A Nova Realidade



N/A: Olá pessoas, quanto tempo não é? Bem, fase de vestibular é assim mesmo e GRAÇAS A DEUS ACABOU! Posso me dedicar agora realmente ao que eu gosto que é escrever as fics, bem eu quero agradecer a todos os comentários carinhosos e a todos que acompanham a fic, o final da temporada de ONM5 será no próximo capitulo e eu espero começar ONM6 logo! Espero que gostem desse capitulo e que comentem MUITOO aahahaha.

Beijos e abraços carinhosos

Kitai Black

Ás músicas Inseridas no cap são:

* Athlete – Street Map
* Collide – Howie Day
* Kissing You – Dees’ree

cap14

A Nova Realidade



Sentia-se confortável, algo extremamente macio encontrava-se debaixo de si e um cheiro adocicado roçava em suas narinas, involuntariamente sentiu uma necessidade fora do normal de sorrir largamente e agarrar ainda mais contra seu corpo aquilo que cheirava tão bem.

- Jay... – Uma voz o chamou baixinho.

Forçou os olhos para se abrirem, os olhos azuis esverdeados se acabaram por encontrar com um par castanho esverdeado e uma face perfeita de boneca.


jay

Os olhos do rapaz arregalaram-se categoricamente quando ele involuntariamente afastou-se da bela garota que o fitava sem entender.

- Anne? Mas... – O moreno olhava para a bela morena que nua estava enrolada em lençóis azuis claros, percebendo que assim como a garota encontrava-se nu sentiu um imenso nojo de si mesmo, como ele acabara parando na cama de Anne Adhara? Isso era impossível! Ele não se lembrava de absolutamente nada.
- Você está bem? – A voz dela ecoava preocupada.
- Eu... Eu...
- Você está estranho... – A garota levantava-se da cama de casal permitindo o lençol escorregar pelo seu corpo revelando cada traço nu e perfeito de um corpo alvo, a boca de Jay nunca abrira tanto em toda sua vida. – Temos que nos vestir, você tem aula com a Middley em menos de vinte minutos.

Aula com a Middley, por que isso lhe soava tão estranho? Será que tudo havia sido um sonho? Esfregou os olhos com ás costas das mãos, talvez tudo tivesse passado de um pesadelo esquisito, sorriu levemente, Anne não estava com Caios, estava consigo, mas por que diabos não conseguia se lembrar como fora parar na cama com a garota mais bonita de toda Hogwarts?

- Você não vai? – Ela perguntou já vestida com a saia, abotoando o sutiã vermelho sangue.
- Eu... – Suspirou apanhando sua boxer azul ao lado da cama e a vestindo. – Vou, é claro...
- Ok... Eu tenho que ir... – Ela terminava de se vestir arrumando a blusa e passeando os dedos nos cabelos negros longos. – Nos vemos mais tarde.
- Tudo bem... – Forçou um sorriso ao vê-la desaparecer pela porta.

Ela não lhe sorrira nem uma vez sequer, aquilo era tão estranho que chegava a revirar seu estômago, terminou de se vestir apanhando uma mochila em um canto afastado do quarto a jogando sobre os ombros e atravessando a porta, saindo em um corredor vazio, corredor que pelo que ele supôs era o do segundo andar, aquele quarto era nada mais nada menos do que a sala precisa.

Tudo parecia desfocado conforme atravessava aquele local vazio sendo seguido pelos olhares curiosos dos quadros, era como se a chave principal de um quebra cabeça estivesse faltando. Suspirou, talvez estivesse apenas procurando algum motivo para se preocupar.

- Jay... – Uma voz masculina o chamara de maneira severa.

Virou-se lentamente para trás, aquela voz lhe parecia incrivelmente familiar em meio a toda aquela confusão.

- Sirius... – Sorriu de leve ao encarar a face séria do amigo e companheiro de casa.

Era estranho fitar Sirius, era como se tivessem lhe sugado toda sua juventude e espírito maroto, Sirius parecia ter envelhecido encarecidamente. Abaixo de seus orbes cinzas haviam roxas olheiras, sua pele estava mais pálida do que o normal e os cabelos estavam opaco, sem o costumeiro brilho negro, era como se Sirius tivesse definhando a cada segundo.

- Onde você estava? – Indagou o moreno cm a voz embargada aproximando-se de Jay que ainda o fitava com pesar.
- Bem eu...
- Estava com ela não é mesmo?
- Sirius... Eu...
- LAUREN FOI MORTA PELA GENTE DELA! DANIELLE ESTÁ MORRENDO NO HOSPITAL E CAIOS AINDA ESTÁ PÉSSIMO PELA MORTE DOS PAIS, TUDO POR CAUSA DELA E DA FAMÍLIA DELA! E VOCÊ NÃO CONSEGUE FICAR UM DIA SEM IR PARA A CAMA COM AQUELA GAROTA?
- Lauren... Morta? – Os olhos azuis esverdeados arregalavam-se de maneira surpresa.
- Caios tem razão... – Bufou o garoto. – Você está completamente fora de si.


~*~


 Athlete - Street Map


Os raios de Sol tocavam todas as pilhas de flores em torno de quatro caixões de cristal no centro de um cemitério bruxo em Godric’s Hollow, nunca havia se visto tantos bruxos importantes reunidos em um só lugar, nem mesmo no funeral de um dos maiores bruxos de todos os tempos Alvo Dumbledore.

I would like to think our paths are straight
Eu gostaria de pensar que nossos trajetos são retos
Disconnected from the choices we make
Desconectado das escolhas que fazemos
That there is no reason why it can't be like you said
Não há razão para que isso não possa ser como você disse


As famílias Potter, Malfoy, Zabine e Weasley mantinham-se ao lado dos caixões onde os grandes Patriarcas de suas famílias ocupavam. Ás lágrimas eram visíveis assim como os soluços eram escutados, a grande verdade é que jamais iria existir pessoas como Harry, Hermione, Draco e Rony, pessoas que desde pequenos enfrentaram os piores medos e com uma coragem sobre-humana se colocaram ao dispor da população trouxa e bruxa por longos anos.

One day it's gonna happen
Um dia irá acontecer
I don't know when
Eu não sei quando
I'll be on your street
Eu estarei em sua rua
But I know one day it's gonna happen
Mas eu sei que um dia irá acontecer
You're gonna be swept off your feet
Você irá ser levado para fora pelos seus pés


O clima parecia absurdamente incompatível com tudo que estava acontecendo, Caios mantinha o maxilar trancado assim como o choro observando calmamente sua tia avó Melanie Potter subir a um palanque improvisado, aquela senhora herdeira de uma beleza única iria falar em nome de todos da família, iria dar o desabafo que Caios sentia estar instalado em sua garganta.

O loiro sentiu a mão ser apertada carinhosamente, Anne estava ao seu lado, ela estava ali lhe dando todo o apoio que ele precisava. Roçou os lábios aos da esposa recebendo um troca um afago na bochecha, ele sabia que naquele momento palavras nenhuma seriam capazes de confortar seu coração.

I would like someone to make a map
Eu gostaria de alguém para fazer um mapa
Mark my home and draw some lines that match
Marcar meu lar e extrair algumas linhas que combinam
All of the reasons why
Todas as razões para que
It can be like you said
Possa ser como você disse



- É estranho estarmos todos sentados aqui observando quatro caixões, talvez o mais estranho mesmo seja saber que quatro grandes bruxos estejam mortos... – Começara Melanie com uma voz rouca. – Meu pai e minha mãe costumavam dizer que nunca se deve medir o poder de um bruxo com sua mortalidade, todos morrem um dia sejam eles poderosos ou não...



One day it's gonna happen
Um dia irá acontecer
I don't know when
Eu não sei quando
I'll be on your street
Eu estarei em sua rua
But I know one day it's gonna happen
Mas eu sei que um dia irá acontecer
You're gonna be swept off your feet
Você irá ser levado para fora pelos seus pés



“...Neste ano várias vidas de perderam por causa de uma guerra inevitável, mas várias pessoas se encontraram em meio a escuridão e foram guiadas em direção a luz. Vendo os corpos de Harry e Rony eu não sinto vontade de chorar, mas sim de sorrir, pois a amizade desses dois homens foram o bastante para influenciar ás amizades que eu conquistei e que certamente meus filhos, netos e bisnetos...

I don't know when
Eu não sei quando
I don't know why
Eu não sei por que
I don't know when
Eu não sei quando
I don't know why
Eu não sei por que


“...Ás histórias contadas sobre o Trio Dourado e de como Draco Malfoy foi para o lado do bem sempre irão estar em nossa mente e em nosso coração, eles sempre serão nossos heróis e nossos exemplos e eles, eles morrerem como os Heróis que sempre foram, morreram lutando pelo que sempre acreditavam. Morreram pelo bem.”

One day it's gonna happen
Um dia irá acontecer
I don't know when
Eu não sei quando
I'll be on your street
Eu estarei em sua rua
But I know one day it's gonna happen
Mas eu sei que um dia irá acontecer
You're gonna be swept off your feet
Você irá ser levado para fora pelos seus pés


Ás lágrimas banhavam ás faces de todos conforme os caixões eram abaixados, Gina Potter abraçara fortemente a nora ao mesmo tempo em que Luna Weasley jogava uma imensa flor roxa no caixão de seu falecido marido. Caios apertara o corpo esguio de Anne contra si, como se apenas ela pudesse lhe dar todo o apoio naquele momento.

Nathan e Stacy permaneciam lado a lado em silêncio, era como se tudo estivesse acontecendo rápido demais, como seria a criação de seu filho? Quando o bebê nascesse que medidas seriam tomadas? Stacy respirara fundo, a parte mais difícil da vida é ter de tomar uma decisão que não afetará apenas a si, mas a todos ao seu redor.

But all that I know is it's gonna happen
Mas tudo o que sei é que irá acontecer
I don't know when
Eu não sei quando
I'll be on your street
Eu estarei em sua rua
But I know one day it's gonna happen
Mas eu sei que um dia irá acontecer
You're gonna be swept off your feet
Você irá ser levado para fora pelos seus pés



Danielle abraçara Sirius com carinho, o casal estava escondido atrás de uma árvore observando tudo de longe, como “fugitivos” não poderiam se mostrar ainda, a loira engoliu em seco ao ver uma lágrima escapar dos olhos do namorado. Sirius tinha razão quando disse que aquilo não era para eles, aquele sofrimento todo definitivamente não era para eles. Sorte fora a de Kevin que ao saber daquelas mortes resolvera ir de vez para seu treinamento sem olhar para trás.

Os caminhos já estavam completamente escolhidos e pelo visto muitos iriam se separar por algum tempo.


~*~



- Jay? Jay? Está me ouvindo? – Uma voz séria ecoava distante.

O moreno suspirou, quando fora que ele chegara naquele quarto onde tudo parecia tão estranho? Como se alguém tivesse batido com muita força em sua cabeça. Por que diabos ele não conseguia se lembrar de quase nada?

- Jay... – A voz tornou a chamar.

Sacudiu a cabeça esfregando os olhos com as mãos, quando foi que suas mãos ficaram tão grandes e seus braços tão musculosos? Franziu o cenho indignado sentindo uma pontada dentro da cabeça, odiava o que estava sentindo.

- Está tudo bem? – Uma garota lhe tocava o ombro com carinho.

Aquela garota, ela, sua melhor amiga estava lhe fitando com todo amor que sempre carregara em seu peito, um amor de irmã. Stacy possuía longos cabelos loiros, quase brancos emaranhados, os olhos negros quase irreconhecíveis assim como os lábios cortados pálidos. Afagou com cuidado a face da menina que cerrara os olhos com o toque, por que todos que ele encontrava estavam parecendo tão infelizes? Primeiro Sirius e agora Stacy...

- Tacy o que houve com você? – Sussurrou.
- Foi culpa minha não foi? – Murmurou a menina afundando a face no colo do melhor amigo. – Eu confiei em Nathan Adhara e ele... E ele matou Lauren... FOI TUDO MINHA CULPA!
- Stacy, por favor! Não... Eu... Vocês... Mas...

A loira saltara do colo do moreno para começar a berrar e a chorar, fora tudo muito rápido, em um momento estavam a sós e no outro, vários médibruxos haviam adentrado o quarto, Jay afastou-se de supetão daquela cena colando o corpo na parede que por sinal descobrira ser macia como colchão, Stacy fora forçada a se deitar na cama onde os médicos enfiaram-lhe seringas nas veias e em poucos minutos a mais velha dos Malfoys estava no mais absoluto dos sonos.

- Sinto muito Sr.Potter, mas avisamos que não era uma boa hora para visitá-la... – Uma enfermeira aproximava-se. – Ela está em boas mãos Sr.Potter, esta é a melhor Casa de Repouso de toda Londres Bruxa, por não dizer da Inglaterra!
- Casa de Repouso? – Balbuciara o moreno. – Manicômio?
- Preferimos o termo casa de repouso! – Corrigia a enfermeira colocando uma mecha negra de cabelo atrás da orelha. – Perder os pais, a amiga e os avós está sendo muito duro para a Srta.Malfoy e ainda essa guerra toda... Por favor, Sr.Potter, vou lhe pedir o que eu mesma implorei ao Sr.Trent, parem de vir visitá-la se desejam tanto sua melhora.

Os olhos azuis esverdeados focaram-se no corpo adormecido da amiga, acariciou a têmpora longamente, tudo parecia tão errado.

- Eu estimo a melhora dela... – Sussurrou. – Prometo não voltar mais...
- Realmente sua estima é surpreendente... – Uma voz irônica ecoava da porta de saída.

Jay Potter reconheceria aquela voz até mesmo se fosse ao inferno, a ironia misturada com uma rouquidão e o deboche era perfeitamente a voz de Caios Trent quando este estava para lá de mal humorado. Sorriu de canto virando-se para encarar aquele que fora seu melhor amigo por tantos anos.

Caios estava ali trajado com uma jaqueta verde escura de couro, sua bochecha direita marcada com uma imensa cicatriz, cicatriz a qual Jay não se recordava de estar ali antes. Os cabelos do loiro estavam espetados e seus olhos frios como icebergs, Caios nunca estivera parecendo tanto um assassino quanto naquele exato momento.

- Caios. – Falou com uma voz falhando.
- Lá para fora James, AGORA! – Rosnara o loiro dando ás costas ao amigo.

A enfermeira havia se encolhido ao lá do médico que fitava o rapaz com assombro, algo realmente novo para Jay, já que sempre recebera olhares de carinho ou gratidão. Pigarreou acenando com a cabeça para os dois e seguindo por um corredor mal iluminado o loiro a sua frente.

Passaram pela recepção vazia e atravessaram imensas portas vitrais que ligavam a uma rua deserta e destruída, ao ver de Jay aquele lugar parecia mais uma cidade fantasma de um filme de terror, um filme que não desejava acabar jamais.

- Sirius me contou o que você andou fazendo ontem... – O loiro retirava um masco de cigarro do bolso.
- Não sei do que você está falando. – O moreno enrugava a testa.

A risada sarcástica nunca lhe parecera tão assustadora, Caios sentara-se em um banco velho e acendera um cigarro com a varinha, para então guarda-la nas vestes e encarar Jay com um olhar lupino e cruel.

- Não me obrigue a bater em você James.
- Não estou te obrigando a nada Caios.
- Eu sinceramente acho que está... – O rapaz tragava o cigarro logo o arremessando longe e soprando toda a fumaça.
- Por favor, não briguem de novo... – Uma voz ecoava de um carro negro estacionado a uns metros de distancia.

Jay respirou fundo ao fitar um garoto loiro descer do veículo ao lado de Sirius, o garoto mancava e não possuía o braço esquerdo, seu olhar sempre infantil parecia ter uma maturidade excessiva, uma maturidade que assustava o moreno.

- Kevin... – Sussurrou.
- Já chega de brigas, já não basta tudo o que está acontecendo? – Desabara o loirinho em lágrimas. – Minha irmã está num manicômio, nossos pais estão mortos, Danielle está morrendo e... E a Lauren, ELA MORREU OK? Por favor, nós só temos uns aos outros...
- Uns aos outros? – Caios ria nervoso acendendo mais um cigarro. – ELE ESTÁ COFRATERNIZANDO COM O INIMIGO!
- EU NÃO ESTOU!
- NÃO? ENTÃO ME DIGA O QUE TEM FEITO COM ANNE ADHARA TODOS OS DIAS NA CAMA? BRINCANDO DE CABANINHA?
- Caios, tenha calma... – Sirius depositava a mão no ombro do amigo.
- CALMA? MINHA IRMÃ CAÇULA FOI ATACADA PELOS ENCAPUZADOS SIRIUS! ELA É UMA CRIANÇA! DALILAH NÃO MERECIA ESTAR NA UTI! ISSO TUDO PORQUE DE UMA MANEIRA SURPREEDENTE OS ENCAPUZADOS DESCOBRIRAM NOSSO ESCONDERIJO!
- ESTÁ ME ACUSANDO? – Urrara Jay.
- ESTÁ VENDO OUTRO TRAIDOR POR AQUI?

Jay não agüentara se segurar, ergueu o punho em direção ao loiro que arremessara mais uma vez o cigarro longe, Caios estava mais ágil, segurou-lhe a mão a quebrando e dando-lhe um soco na boca do estômago, Jay caiu ao chão de joelhos ofegando, a dor era cruel como se estivesse apertando com toda a força seu sistema digestivo, uma dor quase que insuportável.


~*~



- Realmente ele está indo bem após a cirurgia General... – Um homem alto trajado de jaleco branco e oclinhos redondos comentava fitando uma prancheta, em um imenso quarto de hospital ao lado de um homem careca e robusto.
- Bem? O pirralho não para de gemer! – Gordon espiava por trás dos ombros do médico o corpo musculoso de Jay Potter se contorcer a cada segundo.

O General suspirara cansado, Jay realmente havia se saído bem em uma parte crucial de seu treinamento, assim como sua filha, mas jamais pensara que o rapaz fosse ficar durante dois dias inteiros em coma.

- Papai! – A porta do quarto se abria de supetão levando o médico e o General a darem um sobressalto juntos.

Uma bela garota alta de cabelos loiros escuros ondulados atravessava a porta, o General Gordon bufara impaciente, aquela linda garota esguia dona de dois pares de olhos esmeraldas sorria como uma menininha que havia aprontado uma das suas e o pior, estava trajada apenas com a camisola branca do hospital, pouco se importando se seus belos pares de pernas estavam aparecendo ou não.

- Emily, por favor, não fique andando por aí nestes trajes!
- Eu não tenho culpa da estilista do hospital ter um péssimo gosto papai! – Rosnara a garota. – E eu pensei que já havíamos combinado de nada de Emily, é EMMY!
- Sua filha tem um gênio daqueles run? – O médico sorria ao ver a garota emburrando.
- Nem me fale, é pior do que a mãe... – O general acariciava a têmpora.
- Então esse é a Bela Adormecida hã? Ainda não acordou?
- Emmy fique longe do Potter.
- Por quê? Eu não vou matá-lo, bem... Não ainda!
- Srta.Gordon, o Sr.Potter acaba de se recuperar e...
- Está me chamando de perigo mortal?
- Não! Imagina! – O médico sorria sem graça buscando apoio do general.
- Emmy, você está assustando o médico.
- Ele não parece muito um Potter... – A garota puxava uma cadeira sentando-se ao lado do rapaz na cama. – Eles não são muito musculosos... E esse daqui até que dá para o gasto... Por que ele está gemendo?
- A poção de cura instantânea causa certa dor, mas é mais veloz do que ás outras.
- Fraco. – A garota resmungava caminhando para fora do quarto. – Ele é fraco, não sei o porquê de sempre se preocuparem com ele!

Emmy Gordon empinara o narizinho abandonando o quarto de maneira pedante, o General limitou-se em sorrir largamente e dar palmadinhas no ombro do médico que ainda o fitava sem nada entender.

- Um excelente passo demos hoje Doutor! Ela gostou dele! Agora sim poderemos colocá-los como duplas no Ministério daqui a um ano e meio!
- Senhor, eu realmente odeio discordar, mas ela não aparentou muita amizade pelo Sr.Potter...
- Assim é excelente! Sinal que eu não tenho que me preocupar com genros, não acha doutor? – O General sorria largamente. – Potter acaba de subir em meu conceito! Meu novo aluno favorito! Isso merece um champanhe, vamos Doutor! Temos que brindar!
- Se você diz... – O médico arregalava os olhos sendo encaminhado para fora do quarto.

A porta batera deixando o corpo nu de um belo moreno repousando sobre a cama, um moreno que havia amadurecido muito em tão pouco tempo de treinamento.

Longe dali em uma imensa mansão, uma bela garota de longos cabelos dourados fitava-se frente ao espelho, os olhos num tom amendoado brilhante revelavam o quão feliz estava Stacy Malfoy. A garota não se cansava de acariciar a barriga que já apresentava uma boa protuberância de 4 meses de gravidez, e pensar que ali já estava uma vida, uma vida que ela e Nathan haviam gerado.

Olhou-se por um tempo no espelho, algumas mulheres se incomodavam com o fato de ficarem sobre o peso com a gravidez, mas este não era o caso dela, Stacy sentia-se em profunda alegria, cada vez que o bebê mexia dentro de si era motivo para que seu sorriso fosse até a orelha, o seu bebê, o seu filho, quem diria que isso iria a acontecer justamente a ela?

- Posso entrar? – Uma voz feminina musical se alastrava pelo quarto confortável.

Virou a cabeça lentamente para fitar a face serena de Anne, a morena estava na porta do quarto trajada com um leve vestidinho florido amarelo, depois de seu casamento com Caios, Anne havia adotado um novo guarda roupas, este livre de peças escuras e pesadas, dando-lhe um ar de felicidade inigualável.

- Claro! – A loira acenava para a cunhada. – Venha, coloque sua mão aqui, está se movendo!

Anne sorrira satisfeita tocando a barriga da loira com adoração, ser tia era uma dádiva em meio a toda aquela guerra, era como se até mesmo nas trevas a luz conseguisse se propagar, era um milagre, um pequeno milagre na barriga da garota que seria esposa de seu irmão em poucos dias.

- Já escolheram o nome? – Indagara sentindo a emoção lhe transbordar pelos olhos.
- Nathan tem certeza de que é um garoto... – Stacy sorrira acariciando a mão da cunhada. – Mas eu só consigo em pensar em nomes para meninas!
- Deveria confiar no meu irmão, ele sabe prever certas coisas! – Ria a morena retirando a mão da barriga da amiga e sentando-se na cama.
- Isso não podemos negar... E então? Conseguiram encontrar Jay? Não acredito que vou me casar sem meu melhor amigo!
- Sirius ficou de ir até a Base na Antártida, parece que o General Gordon mudou a tropa em treinamento para lá... De todo modo consegui me comunicar com Lauren, ela irá chegar depois de amanhã.
- E enquanto ao meu irmão desnaturado?
- Ele não irá poder vir... – Anne baixava os olhos. – Mas disse que mandará um presente não quebrável.
- Não quebrável para ele mesmo não quebrar eu suponho...
- Você e Nathan são um milagre sabia? – A morena levantava-se da cama. – Essa vida que você carrega em seu ventre é um milagre, é a salvação de vocês.
- Você e Caios também...
- Não somos tão milagrosos quanto vocês, você e Nathan foram feitos um para o outro, o amor de vocês...
- Anne. – Interrompia Stacy. – Nunca duvide do amor que Caios sente por você, eu acho que não existe no mundo um amor maior.
- Você acha mesmo?
- No começo eu duvidava de que você o amava da mesma forma, mas hoje... – A loira franzia o cenho. – Eu sinto de alguma maneira que você o ama tanto que é impossível de se medir, eu me preocupo com esse tipo de amor que você tem por ele...
- Por que fala isso?
- Amores grandiosos demais são invejados pelos deuses e fadados à desgraça, não deixe que os deuses sintam inveja do que vocês têm e tentem os separar ‘tá legal? Vocês são perfeitos demais juntos.
- Quando você fala assim eu me assusto. – A morena franzia o cenho.
- Eu tenho um pouco de misticidade em meu sangue, me dá um desconto! – A loira gargalhava. – Bem, preciso de uma ajuda com o nome de meu filho, se Nathan estiver certo que é um menino eu preciso de um nome para ele.
- Bem... – Anne mordia o lábio inferior. – Se eu... Se eu tivesse um filho...
- Você já tem um nome para seu futuro filho?
- Sim, por que a surpresa?
- Você não me parece o tipo de pessoa que planeja nomes dos futuros filhos!
- Vou tentar não levar como ofensa!
- Ok! Ok! Ok! – Stacy gargalhava.

Anne mostrara a língua entrando na brincadeira quando um barulho na janela fizera que ambas parassem de gargalhar, Danielle estava ali, montada em uma vassoura descendo pela janela com um ar pouco amigável, a garota arremessara a vassoura longe desabando na cama de Stacy sendo acompanhada por dois pares de olhos que tentavam entender o que realmente estava acontecendo.

- Sirius é um babaca. – Rosnou a garota.
- Oh, não me diga que vocês brigaram de novo! – Stacy rolava os olhos sentando ao lado da amiga na cama sendo imitada por Anne.
- Ele me proibiu de me inscrever na cobertura jornalística do Ministério da Magia!
- Danielle, Sirius tem razão em proibir, se você colocar seu nome lá seus pais irão te encontrar, além do mais agora não é uma boa hora para se meter nessa guerra... – Anne comentava séria.
- Está tudo fora de controle Dani, espere pelo menos até você completar vinte e um anos para poder fazer o que quiser, creio que até lá Sirius nem se importe de você entrevistar os Encapuzados...
- Oh! Calem a boca... – Danielle rolava na cama cobrindo a face com o travesseiro. – Enfim, o que estavam conversando antes de que eu chegasse com meu humor deplorável?
- Estávamos escolhendo o nome do meu filho.
- É um menino? – A loira arremessava o travesseiro longe para fitar com animação a amiga.
- Segundo Nathan é. – Rira Anne.
- E até agora quais são as escolhas? – Entusiasmava Dani.
- Eu estava esperando Anne me dizer...
- Bem...
- Oh!! Eu tenho três nomes, me deixem dizer, deixem? – Os olhinhos castanhos de Danielle brilhavam.
- Ok... Você realmente está me assustando. – Stacy sorria amarelo.
- Bem! Eu quero três garotos então eu pensei em: Ephram, Clark eeee Aaron!
- Lindos nomes... Mas eu não vejo nenhum sendo o nome do meu filho.
- Hã? E quem disse que eram para seus filhos? São para os meus!
- Anne me dá uma força?
- Tudo bem, calminha Dani! – A morena acariciava os cabelos da amiga. – Bem, se eu tivesse um filho hoje ele se chamaria Luke.
- Luke? – Stacy arqueava uma sobrancelha.
- Sim, Luke Alexander Trent.
- Luke Alexander? – Os olhinhos de Stacy mudavam para um azul piscina.
- Mal sinal Anne, ela curtiu seu nome. – Sussurrava Danielle.
- É um nome lindo... – Stacy acariciava a barriga.
- Eu acho que ela está com desejo do nome... – Danielle divertia-se.
- Lindo mesmo...
- Pode ficar com ele se gostou tanto... – Anne acariciava a barriga da cunhada. – É meu sobrinho, é como se fosse meu filho também!
- SÉRIO? – Stacy berrava fazendo Danielle cobrir os ouvidos com os travesseiros. – OH ANNE VOCÊ SALVOU A MINHA VIDA!

Nathan e Caios que adentravam pela porta do quarto estancaram no momento, Stacy pulava em cima de Anne e a abraçava fortemente fazendo a morena e Danielle gargalharem em uníssono, aquela imagem das três para ser completa só faltava mais uma garota, Lauren Sanders.

- Oh, por favor, Stacy, você vai esmagar minha esposa dessa forma! – Caios divertia-se puxando a esposa debaixo da prima.
- Está me chamando de gorda Trent?
- Fale que não, por favor, se não ela me atormenta mais tarde... – Implorara Nathan.
- Você está um Kinder Ovo priminha! – Caios dava uma piscadela ao amigo que dera um tapa na própria testa.
- Nate, me defenda! – Ordenara a loira.
- Pobre Nathan... – Danielle rolava de rir.
- Hã... O que eu posso fazer?
- Limpe minha honra!
- E como se faz isso? – O moreno ria-se.
- IMPROVISE! – Stacy bufava arrancando gargalhadas de todos.

Os sons das gargalhadas ocuparam todo o segundo andar da mansão Malfoy, Draco e Suzan que tomavam um chá na varanda apenas trocaram pequenos sorrisos confidentes, pelo menos em meio a toda aquela confusão os jovens não haviam se esquecido como sorrir, o que os levavam a pensar em como um de seus filhos estava tirando do sério um dos maiores Generais do mundo Bruxo, como estaria Kevin Malfoy?

Irlanda do Norte – Cidade de Belfast


- KEVIN MALFOYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYYY!!!
- Sim, amado, estimado, adorado e idolatrado Generalzitcho? – Um loirinho surgia em meio a pilhas de batatas com um imenso sorriso na face.
- QUEM DIABOS LHE MANDOU DESCASCAR TODAS AS BATATAS DA COZINHA?
- Ah... Isso? Bem... Você me deixou de castigo aqui ontem lembra? E disse naquela voz ssuuuuper sexy: KEVIN MALFOY QUERO TODAS AS BATATAS DAQUELE CESTO COMPLETAMENTE LIMPAS ATÉ AMANHÃ!
- EU DISSE AS DO CESTO E NÃO TODAS DA COZINHA SEU IMBECIL!
- Hey! Sem ofensas Pompom, eu só queria mostrar meu serviço!
- Pompom?
- É, um apelido carinhoso para General Pomblingy.
- Eu não lhe dei liberdade para este tipo de apelidos Malfoy! Urgh! Você é quase tão pior quanto à peste do seu avô!

O General Pomblingy conhecido como um dos maiores estrategistas do mundo Bruxo caminhou por alguns segundos pela cozinha, era evidente que Kevin Malfoy estava longe de ser a pessoa mais disciplinada do planeta, principalmente sendo descendente direto de Cold Malfoy. Bufou algumas vezes, não poderia negar que o garoto tinha talento para a luta, em três semanas desde que Kevin havia chegado ali que ele havia derrotado agentes que estavam a cinco meses em treinamento.

Para o General Pomblingy, Kevin era astuto e ágil, ele se escondia por trás da aparência inocente e infantil para confundir seus adversários, o loirinho era o exemplo perfeito se um sonserino. Além do mais, Kevin aprendia depressa e se seu treinamento continuasse árduo, ele iria se tornar em breve o melhor soldado que Pomblingy já havia treinado na vida. O único problema, porém era o gênio maroto e a péssima disciplina.

- Malfoy o que raios está fazendo agora? – Indagou em tom de tédio ao escutar várias panelas caindo no chão.
- Bem... Eu pensei em limpar a cozinha, mas...
- Malfoy você está testando minha paciência?
- Eu? Por que eu faria isso?
- MEXA ESSA SUA BUNDA GORDA EM DIREÇÃO AO CAMPO DE TREINAMENTO SEU PIRRALHO, QUERO DUAS MIL ABDOMINAIS E DUZENTAS VOLTAS NO CAMPO DE LAMA, AGORAAAAA!!!
- Wow, ok Pompom! Sem gritaria, eu hein, que estresse! Estresse envelhece ok?
- MOVA-SE MALFOY!!!

Kevin rira passando pelo General, o loirinho simplesmente não conseguia entender o porquê de desde que chegara ali todos apenas berrarem com ele, ele já provara que era bom não é? Então porque diabos tanta gritaria? Ele parecia ser surdo por acaso? De todo modo, ele esperava que Stacy não ficasse tão magoada com sua ausência, se sua irmã soubesse o quanto ele queria a ver desencalhando certamente não teria lhe mandado um berrador daqueles.

~*~



Estava tonto, sentia-se enjoado também, quando foi que havia apagado novamente? Acariciou a testa sentando-se, estava deitado em algo macio e confortável. Olhou ao redor, estava em um quarto feminino deitado em uma cama de casal, quando fora que começou a perder tanto a memória de como fora parar nos lugares?

- Oh, você já despertou... – Uma voz conhecida lhe falava. – Como se sente Potter?
- Aiko? – Arregalava os olhos fitando a face serena da japonesa. – Como... Eu... Como?
- Você brigou feio com seu querido amigo Caios lá na rua, achei melhor lhe trazer para aqui para a casa.
- Caios...
- Sabe Potter, para uma pessoa estudada você é bem idiota.
- Do que você está falando? – Rosnou levantando-se da cama sentindo uma dor aguda no peito.
- Você e sua paixão patética por Anne Adhara, no começo eu até achei... Como posso dizer... Ah! Sim... Bonitinho. Mas por favor, ela apenas te usa para passar informações ao Vega.
- MENTIRA!
- Potter, eu sei que Grifinórios são inocentes, mas daí para serem idiotas é outro passo.
- CALE A BOCA AIKO!
- Anne sempre amou Caios e bem... Você se meteu no meio com seu egoísmo, talvez Anne fosse uma pessoa melhor hoje se ela tivesse escolhido o loiro perfeito e não o Grifinório Mimado...
- EU JÁ MANDEI SE CALAR!
- Nathan poderia ter sido amigo de Caios também, mas você se meteu antes que eles pudessem formar algum tipo de vinculo, não houve escapatória para ele, e agora ele é um dos Generais das Tropas de Apus Vega.
- Isso... Isso é insanidade... – O moreno desabava a face entre as mãos.
- Lauren foi morta por ele e Kevin quase morreu a tentando salvar, seus pais, os pais de Stacy e de Sirius e Caios foram mortos, seus irmãos mandados para o Canadá, Danielle sendo atacada por Encapuzados, Kevin perdendo o braço direito, Caios lutando quase até a morte com Nathan... Tudo poderia ter sido evitado não acha?
- Sim... – Sussurrou lembrando-se de Stacy no Hospício.
- Oh pobre Potter... O que fará agora?
- Eu vou concertas ás coisas, eu posso!
- Você pode? – Takana sorria de canto. – E o que vai fazer?
- Eu vou lutar.
- Lutar hum? É... A violência realmente ajuda numa hora dessas.
- Não lutarei apenas fisicamente, eu farei de tudo para conquistar tudo aquilo que o destino me tomou, eu vou mostrar o porque eu sou um Grifinório!
- Aplausos ao Potter! – Takana sorria abertamente. – Mande lembranças a Nathan e Stacy quando voltar, e hum... Potter? Não se esqueça de cumprir tudo o que me falou.
- Do que esta falando sua louca?

Um brilho lhe atingiu os olhos, era impossível ficar com eles abertos, os fechou, a dor tomou conta de seu corpo, ás imagens rodavam, ás vozes não paravam de assoviar em seus ouvidos, estava realmente enjoado.



- Potter? – Uma voz o chamou. – Ok, se você morrer vai ser uma grande merda para o meu lado ok? Mas na boa, ninguém consegue dormir no Hospital com seus berros, eu só... Bem, eu te dei uma pílula anti-insônia e... Hã, por favor não morra!

De quem era aquela voz e porque tagarelava tanto? Remexeu-se, a dor parecia estar passando aos poucos, tentou falar algo mas sua voz não saía de forma alguma.

- Ok, pode morrer! Mas é o seguinte, eu juro que vou até o inferno te encher de porrada se isso acontecer ‘tá beleza? É, porque se eu for presa graças a você eu TE MATO DE NOVO!

Sentiu vontade de gargalhar, seja quem fosse essa pessoa descontrolada, era por demais divertida. Forçou os olhos para se abrirem, a sede queimava em sua garganta e sua visão estava turva, embaçada, mas ainda sim podia ver uma vasta cabeleira e um rosto desfocado.

- Wow, você levou mesmo a sério o lance de eu ir ao inferno... – A voz falara.
- Água... – Conseguiu sussurrar.

Escutou um barulho de objetos caindo ao chão e se quebrando, a pessoa era deveras desajeitada. Sentiu um copo de plástico lhe tocar os lábios e um liquido gelado lhe confortar a garganta, a visão estava voltando a ser digna e ele finalmente pôde olhar para uma face bonita, uma linda garota de longos cabelos loiros escuros, segurou a mão desta a forçando a tirar o copo de sua boca.

- O-obrigado.
- Obrigado um cacete! Eu quase tive um enfarte por sua causa! – Esbravejou a garota. – Como se sente?
- Vivo.
- Bom... Eu acho...
- Quem... quem é você?
- Emmy Gordon, filha do General Gordon, também estou trancafiada nesse lugar por causa do treinamento contra os medos.
- Você... – Jay franzia o cenho lembrando-se do treinamento que tivera. – Você enfrentou seus medos?
- É parte do treinamento sua anta! Como eu iria me tornar uma inominável hum? Brincando de barbie e esperando a Fada dos Dentes?
- O que você faz no MEU quarto? – Rosnou odiando o modo ao qual aquela garota falava consigo, afinal, quando foi que seu charme Potter parara de surtir efeito com as meninas?
- Você estava gritando, meu quarto é do lado e bem... Eu preciso de um sono de beleza sabe? E você realmente não estava cooperando! Então eu vim e te dei uma pílula energética, e foi batata! Você acordou e agora posso voltar e dormir.
- Ótimo! Eu posso morrer envenenado e você volta aos seus sonhos, emocionante!
- Hey, eu não durmo a duas noites por sua causa!
- Minha causa? Você que deve ser uma lunática com insônia e fica me culpando!
- Escute aqui seu...
- EMMY! – Um berro ecoava por todo o quarto.

A garota bufara olhando para trás, o General Gordon estava ali com uma expressão severa na face ao lado do médico, Jay sentou-se melhor na cama para fita-los, a menina Emmy não tinha nada haver com o pai, pelo menos não fisicamente.

- Oh Meu Merlim! Potter despertou! – O médico corria para examinar o rapaz.
- Estou realmente vibrando com tanta felicidade... – Emmy comentava sarcástica.
- Potter? Se sente bem meu rapaz?
- Sim, eu estou bem...
- Emmy, vá para sua cama! O menino precisa de descanso!
- Ótimo, agora ele é seu garoto não é? Por Deus pai, você sempre vai amar quem eu detestar?
- Mais ou menos isso, agora CAMA EMILY!
- Urrghhh! Sem Emily! Já estou indo! Tenha uma boa noite Marmota Adormecida.
- O mesmo para você Lunática com Insônia! – Rosnara Jay.

O General Gordon limitara-se em abrir o maior de todos os sorrisos, Jay não havia reparado nas belas pernas de sua filha, ou nos olhos esmeraldas que ela continha, sentiu quase vontade de adotar aquele rapaz como filho! Desde que Emmy havia completado 13 anos que garotos a cercavam lhe dando costumeiras dores de cabeça, e após a morte de Matthew, seu filho mais velho, os rapazes haviam ficado ainda mais abusados.

- Sente-se bem mesmo Sr.Potter? – Indagou o médico.
- Um pouco de dor na costela, mas bem.
- Excelente! – O General vibrava. – Potter consegui um treinamento de armas na Rússia para você, logo após o casamento de sua amiga Malfoy.
- Casamento? – Jay arqueava ambas as sobrancelhas.
- Você estava em coma, mas recebeu este convite, o casamento deles já apareceu em todos os jornais do mundo!
- E onde está o convite?
- Oh, aqui... – O General abria uma gaveta do criado mudo ao lado da cama retirando um envelope branco com detalhes dourados.

Jay o tomou nas mãos com um cuidado excessivo sorrindo ao ver o nome no envelope.

“Nathan Darren Adhara & Stacy Karoline Malfoy”

Sorriu mais ainda ao abrir e ver o convite em letras delineadas brilhantes, era perfeito.

Nathan Darren Adhara & Stacy Karoline Malfoy têm o prazer em convidar James Remus Potter para seu casamento que será no dia 12 de julho na Mansão Malfoy ás 17:30...


Havia mais coisas no convite, mas tudo o que o moreno conseguia era ficar feliz pela amiga, Stacy merecia aquele casamento, merecia toda aquela felicidade.

- Estou liberado para o casamento? – Indagou fitando os olhos verdes escuros do General.
- CLARO! Pode ir à hora que desejar, mas precisa estar na Rússia até o dia 15 sim?
- Erm... Ok... – O rapaz estranhava a alegria e simpatia do General consigo.
- Excelente! Bem, vou ir ver como minha filha está! Boa viagem Potter!

Jay lançou um olhar curioso ao médico que dera os ombros, sabe-se lá como e quando o General Gordon começara a ter algum sentimento positivo ao seu respeito, a única coisa que Jay queria era que ele continuasse daquela forma.

~*~



Um carro negro estacionava perante aos longos portões cor de marfim de uma imensa mansão no norte da Inglaterra.

- A senhorita deseja que eu entre com o carro? – O senhor de óclinhos que dirigia o táxi indagava fitando uma bela garota de cabelos castanhos escuros pelo retrovisor.
- Não creio ser necessário, eles já esperam minha chegada.
- Como desejar. – O senhor recebia uma quantia de galeões nas mãos enquanto via a garota sair elegantemente pela porta do carro.

O táxi desaparecia na fina neblina em meio a rua abandonada, os olhos esverdeados da garota deram um brilho diferente, um brilho da mais pura saudade que uma pessoa poderia sentir, afinal, aquela imensa mansão um dia foi seu lar, quando seu pai faleceu.

Um barulho fora o bastante para a distrair de seus pensamentos, o portão se abria lentamente levando os lábios cheios de Lauren Sanders se contorcerem em um sorriso gentil, endireitou a capa azul turquesa que trajava e a bolsinha de mão atravessando o portão e a pequena estradinha de mármore que levava a bela soleira da mansão Malfoy.

A porta longa branca e dourada abria-se lentamente dando uma iluminação dourada as escadinhas, Lauren não pode conter mais, correu, correu como uma criança que não vê os pais a anos, Stacy estava lá, sua grande amiga estava lá lhe esperando com os braços abertos, aquilo foi o bastante para a abraçar forte, só Merlim sabia a falta que suas amigas lhe faziam na vida.

- Lauren... – Sussurrou a loira ao abraçar a amiga de anos.
- Tacy... – A voz de Lauren saia embargada por conta do choro que teimava em vir. – Você... Está enorme!
- Oh, vou levar como elogio! – Rira a metamorfomaga se afastando. – Caios disse que sou um Kinder Ovo!
- Caios tem razão... – A ex-corvinal retribuía o sorriso.
- Vamos entrar, está frio aqui, Danielle e Anne estão lá em cima degustando os doces do casamento.

A casa nada havia mudado, mas era notório que a família Malfoy só havia retornado para o lar para o casamento de sua primogênita, Lauren sabia que assim que o casamento acabasse todos iriam retornar aos seus esconderijos, principalmente ás crianças.

- ME DEVOLVE HUNTER! – Uma menininha ruiva corria pela casa atrás de um garotinho loiro que subia na mesa rebolando sacudindo uma boneca no alto.
- Argh, Hunter está ficando idêntico ao Kevin! – Bufara Stacy caminhando em direção aos irmãos menores. – HUNTER O QUE A MAMÃE DISSE SOBRE INFERNIZAR A APPLE?
- Droga! Você é chata Tacy! – O menininho devolvia a boneca da irmã para sentar emburrado em uma cadeira. – Sinto falta do Keke, ele brincava comigo!

Lauren sentira seu coração inflar, Kevin não estaria ali? Bem... Talvez fosse melhor, o modo ao qual terminaram não havia sido lá muito saudável, mas mesmo assim o pequeno monstrinho da esperança havia teimado em arder em seu peito, ela realmente queria poder ver aquele por quem era terrivelmente apaixonada.

- Lauren? – Chamou Stacy.
- Hum, sim?
- Vamos subir... – A loira fitava com uma sobrancelha arqueada a amiga.

A morena limitou-se em consentir com a cabeça subindo as levas de escada, era estranho estar ali e não ver a presença de Kevin jogando vídeo game com o irmão caçula ou perturbando Stacy, sentiu a boca ressecar com a vontade de perguntar onde o loirinho estava e se estava realmente bem, mas o silêncio naquele momento parecia gritar mais do que sua mente, principalmente ao chegarem no segundo andar e ela poder notar a porta do quarto do garoto fechada.

- Kevin está em um treinamento rigoroso na Irlanda do Norte, dizem que o General Pomblingy não é mole, mas pelas cartas do meu irmão ele até que está se saindo bem... – Stacy sorria levemente. – Ele sente sua falta sabe? Por mais que não comente...
- Ele não fala nada de mim?
- Queria te dizer que sim, mas você sabe como ele é, Kevin prefere reprimir sentimentos desagradáveis e te perder não foi lá a coisa mais feliz que aconteceu com ele não é mesmo?
- Ele não me perdeu... – Sussurrou a ex-goleira para si mesma.

Stacy aparentemente não havia ouvido nada já que adentrara ao seu quarto gritando e sorrindo, Danielle e Anne estavam deitadas na cama comendo uma bacia cheia de chocolate.

- LAURENNNNNNNNNNNN!!! – Berrara a outra loira saltando da cama para lhe dar um abraço apertado. – SUA CORNIVAL MISERAVEL COMO OUSA ME ABANDONAR?
- Dani... Meus ossos...
- Oh, desculpe! – A loira se afastava com uma expressão inocente. – E então, veio mesmo a lá Paris?
- Bonjour Lauren, nous nous sentons son absence! Le style français, il tombe vraiment l'éclat et. (Olá Lauren, sentimos sua falta! O estilo francês realmente lhe cai bem como o glamour) – Anne falava num francês fluente se aproximando da corvinal a abraçando carinhosamente, abraço que foi retribuído junto de um sorriso.
- Je vous remercie, vous est également étonnant! (Obrigada, você também está deslumbrante!)
- Vocês poderiam parar de esfregar na nossa cara que falam francês? – Danielle desabava no tapete felpudo levando uma colherada de sorvete a boca. – Grata.
- Realmente é incrível como você não muda! – Lauren jogava a bolsa longe pulando em cima de Dani que gargalhava alto. – E então? Quais são as novas?
- Já tenho um nome para meu filho! – Animava-se Stacy sentando-se contente ao chão bebericando um pouco de suco de abóbora.
- Sério? Não acredito que não estava participando disso!
- É, ela roubou o nome do futuro filho da Anne com o Caios! – Brindava Dani com Anne que gargahou.
- EU não roubei! – Stacy reprimia uma careta. – Ela me deu.
- Depois de você quase implorar. – Completara Anne com um sorriso debochado.
- Você deveria me defender Anne, sou sua cunhada, a mãe de seu sobrinho, a mulher que poderá fazer a vida de seu irmão um mar de rosas ou um inferno!
- Stacy anda ficando realmente medonha na gravidez. – Sussurrara Lauren fazendo Anne concordar com a cabeça.
- Eu ouvi isso Sanders!
- Não era minha intenção! – Ria a morena se escondendo atrás de Anne que erguia as mãos em inocência.
- Ótimo... – Rosnara Stacy empinando o narizinho.
- Bem, eu vou buscar mais sapos de chocolate na cozinha... – Anne levantava-se. – Não queremos que nossa noiva fique tensa para o casamento amanhã!
- Está dizendo que o chocolate é única coisa que me acalma Trent? – Stacy arqueava uma sobrancelha.
- Corra Anne, pegue mais sapos de chocolate, volte o mais depressa possível! Tentaremos segurar a fera até lá! – Divertia-se Danielle.

Anne limitara em bater continência para a loira e sair do quarto correndo, era estranho se ver rindo e dando-se tão bem com aquelas meninas, meninas que um dia Anne sentira inveja, sorriu de canto conforme atravessava os corredores extensos do segundo andar, podia escutar Apple ralhando com Hunter em um dos quartos, algo sobre uma cabeça de boneca quebrada.

Viu no escritório Draco, pai de Stacy folhear algo que parecia um álbum de fotografias, ao seu lado Suzan tricotava algo que parecia um casaquinho de crochê, tudo aquilo era um ambiente familiar que Anne jamais tivera, sua criação fora em meio a campos de batalhas, em meio a guerras e agora aquela Adhara podia se deleitar em um mar de compaixão, um mar de paz, ou melhor... Semi-paz, quando a guerra acabasse talvez sua vida pudesse ser completamente normal ao lado de Caios e quem sabe assim terem filhos como Nathan e Stacy?

Desceu as escadarias rodando a varinha em suas mãos, sentia-se feliz, depois de tanto tempo ela se sentia completa. Atravessou as portas da cozinha colocando-se nas pontas dos pés para procurar nos armários altos um saco com sapos de chocolate e mais algumas guloseimas.

Em um estampido a morena virara-se de supetão abaixando-se, algo havia passado de raspão ao seu lado lhe dando um pequeno arranhão na nuca revelada por conta do rabo de cavalo alto que usava. Em posição de ataque ao chão da cozinha, os olhos tornaram-se mais claros e perigosos, a morena parecia uma lince preste a atacar qualquer coisa que lhe invadisse o campo de visão.

- Quem está aí? – Grunhiu dentre os dentes.

Não obteve resposta, mas sabia que estava sendo observada, levantou-se do chão sacando a varinha que estava no bolso da calça rosa de moletom que usava, os olhos passeando pelos quatro cantos da cozinha vazia. Respirou fundo buscando o máximo de ar para seus pulmões, como se tentasse sentir o cheiro de algo. Virou a face rapidamente para a janela onde viu alguém parado no jardim trajado inteiramente de negro, omitindo a face com um capuz.

Sorriu com escárnio, tal encapuzado havia escolhido a mansão errada para atacar, correu para fora da casa como se flutuasse, sempre fora a mais rápida, até mesmo do que Nathan. Sempre fora a mais forte, nunca demonstrava seu poder por medo do que ele representava, mas a partir do momento que desejavam ferir suas amigas e um lugar que ela sabia que agora também podia chamar de família, as coisas tomavam uma outra dimensão, como se um ódio supremo lhe invadisse o peito, inflando-o o máximo a tornando perigosa.

Ao contrario de dentro da mansão, os jardins estavam frios, o ar úmido contribuía para isto. Girou o corpo graciosamente olhando para os lados como uma pantera faminta, farejou novamente o inimigo girando a varinha dentre os dedos, ela era uma caçadora, naquele exato momento Anne havia perdido toda sua humanidade.

- Hum... É fácil tornar-se perigosa, já percebeu? – Uma voz ferina ressoava atrás de si.
- Quando senti o cheiro pensei que estava delirando, mas você realmente veio até aqui... – Os olhos de Anne mudavam para um tom esbranquiçado quando se virou completamente para fitar o encapuzado. – Mamãe.

Gaya Adhara retirara lentamente o capuz que lhe escondia a face severa, os olhos verdes brilhando em direção a filha.

- Perdeu a noção de como controlar isto?
- Isto? – Anne soltava um risinho pelo nariz. – Isto ajuda a manter você e sua corja longe da MINHA FAMILIA!
- Isto é uma maldição Anne! – Rosnara Gaya. – Você é poderosa, mas por quanto tempo vai agüentar hum? Você se transforma quando sente-se furiosa, como agora. Aposto que o jovem Caios jamais a viu assim...
- Não lhe diz respeito o que compartilho ou não com meu marido.
- Oh claro, você deseja poupa-lo de sua vida sombria não é?
- Grr... DIGA O QUE QUER!
- Soube que o imbecil de seu irmão irá realmente se casar com a Malfoy.
- E isso suja sua honra? – Gargalhara Anne. – Suma Gaya, ou eu mesma lhe matarei.
- A felicidade deles e de todos desta família importam tanto para si?

O rosto de Anne mudara, a fúria havia feito parte não só de seu corpo como de sua alma dando origem a uma áurea negra em torno de seu corpo, Gaya recuara alguns passos para trás, ameaçar a nova “família” de Anne não era lá uma boa coisa.

- Tudo bem, já percebi que eles são sua vida agora.
- Suma Gaya.
- Venha comigo, vamos Anne, eu posso salva-la.
- SUMA! – Urrara a menina fazendo uma imensa rajada de vento atingir a mulher a sua frente que cambaleara.
- Saiu completamente de controle. – Bufara Gaya. – O amor vai lhe destruir Anne, escute bem o que estou lhe dizendo!

Antes que a garota pudesse responder, Gaya já havia desaparecido em meio aos jardins, Anne sabia que poderia encontra-la e ataca-la com perfeição e em poucos minutos, entretanto a imagem de Caios veio-lhe a cabeça como um soco, o que Caios pensaria ao vê-la de tal forma? Como uma caçadora...

Curvou-se apoiando ás mãos aos joelhos buscando calma, precisava ficar sóbria, não podia voltar para a casa com a íris esbranquiçada e com uma áurea negra.

- Ela é realmente insistente não é? – Uma voz séria surgia em meio a escuridão.

Virou-se como um animal feroz, acabando por se assustar ao ver os olhos de seu sogro lhe encontrarem. Carter a fitava com preocupação e medo, jamais havia visto alguém reagir de tal maneira.

- Desculpe, assustei você.
- Tudo bem... – Arfou a menina sentando-se na grama apoiando ás mãos na testa.
- Gaya é realmente odiosa...
- Mas ela realmente tem razão no que falou... Eu sou realmente perigosa.
- Sim, mas apenas para seus inimigos, pelo menos é o que eu suponho.
- Sr.Trent...
- Me chame de Carter.
- Carter... – Os olho da menina voltavam a cor natural. – Caios me disse que já...
- Que já passei pro lado negro uma vez, bem... É verdade. Para proteger quem amamos fazemos escolhas idiotas.
- Tenho medo de fazer uma escolha idiota. – Sussurrou.
- Tenho medo de que Caios não conseguir lhe impedir.
- Mas...
- Escute Anne, todos nós sabíamos de seu poder, Amy controlou suas batidas de coração, seu sangue, e suas linhas de pensamento enquanto estava desacordada.
- O que ela sabe? O que... O que eu sou?
- Mantivemos isto em sigilo por algum tempo, mas conforme Amy analisou, quanto mais você sangra, mais forte você fica. Quanto mais luta, mais aprende, mais você se supera.
- Eu sou uma aberração.
- Você é uma dádiva, mas ás vezes em meio a grandes dádivas...
- Se vêem grandes maldições. – Anne mordia o lábio inferior levantando-se. – Caios sabe?
- Pensei que você mesma poderia contar para ele.
- O que o senhor faz aqui sr. Carter?
- Vim visitar Draco e Suzan, senti seu poder de longe, creio que Draco também tenha sentido já que está te monitorando pela ultima janela. Pergunto-me se eu deveria acenar para ele...
- Eu acho melhor ir para casa...
- Fique Anne. – Ordenou o patriarca dos Trent. – Você está em boas mãos, confie em nós um pouco, nós confiamos em você. Eu lhe prometo garota, que tudo vai ficar bem.

Os olhinhos da menina marejaram-se Carter aproximou-se a envolvendo em um abraço paterno, mesmo quando o mundo ao seu redor estava desmoronando, mesmo eles sabendo que ela era incrivelmente perigosa, eles a acolhiam, esta era a diferença, isto era o que a fazia ficar sóbria. Anne só esperava que Caios também a acolhesse como Carter a acolhera naquele pequeno momento de fraqueza.



O sol raiava intenso pela janela do quarto, era como em um sonho, ou melhor, em um conto de fadas, quando a princesa se arrumava para ir valsar durante horas e horas com seu príncipe encantado. E era assim que ela se encontrava, a princesa da família Malfoy, sentada frente a uma linda penteadeira trajada com um roupão cor de rosa ressaltando sua pele pálida.

Os cabelos loiros e longos eram escovados com delicadeza por uma escova dourada, Stacy não conseguia tirar os olhos de sua imagem, como ela poderia merecer toda aquela felicidade? Recordou-se com um ar risonho do passado que tivera, durantes anos sofrendo por um amor platônico, para então conhecer um homem que era seu oposto.

Nathan e Stacy, Stacy e Nathan. O mundo realmente dava voltas. Ele, o rapaz mais frio, que se isolava em meio à multidão, ela a princesinha da família Malfoy, a Srta. Faz de Tudo. Um ao lado do outro aprendeu a ser mais, ser melhor, um de certo modo curou o outro de suas próprias dores e desilusões.

- A vida é realmente uma grande pregadora de peças... – A loira sorrira ternamente ajeitando o roupão branco que trajava, lançando um olhar satisfeito ao magnífico vestido feito de seda de fada e prata dos Gnomos.
- Eu que o diga. – Uma voz masculina ecoava da porta do quarto.

Stacy arregalara os olhos azulados de maneira brutal, virando-se de supetão para trás, sua felicidade estava quase completa. Ali estava um rapaz alto de braços extremamente musculosos, os cabelos negros caindo sobre os olhos azuis esverdeados e o sorriso que só ele possuía, o sorriso Jay Potter.

- Jay... – Sussurrou saltando da cadeira jogando-se aos braços do melhor amigo que não via há tanto tempo.
- Calminha aí garota! Você vai ter um bebê se esqueceu? – Rira o moreno enquanto a abraçava.
- Isso só pode ser um sonho, eu não acredito que... Ohh Jay! – A loira se afastava olhando o amigo dos pés a cabeça. – Você está mais alto e forte também! Olhe esses músculos!
- O treinamento faz isso... – Encabulava-se o rapaz virando um pouco o rosto.
- Você está lindo e... Por Merlim que saudades!
- POTTER! – Uma voz feminina furiosa ecoava atrás do moreno que se limitara em girar os olhos.

Stacy arqueara uma sobrancelha ao ver sair de trás do rapaz uma linda menina de longos cabelos lisos cor de mel e olhos tão verdes que pareciam duas esmeraldas reluzentes. A garota acertara o braço de Jay com o punho o fazendo bufar indignado e cruzar os braços como um menino birrento.

- COMO É QUE VOCÊ ME DEIXA SOZINHA LÁ EM BAIXO?
- Eu não mandei você vir comigo! – Rosnou.
- AHHHHH claro! Como se eu tivesse escolhas! Esqueceu que o General me mandou ficar de sua babá?
- Eu não preciso de uma babá! Principalmente de você!
- Eu não estou saltitando em felicidade em ter que te aturar ok?
- Hã... – Stacy sorria amarela. – Olá?
- Hum? – Emmy virava-se finalmente dando-se conta da loira ali.
- Stacy essa é a Emmy, Emmy essa é a Stacy, a pessoa em que você está penetrando o casamento!
- Ah claro! A noiva! Olá, sou Emmy Gordon, a babá do Pottie.
- Muito prazer... – Ria Stacy lançando um olhar significativo a Jay.
- Não pense besteiras Metamorfomaga! – Grunhiu o moreno.
- Não pensei nada! – A garota se defendia. – Sou Stacy Malfoy, a melhor amiga e ex-baba do Potter!
- Ahhh, vamos nos dar muito bem então! – Emmy se animava adentrando o quarto fazendo Jay a fitar como se fosse louca. – Esse é seu vestido? Fiu-Fiu!
- Obrigada... Foi da minha tia Amy, nós o reformamos um pouco para ficar mais moderno...
- Stacy, não fique amiga dela! – Jay sentava na cama emburrado.
- Cale a sua boca Pottinho! – Emmy arremessava uma almofada na face de rapaz fazendo Stacy reprimir uma gargalhada.
- Por que você não vai azucrinar a vida dos seus amigos aurores que estão lá em baixo e me deixa em paz?
- Por que eu não sou a babá deles e sim sua!
- ARGH! EU VOU ENLOUQUECER!
- Ele sempre foi dramático assim Stacy?
- Ás vezes pior... – Confessava a loira recebendo um olhar mortífero do amigo.
- Stacy o Caios está perguntando se... – Uma garota morena adentrava o quarto parando de repente.

As feições de Jay mudaram bruscamente conforme fitava a bela morena de pele cor da neve, Anne estava trajada com um roupão verde que realçava seus olhos, ás bochechas num tom róseo lhe dando aspecto de menininha, os cabelos caiam como um véu pelos ombros atingindo o meio das costas, ela continuava impecável.

- Olá Jay... – Saudou encabulada.
- Olá... – Murmurou o rapaz.
- Não sabia que viria...
- Eu... Não vinha, mas... Bem... Decidi de ultima hora.
- Na verdade ele enjoou da péssima comida do Campo de Treinamento e veio comer de graça aqui! – Emmy sorria atravessando o quarto. – Emmy Gordon, babá do Potter.
- Babá? – Anne apertava a mão da garota lançando um olhar curioso a uma risonha Stacy.
- ANNE JÁ ACHOU A STACY? – Caios adentrava o quarto esfregando a cabeça com uma toalha branca, trajado apenas com uma calça de moletom azul marinho.
- Você está no meu quarto gênio! – Stacy rolava os olhos encarando o primo.
- Ah... – O loiro sorria fraco fitando que a prima e a esposa não estavam a sós. – Jay.
- Caios.
- Sou Emmy! – A garota apressava-se em dizer fitando o abdômen definido do loiro a sua frente.
- Ela é a babá do Jay... – Ria Stacy.
- Hum, sou Caios e essa minha esposa Anne. – Caios sorria abertamente cumprimentando a garota.
- Bem, voltamos mais tarde, se precisar de ajuda com o vestido pode me chamar Tacy... – Anne afastava-se pela porta. – Emmy não é?
- Sim.
- Gostaria de vir provar os doces comigo e Caios? – Anne perguntava educadamente.
- Claro! – Emmy sorria matreira. – Está vendo Potter? É assim que pessoas educadas se comportam!
- Vai à merda Gordon!

Emmy sorrira dando a língua para o moreno saltitando atrás de Anne pela porta, Caios dera um leve aceno de cabeça ao ex-melhor amigo para depois seguir a esposa para fora dali. Stacy sorriu indo se sentar ao lado de Jay que deitara na cama e fitara o teto com cansaço, Emmy realmente sabia como o irritar.

- Ela é uma graça...
- Quem? Anne?
- Não, Emmy!
- Oh, por favor! Ela é pedante, resmungona, vulgar, cara de pau, tagarela, folgada e eu poderia passar o dia enumerando ás coisas que eu detesto nela!
- Grandes amores começam assim sabe?
- Cala a boca Tacy!
- Ok, ok, ok! Vamos parar de falar da bonitona Emmy Gordon...
- Bonitona? Onde é que você viu isso?
- Eu disse para paramos de falar dela, já que te incomoda tanto...
- Arghhh!!! Vocês mulheres ainda vão me enlouquecer!

Stacy rolara na cama gargalhando, tudo parecia incrivelmente perfeito, e em poucas horas ela estaria subindo ao altar com o homem que mais amava, com o homem que havia lhe engravidado. Acariciou a barriga apoiando a cabeça no ombro de Jay que he afagou os cabelos fraternalmente.

- Você está feliz não está?
- Eu não me imaginaria mais contente.
- Como vai ser agora? Digo... O que você e Nathan pretendem fazer?
- Meu pai comprou uma casa para nós morarmos, é ao lado da casa de Caios e Anne, bem... Nathan arrumou um emprego trouxa essa semana, ele começa na semana que vem e eu pretendo fazer o mesmo assim que o bebê nascer.
- Emprego trouxa? Fazendo o que? Vocês vão abandonar a vida bruxa?
- Nathan vai ser treinador de boxe.
- Treinador de boxe?
- Bem, você sabe como ele recebeu um treinamento adequado de vários tipos de luta com aquela família psicopata, ele fez um teste e passou.
- Enquanto a vida bruxa?
- No momento ela não é a melhor opção para nossa família, concordamos em nos afastar enquanto a guerra estiver repercutindo.
- Entendo... – Jay sentava-se na cama coçando a cabeça. – Uma decisão madura.
- Nós vamos ter um bebê, precisamos pensar além...
- Fico feliz por você.
- E enquanto a Anne?
- Um sonho impossível. – Rira o moreno recordando-se do sonho que tivera. – Um sonho que só traria desgraça se tivesse se realizado.
- Não entendi.
- Melhor nem entender.
- POOOOTTTTERRRR!!! – Emmy adentrava o quarto saltitando.
- Oh Merlim! – Bufara levantando-se da cama. – POR QUE VOCÊ FAZ TUDO BERRANDO?
- PARA VER SE VOCÊ ENTENDE QUANDO EU FALAR COM VOCÊ! VAMOS LOGO NOS REGISTRAR NO HOTEL QUE EU NÃO QUERO DORMIR NA RUA!
- EU NÃO ME IMPORTO EM VOCÊ DORMIR NA RUA!
- MAS EU ME IMPORTO SEU IDIOTA! – A loira dava um belo soco no estomago do rapaz que se encolhia fazendo uma careta. – Agora vamos logo que eu ainda tenho que me arrumar para o casamento!
-Urgh, me deixe despedir da Stacy primeiro!
- Okay! Tchauzinho Tacy! – Emmy acenava saindo pela porta.
- Ela realmente sabe como lidar com você...
- Stacy, eu não vejo graça nenhuma nisso!
- Eu vejo HAOIhaioOHo Você virou o cachorrinho dela!
- EU NÃO SOU O CACHORRINHO DELA!
- POTTTERRRRRRRRRRRRRRRRRR VAMOS LOGO!
- Droga... Me deixe ir antes que ela deixe todos dessa casa surdos!

A metamorfomaga abraçara com força o melhor amigo antes dele sair pela porta de seu quarto, Stacy gargalhou alto ao ver pela janela de seu quarto, Emmy e Jay adentrarem o carro com a loira no volante do carro conversível vermelho e Jay se segurando com força aparentemente aterrorizado com o fato da menina estar dirigindo. Quem sabe Emmy Gordon poderia curar ás dores do coração de Jay como Nathan curara as suas há meses atrás.


Décima oitava vez, esse era o numero que ele estava deslocando malas e bagagens ao lado de um porteiro baixinho enquanto a bela garota de cabelos cor de mel escolhia o quarto, dezoito quartos e Jay esperava realmente que ela FINALMENTE houvesse achado um que a agradasse.

- Emmy já mudamos DEZOITO VEZES DE QUARTO!
- Escute Potter, se você quer um quarto minúsculo sem privacidade nenhuma onde você possa me ver NUA eu não quero ok?
- Hã? QUEM DISSE QUE EU TE QUERO VER NUA?
- Esse daqui tem uma vista legal... – Comentava andando pelo imenso quarto de hotel que mais parecia um apartamento.
- Ele possui dois quartos senhorita... – O homenzinho falava olhando amendrontado para Jay que havia reparado que ele olhava atentamente as curvas da morena. – Você e seu, hum... Namorado?
- Ela é minha babá! – Grunhira Jay desabando em um só cor de âmbar fazendo Emmy rolar os olhos.
- Okay, ficamos com esse!
- Wow! Eu sabia que só poderia ser você para mudar de tantos quartos tão rápido! – Uma voz animada ecoava da porta do quarto fazendo Jay franzir o cenho.

Emmy dera um grito entusiasmado saltando malas para finalmente se jogar nos braços de um moreno pálido de olhos azuis acinzentados que estava ao lado de uma garota alta loira, o abraço que ambos deram foi o suficiente para que a loira franzisse o cenho não agradando-se muito de tal proximidade.

- Sirius! – Emmy finalmente despejara se afastando do moreno que possuía um sorriso largo.
- Sirius? – Jay saltava do sofá para correr até a porta.
- Jay? – Danielle e o moreno falavam em uníssono.
- Todos já se conhecem?
- Quando foi que chegou a cidade? – Danielle sorria abertamente abraçando o rapaz.
- Hoje mesmo, o que vocês estão fazendo aqui?
- Danielle e eu saímos da casa de Caios e Anne hoje, estamos pensando em partir depois do casamento... – Sirius adentrava o quarto ao lado da namorada. – Emmy essa é a Dani minha namorada.
- Pobrezinha... – Emmy baixava os olhos. – Como ela consegue te aturar Sirius?
- Eu me pergunto isso todos os dias... – Danielle sorria de canto. – Mas da onde vocês se conhecem?
- Lembra quando eu trapaceei no segundo ano e fui parar em uma delegacia de policia trouxa?
- Lembro. – Jay e Danielle respondiam.
- Lembram que meus pais me mandaram para ficar um mês em uma escolinha militar bruxa?
- Sim. – Mais uma vez os dois respondiam.
- Nos conhecemos lá! Sempre nos encontramos em reuniões do Ministério da Magia, o pai da Emmy é um grande amigo da mamãe. Agora, eu não entendo o que vocês dois...
- Meu pai me mandou ficar de babá do Potter este final de semana.
- Babá? – Danielle gargalhava.
- Obrigado Dandan, você realmente sabe animar uma pessoa!
- Ora Jay, ver você desse tamanho com uma babá é realmente motivo para rir.
- É mesmo cara, me diz onde é a sua academia que eu quero marcar uma hora! – Sirius se animava fazendo Jay aderir uma coloração beta.
- Bem, eu vou me arrumar para o casamento! – Emmy caminhava em direção a um dos quartos. – Potter o da direita é meu!
- Hã? Mas eu nem vi os quartos ainda!
- Vai se acostumando cara... – Sirius comentava. – Só tende a piorar!
- E como vocês se dão bem? – Bufava Jay.
- Hum, somos parecidos e somos mandões, nós praticamente dominamos o acampamento juntos!
- Oh céus, boa sorte Jay, um Sirius de saia não deve ser fácil!
- Acredite, é insuportável!
- Bem, nós vamos também nos arrumar... – Danielle beijava a bochecha do amigo. – É bom te ver bem.
- Obrigado...
- Nos vemos no casamento! – Sirius acenava risonho.

Jay suspirara fechando a porta, será que era verdade que ele estava bem? Havia passado tanto tempo, mas ainda assim sentia seu coração palpitar quando vira Anne, ela parecia feliz e Caios estava tão a vontade... Bem, isso era óbvio! Eles estavam casados! Resmungou palavrões inaudíveis caminhando pelo curto corredor adentrando o banheiro, tomaria um bom banho e depois iria para o casamento de Stacy.

Olhou ao seu redor, o banheiro não era lá imenso, mas dava para o gasto, despiu-se com lentidão ainda sentindo alguns machucados arderem, ainda possuía boas cicatrizes do treinamento com o General, fitou a própria imagem ao espelho, havia realmente ganhado bons pares de músculos, sorriu de canto adentrando o chuveiro e o ligando, a água quente escorrendo pelo seu corpo era quase uma terapia, ensaboou-se e enfiou-se mais uma vez debaixo da água quente, seus poros agradeciam cada toque...

- Potter você tem escova de cabelos? – Uma voz ecoava de dentro do banheiro.

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Sentiu-se escorregar e levar um belo tombo no boxe, aquilo só podia ser brincadeira, ou então muita loucura! Abriu a cortininha para fitar Emmy trajada com um blusão que por sinal era SEU, escovando os dentes e procurando pelo banheiro algo.

- VOCÊ ESTÁ LOUCA GORDON? – Berrou.
- Hum? Por quê?
- EU ESTOU NO BANHO? – apressou-se apanhando a toalha e desligando o chuveiro saindo deste ensopado.
- E daí?
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- VOCÊ É ALGUMA MANIACA SEXUAL POR ACASO?
- Potter você realmente é uma mulher escandalosa!
- EU SOU UM HOMEM!
- Que seja... – Emmy dava os ombros. – Urgh, você está sangrando nas costas...
- Hã? Mas que bosta!
- É melhor limpar isso...
- Eu não alcanço ali... – Bufou saindo do banheiro sendo seguido pela menina.
- Ok, eu limpo.
- Limpa? Não vai tentar me matar?
- Potter, não teste minha paciência! – Rosnou a garota o puxando pela mão em direção ao seu quarto.

Jay franzira o cenho, as coisas de Emmy em menos de dez minutos estavam devidamente organizadas, enquanto suas malas sequer haviam sido desfeitas, ela o mandou sentar na cama enquanto abria um armário e retirava de lá uma pequena maletinha branca, retornou até o moreno começando então a fazer um curativo.

- E então? Qual é o caso com a Veela Casada?
- Veela Casada?
- Anne Trent.
- É complicado... – Murmurou baixando os olhos.
- Deixa eu ver, você se apaixonou por ela, mas ela preferiu o bonitão loiro.
- É, mas o bonitão loiro era meu melhor amigo.
- Não me parece algo complicado.
- Na época foi... Autch! Pensei que não quisesse me matar!
- Deixa de ser fresco!
- Ela está melhor com ele...
- Quem?
- Anne.
- Ela me parece feliz...
- É...
- Mas você está infeliz. – Emmy se afastava olhando nos olhos do rapaz que a fitou sério.
- Já estive pior, agora eu nem sinto tanto...
- O tempo cura isso! – Emmy saltava caminhando para uma penteadeira. – Enquanto não cura, se manda do meu quarto para que eu me arrume!

O moreno rira levantando-se da cama e indo para fora do quarto, Emmy começava a maquiar o rosto quando ele maneou a cabeça negativamente e fechou a porta atrás de si, era realmente estranho ter uma pessoa mandando em si e ao mesmo tempo saber ser extremamente doce, talvez conviver com Emmy não fosse lá tão cruel quanto ele pensava que seria, talvez ele tivesse acabado de ganhar uma boa amiga.



Os jardins estavam mais cheios do que nunca, além de uma imensa escolta de aurores e inomináveis havia também os maiores bruxos do Mundo Mágico, Nathan sentia seu coração inflar a cada segundo, sentia-se impotente pela primeira vez em muito tempo. Era como se aquele dia fosse o dia de sua salvação, o dia em que tudo estava preparado para dar certo, e em poucos minutos ela estaria ali, a mulher que o fez escolher o melhor caminho, a mulher que o enfeitiçou com sua inteligência e carisma, a mulher que será mãe de seu filho.

- Droga... – Ouviu a voz de Sirius atrás de si no altar.
- Hum? O que foi? – Indagou virando-se para o moreno.
- Vocês Adhara’s tem algum ascendência veela? – Murmurou desgostoso fazendo Caios e Jay reprimirem alguns risinhos.
- Que tipo de pergunta é essa Zabine?
- Qual é cara, aproveita que está no altar e que a Tacy está atrasada e fala logo!
- É claro que não Zabine, eu não tenho ascendência veela!
- Droga. – Sirius bufava retirando um saquinho com galeões e entregando a Caios.
- Que tipo de padrinhos vocês são? – Nathan rolava os olhos.
- Aqueles que apostam se você vai ficar mais bonito de terno do que eu! – Caios sorria maroto. – Eu disse pro Sirius que você não tem ascendência veela, mas mesmo assim faz garotas suspirarem, ele não acreditou e bem, apostamos.
- Sirius você realmente está perdendo o tato para apostas. – Rira Jay.
- Ah, calem a boca! – Bufara o rapaz fazendo o bico. – Só o Kevin me entende.
- E como você está lidando com a separação? – Alfinetara Nathan.
- Ele está bem deprimido... – Caios sorria de canto. – Danielle disse que ele nem está tendo muita potencia sexual.
- ELA O QUÊ???
- Ele está brincando Sirius, até parece que não sabe quando Caios brinca... – Jay sorria.

Caios retribuira o sorriso, por aquele momento era como se nunca tivessem brigado, mas então Jay desviou o olhar e Caios não agüentou sustentar por muito tempo, Sirius bufara quebrando o silêncio, até quando Caios e Jay continuariam assim? E quando Kevin retornaria? Ele sentia falta de espancar alguém...

- Olhem, estão vindo! – Anunciara Caios.

Anne, Lauren e Danielle atravessavam o longo tapete vermelho, todas trajadas em lindos vestidos de cetim cor de sangue, Danielle seguia a frente com os cabelos loiros presos num coque, seguida por Lauren com um rabo de cavalo alto e Anne com meio rabo, ás três perfeitas com sorrisos nos lábios, se dirigiram calmamente para o lado em que Stacy ficaria.

- Está linda minha Dandanzinha! – Sussurrara Sirius.
- Shhhiiii! – Danielle ria fazendo sinal de silêncio.
- Só se você usar esse vestido a noite!
- Shiiiiiii!!!
- Viu Caios? Estamos ótimos sexualmente!

Caios gargalhara logo disfarçando com uma fingida tosse, Nathan rira, já estava acostumado com os ataques daqueles rapazes que não tinham lá muita coisa na cabeça.

 Howie Day - Collide


Fora então que uma banda bruxa começou a tocar uma música no violão e Nathan virou-se para frente com um imenso sorriso avistando uma linda carruagem guiada por unicórnios.

The dawn is breaking
O amanhecer está quebrando
A light shining through
Uma luz está brilhando
You're barely waking
Você está mal acordando
And I'm tangled up in you, yeah
E eu estou enroscado em você, sim


Na bela carruagem branca com rosas de todas as cores estava Stacy, uma verdadeira princesa trajada com um vestido perfeito branco brilhante e uma grinalda transparente no topo da cabeça junto de uma tiara de diamantes.

- Stacy... – Sussurrou ao vê-la lhe soprar um beijinho.

But I'm open, you're closed
Mas eu estou aberto, você está fechada
Where I follow, you'll go
Onde eu sigo, você irá
I worry I won't see your face
Eu me preocupo que não verei seu rosto
Light up again
Ilumine novamente


Stacy na ajuda de seu pai Draco descia da carruagem pomposamente, endireitando o imenso buquê de rosas e lírios brancos nas mãos e sorrindo abertamente, Draco parecia dividido entre prosseguir com aquilo ou levar a filha para o mais longe possível de Nathan. Aparentemente ele estava tentando prosseguir.

- Eu te amo... – Sussurrara Stacy conforme era encaminhada para o lindo rapaz de terno frente ao juiz de paz.

Even the best fall down sometimes
Até mesmo o melhor cai algum dia
Even the wrong words seem to rhyme
Até mesmo as palavras erradas parecem rimar
Out of the doubt that fills my mind
Fora da dúvida que enche minha mente
I somehow find, you and I collide
Eu acho de alguma maneira, você e eu colidimos


- Eu te amo... – Sussurrou o rapaz de volta.

E sim, ele a amava com todas ás suas forças, Stacy havia salvo sua vida, salvo sua alma e ele queria a fazer a mulher mais feliz do mundo, pois ela merecia aquilo, ela merecia ser a pessoa mais feliz do planeta, e naquele dia, naquele momento a felicidade de sua mulher seria responsabilidade totalmente sua.

I'm quiet, you know
Eu sou quieto, você sabe
You make a first impression
Você deixou uma primeira impressão
I've found I'm scared to know
Eu me assustei por saber
I'm always on your mind
Eu sempre estou em sua mente


- Cuide bem da minha menina... – Draco murmurara ao entregar a filha ao moreno que sorrira largamente.
- Sempre Sr.Malfoy, sempre... – Nathan dava um beijo singelo na bochecha de Stacy que estava cada vez mais radiante.
- Você esteve na minha cabeça o dia inteiro... – Confessou ela enquanto o noivo a conduzia para o Juiz de Paz.
- Você também.
- Somos loucos?
- Não, somos apenas apaixonados...

Even the best fall down sometimes
Até mesmo o melhor cai algum dia
Even the stars refuse to shine
Até mesmo as estrelas recusam brilhar
Out of the back you fall in time
Fora o passado, você caiu a tempo.
I somehow find,
De alguma maneira encontrei:
You and I collide
Você e eu colidimos


O juiz começou a falar deliberadamente, mas o único foco de Nathan era o rosto dela, a beleza dela, o jeito que sua bochecha corava conforme ele não a parava de olhar. Ela... Ela seria sua.

- Sr.Adhara, seus votos... – O juiz o chamou.
- Stacy Karoline Malfoy, minha vida... Eu prometeria te amar para todo o sempre, mas acho que não seria o bastante, então eu prefiro lhe dar o meu coração, ele é seu Stacy, ele é seu desde o dia na biblioteca de Hogwarts e será para todo sempre e sempre, você salvou a minha vida.

Don't stop here
Não pare aqui
I've lost my place
Eu perdi o meu lugar
I'm close behind
Eu me fechei para trás


- Nathan Darren Adhara, aceita Stacy Karoline Malfoy como sua legitima esposa?
- Aceito. – Afirmou o rapaz colocando com delicadeza uma aliança dourada no dedo fino e delicado de Stacy que possuía os olhos transbordando em lágrimas.

Even the best fall down sometimes
Até mesmo o melhor às vezes cai
Even the wrong words seem to rhyme
Até mesmo as palavras erradas parecem rimar
Out of the doubt that fills your mind
Fora da dúvida que enche minha mente
You finally find,
Você finalmente achou
You and I collide
Você e eu colidimos


- Srta. Malfoy, seus votos.
- Nathan Darren Adhara, você apareceu em minha vida no momento certo e só me salvou desde então, você me ensinou a amar e a ser amada, me ensinou que o amor existe de verdade e eu lhe dou a minha vida, pois agora seremos apenas um para todo o sempre e sempre.

You finally find,
Você finalmente achou
You and I collide
Você e eu colidimos
You finally find,
Você finalmente achou
You and I collide
Você e eu colidimos


- Stacy Karoline Malfoy, aceita Nathan Darren Adhara como seu legitimo marido?
- Aceito. – A loira sorria transbordando em lágrimas. – Para sempre e sempre.
- Sempre e sempre. – Nathan murmurara de volta enquanto a esposa colocava a aliança em seu dedo.
- Pode beijar a noiva.

E ambos se beijaram sobre os aplausos de todos, era um sonho se tornando realidade, era uma nova vida começando, era o começo para eles. Stacy sorriu acariciando a barriga e sentindo seu filho a chutar, aquele era sem sombra de dúvidas o dia mais feliz de sua vida.

Nate e Tacy



A festa de casamento já havia começado a algumas horas, Nathan e Stacy dançavam colados no meio da pista de dança, aquele era o amor que todos deveriam se inspirar, mas ali, atrás da floresta estava uma tropa de bruxos encapuzados. Gaya Adhara observava o filho e a nora dançarem no centro sendo seguidos por todos, era algo estranho de se sentir, ver seu filho seguindo um caminho contrario ao que havia planejado, mas surpreendentemente Gaya não conseguia sentir ódio ou decepção, mas sim orgulho.

- Vamos embora. – Ordenou.
- Mas e o ataque? Sra. Adhara! – Um dos encapuzados manifestou-se.
- É UMA ORDEM!
- O chefe não vai gostar disso...
- EU SOU A SUPERIOR NESSA MISSÃO, SE DIGO QUE VAMOS NOS RETIRAR, VAMOS NOS RETIRAR! – Berrou fazendo todos se calarem. – Considere um presente de casamento para si, meu filho... – Sussurrou para si aparatando.


Stacy afastou-se lentamente do marido encarando o outro lado da festa, Nathan a fitou sem entender a puxando de volta para si colando a própria testa na da esposa.

- Algum problema?
- Já sentiu que sua vida está tão perfeita que tudo pode dar errado?
- Nada vai dar errado, você é minha esposa agora e eu vou te proteger para sempre.
- Nathan...
- Stacy, eu nunca vou deixar nada atingir você e Luke.
- Luke?
- Anne me contou que você roubou o nome do futuro dela com Caios... – Rira o rapaz conduzindo a esposa na valsa.
- E se for menina?
- Não tem a mínima possibilidade.

Nate e Stacy

O casal gargalhara, de longe em uma das mesas Sirius os observava com carinho, Danielle e Emmy haviam ficado amigas depressa demais e haviam ido ao banheiro juntas, notou Lauren tristonha em um canto afastado, certamente deveria estar pensando em Kevin, Caios e Anne dançavam como um casal perfeito próximos a Nathan e Stacy e por ultimo Jay que estava sentado ao seu lado fitando o nada.

- Já quis a vida de outra pessoa para si? – Sussurrou Sirius.
- A vez que Caios ficou com Anne conta?
- Pensei que havia superado isso...
- Estou superando. – Jay dava os ombros.
- Eu queria que minha vida e de Danielle fosse como Stacy e Nathan.
- Wow, Sirius Zabine pensando em casamento e filhos.
- Hey, eu não sou tão insensível assim! ‘Tá eu sou, mas... Você sabe...
- Consigo entender.
- Olá rapazes, fofocaram muito sobre nós! – Emmy sorria marota. – Oh Potter, por céus ainda está sentado aí? Pensei que o tinha mandado ir atrás de alguma garota!
- Eu estou com uma garota! Você acha mesmo que Sirius é homem?
- Poupe-me, venha, me leve para dançar!
- Como é que é?
- Eu quero dançar, estou sem par e você está aí sem fazer nada.
- Eu não vou dançar! – Rosnou recebendo um soco no ombro. – Hey!
- Vamos logo seu lerdo! – Emmy o puxava pela gravata o forçando a se levantar e o levando para a pista de dança.

Sirius e Danielle fitaram a cena atônitos, era a primeira vez que conseguiam ver uma garota mandando em Jay, uma garota que não fosse a sua mãe Megan é claro.

- É, estamos realmente vivenciando uma nova realidade... – Comentara Danielle.
- Dani...
- Sim?
- Vamos?
- Já? Mas eu pensei em...
- Eu queria fazer uma coisa antes de irmos embora.
- E o que seria?
- Você vai ver! – Sirius piscava maroto puxando a namorada pela mão e a guiando para o estacionamento onde adentraram no carro negro e dirigiram por um longo tempo.

Danielle suspirava de momento a momento, não queria ir embora da Inglaterra daquele modo sem se despedir de ninguém ou deixar algum contato, mas aquela era a melhor forma de ela e Sirius ficarem juntos, além de é claro Sirius a proibir de se envolver na guerra. Franziu o cenho ao se dar conta de que estavam no centro trouxa de Londres onde várias lojas encontravam-se abertas.

Sirius estacionara o carro frente a uma loja qualquer e descera do carro, a loira apressara-se em segui-lo e lhe segurar a mão ardendo em curiosidade. Sirius sorriu de canto, o sorriso que ela tanto amava em seus lábios e então a mandou cerrar os olhos.

- Pode abrir agora, mas, por favor, sem escândalos.

Os olhos castanhos abriram-se lentamente quando se vira cercada por todo tipo de jóia, era como se tudo ali tivesse brilho próprio e fosse de uma perfeição sem tamanho. Sirius continuava a sorrir esperando que ela falasse algo, algo que não vinha, a frente de ambos a vendedora os aguardava.

- Escolhe qualquer uma aliança. – Falou o moreno.
- Você está me pedindo em casamento?
- Sim, assim que a guerra acabar nós nos casamos.
- SIRIUS! – Berrara Danielle saltando no pescoço do rapaz que apenas gargalhara.
- Você aceita?
- Como não! Oh Merlim, eu posso escolher qualquer uma?
- Qualquer uma. – Sirius sorria cruzando os braços e vendo a namorada dançar de bancada a bancada.

Jamais pensou que ela aceitaria, mas ao ver Nathan e Stacy, ele sabia que deveria fazer aquilo, aquilo era realmente o certo a ser feito.



A porta da casa abrira-se lentamente e em seguida as luzes da sala foram acendidas iluminando todo o local, Caios adentrara ao lado de sua esposa depositando seu paletó em uma das cadeiras, sem sombra de dúvidas o casamento de Stacy e Nathan iria ficar marcado por toda a história das melhores festas de casamento bruxas. Poderia falar horas e mais horas de o quão foi proveitoso ver a prima e o cunhado se casarem, mas algo lhe incomodava e este algo estava lhe incomodando desde o inicio do dia.

- Anne... – Chamou a morena que estava subindo as escadas em direção ao quarto. – Você está bem?
- Por que pergunta?
- Bem, estamos casados há algum tempo, eu acho que já sei quando algo está lhe incomodando ou não.
- É, eu não consigo esconder de você... – Murmurou terminando de subir ás escadas sendo seguida pelo marido.

Adentrou o quarto sentando-se frente à penteadeira retirando o enfeite do cabelo e ás jóias que usava, Caios sentou-se na cama retirando o sapato como se esperasse que a esposa lhe contasse o que estava acontecendo.

- Ás coisas andam saindo de controle para mim.
- O que quer dizer com isso? – Indagou o loiro franzindo o cenho.
- Desde que saí do hospital que coisas vem acontecendo comigo. – Ela começava fitando a imagem do rapaz pelo espelho da penteadeira. – Nós dois sabemos que há uma probabilidade de que eu seja amaldiçoada.
- Ah não! Essa história de novo não!
- Coisas tem acontecido Caios, eu não posso ignorar!
- Que tipo de coisas?
- Quando eu sinto muita raiva eu... Eu não consigo controlar meus instintos! Eu viro um animal faminto por destruição! Ontem na Mansão Malfoy eu consegui sentir o cheiro de Gaya nos jardins, eu previ o perigo Caios! Você não entende? Nenhum ser humano comum consegue sentir o cheiro do outro a mais de dez metros de distancia!
- Anne...
- E se eu me descontrolasse de vez? Eu me segurei para não atacar Gaya! E se eu ficar furiosa um dia e te atacar? E se eu te machucar?
- Anne você não é um perigo ambulante! – O loiro levantava-se da cama tocando o ombro da esposa que chorava compulsivamente. – Você é a minha Anne, a mulher da minha vida, você é incapaz de machucar alguém.
- Tem mais coisa... – Soluçara a garota virando-se para abraçar o loiro. – Os exames que eu fiz com sua mãe, seu pai me disse que teve alterações, parece que meu sangue fica mais poderoso conforme mais eu me machuque, como se eu fosse uma máquina, eu estou com medo Caios...
- Shii... Não se preocupe, eu vou te proteger.
- Eu não quero machucar ninguém!
- E não vai... – Caios erguia a face da garota. – Você é a única que me ensinou a amar de verdade, não vai machucar ninguém, pois eu te amo.
- Eu também te amo, eu tenho medo do que o que eu sinto por você pode fazer...
- Um amor não pode levar a todos nós a ruína pode?

 Dees’ree - Kissing You


Anne engoliu em seco maneando a cabeça negativamente, Caios a abraçou firme afundando o rosto em seus cabelos respirando todo o cheiro doce que continha neles, como se precisasse daquele cheiro por toda sua vida.

- Oh garota, o que você faz comigo que me deixa assim?

Pride can stand
O orgulho pode estar
A thousand Trials
Em mil esperiências
The Strong will never fall
A força e a vontade nunca caem
But watching Stars without You
Mas olhando as estrelas sem você
My Soul cried
Minha alma chora



Os lábios do loiro passearam no pescoço de Anne permitindo que um rastro quente se alastrasse por ali, a morena jogara o pescoço para trás enquanto suas lágrimas involuntariamente continuavam a descer pela sua face de boneca. Caios voltara atenção aos seus lábios e bochechas limpando com beijos carinhosos cada lágrimas que saia do olho de sua esposa.

- Eu te amo... – Sussurrara a menina enlaçando ás mãos no pescoço do rapaz e colando seus lábios aos dele como se sua vida precisasse disto.

Caios passeara ás mãos pelas costas pequenas de Anne em busca do fecho do vestido, sorriu dentre o beijo ao encontrá-lo e descer lentamente fazendo com que o vestido escorregasse pelo corpo esguio e esbelto da bela garota que trajava uma linda lingerie cor de vinho.

Grieving heart is full of Pain
Minha alma chora
of, of The Aching
da, da dor


Anne retirara a gravata de Caios com lentidão logo desabotoando a camisa branca e a deixando cair ao chão ao lado de seu vestido, o loiro sorrira abertamente a fitando e então a pegando no colo como se fosse a coisa mais preciosa de toda sua vida e a deitando na imensa cama king size, passeando a ponta dos dedos por todo o rosto de boneca da morena que ele tanto amava.

- Eu acho que não cabe tanto amor em meu coração... – Suspirou beijando-lhe o lábio com ternura.

'Cause I'm Kissing You, oh
Por que estou beijando você
I'm Kissing You, Love
Estou beijando você, amor


Anne passeara as unhas levemente nas costas do loiro que suspirava a cada toque, em seguida o ajudou a retirar a calça social preta e as meias o deixando apenas com sua boxer verde escura.

- Eu não mereço você... – Murmurou a menina beijando todo o peitoral e abdômen do marido. – Eu não mereço todo esse amor.

Caios a puxara pelo cabelo para lhe encontrar a boca novamente, para um beijo feroz e apaixonado, separando-se apenas quando ambos buscavam ar.

- Jamais repita isto Anne Trent. – Falou serio retirando o sutiã que cobria os seios alvos e fartos os acariciando lentamente arrancando gemidos e suspiros de prazer.

Touch Me Deep
Toque me profundamente
Pure and True
Puro e verdadeiro
Gift to Me Forever
Presentei a mim para sempre


Anne sorrira ao sentir sua ultima peça de roupa deslizar por suas pernas e Caios se afastar para retirar a sua própria, cerrou os olhos permitindo que uma lágrima solitária lhe descesse os olhos, prendendo a respiração ao senti-lo afastar um pouco suas pernas.

- Olhe para mim meu amor, quero ver seus olhos enquanto acontece... – Pediu o loiro com carinho.

Photobucket

'Cause I'm Kissing You, oh
Por que estou beijando você
I'm Kissing You, Love
Estou beijando você, amor


Anne abrira os olhos lentamente fitando aquela imensidão esmeralda que era os olhos de seu marido, Caios lhe sorrira conforme a penetrava lentamente, a menina o abraçou mais forte contra o corpo ao sentir uma leve fisgada dentro de si, Caios parara a fitando com pesar, mas sendo incentivado com um sorriso de Anne que o incentivava a prosseguir.

Ele beijara todo o rosto da menina, e logo sentiu que ela já conseguia prosseguir com movimentos mais bruscos, Anne dizia palavras carinhosas em seu ouvido, junto de seu nome, era como se estivesse no paraíso. Caios jamais havia sentido algo tão puro em toda sua vida, era como se Anne estivesse o levando para uma dimensão que ele jamais pudesse pisar sem ela, uma terra onde apenas os anjos poderiam estar e agora, ele, Caios Trent estava sendo convidado a fazer parte. O corpo de Anne inclinara assim que ela chegara ao mais puro do êxtase e não tardou até ele mesmo despejar em cima de sua amada.

Where are You now?
Onde esta você agora?
Where are You now?
Onde esta você agora?
'Cause I'm Kissing You
Porque eu estou te beijando
I'm Kissing You
Eu estou beijando você.


Afundou a face na dobra do pescoço de Anne respirando fundo, permitindo que seus pulmões ficassem cheios com aquele aroma perfeito, Anne afagou-lhe o cabelo e aos poucos o sono tomava conta de ambos, um sono embalado por um amor imortal.



Stacy não podia acreditar no que estava vendo, finalmente estava em sua casa ao lado de seu marido, Nathan havia ido ao andar de cima colocar ás malas no quarto enquanto ela permitia-se adorar com os olhos cada móvel ali colocado, cada fotografia, quadro e sofá. Aquela casa era realmente uma parte de si e de Nathan, com o aspecto de cada um.

- Vai ficar aí embaixo ou vai subir para me fazer companhia? – Riu o moreno no topo da escada.
- Mal nos casamos e você já vai mandar em mim? – Desafiou a loira com um sorriso traquinas nos lábios subindo alguns degraus segurando a borda do vestido de noiva.

Nathan a oferecera a mão enquanto passavam pelo corredor estreito do segundo andar, corredor que só possuía três portas, Nathan parara no meio dando um sorriso torto a mulher que lhe fitava curiosa.

- O que está me escondendo Adhara?
- Sou tão previsível assim?
- Um pouco... – Confessou ela. – Mas eu amo desse jeito.

O moreno a beijara nos lábios abrindo uma das portas revelando um quarto azul com um lindo berço, Stacy estancou ao ver os brinquedos e uma linda plaqueta sobre um dos móveis com o nome “Luke Alexander Adhara”.

- Nathan...
- É um menino Tacy, eu peguei o resultado no médico hoje de manhã! É um menino.
- Luke... – murmurou emocionada abraçando com força o marido. – É o maior presente que você poderia ter me dado, oh Nathan!
- Hoje está sendo um dia perfeito não está?
- Eu espero que esse dia nunca acabe! – A loira afundava o rosto no tórax do marido.
- Vem, deixa eu te mostrar o que eu comprei para nosso futuro jogador de quadribol!

Stacy sorriu sendo puxada pelo marido para olhar os inúmeros brinquedos e roupas, sim, eles haviam conquistado o paraíso.


As nuvens sublocavam todo o céu naquela manhã, Danielle puxava pelas escadas do hotel duas imensas malas enquanto Sirius enfiava com força no porta malas mais dois pares de malas imensas, a loira parara nos degraus o encarando de modo divertido, Sirius ao sentir os olhos sobre si virou-se de maneira orgulhosa para a noiva.

- Vamos, continue! Está realmente um charme você socando as malas aí...
- Não brinque com fogo O’Brian! – O moreno encostava-se no carro abrindo os braços permitindo que a loira se jogasse contra si e beijasse-lhe com ardor. – Não me beije assim em publico, eu sou capaz de voltar para o quarto e não sairmos da Inglaterra hoje!
- Ai Sirius como você é bobo! – Rira a loira apanhando as malas e as colocando no porta malas.

Sirius rira rodeando o carro e adentrando o banco do motorista, Danielle fechara o porta malas sorrindo parando ao lado do carro sobre o olhar curioso do noivo.

- O que foi agora? Não me diga que esqueceu sua lingerie de onçinha lá me cima!
- Hã? Eu não tenho lingerie de onçinha Sirius!
- Mas poderia ter... – Comentou pensativo
- Você é impossível! – Gargalhara retirando um cartão da bolsa.
- O que é isso?
- Um cartão de crédito! – Ela adentrava o carro.
- Hum, não é de comer é?
- Sua mãe nos deu para pagarmos nossas contas trouxas, ela fez uma conta para nós! Podemos sacar uma boa quantia em dinheiro quando chegarmos a Las Vegas!
- Eu realmente amo a minha mãe.
- E então? Vamos?
- Vamos para as estrelas! – Sirius ligava o motor que roncou alto dirigindo em alta velocidade.

Danielle jogara as mãos para o alto ao sentir o vento lhe tocar a face, ela e Sirius estavam finalmente livres.


Em um dos quartos de hotel, uma bela menina de cabelos cor de mel remexia-se desconfortável na cama, endireitou-se e finalmente abriu os olhos cor de folha, Emmy franziu a face, quando fora que Jay se amarrara na cadeira frente a sua cama e ficara totalmente machucado?

- Oh, a princesinha Gordon despertou! – Uma voz melosa ecoava no quarto.

Saltou depressa da cama procurando sua varinha em vão, um homem de meia idade de olhos amarelos a encarava com malicia, Jay continuava inconsciente a sua frente e pelo que parecia permaneceria assim por um longo tempo.

- Ótima hora para tirar um cochilo Potter! – Rosnou.
- Não brigue com seu namoradinho, nós lutamos um pouco...
- Ok mistura de Britney careca com Bush, vamos ver do que você é capaz... - A loira ia em direção ao homem.

Antes de conseguir lhe acertar um soco, o homem lhe azarara a fazendo bater com força as costas na parede, o barulho estrondoso ajudara Jay a despertar, ele ainda podia sentir o sangue em sua boca enquanto erguia a cabeça e via Emmy levantando-se do chão a fim de lutar com o homem misterioso.

- Emmy! – Chamou tentando se soltar.
- Agora não Potter!
- Você realmente é filha do Gordon, dura na queda.
- Você não viu nada... – A menina apanhava o abajur o arremessando contra o homem que o explodiu.

Emmy se jogou ao chão dando-lhe uma rasteira, o corpo do homem caira em um baque ao chão permitindo que a varinha de Jay rolasse para perto de seus pés, Emmy recebera um chute na barriga quando tentara alcançar o objeto. Jay bufara balançando-se na cadeira e caindo ao chão apanhando com dificuldade a varinha, enquanto Emmy e o homem entravam em uma luta de socos e chutes.

O moreno conseguiu se desamarrar e em uma velocidade descomunal pôs-se de pé e lançou uma azaração contra o homem antes que este azarasse a bela menina que possuía os lábios sangrando e alguns ferimentos pelo rosto.

- Você... Você o matou? – Gaguejou levantando-se.
- Não, está apenas desacordado...
- Que péssimos aprendizes somos hum? Não conseguimos lidar com um cara qualquer!
- Seu pai vai nos matar... – Jay oferecia a mão para a loira.
- Nos matar? Ele vai TE matar!
- Obrigado Emmy, você realmente sabe reconfortar um ser humano.
- Disponha. E então o que fazemos com ele?
- Vamos acionar os Inomináveis, eles saberão o que fazer, afinal, somos apenas aprendizes.

A loira concordara com a cabeça enquanto Jay enfiava a face dentro de uma das lareiras, era a primeira vez que ela lutava se preocupando com outra pessoa, era a primeira vez que alguém salvava seu pescoço. Lançou um olhar a Jay, talvez ele não fosse lá tão idiota o quanto ela pensasse.



O quarto estava ligeiramente claro, ás peças de roupa ao chão e a cama desarrumada onde dois jovens dormiam abraçados era a cena de casal perfeito. A menina morena se remexeu suspirando como se aquela tivesse sido a melhor noite de toda sua vida, com certa dificuldade abriu os olhos apoiando a cabeça nas mãos para fitar a face pálida e adormecida do marido.

Beijou-lhe o rosto com carinho esperando que Caios despertasse, sorriu quando isso não aconteceu, o cutucou mais algumas vezes em vão logo começando a se preocupar, a pele de Caios estava gélida como se estivesse em contato com a neve e sua respiração estava fraca por demais, Caios parecia que estava morrendo.

Gritou, gritou a plenos pulmões se jogando contra o chão olhando para ás próprias mãos, o espelho da penteadeira a refletia sua imagem, seus olhos estavam verdes vivos, tão verdes que quase mal podia-se enxergar sua pupila cor de ônix.

A porta de seu quarto abrira-se num supetão, Nathan estava ali, talvez tivesse escutado seus gritos de sua própria casa, o moreno olhou para irmã e para Caios sem entender o que estava havendo, e então Stacy entrou tentando a abraçar e a tocar, mas Anne a repeliu se afastando o máximo de todos com medo de que tivessem o mesmo destino de Caios.

- Oh Merlim, ele está morrendo! – Nathan tocava o pescoço do cunhado. – TEMOS QUE LEVÁ-LO AO ST.MUNGUS!

Anne chorara, chorara com todas as suas forças, ela fora do céu ao inferno em poucos segundos como um anjo decaído.


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