O Casamento



Vitória foi a última a chegar ao casamento de Gui e Fleur. Os gêmeos Weasley estavam na esperando os convidados (ou a convidada) na parte de fora da tenda.
- Vitória? – perguntou Jorge intrigado. Ele e Fred a olharam de cima a baixo. – Está bonita!
- Olá...
- Jorge.
- Certo! Olá Jorge! Obrigada pelo elogio.
- O que você faz aqui? Foi convidada para o casamento?
- Não, Fred. Estou aqui de penetra por Voldemort.
Os gêmeos a encararam sérios.
- Brincadeira! – respondeu ela rindo. – Claro que fui convidada! Estudei em Beauxbatons, esqueceram?
- Não, claro que não esquecemos! Venha me acompanhe. Por aqui, por favor.
- Deixa eu mostrar o lugar a ela Jorge! ME acompanhe Vitória.
Vitória usava um vestido preto, com sandálias da mesma cor. Muito bem maquiada e com o cabelo preso em um penteado simples, mas bonito. Fred indicou o lugar a ela. Vitória agradeceu e sentou-se no lugar indicado.
Sentado ao lado de Jorge, do outro lado da tenda, Fred disse:
- Quando eu me casar com ela, não vou me preocupar com nenhuma dessas bobagens. Vocês poderão vestir o que quiserem, e lançarei um Feitiço do Corpo Preso na mamãe até terminar a cerimônia.
- Corrigindo, - disse Jorge. – quando eu me casar com ela, certo?
Rony riu e disse:
- Vocês não vão casar com ela. Caso não se lembrem, ela namora o Malfoy.
Fred e Jorge resolveram ficar quietos, podiam acabar falando demais.
Quando a cerimônia terminou, as cadeiras onde as pessoas estavam sentadas se ergueram graciosamente no ar, ao mesmo tempo em que as paredes da tenda desapareciam, deixando agora os convidados apenas sob o toldo sustentado pelos postes dourados, com uma vista gloriosa do pomar ensolarado e do campo ao redor. Em seguida, uma poça de ouro líquido se espalhou do centro para a periferia da tenda formando uma pista de dança reluzente; as cadeiras suspensas se agruparam em torno de mesinhas, cobertas com toalhas brancas, a banda de paletós dourados marchou em direção a um pódio.
Vitória foi cumprimentar Gui e Fleur. A noiva estava realmente bonita em um vestido branco tão simples.
- Fleur! – exclamou Vitória sorrindo. - Quanto tempo!
- Vitória! A quant’ tempe!
- Nossa Fleur! Seu inglês está bem melhor!
- E o seu continue perrfeite!
- Obrigada! Parabéns Fleur, parabéns pelo casamento! Parabéns a você também, Gui!
- Ah, muito obrigado! Vitória, não é mesmo?
- Exatamente!
- Com licence Vick! Vamos dançarr! Por que nam prrocura um parr?
- Com certeza Fleur!
Depois que Gui e Fleur se foram, Vitória deixou escorrer uma lágrima. Não podia fazer o que desejava o Lorde, Fleur era uma grande amiga e estragar seu casamento? Ela simplesmente não podia fazer isso!
- Gostaria de dançar? – disse uma voz atrás de Vitória. Ela reconheceu ser de um dos gêmeos Weasley. Virou-se tentando sorrir.
- Dançar? Claro! Fred?
- Sim, sou Fred. Você não me parece muito bem.
- E não estou! – respondeu ela desanimada.
- O que aconteceu?
- Guarda mais um segredo?
- Quantos você quiser que eu guarde! Venha, vamos conversar lá dentro.
Fred guiou-a até a sala de estar dos Weasley, apontando o sofá disse:
- Sente-se.
Ela sentou e começou a chorar.
- Não, não chora! – disse ele tentando acalmá-la. – Vai... Vai estragar a maquiagem.
- Não vai ser maior do que o estrago que eu farei! – falou ela entre soluços e mais soluços.
- Você não vai estragar nada. Muito pelo contrário...
- Você não entende! Olha, não tenho a marca negra! – disse ela esticando o braço esquerdo na direção de Fred. – Mas ele me obrigou e... Eu não posso fazer nada, tenho que obedecer. Ou morrer.
- E o quê você deve fazer?
- Começar a guerra.
- Começar a guerra? Que guerra?
- Eu disse que não entenderia!
- Então me explique!
- Ele disse que hoje o Ministério cairá. E quando isso acontecer eu devo começar a guerra. Aqui, quando anunciarem o fim do Ministério.
- Então nós temos que impedir!
Antes que pudessem fazer qualquer coisa, um lince aterrissou com leveza entre os espantados convidados. Cabeças se viraram e as pessoas que estavam mais próximas congelaram absurdamente em meio a passos de dança. Então a boca do patrono se abriu desmesuradamente e ele anunciou na voz alta, grave e lenta de Kingsley Shacklebolt:
- O Ministério caiu. Scrimgeour está morto. Eles estão vindo.
Era tarde demais, eles não podiam fazer nada. A guerra estava começando.

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