Gold Place



Capitulo sete – Gold Place

- Nossa! Como estou nervoso! – disse Rony mostrando as mãos que tremiam levemente e suavam excessivamente.

- Calma Rony. Lupin já vai nos levar. – Acalmou Hermione sempre paciente.

- Como vocês acham que são as reuniões da “Ordem”? – perguntou Harry tentando puxar papo.

- Além de serem secretas. Não sabemos mais nada. – respondeu Hermione secamente, algo que foi percebido por todos.

- Mione o quê foi? – perguntou Rony. – Por que ta agindo assim com o Harry?

- Se você soubesse por que Gina terminou com Harry, você nunca mais falaria com ele. – cochichou calma para Rony enquanto jogava olhares nada simpáticos para o apanhador da Grifinoria.

- E por que eles terminarem? – perguntou curioso à garota, mas ela fez pouco caso assim como Harry.

- Segredo. – disse passando dois dedos na boca como se estivesse fechando um zíper.

- Harry? – perguntou agora o encarando. Não que fosse curioso, mas já que a noticia estava ali e ninguém ainda não o havia contado nada.

- Você não perguntou primeiro para ela? Se ela não falou não vou ser eu. – disse Harry acenando com desprezo para Hermione. Rony fechou a cara e decidiu que ficaria assim até alguém lhe contar o motivo.

- Garotos! Podemos ir? – perguntou Lupin entrando na cozinha da Toca. – Já tratei uns assuntos com o Sra. Weasley.

- Que assuntos? Agora que somos da “Ordem” deve nos contar. – exigiu Hermione. Ela estava um pouco diferente nos últimos dois dias, e Harry não era idiota de não perceber. Algo havia mudado a garota.

- Isso não tem nada a ver com a “Ordem”. Que você quer mesmo saber. –Hermione fechou a cara, Rony não conseguiu evitar um sorriso de deboche junto com Harry, sendo logo repreendidos pela mesma.

- Vamos logo. – Rony virou para Lupin como quem pedisse para ir embora da casa fantasma. – O clima aqui está pesado.

Lupin consentiu com a cabeça e fez sinal para seguirem-no.

- Vamos de “Chave de portal”. Depois que conhecerem o local iram apartando. – disse ele como se repassasse um plano de guerra.

- Achei que íamos de “Pó de flu”. – disse Rony enquanto pensava nos momentos ruins aos quais estava para sofrer.

- A casa é protegida contra intrusos. Se entrássemos na lareira é dissemos o local... – disse passando um dedo no pescoço. – Nunca mais sairíamos dela. –

Todos deram um leve pulo para trás, principalmente Rony, pois se bem o conhecia Harry poderia jurar que ele tentaria ir assim nas vezes seguintes.
O ex-professor pegou uma caixa no bolso e a abriu. Dentro havia uma escova de cabelo velha e suja, muito suja o que rendeu nojo a Hermione. Levitou-a pondo sobre a mesa. Todos colocaram o dedo indicador sobre ela.
Hermione sobre protesto.

- “No doze”. – disse olhando o relógio com toda paciência já esperando a horrível sensação.

- Por que não “no dez”? – perguntou Rony querendo discordar mais uma vez do antigo professor. Ele estava virando um perito nisso.

- Oito sete... – todos puseram as mãos sobre a escova. – seis, cinco, quatro... – Hermione fez menção a retirar sue dedo sobre a escova alegando nojo, mas desistiu. – três, dois, um e já.

Harry teve a sensação de que um gancho dentro do seu umbigo fora irresistivelmente puxado para frente. Seus pés deixaram o chão; ele sentiu Rony e Hermione de cada lado, os ombros se chocando chegando a machucar; todos avançavam vertiginosamente em meio ao uivo do vento e ao rodopio de cores; seu dedo indicador estava grudado na bota como se esta o atraísse magneticamente para frente, e então... Num enorme baque Hermione caiu sentada sobre sua barriga; enquanto a “Chave de portal” caia ao seu lado num enorme estrondo.

- Mione! – chamou Harry reunindo todo ar a sua volta na tentativa inútil de respirar.

- Que foi? – perguntou enquanto erguia a varinha pronta para qualquer indicio de risco.

- Sabe! Eu não me importo de ficar no chão. Mas e que ta frio e molhado. –Hermione levantou em meio a risinhos abafados e um “desculpa” extremamente baixo.

Harry ergueu ajeitando a roupa, mas não pode evitar molhar mais da metade de sua roupa no chão que sofrera chuva há pouco. Algo que mostrava certa distancia da casa dos Weasley, pois lá não chovera uma única vez enquanto estava lá.

- Venham logo. – pediu Lupin enquanto sua varinha seguia para todos os lados da rua, esta aos poucos foi acabando e por fim terminava sem casa nenhuma na proximidade.

- Ai que entramos? – perguntou Rony. - No cruzamento da “Rua do nada” com a “Avenida da coisa nenhuma” - todos riram inclusive Lupin que deveria estar atento a qualquer coisa.

- Não. Cada um vai ler um pedaço de papel... – mas Hermione o interrompeu.

- Como no “Grimmauld Place”? – disse sempre prestativa.

- Sabe que eu diria esta mesma coisa se não me interrompesse? – disse com um sorriso singelo enquanto lançava um papel à mão de Harry. Este não sabia por que, mas se sentia seguro o bastante para não erguer a varinha.

Abriu o singelo e velho papel e pode ler.

“A nova sede da ‘Ordem da Fênix’ se encontra na rua ‘Gold Place 411’, Manchester”.

E tal qual já fizera uma vez, Harry se concentrou no endereço e pode ver surgir a sua frente uma casa bem luxuosa, quase uma mansão.

- Sua casa Lupin? – perguntou Harry impressionado, sempre imaginou que Lupin ostentasse uma pequena fortuna, pelo menos desde quando o vira numa das lembranças de Snape na qual o garoto se vestia muito bem.

- Sim, bonita, não? – perguntou a Harry envergonhado. – A nova sede seria em “Godric's Hollow”. Sua antiga casa. – O coração de Harry deu um pulo. – Mas não nos sentiríamos bem... – não quis completar a frase. – Em “Grimmauld Place” lembraríamos de Sirius... –interrompeu novamente. Era melhor não dizer nada.

- Bom vamos entrar logo. – sugeriu Hermione aflita a rua.
A casa estava cheia havia Tonks, Moody, Shacklebolt (que não estivera no casamento de Fleur e Gui), Doge, Diggle, duas pessoas que Harry não conhecia e o Sr. Diggory.

- Boa noite. – cumprimentou cada um deles. Harry retribui com um aceno de cabeça. Lupin fez menção para irem para outro cômodo. Hermione foi à frente e Harry a seguia quando puxaram seu braço. Harry se virou e viu uma moça com aparência cansada (Todo mundo andava assim), mas ainda sim jovem; era loira dos olhos azuis, muito bonita por sinal. Lupin passou por eles e ao encará-la lançou-lhe um sorriso envergonhado. Algo que não passou despercebido por Tonks que logo tratou de entrar no mesmo cômodo.

- Há quanto tempo não o vejo. – disse serena, mas ainda assim muito aflita, não parecia se sentir bem ao olhar Harry.

- Você me conhece? – perguntou calmo, pelo menos ele deveria ser assim, pois a mulher tinha aumentado em muito sua respiração que ficava cada vez mais intensa. O suor começara a surgir perto dos lábios da moça, ela estava prestes a ter um ataque.

- Desculpa. – pediu a moça sem graça com a voz embrulhada. – Não me apresentei. Nem deveria, você deveria me conhecer se... – mas a frase congelara a mulher que estava prestes a cair em pranto, Harry tentou olhar para os lados a busca de ajuda, mas ninguém estava ali para socorrê-los. - Sou Marcela Félix, estudei com seus pais, mas do que estudava. Oh, Deus! – dizia ela enquanto chorava, o garoto simplesmente não sabia o que fazer a mulher estava tendo um ataque a sua frente. – Desculpa... – pediu chorando enquanto alguém a chamava dentro de uma das salas.

- Não, não tem problema. – ela sorriu enquanto os outros membros voltavam a aparecer. Aos poucos ela parecia ir melhorando.

- Alguém já te disse que parece com seu pai. – pausou ela com um sorriso em meio a mais uma lágrima. - A exceção de...

- Meus olhos que parecem com os de minha mãe. – ela deu um pulo leve e se permitiu sorrir de novo.

- Já deve ter ouvido muito vezes?

- Não imagina quantas. –disse constrangido.

- Você também deve ter visto por algumas fotos que lhe mandei em seu primeiro ano. – disse ela já quase voltando às lágrimas.

- Foi você?

- Tenho muitas outras. Um dia desses lhe mostro. – olhou para a cicatriz de Harry e não evitou uma lágrima. Depois o olhou por inteiro. – E incrível eu poder te ver com dezessete anos e enquanto seus pais não o viram ao menos com dois. – agora ela realmente não conseguira se segurar e estava descontroladamente histérica. – Agora tenho de ir. – pediu logo sumindo numa das salas, não sem antes dar um beijo extremamente molhado numa das bochechas de Harry.

- Tudo bem! – disse Harry com o coração fraco. A senhora parecia bem triste ao relembrar de seus pais, mas...
Então como um lapso lembrara da onde a vira. Ela estava numa das lembranças de Snape, sempre perto de Lílian, com o mesmo cabelo loiro escuro de quase vinte anos atrás.

Harry continuou a seguir o caminho que Hermione percorrera. Mas parou a ouvir um suspiro atrás de si. Quase empunhando a varinha o garoto se virou.

- Rony você estava ai o tempo todo? – perguntou envergonhado, apesar de ser Rony, seu irmão.

- Claro. – disse olhando pelo lado por qual Marcela saíra.

- Vamos para a sala. – pediu ainda corado.

- Claro. –disse agora de frente para Harry.
-------------------------------------------------------------------------------------------

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.