou Draco deixando a toalha escorregar até o chão.


- É. Vim fazer uma surpresinha para você. – sussurrou ela sorrindo marotamente.


Draco foi até a cama. Isabella virou-se, ficando de barriga para cima. O loiro logo encaixou-se entre suas pernas. Começou a beijar os lábios dela ardentemente.


- Adorei a surpresa. – murmurou ele entre o beijo.


- Que bom...


Draco, enquanto a beijava, acariciava um dos seios de Isabella. Esta, arranhava com suavidade as laterais do corpo do loiro. Ambos estavam com sede um do outro. A garota ficava roçando suas coxas nas do namorado, instigando-o a penetrá-la.


O loiro a penetrou lentamente, alguns segundo depois. Começou a estocá-la, arrancando gemidos de puro prazer de Isabella. Queria sentir-se dentro dela novamente, como antes.


Se alguém perguntasse a Draco Malfoy ou à Isabella Lestrange o por que valia a pena viver, a resposta seria: Por ela...e vice-versa...

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