Dênis Creevey e a Lula-Gigante

Dênis Creevey e a Lula-Gigante



n/a: Eu amooooo esse capítulo.....é muito fofinho! POdem achar desnecesário e idiota, mas pra mim ele é tudo de bom, afinal, uma das coisas que eu mais gosto de fazer é tornar personagens quase, ou totalmente, secundários em personagens importantes para a história. Espero que gostem de ler esse capítulo tanto quanto eu gostei de escrever!



Capítulo 13 – Denis Creevey e a Lula Gigante



- Agora que já estou aqui, eu vou ver. E o que tem aqui? – ela olhou para o lago.

- Aquilo. – ele apontou para algo escondido atrás de uma grande árvore.

- Não é um ângulo muito bom, não é?

- Vá procurar outro se quiser. Aqui é o mais seguro para não ser visto. – ela resolveu ficar por ali com ele. Pôde ver um dos braços da Lula para fora da água. Pegava em alguma coisa....alguma coisa não! Alguém! Um toco de gente!

- Malfoy! Senhor! Ela vai comer um aluno! – Gina gritou por cochichos.

- Cale a Boca Weasley! Não fale asneiras. Já não é a primeira vez que eles se encontram...

- Eles....? Eles quem? – ela perguntou sem entender.

- Quem mais? O pequeno Creevey e a Lula Gigante. Outro dia a lula o salvou de Crabbe e Goyle. Também o ouvi falando para McGonagall se podia levar a Lula-Gigante no baile.

- Uau....- disse de boca aberta. - ....um romance inesperado.....- os dois ficaram olhando enquanto a Lula e o Denis Creevey navegavam lentamente pelo lago. – mais alguém sabe disso, Malfoy?

- Acho que não. As pessoas têm mais o que fazer. Não perdem seu tempo olhando para o lago.

Gina percebeu que não estava sendo fácil aquele ano para Malfoy: perdeu todos os seus amigos e sempre andava solitário por Hogwarts. Mas mesmo assim ele enfrentava tudo de cabeça erguida. Depois de muito tempo olhando Denis e a Lula os dois resolveram entrar. Jogaram xadrez de bruxo ( finalmente algo que só Gina ganha!), conversaram sobre os alunos que odiavam e os professores chatos, enfrentaram Pirraça ( que queria jogar bexigas de tinta neles, mas com um feitiço, amarraram sua “calda” no lustre!), visitaram a estufa (onde viram Neville e a professora Sprout conversando animadamente), descobriram novas passagens, se meteram na vida dos outros, jogaram Snap explosivo, até que começou a chover e cada um foi para um lado, porque já se cansaram bastante.

Até que tinha sido bem divertido. Malfoy tinha mudado completamente. Gina decidiu se tornar amigável e andar bastante com ele, para ele não ficar solitário. Nem que Hogwarts inteira discordasse, mas ninguém merecia ficar sozinho durante todo um ano. Ela sabia como era. Em seu primeiro ano só tinha o maldito diário para conversar.

Quando chegou saltitando e cantarolando no Retrato da Mulher Gorda, esta se espantou.

- Como pode estar tão feliz? – ela perguntou espantada.

- Musgo escocês. Mas o que houve senhora?

- Não ficou sabendo? – disse a Mulher Gorda enquanto abria a passagem para a sala comunal da grifinória.

- Do que?


**********



Foi bem divertido aquele sábado. Diferente de muitos anteriores. Foi exatamente como Draco queria que fosse, exceto por uma coisa. Ele não conseguiu falar aquilo que era para ser dito para a Weasley. Havia se esquecido. Não tinha problema, falaria no dia seguinte. Nem um dia a mais, nem um dia a menos.

Subiu para a torre da Sonserina, onde ninguém lhe cumprimentou (qual a novidade?). Tomou um banho demorado. Leu um pouco do livro de poções na sala Comunal. Já era quase nove horas. Ele foi para o dormitório e se trocou. Ficou fazendo umas lições acumuladas quando Idílio entrou afobado no dormitório.

- Malfoy, Malfoy, Malfoy! – ele disse quase desesperado.

- Mas o que que é agora Idílio? – falou Draco, começando a se irritar.

- Tem uma menina lá fora querendo falar com você!

- Ora, então é isso? – ele virou-se para o pergaminho novamente. – Diga a ela que não quero falar com ninguém.

- Ela preveu a sua atitude e mandou dizer que é a Weasley.

- Uhm......- ele pensou um pouco. – mande-a embora.

- Ela também preveu isso e mandou dizer que é importantíssimo e pessoal. E urgente também.

-Bem.....- ele pensou mais um pouco. – Eu falo com ela amanhã. Agora saia daqui Idílio. – ele disse, abanando as mãos como se espantasse uma mosca incomoda.

- Isso ela não preveu, mas ela estava se segurando muito para não chorar. – Malfoy resolveu não esperar até o dia seguinte. Levantou da cama, colocou seu roupão e saiu para vê-la. Estava realmente no limite de chorar. Usava também um roupão rosa claro.

- O que é agora Weasley?

- Denis Creevey.

- O que tem ele?

- Não voltou para o castelo. – Draco espantou-se. E se o garoto ainda estivesse com a Lula-Gigante? – ninguém o viu desde àquela hora Malfoy...

- Não deve ter acontecido na....

- E se a Lula-Gigante comeu ele? Ela não é muito amigável...

- Não diga asneiras! Os dois se amavam!

- Mas é a natureza dela. – ficaram por um tempo pensando, em silencio. Um silencio triste e pesado de culpa. – Se nós tivéssemos impedido isso antes.....- ela já estava chorando.

- Agora já foi. Eu vou procurar lá fora se faz tanta questão. – Ele saiu em direção aos jardins. Weasley o seguiu.

- Eu não pedi para que fizesse isso! – ela gritou. Quase não foi ouvida, o barulho da chuva era muito alto. – Volte Malfoy!

- Agora eu vou. Accio KIRARA. – ele gritou e a vassoura chegou em suas mãos. Já subia, mas a Weasley segurou a cauda da KIRARA e ele não pôde decolar.

- Eu vou com você. – ela gritou.

- Não! Vai ficar resfriada. Você é muito fraca! – ele gritou para ser ouvido.

- Não sou fraca! Eu o meti nisso! Eu vou com você! – ela pulou na vassoura antes que ele pudesse discordar. Weasley armou uma barreira sobre a cabeça dos dois para proteger da chuva. – espero que nós o encontremos.

- O encontraremos. – ele afirmou.

- Como tem tanta certeza?

- Nem que precise da noite toda. Você me fez sentir responsável por ele, agora tenho que encontrá-lo.

- Certo! O encontraremos então.

Atravessaram o lago todo por cima e nada encontraram. Nem sinal da Lula e nem do Creevey. Buscaram também por cima da floresta proibida e nada do garoto. Desceram da vassoura. Procuraram por entre o mato, gritaram seu nome (apesar de que com a chuva ninguém ouviria...).

- Senhor! Será que aconteceu alguma coisa? – desesperou-se Weasley. – e se a Lula tiver realmente feito mal a ele?

- Mal eu não acho, mas...- disse Malfoy tendo uma idéia. – Venha. – eles subiram na vassoura até acima do lago. Ele desceu um pouco e dava para encostar os pés na água. Ele mergulhou com tudo a cabeça na água do lago (que não estava fria) e olhou. Nenhum peixe, nenhum sereiano. Estranho. Ele levantou a cabeça e avisou. – Fique aí Weasley. Cuide da KIRARA. – falou enquanto tirava o roupão e o jogava em Weasley.

- O que? O que você vai....- ele não ouviu o resto. Fez uma magia de bolha de ar e mergulhou na água.

Nadou até o fundo. Procurou entre as pedras e cavernas algum sinal do Creevey ou da Lula. Nada. De dentro de portas enfeitadas por corais saíram alguns sereianos estranhando a presença de um humano, principalmente em um dia chuvoso como aquele.

- Vocês viram um menininho? – ele gritou. Inutilmente porque sereianos não entendem língua de humanos e vice-versa. Não conseguiram uma comunicação por fala. Um sereiano com um mastro pareceu pedir para que Draco o seguisse. E foi o que ele fez. Eles tiveram que parar inúmeras vezes até que Draco conseguisse alcançá-los. Pararam em frente a uma caverna profunda. O sereiano com o mastro indicou uma placa. Havia algo escrito, algo que Draco não entendeu, mas o desenho da placa foi bem claro: era lá que vivia a Lula-Gigante. Ele fez um OK como sinal de agradecimento e adentrou a caverna. Quanto mais fundo ele ia, mais claro ficava. Até que chegou onde queria. Um enorme espaço bem organizado. Em um canto ficavam algas e peixes mortos, os alimentos da Lula. No outro um espaço que parecia ser onde ela dormia. Tinha uma escadaria bem no centro do enorme espaço. Ele subiu e no andar de cima encontrou a Lula conversando com Denis Creevey animadamente. Este usava uma bolha de ar também.

Quando a Lula o viu já partiu para cima. Soltou aquela tinta preta que Draco desviou rapidamente.

- Vambora Creevey! – ele gritou para o menino.

- Eu não quero ir embora com você! – ele gritou teimoso. – vim morar aqui com a Lula. – ele apontou para uma bolsa.

- Mas está todo mundo preocupado!

- Diga que estou bem. E você nem gosta de mim! Espante ele Lula. – esta jogou mais um jato de tinta e tentou dar patadas no coitado do Draco.

- Eu não ligo pra você mesmo! Mas a Weasley tá tendo um ataque cardíaco lá fora, de tanta preocupação. Pelo menos vá conversar com ela. Mostrar que está bem.

Depois de muitos jatos de tinta, muitas tentaculadas, muito papo, Draco convenceu o teimoso a ver a Weasley. Subiram na Lula e chegaram a superfície. A garota olhava para a água fixamente esperando a volta dos dois. Quando os avistou na superfície um pouco longe, voou com a KIRARA e, com os olhos cheios de lágrimas pulou e deu um abraço forte em Draco.



- IDIOTA! Me deixou preocupada! – ele sentia as lágrimas quentes dela escorrerem para sua pele misturadas com a água da chuva que ficava cada vez mais fina.

- Ora, você se preocupa muito fácil. – disse ele muito vermelho, quase pegando fogo. – Pode me soltar agora. – ela soltou rápido, muito vermelha. – Eis o garoto. – Draco apontou para o Creevey.

- Denis! – ela disse abraçando-o. – como você pode fazer isso? Você some e não avisa ninguém.

- Eu só vim até aqui para dizer que vou morar com a Lula-Gigante.

A menina teve um troço. Petrificou-se ou coisa parecida.

- Você está louco? Você tem escola, família. Vai largar tudo?

- A lula é mais legal que qualquer um aqui.

- Você pirou? Não é uma questão de ser legal ou não. É responsabilidade. Não é tão fácil como você acha. Não é “eu quero isso” e “eu tenho isso”.

- Mas eu gosto da lula. Ela é minha única amiga.

- Se fosse assim...Hermione é minha única amiga, só por isso eu vou passar a viver na casa del
a.
- Calma, não é como se eu fosse parar de estudar....

- É sim! Nada de morar no lago. Você não é feito para isso. Pode vir visitar a Lula se quiser, mas nada de ir morar com ela.

- Mas....

Depois de muito tempo de discussões finalmente o pirralhinho foi convencido a se retirar do lago, coisa que os sereianos pareceram aprovar, pois o do mastro subiu a superfície e fez uma referência a Draco. Enfim, os três subiram na vassoura e rumaram até o castelo, encharcados. Entraram no castelo. Já era mais de uma hora da madrugada e nenhum aluno estava na cama (exceto os sonserinos). Estavam todos procurando o Creevey. Quando alguns o viram, logo formou-se uma aglomeração no corredor. Colin Creevey veio correndo até o irmão.

- Denis! Onde você estava? – disse conjurando uma toalha e secando o irmão.

Antes que este pudesse responder, McGonagall chegou e abriu caminho por entre os alunos e se postou em frente a Draco, Weasley e os Creevey.

- Muito bem senhorzinho. – disse brava, furiosa na verdade, mas aliviada. – onde esteve? – Ele olhou para Draco e Weasley e depois para McGonagall.

- Eu cai no lago e fiquei preso em uma alga. Esses dois foram me salvar. – ele apontou para o casal encharcado.

- Vocês saíram nessa chuva? – eles olharam para baixo. – ora... onde esta escola vai parar desse jeito? – disse mais para ela do que para eles. - O que posso fazer?

- Pode ser na biblioteca McGonagall? – disse timidamente a Weasley.

- O que na biblioteca?

- A detenção – ela completou.

- Que detenção o que? Apesar de terem infringido a regra de sair de noite do castelo, vocês salvaram um aluno. 50 pontos para cada um. Agora venha senhor Creevey, preciso conversar com você. – disse pegando o garoto e puxando-o em direção a sua sala. Quando viu a fila de alunos que a seguia disse. – a sós. A situação já está sob controle. Direto para as suas camas!

Enquanto os alunos iam para o dormitório e o corredor ia ficando vazio, Draco e Weasley continuaram petrificados no mesmo lugar.

- Cin-cinqüenta pontos....- guaguejou Weasley.

- Cinqüenta pontos. – ele repetiu.

Silêncio. Aos poucos os dois escorregaram para o chão.

- Foi bem difícil convencer ele a voltar. Se todos souberem da verdade será bem complicada a situação dele. – começou Weasley.

- Ninguém saberá. – ele completou. Silencio. – mas que ele era teimoso era! Mandou a lula me atacar.

- Quase tão teimoso quanto você.

- Você que é teimosa! Além do mais A.... A...Atchim!

- Viu como você é fraco! Já ficou resfriado! Atchim! – ela também espirrou.

- Eu tenho direito, eu entrei no lago. Você não, ficou só morgando na superfície!

- Deveria ter te largado lá. – ela conjurou uma toalha e começou a se secar.

- E eu deveria ter te derrubado da vassoura. – disse ele se secando também, com uma toalha conjurada.

Pararam de discutir enquanto se secavam superficialmente.

- E por que chamou a mim? – ele perguntou baixo.

- Como? – ela não entendeu.

- Para salvar o Creevey. Por que não chamou o Potter ou alguém assim?

- Por que você sabia do segredo do Denis. Não seria legal contá-lo para as outras pessoas.

- Não era um segredo.

- Mas não seria bom para a vida social dele se descobrissem que ele era apaixonado pela Lula-Gigante.

- A vida do garoto estava em jogo Weasley. Quem ia se importar com romances infantis numa hora daquelas?

- Eu me importei, oras. Agora já foi também.

- Não foi uma resposta descente.

Ela pensou por um tempo e depois disse em tom normal.

- Eu te chamei porque sabia que iria pegar um resfriado. E talvez com sorte você morra.

- Sei....- ele fingiu acreditar.

Ficaram mais um tempo calados e pensativos, até que McGonagall saiu de sua sala e os viu ali encostados na parede.

- Mas o que ainda fazem aqui? Querem perder os pontos que dei é? Direto pra cama! – ela berrou levantando eles com um puxão.

Draco, sem mais palavras, foi para a torre da Sonserina, vazia e escura. Tomou outro banho e deitou na cama do dormitório escuro e silencioso.



**********


Junto com Gina, Denis Creevey foi para a Grifinória também.

- Obrigado. – ele disse enquanto caminhavam.

- Pelo o que?

- Por ter se preocupado. Ninguém tem tempo para se preocupar comigo a não ser a Lula.

- Claro que tem gente que se preocupa. Se não ninguém iria procurá-lo, como fizeram. Estavam te buscando por toda Hogwarts, menos nos jardins encharcados.

- Que nada. Só queria uma desculpa para estar fora da cama.

- Eu que queria gente que se preocupasse comigo como se preocupam com você.

- Mas você tem. Tem o Rony...

- Só pensa na Hermione e vice-versa.

- ....o Harry...

- ...só pensa na Cho Chang.

- ...o Colin...

- ....envolvido com uma garota..

- ....o Neville....

-.....Mimbulus Mimbletonia....

- ....o Malfoy....

- ....preocupado demais com a própria vida para reparar nos outros.

- Não é. Ele me obrigou a subir para não te deixar preocupada.

- Hoje ele estava doente.

- Eu ainda acho que ele se preocupa.

- Pois fique achando errado então.

Silencio. Só os passos ecoando pelo corredor e o forte barulho da chuva lá fora.

- McGonagall sabia que menti.

- Quando disse que ficou preso nas algas?

- Sim. Ela me viu indo com a mochila para o lago. Ela sabia dos meus planos.

- Eu e Malfoy também. – ele olhou desconfiado. – Não tinha como não reparar! Estávamos bem em frente ao lago. Mas pode apostar que mais ninguém viu.

- McGonagall disse para não contar a ninguém, disse que não seria bom para mim. – “se deu mal, Malfoy! Falei que era melhor não contar a ninguém?”.

- Mas não pare de ver a Lula só por causa desse incidente. Só não vá sumir ou ficar na chuva.

Eles entraram na sala Comunal.

- Obrigado por tudo Gina. Boa noite. – e ele subiu para o dormitório masculino.

-...noite. – ela desejou desmoronando em uma poltrona frente a lareira e se aquecendo um pouco. Depois subiu para o dormitório, tomou uma ducha quente e desmaiou de cansaço na sua cama.


N/A: Espero que tenham gostado de ler tanto quanto eu gostei de escrever. Descupem por não ter postado as imagens ainda, prometo que as colocarei! E não esqueçam de comentar! Obrigada, tchau!

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