Encontros e desencontros

Encontros e desencontros



Encontros e desencontros

Ao saírem do escritório, perceberam que o castelo estava vazio demais, sinal que os alunos já tinham ido para suas aulas. Harry esqueceu de perguntar a Dumbledore quando começariam a freqüentar as aulas, mas tinha certeza de que o diretor avisaria.

- Gina, tem alguma idéia de como podemos falar com meus pais sobre o fato de eu ser filho deles, do que aconteceu com eles...? – perguntou Harry, sem ter nada na cabeça.

- Ainda não. Então, seria melhor que ficássemos com a Capa quando estamos perto deles, assim podemos conhecê-los melhor e pensar numa boa maneira de contar. Mas, por enquanto que todos estão nas aulas, podemos andar sem ela. – respondeu ela.

- Ótima idéia. Vamos.

Estavam no corredor do segundo andar, parados, olhando pela janela aberta, quando alguém saiu de uma sala. Mas como eles estavam perdidos em seus pensamentos, não perceberam. E como os corredores estavam vazios, nem colocaram a Capa de Invisibilidade.

- Está bem, professora. Voltarei o mais rápido possível. Só vou levar esse macaquinho até Hagrid para que ele possa cuidar dele. Estarei de volta em alguns minutos – respondia a menina de cabelos ruivos.

- Tem certeza de que não quer que eu te acompanhe Lily? – perguntou um garoto.

- È Evans pra você, Potter, EVANS! – respondeu a garota, com raiva e, assim, fechou a porta da sala.

A garota pegou a direção contrária de Harry e Gina e nem ao menos viu os dois a alguns metros da porta que havia acabado de sair. Levou o pequeno animal até Hagrid.

- Cuide bem dele, por favor, Hagrid – pediu ela.

- Não se preocupe, Lily, ele estará bem logo, você verá – respondeu Hagrid, com um sorriso reconfortante.

- Muito obrigada. Mas agora tenho que voltar para a aula, a professora vai me matar se eu demorar muito! Até mais!

- Até! Aviso você quando ele estiver melhor.

- Obrigada! – disse a ruiva, já na porta da cabana do guarda-caça.

Ela voltou para o castelo e estava um pouco longe de Harry, que estava de costas, mas foi então que percebeu que havia algo familiar nele: os cabelos arrepiados. Se assustou e parou de repente. Harry, ao perceber que havia alguém atrás dele, se virou quase que instantaneamente. Não podia ser. Ele estava na sala de aula. E tinha certeza de que a professora McGonnagal não deixaria o Potter sair da sala para ficar conversando com uma garota! Isso é ridículo!

- Potter! – chamou ela. – O que está fazendo aqui? Não deveria estar na aula?

- E... Eu... – Harry não conseguia responder. Tinha acabado de perceber que a garota que falava com ele era sua mãe.

- Como saiu da sala? – perguntava a menina, incrédula, mas ainda sem se mover, a uns dez metros de Harry e Gina. – E você menina, também não devia estar estudando?

Harry não sabia o que fazer. Mas tinha que sair dali. Com certeza sua mãe ainda não percebera que ele não era Tiago. Saiu correndo com Gina em seu encalço e entrou numa das passagens secretas do castelo, que conhecia tão bem.

- Ei! Volte aqui! Senão serei obrigada a te dar uma detenção, Potter! – gritava a ruiva, confusa.

Ao ouvir a gritaria, a professora McGonnagal saiu da sala, e alguns alunos a seguiram, inclusive Tiago.

- Qual é o problema, senhorita? - perguntou Minerva.

- O problema, professora, é que... – começou ela, com uma expressão de raiva, que se transformou numa expressão confusa ao ver Tiago atrás da professora.
- É que, o que, senhorita Evans? – insistiu a professora.

- Não é nada, senhora, me desculpe.

- Certo, então vamos continuar. Todos pra dentro! – ordenou a professora e todos obedeceram.

- Vai se ver comigo depois, Potter! – murmurou ela para Tiago, antes de se sentarem, cada um em seu lugar. – Vai ter que me explicar direitinho como fez aquilo!

- Fiz o que? – perguntou Tiago, totalmente perdido.

- Você sabe muito bem! – respondia ela, num sussurro que só Tiago podia ouvir.

Tiago se sentou e continuou a assistir à aula, mas sem realmente prestar atenção nela. Queria saber o que fizera desta vez para deixar sua amada daquele jeito.

Passou o resto da aula de Transfiguração pensando no que poderia ter acontecido para Lily ter falado aquilo. Nem estava mais fazendo seu dever.

-Potter! – ralhou a professora. – Se não terminar seu dever até o fim da aula, serei obrigada a lhe dar uma detenção!

- Sim, professora – respondeu Tiago. - Já vou terminar.

E, com isso, foi obrigado a colocar sua atenção no dever de animagia. Por conhecer bem a matéria, já que ele próprio, assim como Sirius e Pedro eram animagos, terminou rapidamente e, na hora em que a sineta tocou anunciando o fim da aula, entregou o dever à professora e rumou para a aula mais chata de todas: História da Magia. O professor Binns era o único professor fantasma da escola e conseguia deixar todos sonolentos em apenas dez minutos de aula.

Entraram na sala de Binns, que já estava os esperando para continuar o monótono assunto das Guerras do Gigantes, e se sentaram, cada um em seu lugar habitual. E, como sempre, Tiago e Sirius ficaram no fundo da sala para poder dormir ou escolher quem seria o próximo alvo de suas marotices.

Durante a aula inteira, Lily lançou olhares mortíferos a Tiago, que continuava sem saber a razão de tudo isso.

Foi tirado de seus pensamentos por um bilhetinho que chegou até seu lugar.

“Sirius: O que ela queria, Pontas?
Tiago: Falou que eu vou ter que explicar tudo direitinho pra ela e `você vai se ver comigo, Potter! ´
Sirius: O que fez dessa vez veado?
Tiago: Não fiz nada, pulguento. E é cervo. C-E-R-V-O!
Sirius: Está bem Bambi! Mas se não fez nada mesmo, por que ela está tão brava com você?
Tiago: Não faço idéia.
Remo: Querem parar de mandar bilhetinho pra lá e pra cá? Eu estou tentando prestar atenção na aula sabiam?
Sirius: Olha o CDF intrometido se metendo na conversa alheia! Como você é chato, como consegue prestar atenção numa aula tão chata como essa? Eu estou morrendo de sono!
Tiago: Concordo com o pulguento aqui. Essa aula é chata demais!
Remo: O professor Binns está olhando pra cá. Parem já com esses bilhetinhos!
Sirius: Não vou parar até o Tiago me dizer o que a Lily estava falando com ele quando voltamos pra sala!
Tiago: Eu já disse que eu não sei! Não acredita e mim?
Sirius: Não.
Remo: O que? O Tiago fez outra besteira?
Tiago: Já disse que não fiz nada!”

O pedaço de pergaminho em que estava sendo escrito os bilhetinho acabou, então Sirius pegou outro e voltou a escrever.

“Sirius: Não adianta. O veado não vai falar... vou ter que descobrir sozinho.
Tiago: É CERVO! Se não que acreditar, problema seu!
Lily: Querem parar de passar esses bilhetinhos? Já estou ficando irritada!
Sirius: Olha só quem resolveu participar da conversa dos marotos! Lílian Evans: a monitora-chefe certinha!
Tiago: Concordo, Sirius, o que faz aqui minha ruivinha?
Lily: Cala a boca, Potter! E é Evans pra você!
Tiago: Mas Lily, minha boca está calada, não está vendo???
Sirius: Dessa eu gostei!
Lily: Idiota! Pára com esses bilhetes ou vamos todos levar uma detenção!
Tiago: Se você for junto, eu não me importo nem um pouco.
Lily: Só mais uma palavra: TCHAU!

Sirius e Tiago continuaram trocando bilhetinhos, até o professor Binns percebeu e deu a eles, uma detenção. Ao fim da aula, Sirius e Tiago foram chamados pelo professor, para combinarem qual seria a detenção de cada um.

- Estive pensando em um bom castigo para ver se vocês dois tomam jeito – começou o professor. – E então, farão a detenção separados um do outro, pois não dá certo os dois ficarem juntos numa detenção.

- Sim, senhor – responderam os dois.

- Bom Black, o senhor limpará a sala de troféus esta noite. Sem magia – reforçou. – E o senhor, Potter, limpará e arrumará uma das seções da biblioteca que está inutilizada há algum tempo por estar tão suja e bagunçada. Sem magia também.

- Mas... – começaram os dois, mas foram interrompidos por Binns.

- Sem mas! Senão não será só uma noite de detenção, serão três! – ralhou o professor.

- Sim senhor – responderam os dois, desanimados.

- Venham os dois à minha sala as oito da noite de hoje, então, mandarei cada um para sua respectiva detenção. Estão dispensados.

Os dois saíram irritados da sala de Binns, pois teriam que limpar mais de um quilo de pó e sem magia!

- Mas, pense pelo lado positivo, Pontas – disse Sirius, abrindo um sorriso. – Não podem nos impedir de conversar, mesmo com a detenção sendo separada. Temos nosso espelho!

- Tem razão, Almofadinhas – disse Tiago, um pouco mais animado. – Mas isso não é a única coisa que está me preocupando.

- O que é, então?

- A Lily – começou Tiago. – Disse que eu tinha feito alguma coisa, mas não sei o que é!

- Isso é estranho mesmo – concordou Sirius. – Mas depois, tenho certeza que ela vai falar com você. Não vai deixar isso de lado. Você sabe como ela é!

- É... Mas... – disse Tiago, mas parou de repente e olhou para trás.

- O que foi, Pontas? – perguntou Sirius, percebendo a repentina parada do amigo.

- Tem alguém nos seguindo – respondeu Tiago, olhando para trás.

- Ficou louco, Pontas?- caçoou Sirius. – Não estou vendo nem ouvindo ninguém!

- Tenho certeza, Almofadinhas! – disse Tiago, virando-se para trás e começando a tatear o nada, como se fosse um cego.

- Acho que de tanto pensar hoje, seu cérebro ficou afetado, Pontas! – comentou Sirius, rindo do amigo, que continuava tentando pegar o nada. – Vamos logo! Temos muito dever a fazer antes da detenção!

- Está bem, você venceu! – disse Tiago, se virando e seguindo o amigo de volta à Sala Comunal.

Harry se sentou e respirou fundo.

- Essa foi por pouco! – disse Harry sentado ao lado de Gina, cobertos pela Capa de Invisibilidade.

- Foi, mas temos que continuar a segui-los – disse Gina. – Vai ser estranho que o quadro da Mulher Gorda se abra e ninguém entre! A Sala Comunal deve estar cheia agora.

- Tem razão, vamos – disse Harry, se colocando em pé e ajudando Gina a se levantar. Continuaram a seguir os marotos sem fazer nem um barulhinho. Quando chegaram ao retrato que dava passagem à Sala Comunal da Grifinória, os marotos disseram a senha e Harry e Gina se esgueiraram para dentro.

Como o previsto, a sala estava lotada de alunos de todas as idades, uns fazendo deveres, estudando, jogando xadrez de bruxo, empilhando cartas de Snap Explosivo ou conversando com os amigos. Avistaram Tiago, Sirius, Remo e Pedro sentados nas poltrona perto da lareira.

- Não acha melhor ficarmos em um lugar que não passe muita gente? – sugeriu Gina. – Assim ninguém esbarra em nós e entra em pânico, batendo em algo que não podem ver.

- OK. Vamos para aquele canto ali, ao lado da lareira, não fica ninguém ali mesmo – disse Harry. – E, desse modo, podemos escutar o que dizem.

- E sua mãe Harry, Sabe onde está? – perguntou Gina.

- Deve estar no dormitório, acho – respondeu Harry, sem muita certeza. – Mas poderemos escutar ela também, pelo que ouvimos meu pai e Sirius falarem, ela vai vir conversar com ele por causa de alguma coisa que ele fez.

- Certo.

Já estavam no canto isolado da lareira, escutando a conversa dos marotos.

- É estranho, a Lily não falaria isso sem motivo... – começou Remo.

- E desde quando ela tem que ter motivo para brigar com o Pontas? – caçoou Sirius.

- Obrigado pela parte que me toca, pulguento! – retrucou Tiago, irritado.

- O veadinho está irritado, é? – brincou Sirius, fazendo uma vozinha de bebê.

- Não é veado, é cervo, C-E-R-V-O! – retrucou Tiago, já alterado.

- É melhor pararem de brigar – disse Pedro.

- Por que? – perguntaram Remo, Tiago e Sirius, ao mesmo tempo.

- A ruiva está vindo – avisou Pedro.

Tiago se virou instantaneamente e viu Lily andando em direção a eles sendo seguida de perto por suas amigas, Alice e Kely, ainda com uma cara irritada.

- Olá, Lily – disse Tiago com um sorriso amarelo. – O que faz aqui?

- Não tente fugir do assunto, Potter. E é Evans, pra você! – respondeu a ruiva, brava. – Venha comigo agora! – ordenou ela.

- Está bem – disse Tiago, sem ter o que falar.

Saíram da Sala Comunal e entraram em uma sala vazia, a primeira que encontraram, seguidos por Harry e Gina. Lily não sabia ao certo por que estava tão brava com ele. Ele não devia estar fora da sala, mas ela já havia visto várias pessoas fora da sala quando não deviam e, com nenhuma delas, ficou tão irritada do que quando viu o Potter conversando com aquela garota.

- Vou perguntar só uma vez, Potter – começou ela, com pouca paciência, que foi percebida por Tiago. -Por que estava fora da sala e saiu correndo quando te chamei e, como voltou para a sala sem que eu visse?

- Eu... O que? – perguntou Tiago, totalmente confuso.

- Não vou repetir, Potter. Me diga logo como fez isso!

- Não vai acreditar em mim, não é? – perguntou Tiago, desanimado.

- Como vou acreditar? Eu vi você e uma garota ruiva conversando fora da sala, depois que voltei do Hagrid! Além do mais, você e seus amigos sempre dão um jeito de não serem pegos.

- Eles estão brigando por nossa causa! – sussurrou Harry para Gina. – Temos que aparecer!

- Nem pensar! – murmurou Gina. – Se aparecermos assim, eles vão se assustar. Você é muito parecido com seu pai, Harry, e ainda não sabemos como falar com eles. Você pode estragar tudo!

- Está bem – disse Harry, conformado, mas disse um pouco mais alto do que deveria.

- Ouviu isso?- perguntou Lily, assustada, se abraçando a Tiago e olhando assustada pela sala, aparentemente vazia.

- Sim. Quem está aí? – perguntou Tiago, com a varinha em punho, procurando o autor do ruído. – Tem alguém me seguindo.

- Como assim? – perguntou ela, aflita e confusa.

- Quando estávamos saindo da aula de História da Magia, eu ouvi passos atrás de nós – começou ele. – Mas quando eu virei pra trás, não vi ninguém. O Sirius achou que eu estava louco, eu até pensei que estava escutando coisas, mas agora sei que era verdade, tem realmente alguém me seguindo.

- Mas você não descobriu que era? – perguntou a ruiva, com medo.

- Não. Comecei a procurar, mas não vi ninguém.

- Vamos sair daqui! – disse ela, com a voz tremendo.

- Espere, acho que o barulho veio daquele canto – disse Tiago, apontando exatamente para onde Harry e Gina estavam. – Vou até lá ver o que é.

- Não, não faça isso! Pode ser qualquer coisa! Não sabemos o que é.

- Está preocupada comigo, Evans? – perguntou ele, sorrindo.

- Nem pensar, Potter! Estou preocupada com o pobre coitado, se ele cair em suas mãos.

- Você não consegue mentir bem, seus olhos nunca mentem pra mim – respondeu ele, com aquele sorriso que a hipnotizava.

Como ele sabe que estava mentindo? E agora, o que eu faço?Tenho que inventar uma boa mentira! –pensava ela, enquanto segurava seu braço, impedindo que ele avançasse um passo, sequer.

- Lily? – chamou ele, preocupado, pois ela não respondia. – Qual é o problema?

- Que? – disse ela, finalmente. – O que foi? – continuou, percebendo que ele a olhava com uma expressão curiosa.

- Nada, é que você não respondia. E... Poderia soltar meu braço?

- Ah, claro. Me desculpe – respondeu ela, envergonhada, soltando o braço de Tiago.

- Por que está envergonhada Lily?

- Não estou!

- Já disse que não mente para mim, sei quando está falando a verdade ou não – disse ele calmamente.

- Ah, é? – perguntou, desconfiada – E como faz isso?

- Segredo, Lily – respondeu ele, rindo.

- Já cansei disso! E é Evans, Potter! EVANS! – disse, dando ênfase à última parte.

- Desculpe, Evans, mas poderá usar esse nome quando nos casarmos – disse ele sorrindo.

- Nunca vou fazer isso Potter! Nem sob uma Maldição.

Harry e Gina não conseguiram se segurar e abafaram risadinhas. Mesmo baixas, Tiago e Lily ainda conseguiram ouvir.

- Ouvi de novo – disse a ruiva, esquecendo sua irritação e segurando Tiago mais uma vez.

- Eu também – respondeu Tiago, apontando a varinha para o local onde os dois estavam.

- Vamos sair logo, Tiago! – pediu, amedrontada.

- Espera aí... Você me chamou pelo primeiro nome? – falou ele com um enorme sorriso.

- Não! – respondeu Lily, mesmo tendo certeza de que o fizera.

- Está mentindo de novo... Ei, que horas são?

- Vinte para as oito. Por quê? – perguntou ela, confusa.

- Tenho detenção com o Binns às oito! – respondeu ele apressado. – Se eu me atrasar, ele me mata! Vamos logo, ainda tenho que encontrar o Sirius na Sala Comunal, antes de ir.

- Por que se encontrar com ele?

- Não posso te contar, Evans.

- Por que me chamou de Evans? Nunca me chama assim...

- Foi você quem pediu – começou ele, e vendo que ela iria interromper, continuou –
E não quero brigar de novo agora. Vamos, antes que eu me atrase.

- Mas você não vai comer nada? – perguntou ela, seguindo ele para fora da sala. Harry e Gina os seguiram, mas dessa vez sem fazer barulho mesmo.

- Como depois que voltar – respondeu, simplesmente.

- Mas não sabe que horas vai voltar, e se voltar muito tarde, vai acabar ficando sem comer até amanhã!

- Está preocupada de novo, Evans? – disse Tiago, rindo.

- Nem vou responder... Sangue de Unicórnio! – disse ela à Mulher Gorda.

- O quê? – perguntou, sem entender.

- A senha, e olhe por onde anda, senão... – começou ela, mas foi tarde demais. Tiago não viu o degrau que levava à Sala Comunal. Tropeçou nele e caiu de cara no chão. A sala explodiu em risadas.

- Está tão distraído assim com a ruiva que nem o degrau viu, Pontas? – ouviu Sirius falando. A ruiva teve que segurar a barriga de tanto rir e se apoiar na parede para não cair no chão. Tiago estava com a cara fechada e era o único da sala que não ria.

- Quer me ajudar aqui, por favor? - pediu emburrado à Lily.

- Está bem – respondeu ela tentando se sustentar de pé, por causa do riso. Deu a mão a Tiago para tentar levantá-lo, mas como ainda estava rindo, não se agüentou e deixou-o cair de novo, mas dessa vez ela caiu por cima dele. Os estudantes agora riam mais do que nunca, alguns jogados no chão de tanto rir, outros, que viram a cena quando estavam descendo as escadas se sentaram para não rolarem escada abaixo e os que já estavam sentados nas poltronas socavam os braços delas, fazendo com que alguns pedacinhos do enchimento saíssem pelos buraquinhos delas.

Ninguém parecia ter forças para se controlar e parar de rir. Agora, Lily não ria mais também. Estava vermelha, igual os seus cabelos, mas quem estava rindo era Tiago, não do tombo, mas da cor que a ruiva estava.

- Por que está vermelha, ruivinha? – perguntou ele, em meio a risos. – Está com vergonha de ter caído em cima de mim?

- Eu... Não... – começava ela, mas não conseguia terminar. Então ele a interrompeu.

- Te amo ruivinha! – disse bem ao seu ouvido, fazendo-a estremecer e ficar ainda mais vermelha, se é que isso era possível.

Após uns cinco minutos rindo, os risos foram parando aos poucos e todos estavam ofegando. Algumas pessoas já conseguiam se levantar e Sirius foi ajudar os dois a se levantarem pois estavam atrasados para a detenção.

- Sei que deve estar muito bom aí, Tiago, mas temos que ir para a detenção, senão Binns nos mata para fazermos companhia a ele como fantasmas.

- Está bem, Almofadinhas, me ajude a levantar.

Sirius ajudou Lílian e Tiago, em seguida. Ela foi para junto de suas amigas, que esperavam perto da escada.

- Vamos subir! – disse às amigas.

- Está bem, mas por que ficou tão vermelha quando caiu em cima dele? – perguntou Kely, curiosa. – O que ele te disse?

- Nada, por que? – respondeu Lílian, tentando fazer parecer que era verdade, mas não conseguiu, pois começou a corar de novo.

- Não mente pra gente! – exclamou Alice, fingindo estar brava, mas depois começou a rir. – Anda, conta logo!

- Ah, não vão sossegar até eu contar, não é? – perguntou, revirando os olhos.

- Ainda bem que nos conhece! – disseram Kely e Alice juntas.

- Vamos para o quarto que conto lá – disse e, assim, rumou para o dormitório feminino, seguida pelas amigas.

Chegando lá, elas entraram e Alice fechou a porta. Não havia mais ninguém no local.

- Vai, conta logo! – pediu Kely. E vendo Lily com cara de desentendida, acrescentou – e não adianta se fingir de desentendida, senhorita!

- Está bem... O Tiago, ele... Ele... – começou ela.

- Ele o quê, criatura?- perguntou Alice. – Fala logo!

- Ele... Dissequemeama – disse ela, tão rápido que nenhuma das duas entendeu.

- Repete. Mais. Devagar. OK? – pediu Kely, pausadamente.

- Ele disse que me ama – disse a ruiva, olhando para o chão e corando furiosamente.

- Tá, disso eu já sei – disse Alice revirando os olhos. – Foi por isso que você ficou daquele jeito?

- Foi, mas, o que quer dizer com “isso eu já sei”? – perguntou Lily confusa.

- Oras, Lily, a gente já sabe que ele te ama, só você que não vê isso! – respondeu Kely, como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Ele só diz isso para ficar comigo, eu não vou ser mais uma na lista dele! – respondeu ela irritada.

- Mas... – começou Alice, mas Lílian a interrompeu.

- Mais nada. Ele continua sendo o mesmo galinha e arrogante de sempre! – exclamou Lily.

- Não vê que ele mudou Lily? – perguntou Alice.

- Não!

- Mudou, sim Lily, e foi por você – avisou Kely. – Vê se presta mais atenção nas pessoas, OK?

- Eu... – começou, mas não sabia o que dizer.

Será que ele mudou mesmo? É verdade que faz tempo que não vejo ele ficando com alguma garota... espera! E aquela hora na aula de Transfiguração? Mas é difícil, por que ele estava dentro da sala quando a professora saiu... E agora, o que eu faço? Que Merlin me ajude!!!

- Lily? LILY! – Alice tentava fazê-la voltar para a realidade, mas sem sucesso.

- Espere aí, Alice, já sei como “acordá-la” – disse Kely sorrindo. Chegou bem perto do ouvido de Lily e disse, imitando a voz de Tiago – Te amo minha ruivinha!

- Que? – perguntou Lílian confusa olhando para os lados para ver quem havia dito aquilo, quando viu suas amigas deitadas na cama, se acabando de rir.

- Ela... Realmente... Gosta... Dele – Alice tentava falar, mas era meio impossível, devido ao ataque de riso.

- Sua chata! – reclamou Lily, pegando um travesseiro e tacando nas duas.

- Ah,é assim? – perguntou Kely, pegando outro travesseiro e tacando na cara de Lílian, que foi acertada em cheio, já que não viu a chegada do travesseiro, pois estava rindo das duas.

Assim, começaram uma guerra de travesseiros, enquanto Sirius e Tiago rumavam para a detenção. Harry e Gina resolveram esperar na Sala Comunal, pois como a detenção iria ser separada, não teriam muito a ouvir.

Tiago e Sirius chegaram à sala do professor Binns e bateram na porta.

- Entre – respondeu o professor. Os dois entraram e ele continuou – Senhor Black, pode ir para a Sala dos Troféus e leve esse material com você – indicou alguns objetos de limpeza, como, balde, panos e alguns produtos. Quando Sirius se retirou, de cara amarrada, o professor se dirigiu a Tiago – Potter, pode ir para a seção ao fundo da biblioteca, você sabe qual é e leve esses outros materiais junto – indicou mais um balde, panos e produtos. Boa noite.

- Boa noite – respondeu Tiago de má vontade, pois a noite não seria nada boa.

Chegando na biblioteca, viu que teria um grande e monótono trabalho a fazer. Antes de começar, resolveu falar com Sirius, para ver como estava indo, mas percebeu que havia esquecido de pegar seu espelho de dois lados. Com toda aquela confusão, esqueceu de pegar o objeto. Com a cara mais fechada ainda, começou a limpar os livros.

Sirius começou a limpar os troféus e, então resolveu falar com Tiago, mas, para sua infelicidade, tinha esquecido do espelho.

A Sala Comunal começou a se esvaziar até que não sobrou mais ninguém, pois já era uma da manhã. Harry e Gina se sentaram no sofá e, após algum tempo, caíram no sono e a capa escorregou de Harry, cobrindo somente Gina.

Eram duas da manhã quando Sirius acabou de limpar os troféus. Cansado e acabado, resolveu ir direto para a torre da Grifinória, Tiago já deve estar lá, já se passaram seis horas desde que começamos tudo – pensava ele.

Na biblioteca, Tiago estava quase dormindo em cima dos livros, mas tinha que se manter acordado, tinha que terminar logo e ir dormir. Mas, depois de alguns minutos, acabou se sentando e cochilando.

Harry e Gina dormiam profundamente, mas quando o retrato se abriu e Sirius entrou, Harry abriu os olhos levemente e viu que estava sem a capa. Era tarde demais. Sirius já havia visto Harry, mas estava tão cansado que nem percebeu que não era Tiago.

- Acabou cedo, Pontas. Achei que iria demorar até amanhã para limpar tudo aquilo! – disse Sirius com a voz cansada e os olhos semicerrados, sentando-se na poltrona a frente de Harry.

- Qual é o problema, Pontas? – perguntou, ao perceber que Harry não respondia. – Está cansado demais até para falar?

E, dizendo isso, abriu os olhos direto, levou um susto e derrubou a poltrona pra trás, batendo com tudo no chão e, assim, acordando Gina.

- O que? – perguntou ela, sonolenta, mas ao ver que havia alguém ali na sala e Harry estava assustado e sem ação, acordou completamente, deixando capa cair no chão.

Sirius se levantou, caminhou até Harry e olhou bem para ele.

- Quem é você? Um clone do Pontas ou coisa parecida? – perguntou ele, desconfiado. – E quem é você, ruiva?

- Sou Gina Weasley.

- E você, clone do Pontas, qual seu nome?

- Eu... Eu sou... – tentava, mas não conseguia terminar a frase.

- Fala logo, criatura! – e vendo que Harry não conseguia responder, continuou - sou Sirius Black, e você é?

- Sou... sou Harry – gaguejou.

- Harry do que? – perguntou ele, confuso. – Nunca te vi por aqui, nem você ruiva, e olha que conheço todos desse castelo como ninguém!

- Harry... Harry... Harry Potter – continuou.

Sirius se assustou de novo e quase caiu para trás de novo, o que acordaria a torre inteira. Harry, com seus reflexos de apanhador, segurou-o antes que batesse no chão.

- Você é rápido... até parece o Tiago. Joga quadribol?

- Sim, sou apanhador da Grifinória – respondeu Harry, resolvendo contar para Sirius não tudo, mas uma boa parte, assim, poderia ajudá-los.

- Impossível – disse Sirius, incrédulo. – O Pontas que é apanhador da Grifinória! E ele nunca me disse que tinha um irmão gêmeo...

- Não sou o irmão gêmeo dele – respondeu Harry.

- Então é o que, o clone dele? – perguntou Sirius rindo.

- Não, eu sou... – começou, mas ouviu a Mulher Gorda xingando alguém por acordá-la tão tarde. Sirius, que estava sentado na poltrona outra vez, olhou para ver se era Tiago que entrava, pois queria mostrar o “clone”. Mas quando se virou, Gina se levantou e jogou a Capa de Invisibilidade sobre os dois e seguiram para o canto da lareira para não ter o perigo de sentarem neles.

- Pontas, é você! – exclamou Sirius, animado.

- É claro que sou eu, pulguento! Quem mais poderia ser a essa hora? – disse Tiago, aborrecido.

- Tenho alguém pra lhe apresentar!

- Não pode ser amanhã, não? – perguntou Tiago, a única coisa que queria era dormir.

- Não! Tem que ser agora!- disse Sirius, estranhando que Tiago ainda não tivesse visto as duas pessoas sentadas na frente dele, uma ruiva e o “clone”.

- Está bem... – disse, dando-se por vencido. – E quem é?

- Esse é... – começou, virando-se para o sofá a frente dele, onde estavam Harry e Gina há poucos minutos. – Como pode? Eles estavam aqui agora mesmo!

- Ficou maluco, Almofadinhas, acho que está com sono demais, está até vendo coisas! Vamos dormir.

Sirius resolveu não discutir. Amanhã pegaria o Mapa e encontraria aqueles dois. Harry e Gina decidiram contar tudo para Sirius e, talvez, Remo. Dormiram na Sala Comunal e acordaram com os primeiros raios de sol castigando seus olhos, por causa da claridade. Ninguém havia cordado ainda. Saíram da Sala Comunal e esperaram do lado do retrato cobertos com a Capa. Mas não tiveram que esperar por muito tempo para os alunos começarem a sair para tomar café.

Por sorte, Sirius e Remo saíram sozinhos. Harry estranhou, mas pensou que talvez seus amigos tivessem deixado seu pai dormir um pouco mais. Seguiram os dois por um tempo e, de repente, entraram numa sala de aula vazia, puxando-os para dentro. Eles se assustaram e empunharam as varinhas.

- Quem está aí? – perguntou Remo apontando para o nada.

- Apareça logo! – exclamou Sirius. – Ou vamos começar a lançar feitiços!

- Está bem, estamos aqui – disse Harry, tirando a Capa de Invisibilidade.

- Tiago? – perguntou Remo, confuso, mas então olhou para Gina. – Essa não é a Lily... Por que nos puxou para cá e por que está com a Capa?

- Olá, clone do Pontas, como está? – disse Sirius.

- Como assim “clone”? – perguntou Remo, mais confuso ainda.

- Voltei da detenção ontem e vi alguém sentado. Achei que era o Pontas também... é igual a ele. – Mas perguntei o nome dele e ele disse que se chama Harry Potter.

- Potter? Como é possível? – disse Remo, incrédulo. - Ele nunca disse que tinha um irmão gêmeo, muito menos um clone!

- Já disse que não sou irmão gêmeo, muito menos o clone dele! – respondeu Harry alterado.

- Então é o que dele? – perguntou Sirius, rindo. – Se não é o irmão nem o clone...

- Eu... Eu... Sou o... – gaguejou Harry. Era difícil falar isso, iriam pensar que ele era louco, mas tinha que falar, assim, poderiam ajudar a pensar como iriam contar para seu pai.

- Fala logo! – exigiram os dois.

- Souofilhodele! – disse exageradamente rápido, o que fez Gina cai na gargalhada e os outros dois ficarem mais confusos do que já estavam, se é que era possível.

- Me. Faça. Um. Favor. Repita. Bem. Devagar. OK? – pediu Sirius pausadamente, como se estivesse falando com uma criança de três anos.

- OK. Sou o filho dele – respondeu Harry mais devagar.

- Filho de quem? – perguntou Remo, rindo.

- De Tiago Potter – respondeu Harry calmamente. Foi a vez de Sirius e Remo caírem na gargalhada.

- Isso é impossível! – dizia Remo, parando de rir e ofegando.

- Como Tiago pode ter um filho com a mesma idade dele? – perguntou Sirius, parando de rir também.

- Viemos do futuro – respondeu Gina calmamente.

- Vocês... Vocês o quê? – perguntou Sirius, totalmente perdido.

- Viemos do futuro, com um vira-tempo, olhe – disse Gina, mostrando um vira-tempo pendurado no pescoço.

- Agora eu entendi – murmurou Remo. – Podem nos contar por que e para que voltaram no tempo?

- É para isso que trouxemos vocês aqui! – disse Harry, aliviado que Sirius e Remo já tivessem entendido, e começou a contar tudo. Da batalha, das Horcruxes, da morte de seus pais no futuro, da traição de Pedro e do plano deles para contornar isso. Só não havia contado ainda quem era a mãe dele – Mas precisamos da ajuda de vocês – concluiu.

- Para que? – perguntou Sirius.

- Ainda não sabemos como contar para os meus pais que eles são meus pais, entende? Se eu contar de repente, eles vão se assustar muito, principalmente por que minha mãe ainda diz que “odeia” meu pai.

- E quem é sua mãe? – perguntou Remo.

- Lílian Evans – respondeu Harry, simplesmente.

- O QUE? – perguntaram os dois, arregalando os olhos.

- É sim, por que o espanto? – perguntou Gina.

- Ela diz que odeia o Pontas... – começou Sirius. – Imagine como ele vai ficar quando souber!

- Certo, você não podem se atrasar para a aula, vão logo, depois conversaremos mais, afinal, amanhã é sábado – disse Harry.

- Está bem, tchau! – disseram Sirius e Remo, saindo da sala.

Harry e Gina saíram para os jardins da escola, aproveitar o sol, que estava lindo, o céu bem azul, com algumas poucas nuvens no céu. Se sentaram embaixo da faia na frente do lago e ficaram a observar a Lula Gigante tomar seu banho de sol.

Dumbledore havia conversado com os professores sobre o fato de Harry e Gina serem do futuro. Assim, um pouco antes da hora do almoço, um dos professores que não estava dando aula aquele horário, os acompanhava até o Salão Principal, para poderem almoçar antes de todos, pois somente dois alunos sabiam que estavam lá, e fariam desse modo até contar a seus pais toda a verdade.

Sirius, Tiago, Remo e Pedro estavam na aula de feitiços, a aula perfeita para conversar. Sirius estava, como sempre, sentado com Tiago.

- Vi seu clone hoje de manhã, sabia? – disse Sirius, naturalmente.

- Está ficando louco, Almofadinhas! – respondeu Tiago.

- Vamos ver, então! – retrucou.

Ficaram conversando até o fim da aula e, quando saíram, Lily veio ralhar com eles.

- Não conseguem ficar quietos uma aula sequer? – perguntou ela irritada.

- Me desculpe, mas isso não é possível... – começou Sirius.

- Aproveitando que está aqui, Evans, gostaria de ir a Hogsmeade comigo no sábado? – perguntou Tiago.

- Nem morta, Potter! – retrucou ela.

- Acho melhor não irmos, Pontas – disse Sirius e todos olharam espantados para ele, menos Remo, que já sabia do que se tratava.

- Por quê? – perguntaram todos.

- É que... Temos algo para lhe mostrar, Pontas, e para você também, Lily – respondeu.

- E o que é? – perguntaram Tiago e Lílian, ao mesmo tempo.

- Vocês verão – disse Sirius com um sorriso maroto.

Estava tudo combinado. Sábado de manhã, enquanto muitos estariam em Hogsmeade, Harry ia contar tudo aos seus pais, pois, com menos gente no castelo, não precisariam usar a Capa de Invisibilidade.

Sábado chegou, com uma brisa leve que acariciava os rostos de todos, um sol, não muito forte, que os aquecia, e um céu totalmente azul, que trazia uma paz inigualável. Apesar de tudo isso, Harry estava nervoso, pois, afinal, iria falar com seus pais pela primeira vez.

Harry e Gina estariam no campo de Quadribol, que estaria vazio aquele dia. Ficariam voando um pouco, fazia muito tempo que não o faziam. E Sirius e Remo chegariam com Tiago e Lily, algum tempo depois.

- Olha! – disse Tiago apontando para o campo de Quadribol. – Tem alguém lá! Quem é?

- Estamos indo para lá, Pontas, verá – respondeu Sirius, sorrindo.

Harry pegou um pomo nos vestiários e o soltou. Em poucos minutos, encontrou-o e capturou facilmente. Continuou fazendo isso por algum tempo, sem perceber que alguém havia entrado no campo e o observava. Harry estava fazendo capturas inacreditáveis.

- Até parece você, Potter! – exclamou Lílian, rindo.

- É, ele é bem parecido com o Pontas mesmo! – disse Sirius sorrindo.

- Concordo Sirius, muito parecido mesmo – disse Remo, trocando olhares misteriosos com Sirius.

- Podem me dizer o que está acontecendo? – pediu Tiago, já irritado com as comparações.

- Nós não vamos dizer nada, Pontas! – respondeu Sirius.

- Por quê? – perguntou Tiago, confuso. – Então, por que me trouxeram aqui?

- Quero saber a mesma coisa! – exclamou Lily.

- Calminha aí! – disse Remo, rindo. –Quem vai contar tudo é ele – continuou, apontando para o garoto que voava.

- E quem é ele, afinal? – perguntou Tiago.

- Verá! – e dizendo isso, Sirius levou todos até o meio do campo e deu um grito.

Harry pegou o pomo e desceu rapidamente. Pousou na grama molhada de sereno da noite e caminhou até o grupinho. Gina, que estava voando também, fez o mesmo que Harry.

- Olá – disseram os dois quando se aproximaram do grupo.

- Vo... Você... – começou Lílian, com os olhos arregalados. – Se parece muito com o Potter!

- É, se parece muito comigo! – falou Tiago. – É dele que vocês falaram o tempo todo? Falando que era meu clone?

- Ele mesmo – respondeu Remo.

- Por que se parece tanto com o Potter? E quem é você? – perguntou Lílian.

- Me pareço muito com ele pois sou um Potter. Sou Harry Potter – respondeu Harry.

- Isso não é possível! – exclamou Tiago, olhando para os outros, esperando que alguém dissesse “Primeiro de Abril!”, mas como ninguém disse, prosseguiu – Eu sou filho único, não tenho irmãos, muito menos gêmeo!

- É por que ele não é seu irmão, Pontas – disse Sirius calmamente.

- Então é o que? – perguntou Lily, confusa.

- Tiago Potter, eu sou seu filho – respondeu Harry.

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N/a: Aline, eu não tinha pensado em mudar a aparência do Harry... não tinha mesmo... só que, o problema é que eu já tenho mais de 20 capítulos prontos, 150 páginas, já... agora não teria como mudar... O Harry é realmente parecido com o Tiago, mas, sei lá, ele é diferente em outras coisas... é mais tímido e a Gina está sempre com ele... se eu não tivesse tantos capítulos prontos eu realmente utilizaria sua idéia da mudança de aparência, mas não dá, infelizmente... Beijos.

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