A pior detenção



Acordamos tarde naquele domingo. E só acordamos por que o Remo apareceu com a Marlene no quarto.

Como ele traz uma garota para o quarto para me ver acordando? Tudo bem que sou bonito de qualquer jeito, mas eu estava desprevenido e de mau humor...

- Acordem seus preguiçosos! – gritou Remo mais uma vez na nossa cabeça.
- Bom dia rapazes! – disse minha amiga Marlene radiante de felicidade.
- O que há de bom? – perguntou o Almofadinhas caminhando para o banheiro.
- Bela samba canção Black! – disse Marlene rindo.

Sirius resmungou alguma coisa que não entendi e eu fiquei deitado enquanto o Remo tentava fazer o Rabicho parar de comer.

- Que cara é essa Ti? – perguntou a Marlene sentando na cama do Sirius (que é ao lado da minha).
- Estava pensando...
- Na Lily? – perguntou o Remo do outro lado do quarto.
- Na Lily... – respondi com um suspiro. – Tenho que arrumar um jeito de ficar perto dela, para provar que não sou quem ela pensa...
- Você já esta fazendo um grande progresso sentando ao lado dela na aula da Mcgonagall. – respondeu minha amiga.
- Não exatamente. Estamos juntos por que sem querer fizemos dupla e temos que terminar o trabalho... Queria que ela me notasse...
- Garanto que ela te nota! Só os gritos dela... – começou o Rabicho.

Eu só joguei uma almofada que o acertou em cheio.

- Estão começando uma guerra de travesseiros sem mim? – perguntou Almofadinhas saindo do banheiro já pronto para um passeio. – Nossa que cara de velório Aluado...
- Lua cheia! – respondeu ele dando de ombros.

Não se preocupem, a Marlene também sabe do segredo do Remo, e por incrível que pareça ela também é uma animaga ilegal, uma gata para ser mais detalhista. Deve ser por isso que ela é o Sirius nunca se entenderam muito bem.

- Posso ir com vocês hoje? – perguntou ela animada.
- É melhor não... Temos um plano contra o Ranhoso e é melhor você não estar envolvida. – respondi.
- Deixa! – choramingou ela.
- Pode ir. Não vai ter plano nenhum... – respondeu o Remo.
- Não! Façam o plano sim, mas eu quero participar. – disse Marlene na mesma hora.
- E o que vai dizer para a Lily? – perguntou o Almofadinhas sentando ao lado dela.
- Direi que vou dar uma volta com os caras mais bonitos da escola! – respondeu Marlene abraçando o Sirius pelos ombros.
- Eu sei que sou irresistível! – disse o Sirius com um sorriso enorme.
- Eu estava falando do Tiago e do Remo! – respondeu minha amiga fazendo Rabicho e eu rir, Remo ficar vermelho e Sirius fechar a cara.
- O dia que o Aluado for mais bonito que eu... –começou o Sirius.
- Admitiu que eu sou mais bonito e gostoso! – eu disse todo charmoso passando as mãos pelos cabelos.
- Melhor mudar de assunto, não é? – perguntou Remo.
- Nossa Remo... Não é melhor você tomar sua poção? Cara você esta pálido... – começou Sirius o analisando.
- Eu estou bem, na medida do possível.

- Alguém viu a minha foguinho? – eu perguntei depois que sai do banho.
- A vi hoje cedo. Ela estava lá na sala dos monitores fazendo lição de casa. Pelo visto vai ficar lá um bom tempo. – respondeu meu amigo lobo.
- Não vai não. Vou arrastar ela para o salão comunal. Me esperem que já volto, e se possível com a ruiva. – disse a Marlene se levantando da cama do Sirius e indo até a porta. – Ah, Remo me dá permissão para entrar no salão dos monitores? – perguntou a morena antes de sair do quarto.
- Permissão concedida! – meu amigo respondeu.
- Só quero saber quando eu vou poder entrar lá! – eu disse emburrado.
- Eu vou lá agora mesmo, perturbar a ruiva! – disse o Sirius se levantando também e saindo atrás da Marlene.
- Todos podem entrar nesse salão menos eu? – perguntei me jogando emburrado na cama.
- Nem todos Pontas... O Rabicho não pode... – respondeu o Remo.
- Isso foi para me animar Aluado? – perguntei irônico.
- Não... É que eu gosto de te perturbar Pontas... – respondeu ele dando o primeiro sorriso do dia.
- Percebi! Mas espere... Eu ainda vou conseguir a permissão da ruiva para entrar lá... Você vai ver... – eu disse confiante.
- Vou esperar sentado, ou melhor, dormindo. - disse o Aluado já deitando na cama que era dele (antes dele ir para o outro dormitório).

Logo eu fui ao céu e voltei. Quando dei por mim vi aquela cabeleira ruiva ser arrastada para dentro do meu dormitório. Ela estava linda...

- Olha quem eu trouxe! – disse a Marlene vindo com ela.
- Graças a mim... – disse o Sirius convencido.
- Como conseguiram tirar ela dos livros? – perguntou Remo abobado.
- Vamos dizer que o Sirius é um cabeça de ovo, mas é bem forte. – respondeu a Marlene.
- Não vou ficar aqui com essa louca. Tenho um encontro... – disse ele se olhando no espelho.
- Outro? – perguntei assustado.
- Outro sim... Hoje tenho dois encontros... O primeiro é com uma gata da Corvinal e depois do almoço tenho outro encontro, mas com uma sonseriana.
- Vai sair com uma menina da Sonserina? – perguntei surpreso.
- Isso mesmo... – respondeu ele arrumando os cabelos.
- Duas no mesmo dia? – perguntou a Lily também surpresa.
- Tenho que aproveitar a vida... – respondeu meu amigo cão.
- Pelo menos não são da Grifinória. – respondeu à ruiva dando de ombros.
- E qual seria a diferença? – perguntei falando pela primeira vez com ela naquele dia.
- A diferença Potter, é que elas não vão vir chorar no meu ombro e sim no da monitora da casa delas. – respondeu ela se sentando em uma poltrona que tem no quarto.
- E por que elas vão chorar no seu ombro? – perguntei confuso, afinal a Lily não tem nada a ver com a história.
- Por que elas pensam que eu tenho que dar detenção para vocês dois quando magoam elas. – respondeu a ruiva arrumando os cabelos.
- Sério? – perguntei.
- É sério Tiago... Quando a Marlene dá os foras dela, os rapazes vêm me perturbar... – respondeu o Aluado.
- Eu não dou tantos foras assim como o Sirius. Ele mente de mais para as meninas... – disse a Marlene irritada.
- E você não? – perguntou a ruiva irônica.
- Eu nunca disse que amava ninguém... – respondeu a morena irritada.
- Engraçado... Eu ouço isso todos os dias... O Sirius fala isso sempre... – eu disse me fazendo de desentendido.
- Mas é diferente Ti. – respondeu minha amiga.
- E qual a diferença? – perguntou a minha ruivinha.
- A diferença é que quando eu disser que amo é por que eu amo, já o Black... – respondeu ela.
- Todos os homens mentem. Nunca acredite neles... – disse a minha ruiva irritada, mas eu nem tinha feito nada e ela já estava irritada...
- Pára tudo! Nem todos mentem... – eu disse, mas ao ver a cara de reprovação da Lily resolvi melhorar a minha resposta – Toda vez que um maroto diz que ama é por que ama. Assim como eu te amo ruiva.
- Já começou com as mentiras logo cedo Potter? – me perguntou ela irritada e saiu do quarto batendo o pé.
- Eu vou junto. Tenho um encontro agora. – disse a Marlene se olhando mais uma vez no espelho. – Estou bonita?
- Ótima! – respondemos Aluado e eu.
- Quer parar de comer um minuto Rabicho? – eu perguntei vendo meu amigo que nem ao menos tinha tomado banho e já estava comendo há horas.
- Não dá Pontas! – respondeu ele.

Eu revirei os olhos em desaprovação e me virei para o Remo:

- Vamos Aluado... Vai ser divertido ver a cara de pânico do Ranhoso...
- Não. É muito perigoso Pontas!
- Não é não... Nós vamos estar lá... Você tem uns seis dias para mudar de idéia... - eu disse confiante, sei que o Remo vai mudar de idéia, se não mudar por bem ele muda por mal.
- Você sabe que não vou mudar de idéia. – ele me respondeu.
- Pois eu tenho certeza que você vai mudar de idéia! – eu disse confiante antes de sair do quarto.

Os dias se passaram sem muito movimento.

Mentira...

Eu só estava brincando com eles Almofadinhas... Como dias de lua cheia vão ser calmos? Certo... Passávamos o dia perturbando o Remo para executar o nosso plano e a noite inteira fazendo companhia para o nosso amigo.

Dá para acreditar que só vi a Lily nas aulas? Sério... Ela e a Marlene tinham sumido. A Marlene eu sei que estava nos seus encontros, assim como quando o Sirius sumia também, mas o que deu na ruivinha? Tudo isso era para me evitar? Sou tão desprezível assim? Claro que não! Eu sou é irresistível, ela deve estar sumindo para não ter que me agarrar no meio do corredor como fez uma menina ontem.

Vou contar mais ou menos como foi:

Eu conto...

Vai lá... Conta aí Almofadinhas...

Flashback do agarramento ao Pontas no corredor do terceiro andar:

Estávamos o Pontas e eu procurando o Remo que para variar tinha sumido. Sabe como é... Depois da lua cheia ele fica meio depressivo e às vezes some...

De repente uma doida veio correndo na nossa direção, pelo menos a maluca era bonita, uma terceiroanista, eu acho, então... Ela veio correndo na nossa direção, pensei que ela estava brincando de pega-pega com alguém ou fugindo de alguém, mas foi só impressão por que no instante seguinte eu agarrou o pescoço do Pontas.

Quase que meu amigo caiu no chão, a menina não parecia ser tão leve como ela pensa que é. Ela pulo no pescoço do coitado do Pontas e gritou no ouvido dele:

- Tiaguinho! Meu amor,estou com saudades..

Vi o Pontas olhar para mim perguntando quem seria aquela maluca. Eu simplesmente dei de ombros. E ela continuou gritando:

- Quando vamos sair gatinho? – perguntou ela ainda sem soltar meu amigo, que ficou com os braços abertos para mostrar que nem estava tocando na menina.
- Não sei... A... – acho que ele tentou adivinhar o nome da garota.
- Anita! – respondeu ela ainda grudada nele e sem deixar de sorrir.
- Prazer, mas será que dava para sair de cima de mim? – perguntou ele furioso quando viu alguns cabelos vermelhos surgirem no corredor.
- Só te solto quando você aceitar sair comigo! – respondeu ela mordendo o pescoço dele.

Dá para acreditar que a menina estava provocando ele? O impossível de acreditar foi que ele resistiu. Meu amigo superou os hormônios... E problema é que a ruiva não viu a cena inteira.

- Vamos a Hogsmead quando tiver? – perguntou a menina. Cara como ela é insistente.
- Não! – disse o Tiago assim que Lílian passou do nosso lado.
- Por que não? Ainda por causa dessa metida da Evans? – perguntou ela finalmente descendo do pescoço do meu amigo e fazendo a Lily, que escutou tudo, parar de andar na mesma hora.
- Ela não é metida. – respondeu o Tiago já furioso.
- Não fale de mim com qualquer uma Potter. – disse a ruiva furiosa se virando para os dois.
- É sempre você que fica no meu caminho Evans. Primeiro com a história de ser monitora, depois o Victor e agora o Tiago.
- Dá para me deixar em paz? Se você tem tanta inveja assim por que não enfia a cabeça de baixo da terra e fica lá imaginando que é eu? Sai do meu pé. E faça o que quiser com aquele Victor e com o arrogante e mentiroso do Potter. – foi o que a ruiva disse antes de sair andando e xingando todo mundo.
- Eu ainda acabo com essa Evans! – disse a tal da Anita irritada. – Vamos ou não Tiago? – perguntou ela docemente para ele.
- Já disse que não. – respondeu ele irritado.

Fim do flashback do ataque ao Pontas


Até que o Sirius contou direitinho. Aquela menina é maluca... Como ela sai agarrando os outros por aí? E ela ainda ficou com raiva quando eu dei um fora nela. O pior de tudo foi à ruivinha. O que será que passou na cabeça dela quando ela disse tudo aquilo? A parte boa é que ela disse que não quer o Victor!

Mas disse coisa pior de você

Ela faz isso para disfarçar Aluado.

Tirando esse agarramento e nossas saídas noturnas, não fizemos nada de útil naquela semana.

E finalmente no sábado de tarde convencemos o Remo de livre e espontânea pressão a deixar a gente colocar o plano em prática.

- Então topa Remo? – perguntou o Sirius com a poção na mão.
- Se eu não topar vocês vão mesmo jogar essa veracidium na minha comida? – perguntou ele olhando a poção tenebrosa.
- Não tenha duvidas! – respondeu Rabicho.
- E se eu me recusar a comer? – perguntou ele em mais uma tentativa de escapar do nosso plano.
- Você vai comer! – eu respondi ameaçadoramente.
- Vocês venceram. Podem colocar o plano do Sirius em prática. – ele disse por fim.
- Até que enfim! – gritamos felizes.

O Sirius foi correndo pagar papel e eu fui chamar minha coruja, enquanto o Rabicho ficou no salão comunal com o Aluado, tentando não deixar ele mudar de idéia. Mentira... Quem acreditou que o Rabicho estava sem comer? É claro que ele não levantou por que estava se acabando de tanto comer.

E foi aí que começou nosso plano. Estávamos marcando tudo para o dia seguinte. Domingo, ultimo dia de lua cheia... Já estão entendendo?

Claro que ninguém entendeu Pontas. Você não disse o que vamos fazer...

Nosso plano era dar um susto no Ranhoso. Ele vivia dizendo que queria saber qual era o segredo do Aluado, então era isso mesmo que ele iria saber. Soubemos pela Marlene que o Snape é muito curioso, então fomos escrever uma carta para ele, anônima é claro:

Severo Snape,

Se você quer mesmo saber o que o maroto Remo J. Lupin faz todo mês, venha sozinho e escondido até o salgueiro lutador no domingo. Assim que começar a escurecer você saberá o que ele tanto esconde.

Ass.: Um conhecido



Ficou legal a carta não é?
Mandamos a carta de madrugada quando o Remo (lobisomem) finalmente dormiu. O dia seguinte seria longo.

Vocês devem estar se perguntando se nós somos loucos, não é? Bem... O plano é deixar ele saber de tudo, mas depois vamos apagar a memória dele para que ele não lembre e que não espalhe por aí o segredo do Aluado.

Plano perfeito eu sei! Vinda de uma pessoa tão perfeita como eu...

Não liguem... O Almofadinhas é exibido de mais.

Então vamos logo para o domingo...

Nosso domingo começou como de costume. Adivinhem? Acertou quem falou que o Remo nos acordou com um banho água fria, é que nós já tínhamos acabado com o tal despravador.

Despertador

Descemos para o salão comunal algum tempo depois, e nos encontramos com a Marlene por lá:

- Bom dia! – dissemos todos juntos.
- Bom dia! Por que essa animação toda? – perguntou ela ainda tomando o suco de abóbora.
- Finalmente convencemos o Remo a colocar o nosso plano em prática. – Sirius respondeu feliz se sentando ao meu lado.
- E a minha ruivinha? – perguntei.
- Se alguém conseguir tirar ela daquela sala... Ela me disse que esta fazendo os relatórios das detenções.
- Está? – perguntou o Remo surpreso.
- Está sim! – respondeu minha amiga.
- Que droga! Tenho que ir. – disse o Remo pegando umas torradas e correndo para o salão comunal.
- Ele fica mais tempo com ela agora do que você! – eu disse chateado.
- Para você ver... Essa praga de ser monitor... – disse Marlene dando de ombros.
- O Remo é amaldiçoado... Não dá para aceitar ter um monitor chefe nos marotos... – eu disse revoltado. – Rabicho, quer parar de comer um minuto?
- Não liga Tiago. Ele é assim... – disse o Sirius sem nem ao menos olhar para mim.
- Está dando em cima de quem desta vez? – perguntei vendo ele olhar para um grupinho de garotas.
- Estou de olho na morena de olhos verdes. – respondeu ele mandando beijo para a garota. – Me empresta um pedaço de papel? – pediu ele já procurando uma caneta no bolso das vestes.
- Vai dizer que a ama? – perguntou Marlene rindo e entregando o papel.
- Não! Vou dizer que sonhei com ela. – disse o Almofadinhas.
- E como foi o sonho? – perguntou o Rabicho.
- É mentira Rabicho! Não sabe que o passatempo preferido do Sirius é mentir para as mulheres?
- Por isso que ele tem tantas? – perguntou o meu amigo rato.
- Exatamente. Mulher você leva na lábia meu caro amigo. – respondeu Sirius já mandando o bilhete em forma de pássaro.
- No seu caso você usa a barriga! – eu disse para ele, que como de costume, não entendeu a piada.

Eu e a Marlene saímos para dar uma volta pelo castelo, já que o Sirius foi para mais um encontro, Rabicho foi comer na cozinha e o Remo e a Lily estão trancados na sala dos monitores.

OBS: Marlene só não foi para um encontro por que fez uma aposta com a ruiva. Lily disse que a Lene não fica uma semana sem um encontro. E como minha amiga Lene adora desafios...

- Sabe Lene... Eu acho que você deveria ter feito a ruiva sair comigo...
- Você sabe que ela ia ficar com raiva de nós dois. Você tem que arrumar um jeito de ficar perto dela Ti.
- Sua amiga é muito complicada! – eu disse confuso.
- Vou pensar em algo para ajudar você, mas vamos mudar de assunto...
- Quer falar de quem? Do Sirius? – perguntei rindo.
- Não seu engraçadinho. Quero perguntar como vocês escaparam da detenção da Mcgonagall essa semana.
- Nós somos marotos... – eu disse passando as mãos nos cabelos.
- Certo... Agora vamos para a parte em que você me conta a verdade! – ela me disse rindo.
- Nem sobre tortura! – eu disse já me colocando de pé.
- Tem certeza, senhor Potter? – ela perguntou também levantando.
- Absoluta! – eu disse antes de começar a correr.

Logo já estávamos os dois correndo feito dois malucos pelos jardins. Um ou outro aluno até parava para ver a cena... Realmente... Imaginem a cena... Nós dois correndo e rindo. Isso não parece cena de casal de namorados? Pois foi o que pensou uma certa pessoa quando viu isso.

Chegou uma hora que cansei de correr da Lene e parei ainda rindo. Ela conseqüentemente caiu em cima de mim e ficamos lá, eu deitado no chão e ela sentada nas minhas pernas.

- Me conta... – pediu ela rindo.
- Não conto! – eu disse rindo.
- Vou te torturar até você contar! – ela disse pegando uma pena.
- O que você pretende fazer com isso? – perguntei receoso.
- O que você acha? – perguntou ela rindo antes de me atacar com a pena. Dá para acreditar que aquela maluquinha ficou fazendo cócegas em mim?

Sério... Eu tenho muita cócegas... E pelo visto ela sabia...

Tudo estava um mar de rosas quando vi um furacão ruivo passar por nós.

- Opa! – ela disse saindo de cima de mim.
- O que vocês pensam que estão fazendo? – perguntou o Remo irritado.
- Estávamos zoando! – eu respondi. – O que houve?
- Quando eu finalmente convenci a Lily de vim ficar com vocês nós nos deparamos com vocês no maior amasso. – respondeu meu amigo lobo.
- Você entendeu errado Remo. Eu estava torturando o Tiago com cócegas para que ele me contasse umas coisas. – disse Marlene surpresa.
- O pior não foi eu ter entendido errado, e sim uma certa ruiva de olhos verdes... – ele disse chateado.
- Ela... – eu comecei, mas não sabia como terminar a frase.
- Ela ficou com ciúme! – Remo fez o favor de terminar a frase.
- E agora quem está em uma encrenca sou eu! – a Lene disse arrumando as vestes. – Vou tentar conversar com ela, mas acho que ela não vai me escutar. – disse ela antes de sair atrás de ruiva.
- Acho que eu também vou... –comecei... – Espera aí... Você disse que a Lily ficou com ciúme? – eu perguntei confuso.
- Agora que caiu a ficha? Pensei que você era mais esperto Pontas.

Não se preocupe Aluado, ele sempre foi meio lerdo quando se trata da ruiva.

- Você acabou de afirmar que a Lily me ama? – perguntei já dando pulos de alegria.
- Pelo menos foi o que pareceu. – respondeu o Remo.

Eu não tive noticias da Lily nem da Marlene depois disso. E para a minha alegria, logo chegou à hora do nosso plano ser colocado em prática.

Saímos como de costume, Remo foi com a moça da ala hospitalar para o salgueiro lutador, logo depois Rabicho, Almofadinhas e eu fomos logo depois que a enfermeira foi embora.

Assim que entramos podemos ver a silhueta do Ranhoso escondido atrás de uma árvore nos espionando.

Aquele seria o dia perfeito! Mas...

Entramos no salgueiro como de costume, já se podia ouvir os gritos de dor do Remo quando vimos nosso alvo nos seguindo.

Evitamos ao máximo nos transformarmos em animagos, o que foi bem útil.

Snape correu para dentro da casa quando escutou o grito do Remo, nós, é claro, estávamos na minha capa, e Rabicho estava como rato, então ele não nos viu dentro do túnel, só do lado de fora.

Pelo pouco de vi depois disso Ranhoso chegou no momento certo que Remo perdia as ultimas características humanas. As garras já estavam presentes, os olhos amarelos, e o pelo já estava começando a crescer quando o Ranhoso chegou, mas foi o suficiente para ele exclamar:

- O Lupin é um lobisomem! – ele disse, ou melhor, gritou assim que nosso amigo assumiu a forma lupina.

O cara saiu em disparada para fora da cabana quando o nosso amigo olhou para ele acho que o Remo deve ter pensado: “Jantar!”, apesar de que se ele comer o Ranhoso ele vai ficar em uma tremenda dor de barriga.

O Remo, ou melhor,o Lobisomem começou a correr atrás do Snape, deu até dó do cara... Ele corria tanto e aparentava ter tanto medo que eu acho que ele se borrou na calça.

Disso eu não tenho duvidas... Estava mesmo um cheiro ruim...

Assim que vimos que o Ranhoso não iria mais olhar para trás, o medo era muito grande para ele ariscar, afinal, ele não é um grifinoriano como nós...

Vá direto a parte que o plano dá errado...

Como quiser Aluado...

Sirius se transformou em sua forma animaga, ou seja, não mudou nada, continuou sendo um cachorro...

Vou considerar um elogio

Ignorando o cachorro... Enquanto o Almofadinhas segurava o Aluado no lugar, para que ele não mordesse o Ranhoso, por que se isso acontecesse o Aluado iria nos matar, eu ia atrás do Ranhoso para apagar a memória dele.

Foi aí que as coisas começaram a dar errado. Até então o meu plano estava dando certo, mas se quer alguma coisa bem feita faça você mesmo. Deixei as coisas nas mãos do Pontas e olha o que deu:ele se deixou...

Se não reparou o narrador da história sou eu Almofadinhas!

Voltando... Assim que o Seboso saiu do salgueiro eu fui falar com ele, aliás, fui implicar com ele:

- Para que correr tanto Seboso? – eu perguntei já com a varinha nas mãos.
- Um... Lo... Lobiso... Lobisomem. Ele é um lobisomem! – gritou ele em pânico.
- Sério? Eu nem tinha reparado... – eu falei irônico.
- Eu vou contar para o diretor. O Lupin vai ser expulso! – disse ele olhando para o nada enquanto via para que lado ficava a escola.

Cara foi a melhor cena da minha vida... O Ranhoso estava morrendo de medo. Foi tão bom ver ele daquele jeito... Borrado de medo. O problema foi o cheiro, mas aquela cena estava compensando.

- Logo se vê que você não é da Grifinória. Sair correndo de um lobisomem? Isso é coisa que um homem faz? – eu perguntei sério. – Me desculpe, esqueci que você torce para o outro time! – eu disse rindo.
- Você sempre soube que o Lupin era um mestiço imundo, não é?
- Chame ele de mestiço mais uma vez e vai preferir não ter nascido! – eu disse nervoso.

Viram o que o amor faz? Que lindo o Pontas defendendo o Aluado

Obrigado por isso Pontas...

Disponha Aluado... E Não enche Almofadinhas... Eu quero narrar a parte que o plano dá errado.

- Foi você que mandou a carta anônima não foi? – perguntou ele ainda tremendo dos pés a cabeça.
- Foi por quê? O que foi Ranhoso... Não precisa tremer tanto... O pior ainda está por vir. Diga adeus a essa sua lembrança. – eu disse já com a varinha pronta para o feitiço, mas como nem tudo dá certo na minha vida...
- Sabia que você estava aprontando alguma Potter! – eu ouvi aquela voz conhecida chegar aos meus ouvidos.
- Lily meu amor... Pode voltar outra hora? Estou meio ocupado aqui. – eu disse levemente preocupado pelo plano.
- Lily,vamos embora! – disse a Marlene a puxando pelo braço.
- Dessa vez ele não me escapa. – respondeu minha ruiva para a amiga – Snape e Potter o que fazem com a varinha na mão nas dez da noite aqui no salgueiro? Pretendiam começar um duelo? – ela nos perguntou irritada e já gritando.
- Um lobisomem! Estão escondendo aquele maldito lobisomem! – gritou o Ranhoso, e para a minha surpresa a expressão da Lily não mudou.
- Os dois para a cama agora. – ela mandou.
- Mas ruivinha... – eu comecei.
- Mas nada Potter! Para a cama. E saibam que Dumbledore vai saber desse passeio noturno de vocês. – eu disse vendo o Ranhoso se afastar irritado.
- Vou ver o diretor agora mesmo! Um Lobisomem! – gritava ele enquanto ia para castelo.
- Obli.. – eu comecei o feitiço na ultima tentativa de apagar a memória do Ranhoso, mas infelizmente minha ruiva é boa em duelos e bloqueou meu feitiço.
- Potter leve o Pettigrew e o Black com você. Eu sei que eles estão por perto e que estão nessa confusão também. E se eu desconfiar que você apagou a memória do Snape você vai se entender comigo. – ela disse autoritária antes de voltar para o castelo.
- Desculpe Ti. Eu tentei fazer ela ficar no castelo, mas você a conhece... – começou a Marlene a se explicar.
- Não se preocupe com isso. Se preocupe comigo! O Remo vai me matar! – eu disse guardando a varinha irritado e com certo receio do que o Ranhoso poderia fazer com aquela informação.

A conversa com os marotos na manhã seguinte não ia ser fácil, e como a Lily estava de olho em mim eu tive que voltar para o castelo, só mandei uma coruja para o Sirius:

Marotos,

Infelizmente o plano não era infalível e tivemos um problema. A Lily está aqui do meu lado então não vou entrar em detalhes. Não volto para onde estão hoje por que a ruiva não vai sair do meu pé e a capa esta com vocês junto com o mapa.

Acalme o Remo pela manhã Almofadinhas. Eu vou dar um jeito de consertar as coisas.

Conversamos ao amanhecer

T.P.


Realmente eu fui para a minha cama depois que enviei a carta, mas para o meu azar, o sono não chegou e as horas demoravam a passar.

Vi Sirius chegando quase cinco da manhã. Ele estava todo arranhado, se sentou na cama dele e ficou olhando para minha cama, então criei coragem e abri o cortinado:

- Como ele está? – perguntei.
- Pensei que estivesse dormindo. – o Almofadinhas me disse parecendo cansado. - Vai ficar bem. Está na ala hospitalar se cuidando. Mais tarde o vemos.
- Não dormi nada essa noite pensando em um jeito de consertar as coisas. – eu disse preocupado.
- O houve exatamente Pontas? – me perguntou ele se jogando para trás e deitando na cama.
- Depois que o Remo quase mordeu o Ranhoso eu...

- Será que a Lily sabe? – me perguntou meu amigo após eu narrar os fatos.
- Não sei. – eu respondi sinceramente. – Não duvidaria. Ela é muito inteligente.
- Estou cansado, mas temos que ter certeza que o Ranhoso não vai contar nada. Vamos atrás deles... – disse meu amigo já de pé.
- E o Rabicho?
- Adivinha...
- Cozinha! - Eu respondi rindo. – Acho que o Ranhoso deve estar dormindo ainda.
- Acha que aquele bobo vai estar dormindo depois daquele susto de madrugada? – perguntou o meu amigo rindo.
- Mas não temos permissão para sair agora e a Lily está me vigiando. São cinco e meia da manhã e...
- E todos estão dormindo. Vamos logo! Vamos invadir o salão comunal da Sonserina e dar um jeito no Ranhoso. – cara,quando o Almofadinhas quer uma coisa...
- Vamos então. – eu disse sem escapatória. – Mas tem algum plano?
- Já disse, vamos invadir o salão da Sonserina e acabar com o Ranhoso. – me respondeu o maluco do Sirius.
- Você é realmente maluco. – eu disse quando cheguei ao pé da escada.
- Não sou maluco, mas precisamos fazer alguma coisa. O Remo quando descobrir...
- Ele ainda não acordou? – perguntei preocupado.
- Não! Pelo menos quando sai de lá ele estava dormindo. – me respondeu ele.
- Você sabe a senha do... – comecei, mas parei de falar quando vi minha deusa saindo do salão dos monitores.
- Sabia que tinha escutado a voz de vocês... – disse ela fechando a porta as suas costas.
- Bom dia minha ruivinha.
- Mau dia Potter! – ela me disse irritada.
- Mas já começou o dia de mau humor... – eu disse balançando a cabeça negativamente.
- O que faz acordada? Não são nem seis da manhã e as aulas começam as oito hoje... – disse o Almofadinhas curioso.
- Ela acordou cedo para me ver. – eu disse sorrindo.
- Claro que não Potter. Eu estava esperando vocês acordarem, Sirius. – ela respondeu gentilmente para o Sirius. Dá para acreditar que a minha futura esposa trate o Sirius melhor que a mim?
- Do que se trata? – perguntou o Sirius olhando rapidamente para o relógio.
- Não precisam ir aprontar nada com o Snape. Dumbledore já falou com ele. O segredo do nosso amigo está a salvo. Mas vocês são uns irresponsáveis! Como foram fazer isso com o coitado do Remo?
- Você sabe do Remo? – perguntei não ligando para o sermão dela.
- Claro que sei. Sei dês do quinto ano. – ela respondeu normalmente. – Pensei que vocês não soubessem.
- Claro que sabemos. Sabemos dês do segundo ano. – respondeu o Sirius. – Mas como tem certeza que o Seboso não vai contar nada para ninguém?
- Confio em Dumbledore. – ela respondeu dando de ombros. – E não se preocupem que você, o Potter e o Pettigrew vão receber detenção igual o Snape. – ela completou sorrindo.
- Perdi alguma coisa? – perguntou o Pedro chegando e vendo a nossa cara de espanto.
- Vocês três tem que ir à sala do diretor á noite. Ele disse que quer falar com vocês. Dêem sorte se não forem expulsos.
- Por que nós três se... – começou o Rabicho, mas eu tampei a sua boca enquanto o Sirius dava um chute disfarçadamente nas canelas do nosso amigo.
- A professora Mcgonagall quer falar com vocês antes das aulas. Se fosse vocês eu não me atrasaria. – ela nos disse antes de sair pelo retrato.
- Fica quieto Rabicho! – disse o Sirius enquanto o Rabicho massageava as pernas.
- Por que me bateu? – perguntou ele.
- Oras... Você ia contar para a Lily que o Aluado deixou que o plano fosse feito.
- E o que tem de mal? – perguntou ele inocentemente. Às vezes acho que ele é meio lerdo...
- Por que se contar o Remo vai levar detenção também. E ele não precisa. Damos conta do recado. – eu respondi.
- Damos? – perguntou o rato.
- Claro que damos. – respondeu o Sirius. – Agora vamos ver como o Remo está e se arrumar para enfrentar o dia.

Colocamos o uniforme e fomos visitar o Remo na ala hospitalar.

- Está melhor? – perguntei assim que chegamos.
- Depende... Todos já sabem que eu sou um monstro? – perguntou ele preocupado.
- A ruiva do Pontas disse que o Dumbledore deu um jeito no Ranhoso. Seu segredo está a salvo. – respondeu o Sirius sorrindo, e vi quando o Aluado fez uma cara de alivio.
- Então tudo esta bem. Mas mesmo assim eu não deveria ter concordado com tudo isso. – disse o Aluado pensativo.
- Não,está tudo bem. Vamos ter que ir falar com o diretor e a professora Mcgonagall quer nos ver antes das aulas. – respondeu o Rabicho revoltado.
- Pare de reclamar Rabicho. Merecemos detenção. Não será nada que não podemos suportar. Sem contar que já fizemos tudo que tínhamos para fazer em detenções, não tem como sermos surpreendidos. – eu disse sem preocupação.

Como as pessoas se enganam...

Mas você também pensou que estava tudo certo Almofadinhas.

Por que os dois não param de me interromper e vamos logo para as broncas, que foram muitas naquele dia.

Vá à frente a história é sua...

Para trás ele não poderia ir...

Cala a boca Aluado!

Deixando os dois discutindo e voltando a história.

Depois que Remo recebeu alta, demorou mais ou menos uma meia hora ele foi para o quarto se trocar enquanto nós três fomos tomar nosso café da manhã, afinal o dia ia ser longo.

Chegamos à sala da megera uns quinze minutos antes, e ela estava arrumando os livros em cima das carteiras:

- Pensei que iriam se atrasar como de costume. – ela disse quando nos viu parados na porta. – O senhor Lupin pode ir embora.
- Mas... – começou o Remo, mas o interrompemos.
- Tchau Remo. – dissemos entrando e fechando a porta na cara dele.
- Sentem-se! – ela ordenou e obedecemos na mesma hora. – Vocês são os alunos que mais me causaram problemas em todos esses anos que dou aula aqui nessa escola. Vocês nunca respeitam as regras e pensam que a escola é de vocês. – Abrimos a boca para protestar, mas a professora não deixou. – Detenções normais já não esta adiantando mais. Se fosse pelos outros professores há essa hora os três já estariam expulsos. Como tiveram coragem para tanto?
- Professora nós só estávamos brincando.
- E se o senhor Lupin tivesse mordido o colega de vocês? Ou pior, e se ele tivesse matado o colega de vocês? Vocês não pararam para pensar?

Na verdade pensamos, e sabíamos que não ia acontecer nada, afinal Sirius e eu estaríamos lá para segurar o Remo. Somos animagos...

- Tínhamos certeza que nada ia acontecer com ele. – respondeu Sirius.
- Além do susto é claro. – o Rabicho completou. O Rabicho só estraga. Agora a professora parecia estar pegando fogo de tanta raiva.
- Além do susto? E quem segura um lobisomem adulto? Vocês não têm consciência de nada. Vocês não sabem o quanto Dumbledore teve que fazer para acalmar o Snape e ainda o convencer de não contar a ninguém. É a vida do amigo de vocês, do amigo de vocês, melhor dizendo... Tudo estava em jogo. Acham mesmo que a sociedade aceita lobisomens facilmente? – perguntou ela quase gritando.
- Mas professora o... – começou Rabicho, mas por felicidade minha e do Sirius ele não terminou de falar ao ver a cara de brava da Minerva.
- Mas professora nada. Vocês só não serão expulsos por que não aconteceu nada de grave e estão terminando os estudos, mas serão punidos severamente. – disse ela olhando para a nossa cara, de um ar o outro nos fuzilando com os olhos.

Acho que se olhar matasse a Mcgonagall teria nos matado naquela hora. Nunca a vi tão nervosa.

- Professora eu tenho que falar com a senhora! – disse o Remo abrindo a porta rapidamente.

Pude ver a Lily e a Marlene o segurando para não entrar.

- Senhorita Evans peça para os alunos esperarem para entrar, por favor! – disse a professora assim que Lily foi arrastada para dentro da sala pelo Remo.

A cena foi bem cômica. Remo tentando entrar na sala e a Lily segurando ele pelo braço, enquanto a Marlene o segurava pelas vestes, a Marlene caiu de cara no chão quando o Remo conseguiu se soltar dela enquanto que a outra foi arrastada pela sala, só soltou meu amigo quando a professora falou com ela.

- Senhorita Mckinon se recomponha! – pediu a professora ainda brava vendo Marlene se levantar devagar do chão.

Assim que as duas saíram da sala e fechou à porta a professora virou para o Remo que ainda estava de pé perto de nós:

- Pode falar senhor Lupin. Quer que os expulsemos pelo que fizeram ao senhor? – perguntou ela olhando fixamente para meu amigo loiro.
- Pelo contrário. Quero me juntar a eles.
- Cala a boca Remo! – dissemos Sirius e eu juntos.
- Quietos os dois! – disse a Minerva para nós. – Por que iria querer fazer isso senhor Lupin?
- Por que eu concordei com tudo. Eles nunca fariam nada disso sem a minha permissão. Eu também tenho culpa e não vou deixar os três levarem a culpa sozinhos. – ele disse para a professora e vendo que o Sirius ia protestar ele continuou – E nem adianta vocês três falarem o contrário. Sou capaz de colocar esse pedaço da minha memória em uma penseira para comprovar o que digo. – ele disse para nós, é nessas horas que vemos a coragem do Aluado – Quero receber o mesmo castigo que eles. Se forem expulsos também serei!
- Tem certeza disso senhor Lupin? Tem certeza que quer assumir a culpa? – perguntou a professora desconfiada.
- Se dúvida que tenho culpa pode aplicar legimencia em mim faz o que quiser, mas irá descobrir que sou tão culpado quanto eles. A diferença é que agi na elaboração do plano e eles na execução.
- Certo então. Os quatro na sala do diretor depois do jantar. – disse ela para nós. – Senhorita Evans! – chamou ela. E assim que a Lily abriu a porta e colocou a cabeleira ruiva para dentro da sala ela continuou – Mande todos entrarem, e gostaria de pedir que fique na minha sala um pouco depois da aula, pois quero falar com a senhorita.
- Sim senhora! – disse a minha ruiva antes de mandar os outros alunos entrarem.

Esperamos a aula acabar para brigarmos com o Remo. Estávamos fazendo de tudo para ele não receber punição também e o tonto se entrega.

- Você é um maluco! Por que foi contar que você estava envolvido? – perguntou o Sirius assim que chegamos no salão principal para comer.
- Porque eu não acho certo vocês levarem a culpa sozinhos. – ele respondeu sem nos olhar.
- Você é maluco Aluado! – eu disse e dei um abraço nele.
- Depois você fala que não é veado... – disse o Sirius me zoando.
- Já falei que é cervo!
- E eu já falei que é a mesma coisa. – respondeu meu amigo cachorro.
- Parem de discutir! – disse Marlene chegando e pulando nas costas do Remo e este quase caiu com o peso, não que minha amiga seja pesada, mas é que ela estava correndo quando pulou nas costas dele. – Meu amigo fez uma coisa muito fofa hoje. Apesar de ser burrice levar a culpa assim, mas foi muito fofo.
- Obrigado Lene! – disse ele segurando as pernas dela para que ela não caísse. – Não foi burrice. Eu estava mesmo envolvido.
- Ainda não acredito que você estava participando desse plano maluco! – disse meu lírio para o lobo.
- Estava sim Lily. Não adianta colocar a culpa só nos meninos e muito menos só no Tiago.
- Mas a culpa é do Potter do plano não ter dado certo. – ela respondeu.
- Na verdade a culpa foi sua! – disse o Remo com a cara e com a coragem, afinal precisa ter coragem para discutir com a ruiva, e isso é o que não falta para mim.
- Por que minha,senhor Remo monitor chefe maroto Lupin? – perguntou ela desconfiada, mas o incrível foi que ela levou na brincadeira. E ela nunca leva nada na brincadeira quando se trata de mim.

É por que ela não vai com a sua cara!

Isso não é verdade Almofadinhas...

Não é verdade mesmo. Ela só odeia o Pontas... É diferente!

Até tu Brutos? Minha nossa... O Aluado está contra mim...

Não estou contra você, e sim a favor da minha amiga!

É a mesma coisa!

- Por que você atrapalhou o Tiago na hora que ele ia apagar a memória do Seboso.
- Não acredito nos meus ouvidos! Remo J. Lupin esta brigando por que eu não deixei o Potter apagar a mente de alguém. – disse ela fingindo um desmaio.
- Não desmaia que eu não posso te pegar! – disse a Marlene rindo ainda nas costas do Aluado.
- Para isso serve o Sirius! – ela respondeu.
- Sério Lily. O dia que eu te pegar no colo pode acreditar que ou você está morta ou está quase morrendo, por que depois disso vão me matar.
- E quem iria te matar? – perguntou ela inocentemente.
- Ainda pergunta? – perguntou o Rabicho rindo. – É claro que o Pontas!
- O que é Pontas? – perguntou ela confusa.
- Não é o que ruiva, e sim quem. Eu sou o Pontas. – eu respondi.
- Nem me lembrava da sua existência Potter! – ela me disse antes de se virar para os outros. – Desce daí Lene. Você não é uma pluma e o Remo ainda esta se recuperando, sem contar que ele não é burro de carga.
- Esta com ciúme do Remo também? Pensei que seu ciúme era exclusivo para o Tiago. – disse nossa amiga.
- Não vou me dar ao trabalho de responder. – ela disse emburrada.
- Então é verdade! – disse o Sirius sorrindo. – Eu não disse que ela te amava Tiago? – perguntou ele me abraçando pelos ombros.
- Você nunca disse isso! – eu disse revoltado para ele. – E dá para tirar a pata de cima de mim? Depois o veado sou eu!
- Eu não amo o Potter. Tenho muitos sentimentos por ele, mas nenhum deles é amor. – respondeu a ruiva irritada.
- Posso saber quais são eles então? Paixão? Desejo? – perguntou a Marlene parecendo uma criança falando que papai Noel existe.
- Não viaja Lene. Eu estava me referindo aos únicos sentimentos que sinto pelo Potter e vou vir a sentir... Sendo eles: nojo, ódio, raiva, desprezo... E muito mais.
- Você mente muito má! – disse o Sirius rindo.
- Concordo plenamente. – disse a Marlene antes dos dois baterem as mãos em uma comemorativa.
- Até que enfim vocês concordaram com alguma coisa. – disse o Remo revirando os olhos.
- Que droga! Cadê a comida? – perguntou o Rabicho.

Eu já tinha até me esquecido que ele estava lá. Ele não abriu a boca nem um minuto. Só ficou comendo e comendo. Não sei por que eu ainda me preocupo

- A comida está na cozinha. Se não reparou a hora do almoço terminou agora. – eu respondi rindo.

Depois disso não tivemos nada legal, aliás, eu dormi em algumas aulas de tão chatas que estavam.

Então lá estávamos nós no salão principal de novo, só que agora para o jantar. Vi a minha ruiva conversando com o Victor. Meu sangue subiu, quase que fui matar aquele idiota, mas me controlei o máximo que pude. Lene estava no maior amasso com um garoto da Corvinal no canto do salão, Pedro como de costume comia até explodir, Remo, Sirius e eu estávamos apenas enrolando, brincando com a comida. A fome não vinha e estávamos preocupados com a detenção. Principalmente o Remo.

- Black! – chegou uma menina muito irritada.
- Aposto que ele já saiu com ela! – eu cochichei para o Remo.
- Aposto que ele mentiu para ela. – retrucou o Remo aceitando a aposta.
- Você... Ba...
- Bianca! – disse ela ficando vermelha de raiva. – Acabei de saber que você saiu com o Fabiana hoje. Seu cachorro! Você me disse ontem que eu era a única. Não negue-gritou ela fazendo o salão inteiro desviar a atenção para o nosso casal. Até mesmo a Marlene parou de se agarrar com o menino para prestar atenção.
- E não vou negar. Eu disse isso mesmo! – respondeu meu amigo cachorro.
- E ainda é cara de pau de afirmar! – disse ela dando um tapa bem dado na cara dele. Nossa, ficou até as marquinhas dos dedos dela. Deve ter doido.
- Eu não mereci isso! – ele disse massageando o rosto.
- Mente para mim e ainda diz que não merecia o tapa. Não sei como pude acreditar em você! – gritou ela jogando purê de batatas na cabeça dele.
- Isso ele mereceu. – o Remo me disse se segurando para não rir.
- Eu disse que você era única e não menti. Você era a única daquele dia... – ele disse tentando ser simpático, mas mulher entende os homens? Claro que não... E adivinhem? Quem adivinhar ganha um beijo. Exatamente! Ele levou outro tapa, agora fez até estralo. Esse deve ter doido muito mesmo, mais do que os tapas do meu lírio.
- Modos senhorita. Não vou permitir que agrida um aluno. – disse a Lílian, nem ao menos sei como ela chegou até nós, mas o estranho foi ela ir em defesa do Sirius. Cara sortudo esse meu amigo.
- E quem você pensa que é? – perguntou a tal da Bianca para a Lily. Agarra que as coisas vão ficar feias. A Lily esta com aquela cara: “Se você quer briga, vai ter briga!”
- Sou a monitora chefe e você está em detenção. Amanhã no tempo livre depois do almoço. Encontre-me na biblioteca. E resolva seus problemas pessoais sem agressão ou azaração. – disse a Lily autoritária. Eu adoro quando ela faz isso, quando ela faz isso com os outros é claro.

A menina saiu de perto soltando fogo. Acho que ela nunca mais vai olhar para o Sirius.

O que é uma coisa boa. Ela não beija muito bem.

Falou a voz da experiência!

Depois desse episódio rumamos para a sala do diretor, e por incrível que pareça, quando chegamos lá demos de cara com o Ranhoso saindo da sala.

Já entramos na sala do Dumbledore rindo, mas eu parei de rir na mesma hora que vi uma certa pessoa. Além do diretor, a vice-diretora, nossa querida Mcgonagall e ninguém menos que Lílian Evans estavam a nossa espera.

- O que a Lily faz aqui? – vi o Sirius me perguntando, ou melhor, só movendo os lábios.

Não me dei ao trabalho de responder. Fiz que não sabia.

- Sentem-se!- disse o diretor com aquela cara de sempre e aqueles óculos de meia lua que nunca mudam.

Assim que nos sentamos voltamos a olhar para o diretor, do diretor para a professora e logo para a Lily e voltávamos no primeiro.

- Já sabem por que estão aqui e não vou dar mais um sermão. Sei que vocês já devem estar se sentindo mal o suficiente.
- Não se preocupe com isso Dumbledore. Eu já conversei com eles hoje de manhã. – respondeu a Minerva

Ela quase nos matou com os olhos isso sim.

- Enfim, mandei vocês virem aqui por eu tenho detenções a aplicar. – disse o diretor sorrindo.
- O que a Evans faz aqui? – perguntou o Rabicho.

Nota mental: matar o Rabicho por essa indelicadeza com a futura senhora Potter.

- A chamei para me ajudar com algumas coisas. Graças a ela tive a brilhante idéia da sua detenção e do senhor Black. E ela vai me ajudar com a detenção do senhor Potter também.
- Vou? – perguntou ela confusa.
- Vai? – eu perguntei feliz.
- Vai! – respondeu o diretor sorrindo.
- Me ferrei! – ela disse bem baixinho. Acho que Dumbledore ouviu, mas fingiu o contrário.
- Vamos começar com o mais novo então... Senhor Pettigrew...
- Sim senhor. – disse o meu amigo rato na mesma hora.
- Fiquei sabendo que o senhor passa o tempo todo comendo, inclusive durante as aulas, o que é proibido. Então a senhorita Evans me deu uma idéia brilhante.
- Dei? – perguntou ela confusa.
- Deu. No exato momento que me contou a respeito dos marotos me deu idéias brilhantes para as detenções.
- Você contou o que para ele? – perguntou o Sirius espantado.
- O pouco que sei de vocês... – ela respondeu envergonhada.
- O que tive mais informações e reclamações foi do senhor Potter. Mas voltando... senhor Pettigrew, o senhor de agora em diante só fará três refeições por dia. Nada de lanches noturnos, lanches nas aulas e no dormitório.
-Mas... – começou o Pedro quase chorando já.
- Acho que não irá precisar disso. – disse a Mcgonagall fazendo um feitiço e tirando as rosquinhas das vestes do Pedrinho.
- Como o senhor pretende fazer isso? Tentamos fazer isso há sete anos! – eu disse rindo.
- Poção! – respondeu a professora – O senhor Pettigrew ira tomar um poção toda manhã que o impedirá de comer fora do horário. Venha comigo!
- Vai tomar uma poção? E acha que ele vai tomar a poção todos os dias? – perguntou a Lily inconformada.
- Sim senhorita Evans. - respondeu o Dumbledore. – Se ele não tomar nós saberemos, não se preocupe com isso. E vocês que são amigos dele, lembrem-no, será bem mais fácil ele tomar a poção.
- E se ele mesmo assim comer fora do horário? – perguntou o Sirius.
- Irá ter uma surpresa,senhores! – respondeu o diretor com um sorriso singelo.

O Pedro voltou com uma malinha na mão. Deduzi na hora que fosse as poções.

- Coma o quanto quiser hoje senhor Pettigrew. Sua detenção começa no exato momento que acordar. Terá apenas meia hora para tomar a poção. Se esse prazo passar terá problemas. – disse a Mcgonagall com um sorriso no rosto.

Sinceramente acho que ela adorou dar aquela detenção para o Pedro.

- Vamos deixar o melhor para o final. – disse Dumbledore sorrindo. – Senhor Black, por favor, venha à frente. – o Sirius foi para a cadeira em frente à mesa do diretor. – Senhor Black, hoje cedo conversando com a senhorita Evans tive uma idéia, mas estava em segundo plano, mas com aquele show particular que tivemos na hora do jantar acabei por adotar meu plano como uma detenção para o senhor.
- Se refere à Bárbara? – perguntou o Sirius confuso.
- É Bianca, Sirius! – eu disse para ele dando um tapa na cabeça dele.
- Me refiro a exatamente isso. Aos seus encontros bem sucedidos e aos escândalos das moças logo depois. – disse Dumbledore sem tirar o sorriso do rosto. Já disse que esse sorriso ele me irrita? – Fiquei sabendo que o senhor é ótimo com as mulheres.
- Modéstia a parte, sou mesmo! – respondeu o Sirius com um sorriso enorme. – Nem mesmo o Tiago chega aos meus pés.
- Menos Sirius! – eu pedi revirando os olhos enquanto Dumbledore ria.
- E a minha detenção vai ser arrumar uma mulher para o senhor? – perguntou o desaforado do Sirius.
- Que desaforo! Você não esta falando com um colega e sim com o diretor! – disse a Mcgonagall irritada.

Isso era só questão de respeito ou ela estava com ciúme do Dumby? Infelizmente nunca tive a resposta.

- Desculpe! – disse o Sirius fingindo estar envergonhado.
- Está desculpado. – disse Dumbledore. – Sua detenção será um pouco diferente. Nunca na história de Hogwarts vimos algo do tipo.
- Eu sou exclusivo! – disse o convencido.
- Sua detenção será não conseguir mentir para mulher nenhuma durante algum tempo.
- O que? – perguntou ele inconformado. – Sério? Está brincando comigo?
- Estou falando muito sério senhor Black. O senhor tomará uma poção uma vez por semana e não conseguirá mentir para as mulheres.
- Mas você não pode fazer isso comigo! – disse ele quase implorando.

Olhei para o Rabicho que comia sem parar. Acho que estava aproveitando as últimas horas com a comida. Estava chorando e comendo, cena muito engraçada. Desviei o olhar para o Remo que parecia preocupado, rezando para ser mais exato. Se isso era o mais leve... Imagino a pior detenção! Lily estava rindo no canto da sala, e como o sorriso dela é lindo...

- Levante-se senhor Black. – disse Dumbledore. Quando dei por mim Sirius estava de joelhos no chão implorando para não ter que ficar com aquela detenção. – Será bom para o senhor parar de mentir tanto.
- Venha comigo. Vou te dar a poção para que tome amanhã cedo e toda semana na sexta feira irá a minha sala tomar a poção. – disse a Mcgonagall indo para um canto da sala com um Sirius cabisbaixo do lado.
- Agora à parte legal da noite! – disse o Dumbledore feliz. – Vamos ao senhor Lupin. Como sei que a coisa que mais preza no castelo é a sua condição de monitor...
- Não faz isso com ele diretor. Ele é um ótimo monitor. – disse a Lily preocupada enquanto o Remo ficava cada vez mais branco. Acho que logo ele ia sumir.
- Me desculpe senhorita Evans, mas tenho outros planos. O senhor Lupin está suspenso das atividades de monitor pelo resto do ano. Sendo assim, amanhã cedo terá que voltar para o seu antigo dormitório.
- Mas... – começaram a Lily e o Remo.

Sirius voltou ainda sem olhar para ninguém, mas ele demonstrou compaixão com o Remo:

- Ele não merece isso diretor. Nós quase o obrigamos a participar de tudo.
- A coisa que ele mais gosta no castelo é ser monitor. Não tire isso dele. – eu pedi.
- É por ser a coisa que ele mais gosta que ele vai perder! – respondeu a Mcgonagall. – Irei perder um ótimo monitor! – disse chateada.

O Remo se levantou cambaleando e a Lily ajudou ele a se sentar na cadeira. Merlin como eu estava ferrado! Todos tiverem castigos horríveis, imagine eu... A Minerva me detesta! Realmente eu estava ferrado!

- O próximo é o senhor Potter! – o diretor disse me assustando, mas não demonstrei para ninguém meu susto é claro.

Eu levantei daquela cadeira e fui o mais devagar possível para a cadeira próxima ao diretor.

Naquele momento me senti como aqueles presidiários quando estão indo para a cadeira elétrica. Deve ser a mesma sensação. Todos os meus amigos estavam sentados se lamentando, a Lily estava chocada com o que houve com o Remo, mas mesmo assim sorria. Acho que ela estava tão curiosa quanto eu para saber qual seria a minha detenção.

- O senhor Potter... Ou melhor... Senhor encrenca! Tenho reclamações suas todos os dias. Já até cansei de convocar seus pais para virem conversar comigo.
- Fala logo professor... – eu disse já suplicante.
- Como repararam vamos precisar de um novo monitor chefe na grifinória.
- Não! – a Lily disse apavorada.
- Exatamente senhorita Evans. A senhorita terá um novo companheiro. O senhor Potter será o novo monitor chefe!
- Não! – gritamos os dois juntos.
- A detenção é dele e não minha! – protestou minha ruiva apavorada.
- Tenho que concordar. É maldade demais. Ser monitor é a pior coisa que poderia acontecer a um maroto! – eu disse quase gritando.
- Se acalme senhor Potter, por que não é só isso! – disse a Mcgonagall.
- Eu monitor chefe? Não! Eu prefiro morrer!
- Fique feliz. Ser monitor é uma dádiva! – respondeu o Remo.
- Dádiva? Monitores são a pior raça... Tirando a minha ruivinha e o Remo. Ser monitor é uma cruz para carregar... É uma maldição! Não! – eu disse gritando e correndo pela sala do diretor.

Corri tão apavorado que tropecei no primeiro degrau da escada cai com a cara no chão! Eu monitor? Eu monitor chefe? Isso é a pior coisa do mundo. Acho que vou me jogar da torre da astronomia! Prefiro tudo a ter que ser monitor.

- Sente-se senhor Potter. Temos mais castigos para o senhor. Como ser monitor é um privilégio e não um castigo... – começou Mcgonagall.

É um privilégio para esses nerds que não tem o que fazer. Como vai ficar a minha fama de bagunceiro? Vou morrer!

-...O senhor infelizmente não poderá participar do primeiro jogo de quadribol dessa temporada!
- O que? – perguntamos, Lily, Sirius e eu juntos.
- Mas ele é o apanhador. Sem apanhador vamos perder! – disse o Sirius revoltado.
- Eu sei, mas o senhor Potter aprontou muito. – respondeu Mcgonagall chateada.

Ela não deve ter gostado de perder o jogo, mas teve que aceitar. O pior... Eu prefiro perder todos os jogos de quadribol o resto da vida do que ser monitor!

Imaginem o cara mais popular, mais bagunceiro e maroto da escola sendo um monitor! Alguém faça o favor de lançar uma Avada Kedavra em mim!

- Isso é injustiça! Ele que apronta e eu que levo castigo? Recuso-me a ser monitora ao lado do Potter.
- Eu não... Espera aí... A ruivinha vai ter que ficar do meu lado muito tempo... – eu comecei já deixando o desespero e começando a sorrir.
- Começou a pensar! – disse o Remo.

E lá foi ele estragar tudo!

Eu percebendo que teria que fingir que não gostei da detenção continuei meu show. Mas já estava feliz... Ia ficar o tempo todo do lado da ruiva. Ela ia ter que admitir que me ama!

- Não quero ser monitor! Tudo menos isso! – eu gritava já ajoelhado nos pés da vice-diretora.
- O que está feito está feito. Quem sabe assim vocês param de aprontar... – disse a megera.

Depois saímos todos da sala do diretor, cada um pensando na sua detenção. Até a Lily estava chateada! E eu estava triste, afinal ser monitor vai acabar com a minha vida social, mas em compensação vai me deixar perto do meu lírio! Essa noite eu dormi feliz!



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Finalmente o capitulo foi postado \o\,desculpem a demora =D

Espero que vocês gostem do cap. \o\

Bju

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