Wow…



Ela virou a esquerda e só depois de uns três passos é que reparou que estava num beco. Se virou com a intenção de sair dali, mas se deparou com quatro garotos… ela conhecia dois, um era “vizinho” dela, vivia um pouco longe mais ainda assim perto o suficiente para infelizmente o conhecer.

- É hoje que agente vai te bater tanto que tu nem vai lembra o seu nome? – foi Rudolph que falou, o seu vizinho.
- Nem sequer responde! – desta vez foi Raphael que interveio, provocando as gargalhadas dos outros membros do grupo.

Gina estava mais preocupada em tentar sair dali do que em responder-lhes. À sua direita viu uma porta, mas estava trancada e mesmo que não tivesse, não tinha maçaneta ou puxador, era lisa, sem fechadura ou qualquer outro instrumento que pudesse abrilá do lado de fora.

- É, é desta – Rudolph respondeu à sua própria pergunta.

Gina recuou até bater na parede sólida. Congelou, não podia fazer magia e eram quatro para uma!

Rudolph aproximou-se, levantou o braço com o pulso fechado, Gina fechou os olhos com muita força mais voltou a abri-los ao ou o estardalhaço de uma pessoa se materializando, só viu um vulto preto se colocar em pé na sua frente, e essa pessoa fosse lá quem fosse tinha os reflexos muito rápidos, pois mal tinha acabado de tapar a menina e já tinha agarrado o pulso de Rudolph e feito este dar um soco muito forte na parede, assim ouvindo os ossos a se partirem.

A pessoa que a salvou atirou o rapaz de volta aos seus amigos e, ao mesmo que levantava a varinha disse:

- Não é bonito, o que vocês iam fazer, sabem? - Gina congelou pela segunda vez naqueles 5 minutos, era Harry!

- Quem é você? – disse Raphael com um tom de pânico na voz.

- Bom, digamos que não se deviam ter metido com ela.

- Gina, não me disse que arranjou um namorado?! – apesar do esforço para não chorar Rudolph conseguiu falar. Harry pensou e decidiu aproveitar a pergunta do rapaz.

- Arranjou, e vocês que lhe toquem em um único cabelo que são pessoas mortas – as doze ultimas palavras, para temor de Gina, transbordaram de sinceridade.

- Bem, desculpa cara, mas tu tem mau gosto! Ao menos arranja uma menina que tenha dinheiro!

- Dinheiro não me falta, agora vão andando! – Harry estava de varinha em riste.

- Porquê? – provocou Raphael

- Petrificus Totalus! – Gina ouviu Harry pronunciar. Logo a seguir Rudolph caiu, pesado e duro, no chão – Por isto! Enervate! - o Rapaz que tentou bater à Gina acordou levantou-se e puxou aa varinha, mas Harry foi mais rápido – Expelliarmux! – Gritou fazendo o rapaz cair e a respectiva varinha voar para longe – SAIAM DAQUI. – voltou a ordenar.

Desta vez o grupo saiu sem hesitar.

- Obrigado – murmurou Gina

- De nada, estás bem? Ele não te chegou a bater? Chegou? - Harry parecia nervoso, atropelava as palavras na ânsia de se certificar que a menina estava bem.

- Desta vez não – foi instantâneo, Gina arrependeu-se imediatamente das suas palavras, mas a reação de Harry também foi bem rápida.

- O QUÊ? - Harry explodiu por completo – eles alguma vez te bateram?

- Bem… sim, o ano passado na lagoa – estremeceu ao lembrar-se da porrada que tinha levado – ele é mais ou menos nosso vizi…

- Eles são de Hogwarts?

- Não, ele preferiu Durmstrang…

- Ok, vamos

- Vamos? Vamos aonde?? – ela começava a assustar-se

- Certificar-nos que eles não tocam mais em você – respondeu ele enquanto andava a passos rápidos segurando a mão de Gina para que ela o seguisse.

- Harry… – Gina chamou-o num fio de voz, queria dizer que não queria vê-lo machucado e que ela não queria que isso acontecesse por sua causa.

- Sim? - Harry notou a demora na continuação da frase e incitou a jovem a continuar, parando e olhando para ela nos olhos.

- Não digas nada ao Rony… – ela soube que ele tinha reparado que não era aquilo que ela queria realmente dizer, mas como o rapaz não levantou objeções quanto a isso, ela também não disse a verdade.

- Eu não conto, mas porquê?

- Porque eu sei que se lhe contares ele fará o que tu vais fazer, mas ele de cabeça quente não faz nada de jeito e ia acabar muito machucado.

- É, concordo, mas agora vamos – Harry voltou a agarrar-lhe a mão e os dois continuaram andando rapidamente.

Não demoraram muito a encontrá-los numa loja de magia negra. Fizeram uma pequena espera e assim quando o bando saiu eles seguiram-nos sorrateiramente.

- Harry… tem certeza que quer fazer isto?
Ele não respondeu, apenas apontou os rapazes que por acaso tinham virado para uma rua completamente deserta. O casal virou também.

- Olha! Parece que nos encontramos outra vez! Curioso, não é? – Harry fez a sua habitual voz irônica, o que deu impressão a Gina que ele queria mesmo enfatizar que tinham seguido aquele grupo.

- se afasta da gente! – Rudolph parecia assustado

- Você não é muito amigável, hein? Pois olha, não, não me afasto… a linha é natural. Funciona assim: bates na Gina e eu bato em você. Tão simples quanto isto, mas se preferir posso fazer um desenho, quer?

- Sai daqui! Não podes nos vencer são quatro contra um, visto que essa coisa não conta!

Gina cheia de indignação de ser chamada de “coisa” avançou até e dei-lhe uma grande tapa, tão forte que a mão ficou marcada na cara dele. Rudolph não pensou duas vezes antes de a atirar para o chão.

- Tu é um covarde, uma criatura desprezível. Bate em quem não pode se defender, sabe perfeitamente que ela não pode fazer magia! Pois olha, agora vamos ver se eu posso me defender… acha que sim?

Harry pronunciou um feitiço (sem varinha, o que espantou imenso a Gina) que mobilizou todos, exceto ele, Gina e Rudolph, eles conseguiam pensar, mas agir já era outra história…

-Expelliarmux! – desta vez a varinha de Rudolph voou para a mão de Harry o qual petrificou Rudolph e se voltou para Gina – Faças o que fizeres não menciones o meu nome, já é uma sorte ele não me estar a reconhecer, nem entra na luta, vamos lutar da maneira que ele gosta, guarda bem as varinhas.

Gina abriu a boca para responder, mas Harry, gentilmente, impediu-a, empurrando o maxilar para cima e assim fechando-lhe a boca.

- Enervate – Rudolph voltou a se mexer, Harry entregou rapidamente a varinha a Gina – Vamos lutar como você gosta, como dá pra ver não tenho varinha – Harry abriu os braços as mãos de forma que o outro pudesse verificar, Gina recuou um metro e Harry avançou outro.

- Ok, mas vai perder.

Rudolph avançou quase a correr para Harry (Gina segurou um grito) levantou um punho para dar um murro na cara do menino, o qual agarrou o punho e o fez dar um soco nele mesmo. Resultado: nem um minuto de luta e Rudolph já estava com o lábio sangrando.

O menino apanhou Harry desprevenido e deu-lhe um murro no nariz, este começou a sangrar, mas não parou para lamentar, respondeu dando uma joelhada no meio das pernas do seu adversário “uhh, espero que não tivesses a pensar em ter filho” falava Harry rapidamente. O estudante de Durmstrang dobrou-se sobre si mesmo, e Harry aproveitou, recuando um passo, para dar um grande pontapé na cara de Rudolph, acertando na bochecha (a qual iria ficar roxa com certeza), fazendo com que o rapaz se levantasse de novo agarrado à cara. Gina nem teve tempo de apreciar aquele golpe, pois Harry logo desferiu outro, dando um forte murro no estômago, e com os reflexos duma pessoa, fisicamente, normal, Rudolph voltou a dobrar-se. Harry juntou os braços, dobrou-os (fazendo um Ângulo de 90 graus) e bateu com os cotovelos nas costas do rival, o qual caiu no chão sem forças para continuar.

-Quer mais? – perguntou Harry

-Não…

-Não toques, ou sequer, olhes para a Gina, ou a história vai se repetir, estamos entendidos?

O rapaz grunhiu.

Harry pronunciou um feitiço, que fez com os amigos de Rudolph voltassem a mexer-se. Correram todos para o amigo. Harry aproveitou todos estarem distraídos e colocou a varinha de Rudolph num canto muito suavemente para que eles não olhassem. Pegou na mão de Gina e saíram daquela rua.

-Harry… Obrigado! – Gina estava boquiaberta e realmente agradecida. Nunca tinha visto ninguém lutar assim, e ganhar tão rápido.

-Quem se mete com os meus melhores amigos leva, por tanto Gina: não tem de quê.

-Melhores amigos? Mas…

-Se acha que eu não te considero nada mais que a pequena irmã de Rony, bem Parabéns! Foi oficialmente promovida a uma das minhas melhores amigas! Você sabe que desde o quinto ano te considero isso! Ou é você que precisa dos meus óculos? – Gina sentiu-se voar! Ela era amiga de Harry Potter! Já não era apenas a pequena irmãzinha de Rony! UAU! Ele sabia que ela existia! Levantou ainda mais vôo quando o rapaz passou o braço pelos ombros e apertou-a um bocadinho contra ele, de lado, ok, ok, se calhar ela estava a exagerar… mas mesmo assim… Sem olhar para ela, ele disse, carinhosamente, enquanto a largava – mais algum destes e é só pedir.

-Claro… Mas tu fez magia sem varinha!

-Oh, sim!

-Quem me dera!

- todos conseguem, mas há alguns que se destacam; Não sei não… isto já me trouxe alguns problemas, tipo daquela vez em que enchi a minha tia…

-É, se calhar às vezes não dá mesmo jeito….

-É, mas é só às vezes! – piscou o olho à Gina e continuou – outras, bem… dá muito jeito… Tão ali o Ron e a Mione. E parece que estão discutindo. Já que quer manter segredo, vamos evitar questionários, você vai na frente e eu vou por aqui. Até já.

-Ok, até já – sorriu Gina – Mas Harry, o teu nariz!

-Ah… eu vou lavá-lo, obrigado!

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