Os Comensais da Morte



Deena e seu pai foram dormir em uma outra barraca, próxima à dos Weasley, onde haviam feito sua reserva.  Infelizmente, nem tudo ficou perfeito.  Com o cair da noite, um tumulto despertou o acampamento.  Deena e seu pai saíram para ver a baderna generalizada que se espalhava entre a multidão.  Por todos os lados, bruxos e bruxas de roupas de dormir deixavam suas tendas assustados.  Mães preocupadas seguravam suas crianças, e Deena correu até a barraca de seus amigos para acordá-los.  Porém, antes que pudesse entrar, ela topou com o Sr. Weasley, que caminhava para longe dali, seguido por todos os jovens.  O Sr. Knocks se uniu ao grupo e em breve todos viram o porquê da confusão: um grupo de bruxos vestidos de negro se preocupava em maltratar algumas pessoas, que voavam sobre suas cabeças gritando e sendo chacoalhadas.


A imagem das pessoas voando lá em cima calou fundo em Deena e impediu momentaneamente sua reação.  A garota viu-se pasma e chocada no meio da massa de bruxos assustados que fugiam correndo, e foi tirada de seu devaneio indignado por Fred, que a puxou pelo braço.


- Meu pai!  Cadê meu pai, Fred?


- Calma, Dee, nossos pais foram com o Gui, o Carlinhos e o Percy para junto do pessoal do ministério, ajudar a consertar as coisas.  Vamos, eles pediram para não nos separarmos!  Gina, cadê você?? – disse, pegando a mão da irmã mais nova. – Venha, vamos sair daqui!


Deena, Fred, Jorge e Gina se afastaram da barraca, deixando para trás Rony, Harry e Hermione.  Quando perceberam a ausência do trio, os gêmeos tentaram voltar, mas foram impedidos pela massa humana que seguia em outra direção.


O grupo só parou quando alcançou a floresta.  Deena estava indignada consigo mesma:


- Por Merlin, como essa gente pode agir assim?  E por que nós, bruxos, somos tão bananas e não fazemos nada?  Olha quanta gente tem aqui em volta, éramos uns 20 mil nessa parte do acampamento.  Tirando crianças e velhinhas, ainda teria uns 12 mil bruxos em condições de eliminar aquela meia-dúzia de imbecis.  Por que corremos, Fred?


- Ora, Deena, não diga bobagens.  Qualquer ação mais repentina poderia derrubar aquela pobre família.


- Sem essa, Jorge.  Se 10 mil bruxos reunidos não conseguirem segurar uma família trouxa que está caindo, então é o fim do mundo...


- Mas, Dee, o que nossos pais foram fazer é isso: tentar consertar esse estrago.


- É, Gina, eles foram, mas, ainda assim, eram Comensais da Morte, os servos de Voldemort.  Esses bruxos cruéis só se mostraram dessa forma porque tinham certeza de que não aconteceria nada com eles, entende?  Até que alguém efetivamente fizesse algo, eles já estariam bem longe e em segurança.  E por quê?  Porque somos uns bananas.  Nossa passividade é que permite que esses cretinos se instalem por aí fazendo o que bem entendem.


- Certo, Dee, certo, agora vamos procurar o Rony e os demais. – falou Jorge, sem paciência de discutir com a amiga.


- OK, Jorge, eles sumiram na entrada da floresta.


O grupo dirigiu-se então à borda da floresta, e assim que conseguiram ver o céu sobre suas cabeças, foram surpreendidos com a Marca Negra de lord Voldemort brilhando um pouco adiante.  Assustados, os jovens decidiram voltar ao lugar onde estavam acampados, pois a maior aglomeração já havia se desfeito e os Comensais haviam sumido.


Quando seus pais voltaram, trazendo consigo Harry, Rony e Hermione, o grupo recebeu as explicações pelas quais tanto ansiava e todos foram dormir.  Após algumas horas de sono, o Sr. Weasley e o Sr. Shouto acordaram os jovens e todos partiram.


Apesar de todo o protesto de Deena, o Sr. Shouto não permitiu que ela se hospedasse na Toca.  Pai e filha ficaram, como combinado anteriormente, em um pequeno mas elegante hotel perto do Beco Diagonal, onde compraram os materiais para o próximo ano letivo e aguardaram uns dias até que Deena retornasse a Hogwarts. Dessa forma, o Sr. Shouto pôde comparecer ao Ministério para ajudar a estabilizar a situação após o desastre ocorrido na final da Copa.

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