O medo e a insegurança



Mais um ano se reinicia na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, Riddle estava muito ansioso para regressar a ela, seu verdadeiro lar, onde tudo se iniciou, desde o primeiro momento sentia. Não era normal, não era mais um! Conseqüência disto, claramente, o Chapéu Seletor o selecionou a Slytherin “casa a favor dos de sangue-puro, que usam qualquer meio para chegar a qualquer fim desejado”, além do mais, estava animado e ansioso porque era seu último ano, estava com o futuro traçado, nada mudaria, juntara uma Liga dentro de todos esses anos, louvava as Artes das Trevas e queria dominar, queria que todos o seguissem, e assim, dentro de sua casa, muitos se aliaram a ele, mas ele sabia que eram poucos os que verdadeiramente teriam coragem de ficar a seu lado até o fim. Confiava a uma bela morena de olhos escuros e profundos, Bellatrix Black. Em seu último ano, muitas tramas estariam para ser realizadas...Ele tem aos Lestrange, Malfoy, Black, Greyback, os irmãos e todos aqueles que são espertos, ou burros demais para lutar!
Seu malão já estava pronto, junto ao medalhão de Monitor-Chefe, era louvável que deixariam alguém como ele monitorar a Escola, isso ajudava a favor de seu poder, saiu desesperadamente daquele ambiente trouxa, sujo e baixo onde “morava” quando não se encontrava em Hogwarts.
Passou entre a parede 9 e 10, chegando a estação 9 3/4, encontrou Lucius e Narcisa conversando, Bellatrix estava em um lado olhando apreensiva, como se procurasse ou se escondesse de alguém, dirigiu-se até ela:
— Fugindo de alguém, Bella? Espero que não seja de mim! — abriu um sorriso, um sorriso que poderia ter até um toque atraente.
— Mil...Riddle! — fingindo um tom surpreso — Que bom vê-lo! Como passou as férias? — Sorriu e jogou seus longos e ondulados cabelos para trás — Não estou me escondendo, nem fugindo, só estou averiguando...Rodolphus quer que casemos!
— Olha...Casamento, amor, filhinhos... Não faz seu gênero, cara amiga, mas posso ser padrinho? — riu ironicamente, mas a moça logo o cortou com um olhar frio:
— Se casarmos, você estará no topo da lista, sim? Mas, mudemos de assunto — irritada, virou os olhos — planos para o futuro, Tom?
— Claramente, — parou e fitou um aluno também do 7ª ano, um aluno ruivo...vestes de segunda mão — WEASLEY!
O mesmo que ia passando perto do grupo, virou procurando a quem gritou seu nome, mas ao pousar o olhar sobre Riddle, nada o agradou:
— O que deseja? Milorde... — referenciou, zombando.
— Mire suas palavras, quando sair daqui terei mais poder que qualquer um, e você, mais que todos sabe disso, Arthur! — o desdém em anunciar o nome foi claramente dado com ênfase, prosseguiu — claro, que alguém pirou, dar-lhe o distintivo de MC, tsc, tsc, como pode?
— Claro, como podem? Não é mesmo? Agora se terminou seu discurso belo e longo, vou entrar, mesmo porque já é uma pras onze.
— Traidor de sangue maldito tinha que ser a Griffindor para aceitar gentalhas do tipo! — o deixou, encurvou-se para dar passagem a Bellatrix e sua irmã, entraram no trem, última viagem a sua morada!

Decorreu-se normalmente a cerimônia, depois Tom teve que explicar aos outros monitores, conduzir os alunos, e finalmente ir a festa e reunião com o diretor de sua Casa. Mas tudo que desejava era simplesmente deitar em sua cama e adormecer... Pena isso ainda não lhe ser possível...
Ele estava se dirigindo a Masmorra quando o Profº Flitwick o abrangiu:
— Sr. Riddle, Dumbledore quer todos os Monitores-Chefes de todas as casas! Haverá uma única reunião, única festa, siga-me, por favor! — sorriu o pequenino, com voz esganiçada. O outro o respondeu:
— Claro, professor! — virou o olho, e o seguiu.
Chegando na ante-sala de Dumbledore avistou a todos, e essa não, inclusive a Srta. Hoogie, uma garota sangue-ruim da Griffindor, em um momento de loucura ele havia convidado para um baile, e a garota o recusara na frente de todos, desde então virou inimiga, quem recusaria Riddle? Cumprimentou todos, manter as aparências, vestir uma mascara e sorrir sempre, conversava animadamente com o Profº Slughorn, mas quando sentiu ser puxado para um canto e a estalar um beijo em sua boca, estava bom, mas logo se desvencilhou, vendo quem era:
— GAROTA O QUE VOCÊ TEM NA CABEÇA? SE TIVER ALGUM MIOLO...Saia da minha frente! — o final foi calmo, porém fatal.
Ele viu a garota sorrindo maldosamente, parecia ter ganhado nota máxima em todas as matérias por sua feição.
— Agora...Todos irão ver a mentira que você é... TOM MARVOLO RIDDLE...Cujo apelido carinhoso... LOR... —mas a garota não pode completar a frase, sua boca estava colada, não poderia pronunciar mais nenhuma palavra.
Continuou seguindo para a saída, queria sair dali, esquecer o ocorrido, mesmo porque o que tinha de ser ouvido e dito já havia sido feito!

Mais tarde...

Estava em sua cama, dormindo, quando sentiu a porta se abrir e alguém se sentar em sua cama, abriu os olhos e passou o braço para chegar até a varinha:
— LUMUS! — deu a iluminar o rosto de uma jovem — BELLA? Por Merlim, o que faz aqui? — olhou o relógio — a esta HORA? — o apontou.
— Desculpe, milorde! Mas não consigo dormir, preciso conversar...Cissy só fala de Malfoy agora, que os dois sejam felizes, mas é para tanto?
Tom percebeu um tom em prantos na amiga, e já que ela sempre o servia sem escrúpulos por que não ouvi-la?
— Vamos, quer...Bella, vamos descer! — de um tom amigável partiu para um jeito mais sem sentimento.
Estavam sozinhos, no Salão Comunal da Slytherin a uma hora da manhã, Riddle se sentou pedindo para que ela fizesse o mesmo. A encarou, pedindo para que desabafasse:
— Milorde, eu estou tentando fazer o que o senhor pediu, estou tentando, mas não sei, estou preocupada com o palerma do Lestrange...Deixe este serviço só para mim... Ou o faça comigo! — se aproximou mais, inclinando o corpo para cima de Tom, ele tentou resistir, mas era impossível de não reparar em cada curva, ainda mais com a camisola de seda... Concentrou-se naquele rosto, iria beija-lo queria tê-la em seus braços, o desejo foi subindo, ela continuou — E aquela Hoogie me irrita, desejo pegá-la sozinha e usar a Maldição que mais louvo...Cruciatus...Tão fácil tão bom... — Como se acordasse de um transe, se afastou e novamente ficou frio, sem dó.
— Ela também me irrita, minha cara...completamente! Aquela sujeitinha de sangue-ruim! — recuperou seu tom normal quando conversava com Bella — E sobre ele, não se preocupe o confio a tarefa e a você também, minha fiel...e mais nobre, futura Comensal...
— Agradeço! — consentiu com a cabeça, deu-lhe um beijo na bochecha, mas tão próximo a boca, que fez Riddle tremer... E assim subiu, era incrível como as mulheres conseguiam fazer isso...Incrível!
Ele sabia que não se apaixonaria, não sentia nada, LORD VOLDEMORT é imune à pena, a amor, a carinho, a desejos similares de um sentimento bom, mas seja o que passava por ele, estava se tornando incontrolável, o que era aquilo no Salão Comunal? Quase a beijara! Queria toca-la, e infelizmente, não do mesmo jeito que tocara outras garotas...Queria ela só pra ele...

Ao mesmo tempo, no dormitório das meninas...

Bella, você está sentindo isso mesmo? Ele é seu mestre, nada mais que isso, ele não sente nada, trate de casar-se com Lestrange, ter muitos filhos e viver bem feliz, pense, você dará seus filhos a serviço dele, vocês são só amigos... Só isso...simplesmente, esqueça qualquer possibilidade assim. NÃO, dizia uma segunda voz em sua cabeça, Bellatrix merece ter alguém a sua altura, esse alguém é Lord Voldemort, cujo todos temerão, junto a sua própria fama, acredite nisso! Bella travava uma luta em si mesma, um lado a favor outro contra...todos precisavam de uma boa noite de sono!

Riddle mergulhava em um profundo sonho, que ele desejou nunca acordar: — Estava chegando a King’s Cross, ansioso pela primeira ida a Hogwarts, passou na passagem como Dumbledore o prevenira, mas ele não imaginava conhecer alguém tão cedo, alguém tão...parecido e ao mesmo tempo diferente que ele. Andava meio confuso pelo trem a procura de um compartimento vazio, quando entrou rápido em um, sem querer, pelo breque que o trem tinha dado antes de prosseguir viagem, caíra sentado ao lado de uma menina, e a sua frente uma outra, as duas se lembravam, embora houvesse grande diferença...A sua frente à garota era de brilhantes olhos azuis e cabelos louros lisos, e a do lado (a que julgou ser mais interessante), morena, cabelos ondulados até quase a cintura com olhos profundos, fortes, em um castanho bem escuro... Sorriu e se apresentou, ambos conversaram sobre diversos assuntos, incluindo entre estes, as Artes das Trevas!
— Monitor-chefe acorda cedo...Bora, bora! — Acordou Lestrange o amigo. — sonhando com a princesa é? Hora de levantar, milorde!
— Quando eu estiver no poder...Lembre-me de mata-lo, Rodolphus! — levantou-se com uma cara amassada de mal-humor, queria berrar que a princesa era aquela que ele julgava ser a sua futura esposa...

E chega-se o Natal...

Iriam ficar poucos alunos da Slytherin, a maioria iria voltar para casa, entre os que iriam ficar: Malfoy, Black e Riddle. Tom aproveitou o espaço para repensar planos, realiza-los, estava animado com as idéias sobre as horcruxes, e o quanto antes realizados, melhor para seu futuro promissor! Conseguira melhor que ninguém tirar a verdade do velho Rufus, e agora só faltava a escolha de um objeto, o desejo era algo poderoso, bem como um Troféu, e agradecera por parar de pensar um instante em Bellatrix, por que fora agradecer?
— Santo Merlim... — pensou Riddle ao ver Bella passar, trajada em um vestido preto com pequenas pedras verdes, parecia uma Deusa, ia ao joelho deixando transparecer as belas pernas, seus cabelos estavam com uma meia trança, com maior parte solta, ela estava absolutamente: LINDA! Recompondo-se, cumprimentou-a, — Feliz Natal, Bella! — acenou com a cabeça, voltou ele a pensar — é meio difícil de não pensar agora, se controle — advertiu a si mesmo — Oh, não, ela está vindo diretamente para mim, obvio, sou o único num perímetro de quase toda masmorra...
— Feliz Natal, Tom! Repassando os planos? — sorriu, pondo uma mecha rebelde para trás da orelha.
— Claro! — tentou parecer o mais frio possível, mas não conseguia, impossível isso, o maior bruxo das Trevas se sentindo assim, teria que fazer parar...Precisava...
— Desculpe, milorde! Se eu estiver incomodando... — dirigiu-se a saída — Eu o obedeço... —reverenciou, com um jeito mais servo do que amiga.
— Por favor,...Bella...Fique! — estendeu as mãos, seu olhar era necessitado, ela não imaginava o quanto ele a desejava.
Ela estava de costas, de frente a porta que sai para o corredor, ela parou a mão na cintura e fitou um quadro, seus pensamentos estavam perdidos naquele sentimento, o mesmo que seu Lorde sentia...Até quando será que eles conseguiriam agüentar guardar aquilo para si mesmos?
Ela ouviu Tom se levantar, ele a abraçou, virando-a, subiu suas mãos para o seu rosto:
— Bella...eu não sei mais, eu não posso, eu não sinto, eu não quero...mas eu não posso evitar — aproximou seu rosto ao dela — Você é linda, você é fiel, amiga, inteligente, poderosa, você é aquela que um dia, se eu fosse querer amar, você é aquela que eu desejo! Não é mais um caso... — ele abaixou a cabeça, como se castigasse, ele não queria dizer aquilo, mas precisava — Você é tudo! Mas eu não posso...se case com Rodolphus, Lorde Voldemort têm missões, por favor, deixe-me sozinho um instante!
Ela o olhou, com amor, ternura, nunca passara tais sentimentos naqueles olhos frios, só havia passado raiva, rancor, mas dessa vez ela não iria ser tão fiel, não iria sair dali, a conversa não terminara:
— Eu não o amo...Não o quero! Tom...Riddle...Milorde...Voldemort! Eu quero você! — e num último ato, os dois se beijaram, foi doce, foi quente, ele a encostou em uma pilastra, beijava seu pescoço, sussurrava palavras... Ele iria embora depois daquilo, mas ele precisava descobrir aquele sabor, antes de fazer a horcrux, ele não iria amá-la, ele viraria o homem que prometera ser, nada seria mudado, não se ele pudesse evitar!
Mas os destinos foram entrelaçados com aquele ato, ele não imagina o que pode estar por vir... Aquele amor pode ser poderoso, não é o amor bobo, não é o amor de misericórdia, é um amor conjunto ao poder...Ele iria ver no espelho e ditar as regras, privações, Lord Voldemort não sofre, mas se o futuro está escrito, não está em minhas mãos saber... O destino segue, vamos ver até onde ele pode nos levar!

Ellen Emerich Carulli

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