Capítulo Único



Don’t Wake me Up


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Porque, baby, estou amando, e não quero nunca mais parar.

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Dizem que o amor perfeito é um sonho, e que ele não existe. Dizem que não tem como duas pessoas se amarem TANTO ao ponto de conseguirem ter uma convivência pacífica até a “eternidade”, se isso fosse possível, porque as pessoas são muito diferentes e elas precisam respeitar o espaço uma das outras.

Eu acho isso uma grande besteira.

Eu pedi a mão da minha mulher com dezoito anos. Esse gesto ficou interpretado por todos como uma certeza absoluta do que eu estava fazendo, e eu estava fazendo aquilo com certeza absoluta SIM. Eu queria me casar com aquela menina-mulher mais do que qualquer outra coisa que eu já quis na vida. Mais do que ser auror. Mais do que matar Voldemort. Eu a queria e apenas queria a ela naquele momento em que eu me ajoelhei no meio da minha apresentação de orador da formatura do Sétimo Ano de Hogwarts, pedindo ela em casamento na frente de todos que um dia chegaram a acreditar que eu era o tipo de cara quem não se casaria nunca porque compromisso é a ultima coisa que eu iria querer com uma mulher. Bem, com Lily eu não queria apenas compromisso.

Eu queria presença, amizade, risadas, momentos. E ela me deu cada uma dessas coisinhas, desses detalhes importantes, com tamanha naturalidade, que ela faz com que o amor que eu sinta hoje por ela seja maior do que o que eu senti ontem e menor do que o que eu sentirei amanhã. Ela tem uma risada apaixonante, um olhar apaixonante, um beijo maravilhoso... Ela consegue, com gestos pequenos e diários, como me servir café da manhã na cama, com meu Profeta do Diário e meus óculos, me beijar sempre que um silêncio aparece, ter sempre um assunto na ponta da língua, manter a chama acesa. Ela não consegue ser... Enjoativa, sabe? Ela me surpreende dia após dia com algo novo, com segredos e com declarações pequenas, mas freqüentes. Coisas pequenas, como “você é meu melhor amigo” ou “eu não sei como faria isso sem você, amor”. Você sabe, aquilo que dizem que o tempo destruirá graças a rotina.

Rotina.

Essa é a palavra que eu estava procurando. A gente não cai numa rotina. Ela não quer, e eu não deixo, e isso faz acontecer. Por que é assim: o que ela quer, eu faço, e isso para mim é mais que uma obrigação, é uma promessa.

No dia do nosso casamento. Eu estava todo nervoso, e só me acalmei quando meus olhos encontraram os seus; tão serenos. E você podia não estar falando nada naquele momento, mas seus olhos me sussurravam palavras de amor, de calma e de desejo. Lily Evans me hipnotizava de uma maneira que eu poderia considerar até má, mas não com ela. Ela me hipnotiza, mas para cuidar de mim. Ela tem um amor tão maternal e constante, que eu não sinto medo de nada quando estou perto dela. Só fico com vontade de protegê-la, dia após dia.

E você exibia um sorriso tão natural, como se nós casássemos todos os dias. Mas ai eu percebi porque você exibia aquele sorriso tão seu, porque você não chorou no nosso casamento, e porque você sussurrava “eu estou com uma enorme vontade gargalhar agora” apenas para mim nos discursos dos padrinhos e das madrinhas. Porque aquele casamento era uma coisa tão óbvia e tão vivida diariamente, até mesmo quando nós éramos apenas noivos. E nosso noivado nem foi tão longo, dois meses, mas nós queríamos dividir uma casa já, queríamos cair na nossa rotina. Aquela rotina doce com manias piegas e nojentas, segundo o meu padrinho, mas que me dava animo pra ir ao Ministério toda a manhã. Acordar e a primeira imagem que me aparece logo de manhã é a mulher da minha vida, que eu amei desde os meus quinze anos, olhando para mim, sorrindo sapeca. Eu perguntava “o que, tem alguma coisa estranha no meu rosto?”, e você dizia “só você por completo”, e me dava um beijo calmo e apaixonado. Separava de mim, me entregava meu café da manhã na bandeja (você sempre alterava o café da manhã, e eu gosto de tudo o que você prepara pra mim, porque é de coração) e dividia tudo comigo, sentada do meu lado ou deitada no meu colo, conversando e me fazendo rir, me deixando de bom humor logo de manhãzinha.

Com ela não é só amor, é amizade. Eu posso conta tudo, tudo o que acontece comigo que ela não desconfia. Ao contrário, ela me pergunta tudo que um amigo de verdade deve perguntar, me fala palavras de consolo e se tiver que chorar comigo ou por mim, ela chora. Porque um amor só é verdadeiro em dois casos. O primeiro é de que ele tenha nascido de um casal de melhores amigos. O segundo é que ele se desenvolva até que os dois se tornem melhores amigos e confiem um no outro mais do que em qualquer pessoa no mundo todo.

Isso é amor verdadeiro, e nenhum ditado ou música vai mudar o que eu penso, porque eu não só digo como eu tenho como provar. É só dar uma olhada no meu cotidiano com a minha esposa, Lily Potter, a mulher mais linda, esperta, inteligente, bondosa, caridosa de todo o planeta. Mas a minha maior prova é o pequeno ser que está sendo protegido e alimentado dentro do útero da minha esposa faz sete meses. Se depender do amor que nós dois sentimos por esse... Projeto de ser humano, essa criança não vai morrer nunca, nunca, e vai provar para os poetas que o amor pode durar mais que a vida das pessoas quem se amam. Porque eu sei, eu sinto que o amor que eu sinto pela Lily ficará marcado na historia e fará pessoas acordarem e falarem para si mesmas “hey! Aquele cara descabelado amou a esposa até o ultimo segundo da sua vida, e olha para eles agora. Olha para o FILHO deles AGORA”.

Eu sei lá. Eu acho que o amor é uma coisa que não acontece com todo mundo, e infelizes são aqueles que nunca amaram de verdade. É como diz aquele ditado famoso (e verdadeiro): “Ainda que eu falasse a língua dos homens, e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria”.

Se amar é um sonho? Então não me acordem. Porque eu estou amando, amando de verdade, amando uma pessoa que me ama igualmente e que me trata como merece ser tratada, e eu não quero parar nunca.

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Eu leio essa fic e fico com vontade de ter um namorado /DOUGIECOFCOF/

E ela pode ser curta, mas eu escrevi do coração, e não querendo apenas mostrar para vocês o que eu acho que foi o romance dos Potter, mas o que eu imagino sendo amor de verdade, a minha mensagem, e aquilo que eu espero sentir um dia tão puramente como Lily Potter sentiu. E ser retribuída, CLARO.

Ah, eu vou dormir, essa fic apareceu do nada na minha cabeça de madrugada e eu vim correndo digitar ela. Eu estava assistindo Late Show with David Letterman (WHAT YOU THINK ABOUT THE CANDIDEEEETS! IAUOIAUOIAUA), rindo horrores de piadas sobre a Lindsay-Odeio-Lohan, e isso me veio na cabeça.

Opa, o David tá imitando o Bush, TCHAU!

ANINHA DON’T WAKE ME UP GOOBER (L)

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