Amores Adolescentes



Severo Snape estava no Salão Principal, almoçando a um canto sozinho e lendo um livro ao mesmo tempo.

- Bom dia, Ranhoso! Olhe como ele é estudioso, Sirius! Nem pára para comer, está sempre estudando! E mais: ele é tão estudioso que nem matéria da escola é!

Sirius Black e Tiago Potter riam e zombavam de Severo, que permanecia indiferente às zombarias de seus colegas.

- Que é isso, Ranhoso? Que feio ignorar seus melhores amigos! – Falava Potter do jeito mais humilhante que era capaz.

- Deixem-me em paz... – pediu Snape baixinho e com frieza, sem se mexer.

- Ora, Ranhoso! Não nos dispense, somos seus melhores amigos! Fique feliz por darmos atenção para você, pois nem isso seu pai lhe deu! – e ria seguido de Black.

Snape levantou-se bruscamente, olhando diretamente nos olhos de Potter, quase saindo faísca de tanto ódio.

- Parem, vocês três! – era Lílian Evans, namorada de Potter, que vinha apartar a briga. – Que vergonha! Com esse tamanho, já com 17 anos, brigando feito crianças!

- E quem é você para me chamar de criança, sua Sangue-Ruim? – falou Snape com sua voz mais letal, virando-se para a menina, com ar ameaçador.

Potter agarrou Snape pela frente das suas vestes.

- Retire o que disse!

- Não vou retirar!

- Retire ou vai se arrepender!

E ainda fitando os olhos de Potter, Snape disse, com um sorrisinho no canto da boca:

- Você não me mete medo, Potter, seu desgraçado!

Potter jogou Snape para trás e foi em sua direção. Snape passava a mão pela sua nuca – havia batido a cabeça na quina da mesa da Grifinória. Ao chegar perto de Snape, Potter o agarrou novamente pela frente das vestes e lhe deu um soco no rosto, fazendo Snape ir mais longe ainda.

Caído e meio atordoado, Snape tentou tirar sua varinha, mas teve a mão chutada por Potter.

Já se formara uma roda de alunos em volta deles, e tudo isso acontecia aos gritos desesperados de Evans para que os dois parassem, e aos gritos da Profª. McGonagall que vinha correndo de longe.

- Levante-se, Ranhoso! O que há com você?! Parece uma garotinha de 6 anos de idade! Agora entendo o porquê de ser pai ter expulsado você de casa: você é um maricas idiota que não sabe se defender! Você é uma vergonha para a família Snape! Mas pena que não você nunca mais poderá fazer nada para dar uma alegria ao seu pai, pois ele está morto! E por sua culpa!

- CALE-SE! – berrou Snape levantando-se, mas McGonagall finalmente conseguiu entrar na roda e afastou os dois.

- Parem de brigar, os dois! Já para a minha sala!

Os dois seguiram um a cada lado da professora, sem se olharem, apenas emburrados e olhando para o chão. Logo chegaram.

- Que vergonha! Brigando feito trouxa!

- Profes…

- Quando eu lhe solicitar, aí o senhor fala, Sr. Snape – disse McGonagall com rispidez. – Esse comportamento foi totalmente fora dos padrões bruxos! – e acalmando um pouco a voz. – Agora sim poderão me dar justificativas. Fale você primeiro, Snape.

- E-eu… – e deu um olhar amedrontado a Potter, mas decidiu falar a verdade, por mais que isso lhe custasse. – Eu estava almoçando quieto no meu canto e ao mesmo tempo lendo um livro sobre… sobre…

- Artes das Trevas – completou a professora.

- É… – Snape estava totalmente sem jeito e se sentia sendo fitado com ódio por Potter. – E então Potter e Black vieram até mim e começaram a zombar do fato de eu estar estudando e comendo… e ficam a todo tempo me chamando de… por um apelido idiota.

- Prossiga.

- Bem... eu pedi que me deixassem em paz, mas eles não o fizeram. Então começaram a zombar de mim mais ainda. Eu fiquei com raiva e me levantei, e então a namorada dele… aquela Evans… ela tentou nos separar, mas eu no meu momento de ódio, a chamei de sangue-ruim. Então Potter me agarrou e me jogou, e continuou me batendo, sem me dar chances para me defender. E ele me ofendeu mais vezes, ele disse que meu pai me tirou de casa porque eu era uma vergonha para a minha família… e disse que eu fui o culpado da morte de meu pai…

- Muito bem, explique-se, Potter.

- Eu… – e olhou furioso para Snape e voltou o olhar para os pés – eu não tinha intenção de bater nele, mas ele ofendeu Lílian.

- Isso não é motivo, Potter! E por que cisma tanto com ele? Para que ficar xingando e zombando? O que a vida de Snape tem a ver com a sua? O que ele faz ou deixa de fazer só diz respeito a ele, assim como a vida familiar dele. E você, Snape – e desviou o olhar para ele –, pare com essa mania de xingar os outros de sangue-ruim. Ela, como Monitora-Chefe, tinha o dever de apartá-los e não merecia xingamentos! E os dois deveriam ter parado no momento em que ela lhes chamou a atenção!

- Mas professora, eu estava quieto no meu canto!

- Cale-se, Snape. Os dois acabam de perder 50 pontos cada um para a sua casa e os dois estão em detenção. Passarei vocês para o diretor de suas casas. Estão dispensados.

Os dois preparavam-se para levantar, quando McGonagall chamou-os novamente.

- Vá você primeiro, Potter, e chame Evans aqui. E você fique mais um pouco, Snape.

Potter lançou mais um olhar ameaçador para Snape e se foi.

- Snape, é meu dever como professora desta escola tirar pontos e dar detenções a alunos quando se metem em brigas ou qualquer outra coisa que não esteja dentro dos padrões, assim como desrespeitar regras dessa escola, mas eu sei que Potter teve muito mais culpa nisto do que você. Mas me diga a verdade… eu sei que no fundo você gosta de Lílian.

Snape, que olhava para a professora, abaixou a cabeça e ficou mirando seus pés.
- Eu não sei, professora… eu me sinto confuso quando estou perto dela. É algo estranho. Eu tenho medo que ela ou Potter percebam, então só posso fazer com que ela me odeie.

- Mas por que odiá-lo? Não podem ser só amigos?
- Eu não suportaria ser amigo dela… e eu não tenho amigos, a senhora sabe. Tenho que ficar longe dela.

- Tudo bem, eu entendo. Ao menos pare de xingá-la. Eu sei que ela não te odeia, mas ela já está com Potter.

- Eu queria que Lílian estivesse comigo, e não com aquele idiota do Potter que só se acha o tal e fica me azucrinando…

- O QUÊ?!

Snape olhou para trás e viu parada atrás de si a própria, aquela menina-mulher maravilhosa que tanto fazia seus olhos brilharem ao vê-la passar.

- E-e-eu… Evans, eu… espera…

Mas ela não deixou que terminasse, saiu correndo, deixando a porta aberta.

Snape olhou para a professora, que lhe lançou um olhar encorajador, e então ele saiu correndo atrás da amada.

- Evans! LÍLIAN! – e finalmente conseguiu alcançá-la e segurá-la pelo braço. – Por favor, Lílian, não me leve a mal! E-eu… por favor, não chora. Não quis ofendê-la. Eu nem ao menos sabia que estava ouvindo!

- Snape, está machucando meu braço.

- Oh! Ah, me desculpa! Por favor, não foge novamente. E-eu.… por favor me desculpa por tê-la xingado, mas eu não queria admitir os meus sentimentos, e então o jeito que achei de me defender, foi te atacando.

- Severo, você me xinga desde o primeiro ano, isso não faz mais diferença para mim. E eu sei que você não gosta de mim desde sempre… então esse não é o único motivo para me xingar. Você não gosta de mestiços e pronto. Mas eu não o culpo. Foi criado para pensar assim.

- É… é verdade. Mas eu te xingava sem nem ao menos parar para te olhar. Você é tão… linda, é uma bruxa excepcional, melhor do que muito sangue-puro. Mas por favor, eu preciso que me perdoe.

Evans abriu um leve sorriso:

- Claro que te perdôo, Severo. Mesmo você me xingando, eu sempre tive uma certa admiração por você. Mas eu gosto do Tiago, entende.

Snape olhou para o chão com ar de decepção.

- Claro, Lílian, eu compreendo… mas não aceito. Não consigo entender como pode gostar de alguém como ele…

- É, mas eu gosto. De qualquer forma… que ao menos possamos ser amigos.

Ele levantou a cabeça e abriu um leve sorriso; sua amada estava se demonstrando amiga, e isso era um avanço.

- Talvez… se Potter me permitir chegar perto de você.

- Ora, ele não manda em mim! E você está cheio de machucados. Venha, eu vou com você até a Ala Hospitalar.

- Por favor, não, Lílian. Eu detesto aquele lugar. Não se preocupe, eu sei me cuidar sozinho.

- Não seja tolo, não vou te deixar com esses cortes sangrando. Ao menos deixe-me cuidar de você. Vamos à sala da Profª. McGonagall, lá deve haver alguns curativos.

Os dois sorriram um para o outro e então foram juntos até a sala de McGonagall.

- Com licença, professora, mas o teimoso aqui não quer ir até a Ala Hospitalar, então eu mesma cuidarei dele. Importa-se se fizermos isso aqui? Sabe, Tiago pode querer arrumas mais encrencas.
- Claro, fiquem à vontade. Tenho alguns remédios para pequenos cortes naquele armário ali do canto. Podem pegar o que precisarem. Eu vou voltar para meu almoço.

Assim, saiu fechando a porta e deixando os dois a sós.

- Sente-se ali, Severo. Vou cuidar de você.

Snape sentia-se no céu; as mãos da menina eram leves, delicadas e macias, e ele não se importava com a dor dos machucados, apenas observava aquela menina tão preocupada.

- Ai!

- Ah! Desculpe, Severo. Mas esse remédio arde mesmo…

- Tudo bem, pode continuar.

Snape a observava carinhosamente, e ela pareceu perceber, pois olhou em seus olhos e lá mergulhou… mergulhou nos profundos olhos negros que seu amigo tinha, olhos muito sedutores e convidativos, assim como sua boca…

Evans largou os objetos de suas mãos, apoiou-se nos joelhos de Snape e se levantou. Ele também se levantou e agradeceu. Ficaram se fitando por alguns segundos. Severo não teve como evitar, por mais que quisesse: passou o braço por trás da cintura de Lílian e a puxou para um beijo longo e necessitado. Ela não teve como se defender daquele menino tão alto e forte, apenas se entregou – e gostou.

Quando as bocas se separaram, Snape fitou os olhos da amada e viu que eles estavam cheios de lágrimas. Na mesma hora se flagrou e soltou a menina.

- P-perdoe-me, Lílian… eu não pude evitar… eu… sinto muito…

Mas ela calou-o carinhosamente com o dedo indicador e lhe deu um beijo. Esse foi ainda mais ardente que o último.

- Não me importa mais nada, eu… eu acho que quero você… muito mais do que quero Tiago – disse ela sussurrando em seu ouvido.

Estavam ainda aos beijos quando a porta se abriu, e os dois se separaram num susto.

- Ah… perdoem-me… eu achei que já não estivessem mais aqui.. Logo a aula vai começar e eu precisava ajeitar minhas coisas.

Os dois coraram imediatamente, ficando da cor de um tomate.

- Imagina, professora! Desculpe-nos a senhora por estarmos invadindo assim a sua sala. – E voltando-se para Snape – Bom, agora temos aula juntos de Transfiguração. – Sorriram um para o outro e dirigiram-se os cada um para a sua mesa.

A aula inteira seria ótima, se não fosse pela desatenção de Snape; não conseguira prestar atenção em nada, ficava apenas observando sua amada no outro canto da sala.

- Estão dispensados! Evans e Snape, preciso conversar com os dois, fiquem por favor.

Potter olhou incrédulo para a professora, o que ela poderia querer com Snape e sua namorada àquela hora?

- Pode ir, Potter, quero falar apenas com os dois.

Ele ficou vermelho de raiva e saiu. Ainda não conseguia olhar nos olhos da professora depois da bronca.

- Muito bem, meninos. Pelo que me pareceu, os dois decidiram deixar Potter de lado. – Os dois se entreolharam e coraram. – E estou certa de que acabaram de arranjar uma bela briga com ele. E Snape, o senhor não prestou atenção em absolutamente nada de minha aula, o contrário de Evans, que terá o prazer de emprestar suas anotações, não é mesmo? – ela corou mais um pouco e afirmou que sim com a cabeça. – Ótimo. Agora podem ir, e tentem não arranjar mais brigas por hoje.

- Sim, senhora, professora.

Os dois saíram felizes, e cada um rumou para a sua torre, não sem antes trocarem mais alguns beijos.

Snape deitou-se em sua cama e ficou pensando em Lílian, nos beijos com os quais tanto tempo ele sonhava. O mesmo aconteceu com ela, mas não teve muito tempo para refletir, pois logo veio Potter perguntar-lhe o que a professora queria.

- Diga, Lílian, o que McGonagall queria com você e aquele Ranhoso?

- Nada, Tiago… é que sou Monitora-Chefe, você sabe, e eu tive que emprestar minhas anotações a ele, pois ele estava meio atordoado ainda e não prestou atenção em nada.

- Ele tem muitos colegas da casa dele! E você emprestou suas anotações para aquele Ranhoso?!

- Claro, Tiago! O que queria que eu fizesse? Ordens da Professora McGonagall. E eu não podia dizer não!

Saíam faíscas dos olhos de Potter, e ele estava rubro de tanta raiva.



Passaram-se três dias, e Lílian e Severo se comunicavam apenas através de olhares.

Lílian estava em sua sala comunal sozinha, olhando para a lareira; já passara da meia noite, estava sem sono, quando entrou uma coruja entrou pela janela aberta à sua direita, pousando no braço da poltrona e estendendo a perninha para que a carta fosse pega. Lílian pegou e viu ser de Snape. Abriu um largo sorriso e abriu a carta quase rasgando-a.



“Lílian, meu amor



Desculpe-me perturbá-la assim a essa hora, nem ao menos sei se está acordada. Mas se tiver disposição, por favor, venha me encontrar na Sala Precisa. Creio eu que você saiba onde é, pois já a vi indo lá com Potter (desculpe por isso).

Estou a sua espera.

Com amor,

S.S.”




Ela se levantou num pulo, foi em total silêncio ao dormitório dos meninos para pegar a Capa de Invisibilidade de Tiago e rumou direto para a Sala Precisa.

Chegando lá viu Snape parado à frente da sala, esperando por sua amada. Ela chegou bem perto dele e tirou o capuz, assustando o rapaz sem querer.

- Quer me matar de susto?! – disse Snape sussurrando.

- Desculpa, Severo, não tive intenção… Mas é que achei mais seguro vir com essa capa.

- Claro, claro… Venha, vamos entrar.

- Mas no que iremos pensar?

- Bem… podemos pensar em algum lugar aconchegante onde possamos sentir paz… já que não a temos em qualquer outro lugar desse castelo.

- Tudo bem. Então vamos.

Os dois fecharam os olhos e pediram em pensamento um lugar romântico, na verdade, para os dois ficarem a sós e felizes.

Finalmente a porta surgiu, e, ao passar por ela, os dois se deram com uma sala com uma lareira, paredes de pedra, um tapete grande em frente a lareira com duas poltronas muito fofas. A um canto havia uma mesa com uma bandeja cheia de frutas, sucos diversos e alguns doces.

- Severo… isso é lindo!

- E tudo só para nós dois.

Lílian se virou para Severo. Os dois se fitaram constrangidos por uns segundos, até que finalmente se beijaram lenta e apaixonadamente.

Os dois conversaram sobre muitas coisas, comeram algumas coisas… não se tocaram de que já havia passado muito tempo, não haviam dormido e logo teriam a primeira aula do dia.

- Severo! – chamou de repente a moça.

- Sim?

- Que horas são?

- Hmm… 7h20. 7h20?! Lílian, estamos atrasados!

Os dois se levantaram. Quando Lílian ia saindo, Severo a puxou, fazendo-a parar.

- Severo, precisamos ir!

- Espera, antes preciso te dizer uma coisa…

- Então fale.

- É… – ele passou a mão pelos cabelos, sem saber por onde começar. – Eu… eu gosto muito de você, Lílian.

- Eu também, Severo.

- Então… acho que eu tenho que pedir isso… ah… aceita ser minha namorada?

Ela sorriu docemente. Passou a mão pelo rosto do rapaz e lhe deu um beijo.

- Eu não estaria aqui se não o quisesse, Severo. Agora precisamos mesmo ir.

- Por favor, só me confirme… eu preciso ouvir!

- Sim, Severo, eu aceito ser sua namorada – respondeu ela seriamente, mas depois sorriu, um sorriso que desconsertou totalmente o rapaz.

- Ah… ainda bem. Agora vá na frente, eu vou depois. Tome seu café. Logo eu estou lá.

- Tudo bem – e olhou em volta para ver se tinha alguém, e quando achou seguro, deu um beijo de despedida em Snape.

Felizmente Potter não pareceu desconfiar de nada, mesmo Lílian e Severo chegando atrasados para o café.

Ela se sentou ao lado de Potter, ficando de frente para Black, que conversava distraidamente com seus amigos Remo Lupin e Pedro Pettigrew.

- Bom dia, querida! – e abaixou a cabeça para beijá-la.

- Por favor, Tiago, não.

- Por quê? – perguntou ele franzindo a testa.

- Eu…

- Você está muito estranha ultimamente, Lílian. Parece sempre distante, com ar de sonhadora, saindo a toda hora… o que há com você?

- Tiago, não me leve a mal, mas… eu…

- Fale logo, Lílian! – falou Potter com a voz um pouco mais dura do que o normal.

- Não seja grosso comigo!

Snape via tudo de sua mesa e tentava ao máximo se controlar para não ir defender sua amada.

- Desculpe… mas agora me fale: você o quê?

- Tiago… não quero mais ficar com você. Tente me entender, eu… não sinto mais nada por você além de amizade. Não acho certo ficar com você sem amá-lo, não é justo nem comigo e nem com você.

Potter se levantou bruscamente da mesa, gritando para quem quisesse ouvir:

- Aposto que é aquele Ranhoso! Não pense que não percebi seus olhares para ele e os dele para você! O que há? Estão colocando chifres na minha testa, é? É isso, sua… sua… desgraçada! Você é minha, não pode negar isso, a gente já está de casamento marcado graças aos seus pais!

As lágrimas já corriam pelo rosto rosado de Lílian, e quando percebeu tinha dado um tapa bem doído no rosto de Potter e saiu correndo.

- LÍLIAN! Potter, seu nojento! – Snape veio correndo de sua mesa, deu um soco bem dado na cara de Potter e saiu atrás de Lílian.

- Lílian! Espere, por favor! – ele conseguiu alcançá-la, finalmente, e a puxou pelo braço para que ela parasse.

- Me deixe em paz!

- Calma, Lílian, sou eu! – ela se virou para Severo e o abraçou, deitando sua cabeça contra o peito dele e desabou em lágrimas. Ele, por sua vez, passou os braços por trás da menina, consolando-a.

- Severo… por favor, vamos sair daqui. Logo virá gente atrás de nós e eu não estou com vontade de dar satisfações a ninguém.

Ele a guiou para uma sala próxima; já lá dentro, ele trancou a porta, enquanto Lílian se sentava em uma cadeira.

- Quer uma água antes de começar a me explicar essa história de casamento marcado? – ele ofereceu uma água à ela e foi aceita.

Depois de beber a água, ela começou:

- Eu aceitei ser sua namorada, mas eu fui idiota, não te falei a verdade antes…

- Por favor, Lílian, me explique.
- E-eu… tenho medo…

- Medo de quê?

- Da sua reação… Severo, você me ama?

- Mais que tudo nesse mundo! – Ela sorriu tristemente. – Agora me explique.

- Você não pode me amar, Severo, eu fui uma idiota te dando esperanças!

- Mas por quê? O que está acontecendo?

Ela suspirou e olhou para os pés, antes de começar a falar.

- Eu… eu e Tiago estávamos namorando… nossos pais ficaram amigos, e agora… a gente vai casar. Eles nos perguntaram se aceitávamos nos casar após terminar a escola. Severo, estávamos apaixonados, dissemos sim na hora!

- Mas é só dizer que não quer mais, Lílian!

- Não é tão simples… meu pai me mataria! E já está tudo certo, os convites já foram entregues. Não posso desistir agora.

Severo a olhou pasmo. Tinha ódio em seus olhos. Não dela, mas da situação. Não podia acreditar que seu sono não durara nem um mísero mês.

- Mas… Lílian… então isso é um adeus?

- Eu sinto muito, Severo, mas… sim, isso é um adeus. Eu não queria que fosse assim, mas não tem outro jeito.

- Lílian, você não pode fazer isso comigo. Eu… eu amo você!

- Eu também te amo… mas é melhor deixar as coisas como elas estão.

- N-nós podemos fugir, Lílian, eu tenho dinheiro, podemos ficar juntos num lugar onde nunca irão nos encontrar!

- Não há lugar no mundo onde possamos ficar sem que acabem por nos descobrir. E não é fugindo que vamos resolver nossos problemas. Por favor, Severo, deixe-me ir, não venha atrás de mim. E não me odeie por isso. Adeus!

Lílian correu, correu o mais rápido que pôde sem olhar para trás. As lágrimas já escorriam soltas pelo seu rosto.

Severo se virou na direção em que ela corria e gritou:

- EU ODIAREI POTTER PARA SEMPRE, POTTER E UM FUTURO FILHO QUE VOCÊS TENHAM, SE O TIVEREM!



Fim!!!!



________

N/A: Aí está a minha fic totalmente alterada, mas sem perder o sentido – a outra eu deletei. Eu queria mesmo é mostrar uma possível teoria para o Snape ser tão amargurado e odiar tanto o Harry (eu particularmente também não gosto dele e nem do Tiago). E a capa... dá pra sacar quem é quem, né? Então é isso… espero que tenha ficado melhor que a outra, já que tive tantas críticas. Um beijo a todos que leram. Poe favor, pessoal, eu sei q a fic num é uma beleza... mas eu gostaria de alguns comments. Origada ^^

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