Vira-tempo



N/a: Aline, obrigada pelo comentário, fiquei super feliz ao saber que está gostando da fic! XD

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Chegou ao escritório e viu que não havia mais a gárgula de pedra, a escada levava direto à porta com a maçaneta em forma de grifo.

Tremendo e pensando no que poderia acontecer, girou a maçaneta e entrou na sala. Voldemort se virou imediatamente para ver quem era o “visitante” e abriu um sorriso de triunfo.

- Sabia que viria – disse Voldemort, triunfante. – Eu vou matá-lo, Harry Potter, e depois de hoje, o mundo todo se curvará a mim.

- Quem disse que me entregarei tão facilmente? – perguntou Harry calmamente, mesmo sem ter um plano na cabeça, lutaria até o fim.

- Ah, mas como é tolo! Você não tem chance contra mim, Potter – disse Voldemort, como se estivesse explicando a uma criança que um mais um é igual a dois.

- Quem disse essa bobagem? – perguntou Harry, tentando pensar num plano para vencer, mas, por alguma razão, nada vinha em sua cabeça.

- Como é idiota! Acha que tem alguma chance de ganhar! Vou matá-lo, Harry, e Nagini terá um delicioso jantar esta noite. E seus amiguinhos poderão ser o café da manhã se recusarem a unir-se a mim.

- Você não fará mal a mais ninguém, Voldemort! Eu não vou deixar! – gritou Harry.

A pessoa que o seguia aproveitou esse momento para entrar sorrateiramente na sala e se esconder atrás de um objeto.

- Já chega! – gritou Voldemort furioso. – É os eu fim, Potter! AVADA KEDAVRA!

- EXPELLIARMUS! – gritou Harry, ao mesmo tempo que o Lorde lançava a Maldição da Morte.

Os feitiços se ligaram e Harry não iria agüentar segurar a varinha por muito tempo. Voldemort estava tendo dificuldade em segurar a sua também.

Algum tempo depois, Harry sentiu algo gelado em seu pescoço, mas não havia como virar par trás pra ver o que era sem que a ligação entre as varinhas fosse rompida e ele, morto.

No momento seguinte, Harry sentiu um puxão para trás e de repente tudo ficou escuro. Tão rápido como começou, tudo parou. Ele olhou para os lados e se viu no salão comunal da Grifinória, que estava vazio. Estranhou que não estivesse destruído. Olho pela janela e viu que estava amanhecendo e não havia nenhum sinal da guerra que acontecera até poucos minutos atrás.

Virou-se novamente para o salão e viu alguém surgindo da Capa de Invisibilidade.

-Gina – murmurou Harry e foi ao seu encontro. – Você está bem? O que aconteceu? Onde estão todos? Por que não há sinal algum da guerra?

- Harry, deu tudo errado! – exclamou Gina, se sentando em uma das poltronas e começando a chorar.

- O que deu errado? – perguntou Harry, preocupado.

- Eu sabia que você iria até Voldemort para salvar todos, então criei um plano para te salvar e ele pensasse que estivesse morto! – respondeu ela, às lágrimas.

- Pode me contar que plano é esse? – pediu Harry se sentando ao lado dela.

Ela assentiu com a cabeça e continuou.

- Quando estivemos no Departamento de Mistérios, na noite em que Sirius morreu, passamos por uma sala que tinha vários relógios, vira-tempos, ampulhetas, lembra?

- Sim – respondeu ele.

- Quando nos separamos, ao sair da Sala das Profecias, eu, a Luna e o Rony passamos por essa sala. Os Comensais chegaram e começaram a lançar feitiços para todos os lados. Um deles me atingiu e fui lançada na estante dos vira-tempos – fez uma pausa para respirar.

- E então, o que aconteceu depois? – perguntou Harry.

- Depois, um vira-tempo acabou caindo na minhas vestes e ficou preso lá. Eu só percebi isso quando já estava em Hogwarts. Em vez de entregá-lo a Dumbledore, guardei ele comigo.

- Sim, mas o que isso tem a ver com o que está... – começou ele, mas então a ficha caiu. – Gina, nós voltamos no tempo? – perguntou ele, meio abobalhado.

- É... quando me contou sobre a profecia, percebi que você iria acabar enfrentando Voldemort, então trouxe comigo o vira-tempo e bolei um plano. Seguiria você até onde ele estaria e quando estivessem ocupados demais para me ver, eu entraria e me esconderia atrás de alguma coisa. Mas quando eu te encontrei hoje mais cedo, você esqueceu a Capa de Invisibilidade comigo, então nem precisei esperar vocês se ocuparem para não me verem, apenas me escondi para não acontecer de eu acabar sendo atingida por algum feitiço e ser descoberta – respondeu ela, enquanto Harry a olhava com os olhos arregalados.

- E como fez para me tirar de lá? – perguntou ele, querendo saber de tudo.

- Bom, foi fácil. Quando cada um de vocês lançou seu feitiço, eu saí de trás da mesinha e me aproximei de você. Malfoy estava tão preocupado com a luta de vocês que não iria perceber que eu estava ali, nem que colocasse a corrente do vira-tempo no seu pescoço, Harry.

- Está bem, mas eu ainda não entendi por que você disse que saiu tudo errado – disse ele, que ainda não havia entendido o porquê de a menina ter falado aquilo.

- Eu pus a corrente no seu pescoço e você se assustou, Harry. Quando eu estava virando a ampulhetinha, você se mexeu e eu não sei se viemos para o tempo que eu tinha em mente – respondeu ela, baixinho.

- E para que época você queria me levar? - perguntou ele, com um pouco de receio.

- Lembra quando você me contou sobre as Horcruxes e, também, que Dumbledore tinha dito que elas tinham começado a ser feitas por Voldemort alguns anos antes de você nascer? – continuou.

- Claro que sim, mas o que tem a ver com ter dado errado? – insistiu no assunto.

- Bom, eu queria voltar para essa época para ajudar você a destruí-las. Assim, Voldemort poderia ser morto e o mundo bruxo não teria tantos problemas com ele e com os Comensais da Morte, e até teria uma chance de você ter seus pais, e o todos não precisariam enfrentar toda essa guerra, mortes e torturas.

Harry, ao ouvir isso, abriu um sorriso e deu um beijo em sua bochecha..

- Obrigada, Gina – disse ele. - Não sei nem como agradecer o que tem feito por mim. Mas, como vamos encontrar as Horcruxes?

- Ainda não sei, mas uma grande parte delas você sabe onde está, pois Dumbledore te contou. As outras podemos pesquisar em alguns livros e anotações que eu trouxe comigo – respondeu ela, dando um sorriso reconfortante e limpando as lágrimas.

- Você trouxe livros e anotações? – perguntou ele, incrédulo. – Como?

- Aquela bolsinha que você me deu. Que dá para colocar várias coisas nela – falou, mostrando uma pequenina bolsa pendurada no pescoço.

- Você criou todo esse plano sozinha? – perguntou Harry.

- Na verdade, não. Antes de Dumbledore morrer, falei com ele e ele me deu essa idéia, de voltar no tempo com você para destruir as Horcruxes, mas avisou para termos cuidado com o ano para que voltaríamos. Também disse que era muito perigoso, o que tentaríamos fazer, mas se desse certo, seria maravilhoso. Então, eu pensei que poderia fazer isso quando Voldemort estivesse pensando em te matar, assim, sumiríamos e ele pensaria que você estaria morto.

- Mas, e todos os outros, sua família, nossos amigos, não ficarão preocupados?

- Certamente que sim, mas tínhamos que fazer isso.

Naquela hora, o sol já havia nascido, banhando toda a Sala Comunal com uma luz dourada, o céu estava azul límpido, sem uma nuvem no céu, uma brisa leve matinal entrava pela fresta da janela e os pássaros começavam a cantar.

Após algum tempo refletindo sobre tudo o que estava acontecendo, Harry foi chamado à realidade por Gina, que estava aflita.

- O que foi? – perguntou Harry, na hora em que viu a cara dela.

- Harry, nós nos esquecemos de uma coisa! O que vão pensar de nós? Duas pessoas aparecem do nada em Hogwarts, ninguém conhece, ninguém viu de onde vieram.

- Primeiro, pegaremos a Capa de Invisibilidade e iremos falar com Dumbledore. Tenho certeza que ele entenderá e nos dirá o que fazer – respondeu ele. – e depois começaremos nossa busca.

- Está bem, mas antes, vamos colocar as vestes que eu trouxe, assim parecemos mais com os alunos e nos misturamos com eles, caso nos vejam – disse ela e Harry obedeceu.

Colocaram suas vestes e o símbolo da Grifinória. Ouviram vozes nos andares acima, sinalizando que os alunos já começavam a levantar para tomar o café-da-manhã e rumar para suas respectivas aulas.

Quando as primeiras pessoas começaram a descer, eles se cobriram com a Capa e foram para o canto mais isolado da Sala Comunal, decididos a não serem vistos, pelo menos até saberem o que vão fazer. Enquanto estavam escondidos, Harry viu seu pai, Sirius, Remo e o traidor do Pedro descendo as escadas do dormitório. Sentiu uma vontade imensa de ir até lá e lançar um bom feitiço em Pedro, mas se lembrou de que não poderia fazer isso, não até que eles soubessem o tipo de pessoa que Pedro era e que, por causa dele, seus pais morreriam. Fez o máximo de força para não atacá-lo, então viu três garotas descendo as escadas. Duas tinham cabelos escuros, uma com os olhos azuis e a outra com os olhos castanhos, e a ultima, Harry observou sentindo uma enorme felicidade, era ruiva com os olhos verde esmeralda: sua mãe.

Lá ficaram até todos os alunos saírem da Sala. Sabiam que Dumbledore estaria no Salão Principal tomando seu café, então não adiantaria ir ao seu escritório agora. Mas resolveram que o melhor a fazer era esperar no corredor que dava acesso à sala dele, atrás de uma estátua (Dumbledore via através das Capas de Invisibilidade), pois assim ouviriam a senha quando ele chegasse o que facilitaria sua entrada.

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