Hora de cair



“Acordei mais ou menos às dez e meia
Não acredito que estou atrasado de novo
Tomei uma garrafa de café
Para começar meu pulso e então
Eu recolhi meu jeans do chão
Então fechei a porta
É apenas o mesmo de sempre
Isso serve para mostrar que você nunca sabe
Quando tudo está para mudar”

No dia seguinte, eu acordei faltando cerca de três horas para as aulas começarem. Até tentei dormir novamente, mas vendo que não conseguiria resolvi despertar meu lado mau. Acordei as meninas. Ah, fala sério, se eu não conseguia dormir, elas também não conseguiriam. Além de que fazia tempo que não conversávamos.
- Acordem – eu gritava pulando da cama da Pah para a da Mandi – Vamos garotas, acordem.
A Pah foi a primeira a acordar, e ficou olhando para mim, como que pedindo uma explicação, enquanto eu ainda pulava na cama da Mandi.
- Você já vai entender. – eu disse a Pah quando desisti de pular na cama da Mandi, vendo que ela não acordava, e comecei a fazer cócegas. E funcionou, porque enfim, ela acordou.
- Descobri como te acordar dorminhoca-mor.
- Espero que seja algo realmente importante – Mandi disse sentando na cama com dificuldade. Eu sentei no pé da cama dela e chamei a Pah, que se sentou do lado da Mandi.
- Precisamos conversar.
As duas olharam para a cara uma da outra. Então cada uma pegou um travesseiro e me acertou em cheio no rosto, no que eu surpreendida acabei caindo da cama. E ainda ficaram rindo da minha cara.
- Pode deixar, já entendi que vocês não querem conversar. – eu disse indignada indo para o banheiro, enquanto as duas ainda riam.
- Não, Virginia, volta aqui. Estávamos só brincando. – Pah disse batendo a mão do seu lado no colchão.
- É, fala, sobre o que você quer conversar? – a Mandi perguntou, parando finalmente de rir.
- Quero que a gente compartilhe o que aconteceu nas nossas detenções.
A Mandi abriu um sorriso, e a Pah ficou escarlate. Tambores ruflando, sinal de que algo aconteceu.
Então a Mandi começou a contar suas aventuras com o Harry. E tipo assim, eu fiquei surpresa, mas também fiquei mega feliz por ela. Quem sabe assim ela não parava quieta, porque fala sério, acho que ela já ficou com pelo ao menos metade da escola.
E então foi a vez da Pah. E aí sim, pára tudo, eu realmente fiquei surpresa. Ela meio que declarou que acha que está começando a gostar do Zabini. E durante todo o relato não xingou ele de nada. Até disse que a companhia dele é boa. Ela podia ter descoberto isso antes né, eu não ia ter que ter ouvido tantas reclamações.
E aí foi minha vez de contar. E a pergunta que não queria calar foi a da Mandi.
- Por que você não fica de vez com ele?
- Porque se eu não ficar com ele, ele vai perder a aposta e vai se ferrar. E isso é tudo que eu mais quero.
- Tá – e aí foi a vez da Pah – E se você não soubesse da aposta, você ficaria com ele?
Eu entendi o que elas queriam. Eu havia arrancado revelações delas, e elas queriam uma minha. Nada mais justo, não?
- Acho que sim.
Na verdade havia sim algo mais justo, porque ela me zoaram demais depois disso.
Aí nós ficamos conversando umas duas horas, e então começamos a nos arrumar para as aulas. Quando já estávamos prontas descemos para o Salão Comunal.
O Harry estava sentado em um dos sofás, olhando para a saída do nosso dormitório, e quando nos viu abriu um sorriso. Correção: Quando viu a Mandi abriu um enorme sorriso.
Então quando estávamos passando ele disse:
- Gina, tem treino com o time hoje assim que acabarem as aulas.
Eu era uma das artilheiras desde o quarto ano, e modéstia a parte, era a melhor. Então eu disse ok, e eu e a Pah continuamos o nosso caminho para o Salão Principal. E a Mandi? Ganha um doce quem adivinhar onde ela foi parar.
- Acho que ela chega atrasada hoje de novo – eu disse, rindo, para a Pah quando chegamos ao salão e nos sentamos.
- Que bom que você só acha. – disse a Pah comendo outro dos seus bombons familiares e me oferecendo um, no que eu não pude recusar.
- Os seus pais vão ficar felizes quando descobrirem que você e o Zabini estão finalmente se dando bem – eu comentei, passando o olhar, discretamente, pela mesa da sonserina.
- Não quero que eles saibam, se não vão achar que isso aconteceu porque é o que eles queriam. E você sabe muito bem que eu não faço nada do que eles querem.
- Orgulhosa você, não – eu disse rindo e então finalmente encontrei um ponto luminoso. E não gostei nada do que vi. Ele estava com a nojenta da Panrkinson do lado dele, se insinuando pra ele. Tá certo que ele não parecia estar muito feliz com a presença dela, mas ela não tinha nada que estar ali.
E então nossos olhos se encontraram e eu senti algo diferente. Lembrei do que aconteceu na detenção. E pela primeira vez o pensamento de que ele só estava fazendo tudo aquilo por causa de uma aposta me deixou irritada. E então eu lembrei da pergunta da Pah “E se você não soubesse da aposta, você ficaria com ele?”.
Eu comecei a sentir-me com dor de cabeça e enjoada, e então disse para a Pah que depois nos encontrávamos e fui para a enfermaria, sob, não pude deixar de notar, o olhar dele.
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Acordei e levantei-me da cama, então vi que Zabini já tinha acordado e estava sentado na cama. Ele sempre fazia isso quando queria conversar comigo, porque da última vez que ele resolveu me acordar a minha reação não foi das melhores e acabamos indo para uma detenção.
- O que você quer? – eu perguntei esfregando os olhos.
- Você e a ruivinha ainda não se beijaram, mas estou vendo que está avançando significativamente, embora eu tenha a certeza de que você não vai ganhar a aposta.
- Fala sério Zabini – eu disse – Não sei como vê tudo que me acontece, mas você mesmo disse que estou avançando significativamente, e eu ainda tenho 12 dias.
- É, Draco, mas acho que você está enferrujando. Antigamente você conseguiria ganhar essa aposta em menos de meia hora, agora pelo jeito você vai precisar dos 15 dias, e se conseguir.
- Não enche, Zabini. – eu disse e fui arrumar-me para as aulas. Quando terminei desci para o Salão Comunal, e lá fui parado por ninguém mais ninguém menos que Pansy Parkinson.
- O que você quer?
- Conversar com você. É algo do seu interesse, e eu acho melhor ser em um local mais privado.
Eu olhei bem para ela, e vi que ela estava muito feliz. E por experiências antigas, nada que fazia Pansy Parkinson feliz me fazia feliz.
- Tá. – eu disse e a levei para o meu quarto, que estava vazio visto que Zabini já tinha ido tomar café. Ela sentou-se na cama de Zabini e pegou algo da capa dela, um objeto preto, cheio de botões, que eu nunca tinha visto.
- O que é isso? – perguntei, desconfiado.
- Um aparelho trouxa. Chama-se gravador e serve para gravar a voz das pessoas. – e olhou marota para mim – Então acho que você vai querer ouvir o que, sem querer, eu gravei. – e então ela apertou um dos vários botões.
“- O que você quer?
- Você e a ruivinha ainda não se beijaram, mas estou vendo que está avançando significativamente, embora eu tenha a certeza de que você não vai ganhar a aposta.
- Fala sério Zabini. Não sei como vê tudo que me acontece, mas você mesmo disse que estou avançando significativamente, e eu ainda tenho 12 dias.
- É, Draco, mas acho que você está enferrujando. Antigamente você conseguiria ganhar essa aposta em menos de meia hora, agora pelo jeito você vai precisar dos 15 dias, e se conseguir.
- Não enche, Zabini.”
Eu fiquei estático. Aquela porcaria da Pansy e do seu aparelinho trouxa haviam gravado a minha conversa com o Zabini sobre a aposta.
Por isso eu odiava os trouxas. E os Parkinson.
- O que você quer?
- Quero Blaise Zabini. Só para mim. Em troca, o meu silêncio.
- Tudo bem, agora some da minha frente.
Eu estava com raiva. Estava com muita raiva. Era a única coisa na qual eu conseguia pensar enquanto seguia para o Salão Principal. E quando cheguei lá, pra completar, ela ainda sentou do meu lado.
- Achei que já tivéssemos conversado tudo.
- Só quero que saiba que você tem 11 dias – ela disse inclinando-se para mim, no que eu, enjoado, virei os olhos para a mesa da grifinória e encontrei a Weasley encarando a mim e a Pansy. Então ela levantou-se e saiu do salão, e eu a segui com o olhar, até que estivesse completamente fora do meu alcance.
- Você ainda me paga Parkinson – eu disse para Pansy, saindo do salão e indo para as masmorras onde seria minha primeira aula.
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Tomei uma poção verde e muito nojenta na enfermaria, para minha dor de cabeça e enjôo, e então fui para a aula de feitiços, que era minha primeira.
O dia passou rápido. Não fui para o salão na hora do almoço, pois ainda estava um pouco enjoada. Depois fui para minhas aulas da tarde, e assim que elas acabaram eu fui para o campo de Quadribol, para o treino. Cheguei lá e fui direto colocar meu uniforme. Depois me reuni com o resto dos jogadores que já se encontravam lá.
- Bem, nosso próximo jogo da temporada será contra corvinal. – começo o Harry, com o seu discurso. – Então, eu bolei umas táticas – e mostrou um papel, com bonequinhos que se movimentavam, no qual começou a explicar suas táticas. Depois de tudo explicado pegamos nossas vassouras e fomos para nossas posições.
O treino iniciou-se. Depois de 10 minutos eu já havia marcado três gols para minha alegria, e para a tristeza de Rony, que era o goleiro. Então, do nada, eu olhei para a arquibancada e vi um ponto brilhando lá.
Por um segundo pensei que era o pomo, mas então eu consegui ver as formas de um corpo, e entendi que era ele. Bem nesse momento eu ouvi Harry gritar meu nome. Então eu olhei em sua direção e vi uma mancha preta vindo em minha direção. Senti uma dor muito forte no meu estômago, e aí tudo se apagou.

“Isso serve para mostrar
Que você realmente nunca sabe
Quando tudo está para mudar”

N.A.: Mais um capítulo... Desculpem qualquer erro, porque fiiz uma revisão muito meia boca. E esses pedaços de música também são de Jesse McCartney. Capítulo dedicado especialmente ao Natal, que pela primeira vez não está me empolgando tanto... Espero que tenham gostado. Beijos

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