Recomeço?



Nota: Na última parte do capítulo, a narração é em terceira pessoa com o ponto de vista do Draco.
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Olhos fechados. A mão no peito do amigo afastando-o de si. A mão livre tremia. Tremia de confusão, de nervosismo, de insegurança. Recuou um passo e expirou forte. Abriu os olhos e viu os olhos verdes do garoto á sua frente.

Harry franzia a testa confuso.

-Hermione... – Ele se aproximou da menina. – Eu to aqui, posso ficar com você.

-Não quero. – Respondeu Hermione olhando para o chão.

-Não quer? Por quê?

-Porque não quero.

-Você disse que me amava, Hermione. – Rebateu Harry parecendo um pouco bravo.

-Só Deus sabe o quanto eu amo você, Harry. – Respondeu encarando os olhos do amigo. – Acho que sempre amarei, mas não lhe quero mais.

-Não entendo.

-Eu sei. Homens não entendem essas coisas.

-Hermione, por que não quer?

-Porque não agüento mais, Harry. – Hermione sentiu a garganta arder. Encheu a boca de ar depois soltou. –Fiz tudo que podia pra você olhar pra mim, e você não olhava.

-Já te disse que não sabia que gostava de mim. E prometo que agora será diferente, Mione, prometo não te magoar mais.

-Não, Harry. Eu sei que você não sabia dos meus sentimentos, mas não dá. Eu seria a pessoa mais feliz do mundo se ficasse com você.

-E então? – Perguntou Harry colocando mais um passo a frente.

-Mas não somos felizes juntos!

-Podemos tentar!

-Não, não podemos Harry. Porque não dá certo.

-Quem ama perdoa, Hermione.

-Eu te perdôo, Harry. Eu juro que te perdôo. Juro que entendo que você realmente não quis me machucar, mas machucou e eu não agüento mais. Acabou. Eu entendo seu ponto de vista, Harry, mas entenda o meu. Não adianta a gente tentar agora porque nada do que fizer daqui pra frente vai me fazer esquecer o que passei. Não é questão de perdoar...é questão de...não dá mais.

Harry olhou pro chão. Coçou o queixo e levantou a mão como se não entendesse a situação. Depois levantou o rosto zangado. Hermione franziu as sobrancelhas ao ver o rosto de Harry.

-É o Malfoy, não é?

-Não tem nada a ver com o Draco, Harry.

-Você gosta dele, não gosta? – Perguntou quase soltando saliva na garota.

-Gosto...

-Não pode amar dois garotos ao mesmo tempo. Vamos, Hermione, não se iluda, você não ama o Malfoy como me ama.

-Só porque alguém não ama você como gostaria, não significa que ela não ame com todo o seu ser.
Harry estancou encarando Hermione. Hermione sentiu os olhos ficarem vermelhos. “Não precisa dele pra ser feliz!” A voz de Malfoy repetiu na sua mente.

-Não pode amar ele! É um comensal! Não viu a marca dele naquele dia?

-Eu não me importo. – Respondeu firme. – Desculpe, Harry, mas não me importo. Ele pode ser o próprio Voldemort, mas eu não dou a mínima porque ele me ama e ele me deixa feliz...coisa que você não faz. E por mim, passaria minha vida toda com ele.

Hermione sentiu o coração ficar apertado quando viu os olhos de Harry ficarem vermelhos. Engoliu em seco e negou com a cabeça. Aproximou do amigo e o abraçou.

-Harry, não chora. Você precisa mostrar que não precisa de mim pra ser feliz.

-Não quero que você fique com o Malfoy.

-Não quero que ele fique sem mim. – Respondeu abraçando-o mais forte. –Vamos, Harry, sabe que eu nunca irei esquecer você. Sabe que seremos amigos pro resto da vida, mas preciso dele.

-Quando a gente pode ficar juntos, você não quer.

-Não, não quero. Você só quer me fazer ficar longe dele. Volta com a Gina.

-Gina?

-Você gosta dela. Você combina mais com ela. – Hermione beijou o topo da cabeça de Harry. – Eu combino mais com loiros...

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-Me mate! – Ele falou mais uma vez. Parecia impaciente. Aquilo era remorso?Pena? Não quero que as pessoas sintam pena de mim! Dei de ombros e fui andando com as cartas de Hermione numa mão e o canivete na outra. Parei quando ouvi me chamar outra vez. – É sua única chance, Malfoy.

-Chance de quê, Weasley? Acabou. Sou proibido de ver Hermione e não posso mais olhar pro meu filho. Não sinta pena de mim, Weasley. Eu agüento. Já agüentei coisas piores. – Mentira. Não agüentei, mas tenho que ser forte comigo mesmo.

-Não estou com pena de você, Malfoy. Eu só quero ajudar.

-No que isso vai me ajudar?

-Quer vê-la de novo, não quer? – Não respondi. Ele sabia que eu queria. Ele se aproximou de mim e estendeu a carta que escrevera para o Potter. –Entregue isso ao Harry. Ele vai entender!

-E se ele não entender?

-Ele vai entender!

-Estamos falando do Potter, Weasley. Ele vai me matar se descobrir que eu te matei.

-Não deixe isso acontecer! Faça de tudo pra entregar essa carta a ele. Te prometo que ele vai te ajudar.

-E se ele não ajudar? Se ele me fizer ficar ainda mais longe de Hermione? – Perguntei sentindo os olhos arderem. Weasley ficou calado.

-Peço desculpas então. Mas eu juro que só estou querendo ajudar.

Percebi que realmente aquela era a minha única chance de ver Hermione de novo. E eu tinha que arriscar porque eu não agüentava mais ficar sozinho. É curioso você ter que matar alguém pra ter outra pessoa de volta na sua vida.

Guardei as cartas de Hermione no bolso de dentro do casaco e o canivete no bolso da calça. Peguei a carta do Weasley e segurei entre os dedos. Tirei a varinha e apontei pra ele.

-Baker Street, casa 21. – Ele falou. Percebi que no rosto dele mostrava um sorriso singelo.

Não era tão difícil, certo? Era o Weasley. O pobretão, irmão da beterraba que fez Hermione sofrer. Minha mão começou a tremer. Não podia ter pena dele, tinha que ter vontade de matá-lo. Engoli em seco e senti minha mão esquerda suando. Meu pai sempre me disse que quando pedimos a morte, somos fracassados. E se eu não quiser matar o Weasley, eu seria o fracassado? Seria covardia ou consentimento? Descobri que é mais fácil morrer do ver alguém morrendo. E é mais fácil matar do que ver alguém morrendo. Eu não quero o fracasso, quero a glória de cair!

Uma fina linha verde saiu da ponta da minha varinha e atingiu Weasley no peito. Fechei os olhos. Quando abri, vi o corpo do garoto estatelado no chão. Pela primeira vez vi que não somos imortais, e que é perca de tempo esperar algo acontecer, porque num belo dia se morre. Ás vezes tão banal, ás vezes tão sem graça, ás vezes tão sem história, ás vezes tão sozinhos, e talvez, morrer nem seja tão assustador assim. Olhei para o túmulo do William outra vez. Queria pedir desculpas por ter matado alguém bem na sua frente, queria agradecer a ele por ter ficado com Hermione todo esse tempo, queria dizer que adoraria conhecê-lo.

Guardei minha varinha e aparatei. Baker Street, 21.

Parei no meio da sala. Sala simples de uma casa simples. Á minha frente uma mesinha de centro e mais adiante uma lareira. Em cima da lareira alguns retratos. Cheguei mais perto. Potter, Weasley, Weasley, Potter e um Malfoy. William tinha os cabelos mais claros ainda e era o único que não sorria. É engraçado ver um loirinho numa casa de morenos e ruivos. Encarei o rosto sardento do Weasley outra vez.

Virei-me e estanquei quando vi um menino deitado no sofá. Tinha um braço pendendo pra um lado e parecia suado. Cheguei mais perto. Meu filho morreu por culpa dele, e ele ainda consegue dormir? Vai ver é por que ele é criança e não sabe o que fez, vai ver por ele ser filho do Potter ele não se importa com os filhos dos outros, vai ver pra ele a morte também nem é tão assustadora. Percebi que a culpa não era dele. A morte acontece, ela não nos pertence, é natural. A vida é nossa e, ás vezes, fazemos coisas bem piores. Ruim não é? Nascer pra não saber como ou quando vai morrer.

-Eu te perdôo, Potter. – Falei baixinho. – Mas só a você, porque o resto da sua família é uma desgraça.

Ouvi passos. Olhei para a escada e vi Weasley. Contorci o rosto involuntariamente.

-Malfoy? – Ela indagou assustada. Depois olhou pra mim e pro menino do sofá. – Que ta fazendo aqui?

-Não se preocupe, Weasley. Não vou matar seu filho.

Ela chegou mais perto de mim. – Prefiro não arriscar. E é Potter agora.

-Prefiro continuar lhe chamando de Weasley. – Respondi sentando numa poltrona que estava ao meu lado. Weasley sentou numa em frente á mim. –Potter está?

-Não, acabou de sair. Teve que resolver um assunto do Ministério. Disseram que era urgente.

É. Potter e os outros Aurores estavam á minha procura. Como eu desaparatei, fica mais difícil de me acharem. Só se eu usasse um outro feitiço. Mas eu tenho o tempo todo do mundo. Fiquei calado esperando o tempo passar. Depois, notei uma saliente barriga na Weasley.

-Quatro meses, Malfoy. – Que ótimo, outro Potter. Espero que enquanto eu esteja vivo não tenha sete infernizando esse mundo. –E você, não teve filhos?

Não entendi. Ou Weasley era muito hipócrita ou se fazia. Minha traquéia fechou.
-Tive um.

Vi ela se ajeitar desconfortavelmente na poltrona.

-Não se faça, Weasley. Você sabe disso. Mas não precisa dizer que sente muito nem mostrar que se importa, eu estou bem.

Ela ficou calada. Fiquei encarando o braço do moleque no sofá.

-Ele ta doente. Ta assim desde a morte do William.

-E por que não leva ele pro quarto em vez de deixá-lo aqui na sala? Não é muito educado pra uma visita.

-No quarto ele fica pior. Ele dividia o quarto com o Will, aí fica pior.

-Não há lugar mais solitário no mundo do que uma cama vazia.

-Acho que ele sente-se culpado pela morte dele, aí fica assim. Ontem, a febre chegou a 39.

-Vai ver é porque ele é realmente o culpado pela morte do William.

-Ele não é o culpado, Malfoy.

-Ele esqueceu meu filho do lado de fora! – Falei nervoso.

-Ele não esqueceu. William havia dito pra ele correr e pra não abrir a porta pra ninguém. Bem, Jimmy não abriu. Nem pro Will quando ele bateu na porta.

Fiquei calado. Não queria mais falar sobre isso. Depois, a curiosidade falou mais alto.

-Como ele era?

-Era a mistura entre você e Hermione. Acho que como ele não lhe conheceu era mais parecido com Hermione, mas ás vezes falava coisas e fazia certas coisas que lembravam você. – Ela falou parecendo um pouco indignada. – Ele era até inteligente pra idade dele. Era mandão e não dava o braço a torcer. Com Hermione, ele era um amor de pessoa.

Dei um sorriso sem querer. –É a mãe dele não?

-Sim. Hermione era a única que podia mexer no cabelo dele.

-Por quê?

-Porque ele era bastante narcisista pra alguém de quatro anos. Ele se achava o mais inteligente, o mais bonito da família. Era um inferno dar banho nele porque ele odiava quem tocasse nele. Uma vez empurrou o Jimmy na parede porque Jimmy tinha puxado o cabelo dele. Já deu pimenta pro Jimmy dizendo que era cenoura, já dissolveu giz na água e disse que era leite, já colocou cola no cabelo do James.

Arregalei os olhos surpreso. Tive muita vontade de rir. Mas me segurei.

-Ele era também meio pretencioso e meio orgulhoso. –Ela suspirou. – Até que ele animava a casa.

-Ele falava muito com Hermione?

-Hermione ficou com ele os cinco primeiros meses. O Ministério havia bloqueado a passagem dos dementadores pela cela de Hermione durante o período. Depois, o James nasceu aí o Ministério disse que eu poderia amamentar o Will, então ficamos com ele. Ela havia pedido pra você ficar com ele, mas a gente achou que você não tinha condições de cuidar dele porque ele ainda era de colo.

-E depois? Por que não me fizeram ficar com ele?

-Porque ele já tava acostumado com a gente. Até pensava que éramos seus pais.

Uma coisa começou a me preocupar. – Ele nunca chamou o Potter de pp-p-pp. – Engoli em seco. – Pai, né?

-Já. – Manchas vermelhas começaram a aparecer. –Ele sabia que eu não era a mãe dele. Porque se eu fosse mãe dele...

-Eu não seria o pai. – Falei. Ela me olhou zangada e limpou a garganta.

-Se eu fosse a mãe dele, eu teria que ter um pouco da aparência dele, mas não tinha nada. Aí, depois, ele descobriu que a nome dele era diferente do Jimmy aí perguntou pro Harry. Harry explicou a ele e levou ele até Hermione. Daí, ele parou de chamar o Harry de pai.

-E não podiam nem me falar dele?

-Por mim, você ficava com ele. Mas o Harry não queria.

-Por quê? – Perguntei calmo. Estava calmo mesmo. Não tinha força pra ficar com raiva. Acho que nunca mais teria.

-Porque Harry te odeia, Malfoy. Simples. Harry não suporta saber que Hermione teve um filho com você.

-Isso é ridículo!

-Você gostaria de saber que seu maior inimigo teve um filho com sua melhor amiga?

-Não. – Sussurrei com a garganta ardendo. –Mas isso não faz com que eu esconda o filho dele por anos.

-Por incrível que pareça, Malfoy, isso faz.

-Vamos, se William tivesse comigo, ele poderia estar vivo agora!

-Sinto muito lhe informar, Malfoy, mas pelos indícios do Ministério, o seu filho era realmente o alvo dos comensais naquele dia!

Meu coração estancou. Aquilo era impossível. Por que diabos um comensal iria querer matar meu filho?

-Vamos, Malfoy. Nunca fez nada no passado que alguém podesse descontar isso nos seus descendentes?

-Não. – Falei seguro. Depois um estalo veio como uma flecha. ZAMBINI!

***

Hermione fazia a ronda de domingo sozinha. Torre Sul. Parou ao ver Zambini no meio do corredor que estava proibido para os alunos. O sonserino segurava um papel na mão.

-Zambini! – Chamou o garoto. – O que está fazendo? Não pode andar por aqui!

-Ando por onde quiser, Granger!

Hermione apontou a varinha pro sonserino. – É proibido, Zambini. E se não der meia volta agora mesmo, irá direto pra sala do Professor Snape.

-Não me importo, sangue-ruim, professor Snape é até agradável. – Hermione segurou mais firme a varinha. –Mas eu também não sou besta de me meter com a melhor duelista da escola.

Zambini estava virando-se, mas parou quando Hermione o chamou.

-O que tem nas mãos?

-Não é do seu interesse! - Zambini soltou um palavrão quando viu o papel voar pras mãos da garota. –É só que tava procurando a cozinha, Granger, me disseram que era por aqui. Deram-me esse papel com o desenho da entrada.

-Mas se você não percebeu, Zambini, não há nada escrito no papel! – Falou mostrando o papel ao garoto. –Deve estar enfeitiçado, e como você mesmo disse, não é do meu interesse.

Ela se aproximou do menino e o devolveu o pergaminho. – Não ande mais por aqui, Zambini, não sem autorização.

-Num é que você tem educação, Granger!? – Falou divertido, mas sem mostrar um sorriso.

-É como pode ver, de nada altera na educação de um bruxo, o sangue.

Zambini acenou com a cabeça e guardou o papel na calça. Olhou a menina da cabeça aos pés. –Pode me levar até a cozinha, Granger? Não sei onde é e não quero perder pontos pra Sonserina.

Hermione coçou a cabeça. Ela não deveria porque iria abandonar o posto. Olhou para o sonserino e viu que o garoto já não era mais tão brincalhão quanto antes, o sorriso que marcava o rosto de Zambini havia desaparecido. Talvez pelos dentes que agora estavam ausentes. Hermione sentiu que não faria mal acompanhar o garoto até a cozinha. Acenou com a cabeça e foi com o sonserino. Ela só não sabia que não voltaria nunca mais.

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Zambini. Zambini. Zambini. Era pra ter matado aquele garoto quando tive a chance. Desgraçado. Perdi a linha de raciocínio quando vi Potter júnior se mexer no sofá. Ele abriu os olhos e olhou pra mim. Olhos verdes. Pelo menos ele não tinha a maldita cicatriz.

-Quem é você?- Perguntou rouco. Weasley levantou-se e saiu da sala. –Amigo do papai?

-Não. Conhecido.

-Qual a diferença entre conhecido e amigo? – Perguntou confuso.

-Eu não gosto do seu pai, por isso não sou amigo. Eu sei quem é ele, por isso sou conhecido.

-Então todo mundo é conhecido do papai? Porque todos sabem quem ele é.

-Mais ou menos.

Weasley voltou com um copo na mão. Deu pro garoto e ele tomou o liquido laranja. Havia um jeito tão mais simples de se tirar a febre. Hermione me ensinou um muito bom quando fiquei doente depois que minha mãe morreu. “Agite a varinha duas vezes de forma lenta e em círculos, depois faça um traço firme no ar e diga ‘Afetrius’”. Tirei a varinha do bolso e apontei para Potter. Ele ficou encarando a varinha. Fiz o movimento e disse o feitiço. Potter piscou os olhos enquanto Weasley arregalava os dela. Vendo que nada aconteceu ao menino, colocou-lhe a mão na testa.

-Parou. – Falou surpresa. – Obrigada, Malfoy. Eu nunca fui boa em feitiços de saúde.

-Você nunca foi boa em feitiços gerais, Weasley. – Disse sentando outra vez na poltrona. – Você só sabia feitiços de estuporamento, de limpeza, e de brincadeiras idiotas.

-Como sabe?

-Hermione me dizia.

Escutei um pim na sala. Olhei para a porta e vi Potter. Respirava ofegante e tinha o rosto vermelho. Apontou a varinha pra mim. Pela primeira vez, vi Potter realmente nervoso.

-Depois de Voldemort você é a pessoa que eu tenho mais prazer em matar, Malfoy.

-Você é a pessoa que eu mais tenho nojo de olhar, Potter.

-O sentimento é recíproco. – Potter deu um passo pra frente.

-Papai, to melhor da febre!- Falou Potter júnior.

-EU VOU MATAR VOCÊ, MALFOY!

Levantei-me da cadeira. –Vamos, Potter. Mata!

Ele me atingiu com um feitiço. Voei até a parede batendo com as costas.

-Papai, não mata ele. Ele é legal, ele me tirou a febre.

-Ele não é legal, James. Vá para o seu quarto.

-Não quero!

-Agora!

Levantei do chão com um pouco de dificuldade. Senti o sangue escorrer pela minha boca. As costelas doendo. Acho que quebrei uma quando bati na parede. – Sabe, Potter, descobri que sou um pai melhor que você, irônico, não é?

-Não fale besteiras, Malfoy. Você nem filhos tem!

Soltei a varinha e fui até Potter. Ele soltava feitiços, mas pro alguma razão eles não me atingiam. Minha mão se fechou em volta do pescoço dele. Apertei. Senti a traquéia dele. –POR CULPA SUA! – Podia apertar. –POR SUA MALDITA CULPA! –Apertar mais. –NÃO TENHO FAMÍLIA PORQUE VOCÊ NÃO QUER, POTTER! –Mais. Só que não apertei. Senti um feitiço me atingir pelas costas.

-Solte o Harry. – Falou Weasley. Soltei a garganta dele. Voei outra vez quando Potter me atingiu de novo.

-É ruim não é Malfoy? Não ter família? Ficar sozinho num lugar em que todos te odeiam. Passei por isso também.

-Papai! – Gritou o filhote.

-Harry, o que houve? Por que está assim? –Perguntou Weasley assustada.

-Gina, é melhor subir. Depois eu explico. Leve o Jimmy também.

A sala ficou quieta em menos de dois minutos. Ouvia a respiração do Potter enquanto tentava recuperar forças. Senti ele abrir minha mão direita e colocar minha varinha.

-Não sou covarde, Malfoy. Não gosto de duelar com pessoas desarmadas.

-Se todo homem tivesse a covardia de ser corajoso, Potter, o mundo estava bem melhor.

-E você é muito corajoso, não é Malfoy?

-Não não sou. Sou o cara mais covarde possível. A diferença é que minha covardia varia de acordo com as pessoas e as situações.

-Você é um nojento, Malfoy. Não sei como Hermione se apaixonou por você.

-Eu também não. –Apoiei a mão no chão e levantei. –É como me perguntar porque sou canhoto.

Troquei a varinha de mão. Potter continuou apontando a varinha, mas num movimento brusco soquei o rosto dele. Ele caiu, mas levantou depois.

–Só porque tenho uma varinha, não quer dizer que vou usá-la, Potter!

-Mas eu vou.

Ele lançou outro feitiço, mas consegui me defender soltando outro feitiço. Depois, ouvi outros pinos na sala. Reconheci Tonks, Kingsley e Maloney. Sim, foi o monitor da Corvinal. Tonks olhou confuso pra mim. Até porque eu trabalhava na mesma equipe dela.

-Malfoy? – Indagou Tonks. –Você que matou o Rony?

-Foi. – Respondeu Potter grosso.

“Não deixe que ele te mate, faça de tudo pra entregar essa carta a ele. Te prometo que ele vai te ajudar.” Lembrei. Confesso que havia esquecido sobre a carta do Weasley. Tirei a carta do bolso. Segurei entre os dedos, vi a letra feia do Weasley. “Harry” tinha no verso da carta. Estendi a mão com a carta.

-É pra você, Potter!

Potter franziu as sobrancelhas e a pegou. Até que foi fácil. Potter me encarou e sem dizer uma palavra rasgou a carta. Senti meu coração disparar. Vi os pedaços caírem no chão levando embora tudo que sobrava de Hermione pra mim. Lembrei do sorriso do Weasley antes de morrer. Acabou. Ninguém mais teria a bondade que o Weasley teve pra se matar pra que eu fique com Hermione. Acabou.

-Obrigado por fuder minha vida. Muito mesmo.

-De nada. –Falou normal.

-Só não se sinta culpado depois. É ruim quando você se condena por seus erros.

-Por que iria me sentir culpado?

-Porque você acabou de destruir o que sobrara de Weasley.

-R-Rony? O que está dizendo?

-Ele havia pedido pra lhe entregar a carta. Não precisava rasgar. –Falei ainda olhando os pedaços no chão. –Se não quisesse podia ter me dado de volta.

Potter ficou calado. Tonks ainda continuava confusa.

-Malfoy, você vai ter que vir com a gente pro Ministério. – Falou Kingsley. Não me importei, continuava olhando os pedaços do papel no chão. Kingsley e Maloney me seguraram e Tonks tirou minha varinha. Na mesma hora, ela a quebrou.

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(Três dias depois)

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Draco saiu da sala em que estava. A roupa de três dias atrás ainda no corpo, olheiras profundas eram visíveis, e os cabelos soltariam caspa se alguém passasse a unha forte no couro cabeludo. Das três o que mais irritava Draco era realmente a última.

Seguiu Kingsley pelo Ministério. Era o dia de seu julgamento. Sabia que iria pra Azkaban, afinal, foi por isso que ele decidiu realizar o desejo de Weasley. Era sua única chance de ver Hermione outra vez. Entrou no elevador e esperou. Saiu e foi até o tribunal. Era a primeira vez que vira o tribunal tão lotado assim. Havia gente do Conselho Nacional de Aurores que nunca havia visto na vida. Todos os Aurores executivos estavam presentes junto com outros departamentos. Famílias e interessados também estavam para ver. Reconheceu toda a família Weasley, Fleur Delacour, Albus Dumbledore, Tonks, Lupin, Luna Lovegood e até o ex-ministro, Cornelius Fudge.

Rufus Scrimgeour estava na cadeira principal do juiz. Draco foi até a cadeira do réu e sentou. Ficou um pouco aliviado ao ver Severus Snape também. Fechou a cara quando viu Potter ao lado de Rufus Scrimgeour.

-Senhor Malfoy. – Começou o ministro. – O senhor foi acusado por homicídio doloso de seu companheiro de equipe, senhor Ronald Weasley. Caso não saiba, homicídio doloso é quando mata alguém intencionalmente. O senhor nega que tenha matado o senhor Weasley?

-Não.

-Quais os motivos que o levaram a matar o senhor Weasley?

-Nenhum. Ele pediu que eu o matasse.

-MENTIROSO! – Gritou Gina Weasley. Draco se mexeu estressado na cadeira por causa da interrupção.

-Silêncio! – Pediu o ministro. Ainda podiam ouvir alguns cochichos. – Senhor Malfoy, o senhor afirma que o senhor Weasley havia pedido para que você o matasse?

-Sim.

-Por qual motivo?

-Não é da sua conta.

Outros cochichos começaram. Rufus Scrimgeour fechou o rosto ainda mais com a resposta do réu. Bateu o martelo de madeira pedindo silêncio.

-Isso é um tribunal, senhor Malfoy, tudo é preciso que responda. Responda, qual o motivo que levou senhor Weasley a lhe pedir tal coisa?

-Se me permite, Rufus. – Interrompeu Albus Dumbledore. –Há certas coisas que não dizemos nem pra nós mesmo, Draco não quer dizer o motivo, mas ainda assim assumiu seu gesto. Se o motivo for dito ou não fará diferença alguma na resolução do caso?

-Isso é de respeito ao tribunal, Dumbledore, e você nada tem a ver com isso, por tanto a todas perguntas feitas, será necessário uma resposta.

Rufus parou de falar quando viu a mão levantada de um dos espectadores. Deu a palavra á Luna Lovegood. A loira levantou e olhou pro chão.

-Bom, eu não entendo isso direito, mas...se Rony pediu para que Draco o matasse, então, Draco não pode ser culpado por isso por que foi Rony que pediu, certo?

-Não entendi, senhorita.

-Isso é ridículo! – levantou Gina zangada. – Rony jamais queria ser morto, Malfoy está mentindo!

-Não estou mentindo, Weasley! – Respondeu Draco levantando da sua cadeira. –Por que diabos não cala a boca e pára de interromper?

Outra vez Scrimegour usou o martelo. –Senhor Malfoy, por favor sente-se. Senhora Potter, acalme-se.

Uma mulher baixinha e gordinha levantou a mão. Rufus deu a palavra.

-Senhor Malfoy, o motivo que o levou a matar senhor Weasley é bastante pessoal?

-Sim. Mas não tem nada a ver entre Weasley e eu. É com uma terceira pessoa.

-Quem? – Perguntou um senhor de meia idade. O velho lembrou Draco o ex-colega da Sonserina, Markus Flint. Principalmente pelos dentes com cáries.

-Hermione Granger. – Quem respondeu não foi Draco, fora Luna. –Era amiga dos dois.

A mulher baixinha levantou a mão outra vez. –Então, a senhorita Granger estava entre você e o senhor Weasley?

-Não.

-O senhor o matou por causa dessa Hermione Granger? – Perguntou Rufus Scrimegour interessado.

-Sim.

-Ela o traiu?

-Não. Pelo menos eu acho que não.

-Havia um relacionamento entre vocês dois?

-Sim.

-O senhor Weasley alguma vez já demonstrou interesse na garota Hermione Granger?

-Acho que já.

-E isso o fez matá-lo?

-Não. Estou lhe dizendo a uma hora que Weasley pediu para que eu o matasse.

A mulher baixinha e gordinha levantou-se. Limpou a garganta. – Hermione Granger não foi a garota acusada de matar três bruxos de Hogwarts há quatro anos?

-Sim, foi. – Respondeu Cornelius Fudge. –Também foi acusada de ser um Comensal da Morte.

-Ela não é um comensal! – Gritou Draco vermelho. –Diabos, Hermione não se interessava nem em magia negra, ela lá seria comensal!? Isso é patético!

-Acalme-se senhor Malfoy. – Pediu o professor Severus Snape.

-Não vou me acalmar! –Respondeu mais grosso. –Eu sei que ela não é comensal!
-A marca negra está em seu braço! Não pode negar, senhor Malfoy!

-Não, não posso, mas Hermione jamais se uniria á Voldemort! Ela é amiga do merda do Potter!

-Então por que a marca? – Perguntou o velho com aparência de Markus Flint.

Draco se assustou quando ouviu um grito de Dumbledore. Olhou pro diretor de Hogwarts. – Este julgamento é sobre Draco Malfoy, não sobre Hermione Granger.

-Muito bem, está certo, Dumbledore. – Rufus se ajeitou na cadeira. Fez um gesto com a mão e Malfoy sentou-se nervoso. Passou a mão no rosto tentando se acalmar.

Outra mulher, cujo nome era Camille Durin¹, levantou-se. Draco já havia visto várias vezes na equipe de Lupin, pelo que diziam era uma das melhores aurores francesas. Estava com papéis na mão, Draco reconheceu aqueles papéis, passou a mão nos bolsos...vazios. As cartas de Hermione haviam desaparecidas. Ela saiu da bancada dos jurados e deu os papéis ao ministro. Draco arqueou as sobrancelhas. Durin voltou à bancada que estava.

-Senhor Malfoy, essas são cartas de Hermione Granger. Há algum vestígio de que ela possa ter causado o assassinato de Ronald Weasley através das cartas?

-Não. –Respondeu incrédulo. – Hermione jamais pediria isso.

-Nas cartas há algum indicio de desentendimento com o senhor Weasley?

-Não sei. Não as li ainda.

-Bom, então lerei pra você. – Rufus pegou uma carta. Draco engoliu em seco enquanto o coração batia descompassadamente. Olhou para Potter. Não esboçava emoção alguma.

-N-não precisa.

O ministro levantou o lacre da carta, ajeitou-se na cadeira e começou a ler. Draco fechou os olhos com força.

“Draco,

Uma vez você me disse que a felicidade não é para sempre e que as pessoas felizes não tem tudo, mas tem tudo que precisam. Uma vez você me disse que eu precisava abrir os olhos e ver que não precisava de Harry pra ser feliz. Uma vez Rony me disse que sou tão perfeccionista a ponto de não enxergar o perfeito, mesmo que esteja na minha cara. Uma vez Harry me disse que eu precisava me afastar de você.

Acho que o problema foi que me afastei demasiadamente.

Descobri que minha obsessão por cada coisa em seu lugar, cada assunto em seu tempo, cada palavra em seu estilo, não era o prêmio merecido de uma mente em ordem, mas, pelo contrário, todo um sistema de simulação inventado por mim para ocultar a desordem de minha natureza. Descobri que não sou disciplinada por virtude, e sim como reação contra a minha negligência; que pareço generosa para encobrir minha mesquinhez, que me faço passar por prudente quando na verdade sou desconfiada e sempre penso o pior, que sou conciliadora para não sucumbir às minhas cóleras reprimidas, que só sou pontual para que ninguém saiba como pouco me importa o tempo alheio.

Descobri que é necessário abrir os olhos e perceber que as coisas boas estão dentro de nós, onde os sentimentos não precisam de motivos nem os desejos de razão. Descobri que não tenho que chorar porque acabou, tenho que sorrir porque aconteceu. O importante é aproveitar o momento e aprender sua duração, pois a vida está nos olhos de quem saber ver. Descobri que realmente não preciso de tudo pra ser feliz. Eu só preciso de você...

Je t’aime²,
Hermione”

-Bonito. Muito bonito, não é senhor Malfoy?

-Não lido por você. – Respondeu abrindo os olhos. O coração batendo mais forte. “Não tenho que chorar porque acabou, tenho que sorrir porque aconteceu”...o difícil é sorrir quando o coração está borbulhando em lágrimas.

Draco levantou o rosto quando ouviu a voz de Camille Durin.

-Hermione Granger sempre foi amiga sua, de Ronald Weasley e Harry Potter?

-Não. Ela me odiava, depois nos tornamos amigos. Ela sempre foi amiga de Weasley e Potter.

-O senhor já teve interesse em magia negra?

-Já.

-E o senhor tem a certeza de que Hermione Granger nunca teve interesse em magia negra também?

-Não. Ela não gostava. Pergunte ao Potter..ele está aí pra comprovar! – Todos olharam para Potter. Ele continuou calado. Draco olhou para Albus Dumbledore que levantava.

-Senhorita Granger sempre foi brilhante nos estudos, ministro. Sabia vários feitiços que poucos conhecem, faz poções como ninguém e tem um raciocínio lógico impressionante, mas ela nunca demonstrou interesse algum em Artes das Trevas.

-Ela seria uma ótima comensal, não!? – Indagou Camille. –Albus, o fato dela nunca ter demonstrado interesse não significa que ela realmente não tenha. Ela pode gostar e no fundo dizer que não.

-Senhorita Granger jamais gostaria de Magia Negra. – Respondeu Severus Snape levantando da cadeira. – Ela nunca se juntaria á Voldemort, ela jamais seria uma comensal da morte e jamais mataria alguém.

-Então, explique a marca negra e os assassinatos cometidos por ela, Snape?

-Isto é impossível saber, ministro. Mas como disse Albus Dumbledore, o julgamento de Hermione foi há quatro anos, ela está em Azkaban agora, não tem relacionamento com a morte de Ronald Weasley. Draco afirmou o que fez e por isso não temos muito o que fazer, temos?

-Não, não temos. –Rufus pegou o martelo. Draco deixou escapar um sorriso quando o ministro bateu o martelo. –Draco Lucius Malfoy, condenado á Azkaban pela morte do Auror Ronald Billius Weasley!

Continua...
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n/a¹: Camille Durin (na verdade é um homem) foi um pintor. (Não lembro exatamente a qual movimento pertenceu. Acho que foi pré-realismo ou pós-impressionismo...não lembro, pra não dar informação errada, considere só o pintor)

n/a²: Je t'aime.... Eu te amo em francês.

Agora, vem a explicação:

O Computador lotou de vírus, e tive que reformatar. Perdi toda a história, perdi tudo. Fiquei duas semanas sem o pc e sem criatividade para o capítulo. Tenho a forte impressão que não terminaria assim se não tivesse dado problemas no sistema. Tentei reescrever o capítulo o mais rápido possível para vocês, terminei sexta-feira. (O capítulo tem 17 páginas). Mas passei o sábado fora e parte do domingo também. Mas aí está o capítulo 11. Penúltimo capítulo da fic.

Respondendo comentários:

Teresa: Acho que você entendeu agora. Harry não é um tirano, ele só odeia o Malfoy e faz questão de demonstrar isso. Eu realmente não sinto raiva do Harry porque eu consigo entender ele. Vocês não conseguem porque sabem dos sentimentos do Draco e aí é um absurdo o Harry fazer isso com ele. A única personagem que não gosto é a Gina. Nem dos livros. Poxa, que bom saber que minha história toca vocês, é o que mais gosto de saber. Ah, só falta mais um capítulo, você aguentou ate aqui, aguenta mais um. Não adiatna perguntar se o final vai ser feliz, vou decidir essa semana.

Imogen: De nada. Falar sobre Lord Byron é uma honra pra mim...é meio triste saber que quase ninguém "conhece" ele, tem um poema dele que eu acho lindo demais, mas infelizmente não lembro o nome. Você é chegada em poesia e literatura também? Legal isso. Continue assim, mulher, continue assim. xD.

Ana Tê: Ah, agradecida pelo comentário. É meio dificil de falar de Hermione, sério, ela foi mudando a cada capítulo que eu fazia. Ao mesmo tempo que ela não podia mudar bruscamente. Eu precisava fazer com que ela visse que gostava do Draco e do Harry -porque ela amou o Harry por não sei quantos anos-. Agora, ela sabe que ama os dois (mesmo que pareça errado olhando pelo lado do Draco e o que ele fez por ela), mas com o Draco dá certo, com o Harry não. Entendeu? aahsuashua, todos odeiam o Harry nessa fic, impressionante?! Eu nem queria que vocês odiassem ele...

Jeh: Qualidades grifinórias numa alma sonserina....juro que fiz o que pude pra encontrar a lógica nisso, mas eu acho que entendi xD. Retardada? Como assim, tipo sentimental demais? As cenas Draco e Hermione não iriam ser ao freguês, mas descobri que não tenho talento pra tais cenas então deixei que vocês imaginassem o que quisessem mesmo. Além de que é mais divertido. E eu não preciso escrever todas as vezes que "rola", ou seja, se você quiser pode imaginar que antes dela "sumir" de Hogwarts, eles tenham feito isso muitas vezes, se você não quiser, eles não fizeram ahusahusa. As reflexões do Draco são fodas, também adoro.

Ariane: Lá vamo nós de novo. Harry não é idiota, ele só quis proteger Hermione e o Will. Eu não odeio o Harry, adoro ele, mas acho que vocês não entendem ele, ahshausa. Quanto mais eu tento explicar os motivos dele mais vocês ficam com raiva. Ah, leia, só falta mais um capítulo. Que bom que não tá na mesmice...odeio clichês. O Draco não é fofo (só com Hermione). Ah, legal, eu adoro R.E.M (já falei). Guns eu também já gostei muito, hoje não to nem aí. Eu gostaria de assumir qual CD que uso para escrever os capítulos, mas vocês iriam me xingar eternamente...então deixa com segredo mesmo. Sobre o Rony e o Malfoy, tire suas próprias conclusões depois desse capitulo.

Luna: É, eu pensei nisso também. Só o que tem são pessoas como Hermione...e tipo é divertido escrever sentimentos porque você acaba -sem querer- conhecendo os seus próprios, e ás vezes, é um auto-conselho. Eu fiquei muito triste de escrever a parte do William porque meu maior sonho é ser mãe (por mim, seria mãe hoje) e eu me senti na pele de Hermione com o Will. Sobre o Malfoy, eu sempre pensei numa história que ele mudasse só por Hermione e não pelos outros já que a maioria das fics que eu li o Draco muda o comportamento tanto com Hermione como com os outros. Só algumas que não, e essas por sinal, são muito bem escritas também. Obrigada pelo comentário (mais pra uma redação).

Bruvieira5: Agora, imagino que você sabe porque o Rony pediu pra morrer. Eu vou pensar, não é porque ele vai pra Akaban que ele vai ver Hermione. Ah, o das cartas foi realmente egoísmo, mais pra maldade mesmo... o Harry tem toda aquela rixa com o Malfoy, aí pro Harry é foda aceitar Hermione e o Draco juntos. Mas Harry não é má pessoa. Pronto, está atualizado.

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