O Vinho Mortal



Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts – 08:15

A escola amanhecera quieta, alguns alunos tomavam o café da manhã já com as vestes de suas respectivas casas; Draco esbanjava arrogância por conta do resultado da reunião entre O Ministro, seu pai e o ex-diretor Alvo Dumbledore que acontecera na noite anterior, determinando que seu pai fosse o responsável pela Escola enquanto Alvo estava sob investigação de um crime que ainda era mantido em sigilo pelo Ministério da Magia.
Curiosamente, a mesa de professores estava completamente vazia, nem mesmo Lucius viera explicar o porquê da saída de Dumbledore, e dar suas ordens, – que de acordo com alguns alunos seriam terríveis – apenas Filch se mantinha no portal de acesso ao lotado Salão Principal, onde se ouviam murmúrios de todas as casas, sobre o novo diretor. Os alunos da sonserina estavam – em sua maioria – felizes por finalmente terem um diretor que não iriam injustiça-los como – de acordo com alguns – o ex-diretor fazia.
- Alguém sabe dos professores? – Hermione indagara observando Harry e Rony que saboreavam um delicioso pão com geléia de maçã.
- Não, e nem do senhor diretor! – Harry respondera enquanto bebia seu suco de abóbora que naquela hora do dia o fazia despertar. Rony apenas deu de ombros.
Passos altos e desesperados pareciam vir do corredor que ficava ao lado da mesa dos professores, Minerva McGonagall adentrara o salão pálida, caminhando até a mesa da Sonserina.
- Senhor Malfoy, poderia me acompanhar? – Cochichou no ouvido de Draco, com as íris trêmulas e as mãos frias, ela estava com um tom desesperado na voz.
- Epa, eu não fiz nada... Vou chamar meu pai! – Disse Draco, fitando-a com intensa arrogância.
- É sobre ele senhor Malfoy, achamos que deve vê-lo imediatamente. – Cada letra parecia ter tido um esforço imenso para ser proferida; a professora então saiu com o loiro atrás de si, passando pela porta no fim da sala e sumindo de vista,
- O que será que houve? – Harry perguntou num tom baixo e sombrio.
- Não sei, a Minerva parecia nervosa. – Hermione arregalava os olhos, ela conhecia bem os professores.
- Ah, não deve ser nada, o pai deve ir entregar algum presente pra ele, nomeá-lo monitor-chefe ou diretor da sonserina. – Rony sorriu, saboreando mais um pedaço de pão, agora com peito de peru.

Ao chegarem à porta da Sala do Diretor, Draco permanecia calado, fitando Minerva com intensa arrogância, enquanto a professora proferia as palavras de acesso à sala de Malfoy a escada de caracol surgira novamente, enrolando-se com um barulho alto enquanto o professora vira e se dirige à Malfoy.
- Draco, peço que não se choque com o que for ver agora. – Deu um passo à frente, subindo as escadas lentamente. Draco arregalara os olhos, e ouvia uma quantidade de vozes murmurarem num tom fúnebre.
Ao chegarem dentro da Sala de Malfoy, Draco deparou-se com o pai desleixadamente caído sobre a mesa, com as íris fundas e sem expressão, estava frio suas mãos seguravam um cálice de vinho dos elfos tombado no canto da enorme – e cheia de papéis – mesa em que dirigiria a escola. O garoto arregalou os olhos, ficando trêmulo e tombando para trás, incrédulo. Deu alguns passos para trás e bateu no corpo de Hagrid, que tinha uma expressão quase idêntica ao do garoto.
- O que... O que aconteceu com meu pai? – Os olhos do garoto se encheram de lágrimas, mas nenhuma caíra, ele tentava se sustentar em pé, mas aquela cena era chocante demais para ele.
Minerva suspirou em um tom pesado, a sala estava em silêncio e todos os quadros estavam virados, exceto o de Dippet que estava desaparecido, talvez resolvesse sair para fazer alguma visita, ou para talvez não ver aquela cena terrível.
- Ele foi envenenado. Está... – Minerva pausou sua voz, e respirou fundo. – Ele está morto Draco. – Virou-se para o garoto que permanecia estagnado ao lado de Hagrid. Snape estava no canto escuro da sala, analisando o vinho que Malfoy ingerira.
- Mas, não podem.... I-isso não pode acontecer... E-estão brincando não estão? DIGAM QUE ESTÃO! – O grito de Draco foi seguido da ida do garoto até o pai. Draco sacudiu-o, levantou sua face e o olhou fixamente; as lágrimas vieram em seguida.
- Devemos avisar aos alunos? Madame Hooch perguntara à Minerva, que suspirou alto e se dirigiu à saída da sala do diretor.
- Cuidem de tudo, inclusive de Draco, vou avisar os alunos. – A professora saiu à passos lentos da sala, estava receosa e se perguntava quem poderia ter feito uma coisa tão bárbara.

Chegou ao Salão Principal em silêncio, se posicionou defronte todos, onde todos os anos ela coloca o banquinho do Chapéu Seletor, suspirou, pedindo a atenção de todos com gestos; não sabia o que dizer, era uma notícia chocante e confusa.
- Ouçam Todos! – Iniciou, com a voz trêmula e fraca, quase desmaiando por ser a encarregada de dar a notícia da morte do diretor. – Todos aqui sabem do afastamento do professor Dumbledore, e da pessoa que assumiu seu posto. – Continuava a falar, fitando todos aqueles alunos a fitando com intensa curiosidade. – A senhor Lucius Malfoy, iria tomar posse hoje como diretor interino de Hogwarts. Mas não vai... – Um murmúrio surgiu naquele momento, todos colocavam uma hipótese, quando minerva finalmente tornou a falar. – O senhor Malfoy foi envenenado, dentro de sua sala. – Naquele momento eclodiu o pânico entre todos os alunos, alguns ficaram quietos, outros gritaram, outros desmaiaram, e se expressaram de diversas formas.
- Merlim, envenenado? – Harry parecia não crer na notícia, assim como noventa por cento da escola.
- Quem faria isso? – Rony indagou os dois, o pão até caíra da sua mão naquele momento.
- Não sei, mas é estranho. – Hermione estava pálida, já tinha passado de tudo na escola, menos um envenenamento de diretor.
Minerva prosseguiu, olhando todos.
- Escutem todos, as aulas estão canceladas. O Ministério da Magia irá fazer uma busca em todo o perímetro da escola, e os dementadores estarão presentes. Portanto todos estão expressamente proibidos de saírem de seus dormitórios, já que até mesmo suas Salas Comunais serão revistadas. O almoço será servido nas devidas Salas Comunais ao meio-dia, e às 13h00min quero todos em seus dormitórios. Podem ir. – Ao dizer essas palavras, a professora de transfiguração saiu em direção à sala do diretor.
Uma fileira de alunos de todas as casas seguiram para diversas direções, seguidos pelos monitores que os levaram até as respectivas Salas Comunais, todos se perguntaram quem era o assassino de Malfoy, e até o nome de Alvo Dumbledore fora cogitado.

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