Cenas e Diálogos



ESTILO:


Autores mais experientes gostam de imprimir um estilo em sua narrativa. O estilo, caso haja, deve ser estabelecido logo no início, para não comprometer o texto. Uma vez estabelecido, deve-se seguir o mesmo estilo até o final, para dar um acabamento estético. Digamos que eu queira dar à situação hipotética mencionada acima um estilo um pouco mais melancólico.
E assim por diante, o autor pode ir incrementando o texto a seu gosto e imprimir muitas sensações através do mesmo, criar situações que levam o leitor a pensar e a sentir o que a estória propõe. O cheiro, barulhos e até a mesmo a forma de escrita podem induzir sensações no leitor. O trabalho do autor é descobrir o que é mais adequado para preencher seu texto.

Bom, o que se pode concluir é que para uma boa história, é necessário que o fanfiqueiro tenha em mente os meios de construir a sua própria narrativa de forma clara, compreensível e, se possível, fazer um texto que vá além de meras ações e diálogos. O autor precisa compreender que o texto é muito mais que alguém falando coisas e agindo ao seu bel-prazer. O trabalho do escritor é parecido como do mágico, ele precisa criar todo um contexto à sua volta para fazer com que sua platéia acredite que o que ele faz é de verdade e é como deve fazer o escritor, criar um contexto tão lógico e tão "real" que o leitor comece a pensar que são coisas e pessoas de verdade.Logicamente esse é um trabalho muito árduo e que exige muito tempo e paciência, mas os resultados são gratificantes.

DIÁLOGOS:




Os Diálogos não são apenas as falas dos personagens, são ferramentas importantíssimas em uma narrativa. Contudo, não devem, de maneira nenhuma, serem usados como elemento principal do texto. Melhor usá-lo de forma a acrescentar mais informações à narrativa e, além disso, caracterizar os personagens.
As falas devem ser feitas de forma a combinar com a personalidade pré-estabelecida do personagem. Por exemplo, Draco jamais falaria de amor e amizade com esclarecimento no assunto, porque a personalidade dele geralmente tem deficiência nessa parte afetiva. Todos os elementos afetivos devem ser trabalhados em uma conversa, de modo a apresentar a personalidade do personagem o mais claro possível.

- Recursos formais do diálogo

Em uma narrativa, uma fala geralmente começa com travessão. Alguns usam aspas, mas seu uso não é indicado para falas e sim para pensamentos, citação ou conjetura.

As ações simultâneas à fala servem para indicar uma marcação particular ao personagem, como um torcer de mãos, um tique nervoso, algo para detalhar melhor os hábitos e reações do personagem em questão. Serve basicamente para enriquecer o conjunto de ações da cena.
As aspas têm função especial na narrativa. Seu uso é indicado para pensamentos, lembranças/flashback e/ou citação dentro da própria narrativa ou no meio da fala.

COMPOSIÇÃO DE CENA


Quando o autor compõe uma cena, deve ter em mente cada acontecimento dela, cada detalhe, cada sentimento de cada personagem. Para isso é necessário um momento de concentração, a cena deve ser totalmente visualizada na imaginação do escritor antes de ir propriamente para o papel. Depois que a cena estiver completa, esta deve ser descrita da melhor forma possível.
Alguns autores gostam de colocar a cena em cada detalhe, cada cor, cada momento. Porém, esse recurso pode consumir um maior espaço e tornar a leitura maçante. O aconselhável é saber dosar as descrições de cenário e os acontecimentos de forma a dar informações o suficientes para que o leitor imagine a cena, porém, não tornando a leitura chata e cansativa.

Eu particularmente costumo fazer uma descrição de ação dando ao leitor apenas as ferramentas essenciais para a visualização do geral, dando ao mesmo o direito de imaginar os elementos de cena ao seu bel-prazer, fazendo assim com que a narrativa se torne mais dinâmica de forma a não se prender demais a detalhes que prejudiquem o andamento de cena. Os detalhes são entregues apenas quando é necessário que se tenha uma visão específica de algo que quero passar. Mas isso é só um exemplo particular. Cada autor define o melhor modo de apresentar a cena, contudo, deve-se principalmente pensar na visualização do leitor. Por isso, é aconselhável que sempre depois de se escrever um texto, relê-lo do ponto de vista do leitor, como se o texto não pertencesse ao autor e em seguida corrigir as possíveis falhas.

- Cenas de romance

O autor precisa ter em mente e dentro de si os elementos sentimentais para compor esse tipo de cena. Exageros DEVEM ser evitados e é necessário manter-se longe dos clichês (a grosso modo, elementos conhecidos por todos e sempre usados em qualquer tipo de história) na medida do possível, para que a cena fique interessante. Dependendo da história, deve-se carregar ou não esse tipo de cena. Em histórias de aventura e ação, é aconselhável dosar esse tipo de cena de forma a não atrapalhar a dinâmica da história, colocando menos diálogos e mais narrativa de cena.Em histórias românticas, deve-se fazer de forma sensata, sem exageros, evitando muitos diálogos e carregando a narrativa de expressões sensoriais.Um erro muito cometido é achar que o sentimento está sendo bem expresso enchendo de diálogos como " Eu te amo", "oh meu amor, eu te amo tanto". Pelo contrário, deve-se evitar ao máximo esse tipo de expressão, deixando que o próprio leitor perceba que os personagens se amam sem precisar desse tipo de expressão. Mesmo por que não adianta colocar no diálogo um "eu te amo" se os personagens não agem como se realmente se amassem. Logo, fica sem lógica e pouco convincente.

- Cenas de batalha

É necessário um grande trabalho de visualização por parte do autor nesse tipo de cena. Antes de começar a narrativa propriamente dita, deve-se ter uma idéia visual de cada golpe distribuído pelos personagens. É necessário um extremo cuidado ao escrever esse tipo de cena. Exageros podem causar estranhas reações nos leitores. Deve-se ter o cuidado de separar o público-alvo antes de começar a bombardear o leitor com palavras, já que nem todos gostam de uma narrativa com batalhas muito longas entre duas pessoas. É sempre bom variar o ângulo de "visualização" na hora de narrar, mostrar outros elementos como a reação das pessoas em volta, como o cenário se comporta em contrapartida.

- Cenas do cotidiano

Precisam ser mostradas de forma mais objetiva possível. Inclusive é bom colocar falas simultâneas a ação, para indicar naturalidade.

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