Detenção



n/a: esse é o capítulo mais cumprido e mais cansativo de todos, mas para entender o restante da história, ele será bastante útil.


Capítulo 10- Detenção



A noite passou tão rápido que Gina acordou ainda cansada na manhã do dia seguinte. Quando conseguiu abrir os olhos e enfrentar a luz, viu que o quarto estava vazio. Tomou seu banho matinal, colocou o uniforme, prendeu o cabelo em um alto rabo de cavalo e desceu para o Salão Comunal, também vazio. Passou pelo retrato da mulher Gorda e pelo caminho até o Salão Principal, encontrou vários alunos com arranhões e cortes enfaixados.

O dia anterior, que era para ter sido muito alegre, fora extremamente assustador e violento. Ao chegar no Salão não avistou Malfoy na mesa da Sonserina, então se pos a sentar com seus amigos. Rony e Mione, apesar do acontecimento do dia anterior, e não me refiro ao ataque, estavam como em todos os outros dias. Harry parecia preocupado, mas Gina nem perguntou o porquê da preocupação. Ela enfiou 3 torradas de uma vez na boca, e depois tomou um grande gole de suco de abóbora, e se encheu de bolos e tortas. Não tinha comido nada no dia que se passara e se encheu até não conseguir dar mais nenhum passo. O sinal para as aulas bateu e ela correu em direção a primeira aula do dia, Feitiços.

As aulas pareceram demorar mais para terminar do que em um dia normal, mas finalmente a hora do almoço tinha chegado! Quando entrou no Salão deu de cara com Colin Creevey, que saía apressado com um prato de comida equilibrado nas mãos.

- O que foi Colin? - ela perguntou, virando-se para ele.

- A Luna...- ele parou e respirou, para responder – acho que a comida da enfermaria não é tão gostosa, né? Vou levar para ela. – E saiu correndo novamente.

Gina entrou no Salão, que já estava bem mais animado do que pela manhã e almoçou ao lado de seu irmão Rony, de Mione e Harry. Rony se dirigiu a irmã:

- Ficou sabendo Gina? Da mais nova invenção de Fred e Jorge?

- Não. Qual?

- Eles não quiseram me contar..- disse desanimado – mas saberemos no Natal, está chegando não é?

- Rony, ainda faltam 3 meses....- disse Hermione.

- Como assim saberemos no Natal? – perguntou Gina, intrigada.

- Eles nos contaram que conversaram com Dumbledore e ele aceitou esse produto no natal.– disse Harry olhando para a mesa ao lado, a da Corvinal. – pessoal, eu vou andando. Vou visitar a Cho na enfermaria. – e levantando-se atravessou a porta do Salão e sumiu de vista.

- Nunca achei que Harry iria tão longe com a Cho...- disse Rony aos amigos logo após Harry sair.

- Ela é perfeita, Rony. Quem não se apaixonaria por ela? – disse Mione comendo seu frango.

- Eu nunca me apaixonei por ela...- ele disse.Os olhares dos dois se encontraram e eles ficaram tão vermelhos quanto uma pimenta. Gina abafou a risada e levantou-se da mesa. Hermione levantou-se também, com a desculpa que ia colar umas mensagens pelos murais da Escola. Rony logo arranjou outro grupo para conversar, e agora sobre Quadribol.

Ao passar pelo corredor da enfermaria, viu Harry conversando animadamente com Cho Chang. Doía tanto vê-los juntos. Uma almofada certeira acertou atrás da cabeça de Harry.

- Vão conversar em outro lugar, saco! Já é ruim o suficiente ter esta perna sangrando, e ainda tenho que agüentar namorico de Pottinho e Chang? A me poupe!

Quem mais seria? Gina entrou e fingiu nem ver Harry e já se direcionou a Malfoy que estava sentado na cama, com uma cara emburrada.

- Oi Malfoy, como está a perna aí? – Gina perguntou animada fingindo não ver que Harry olhava para ela.

- Como estava ontem...e eu tenho que ficar tomando aquele negócio ruim para não desidratar – e ele apontou para uma garrafa esverdeada na mesa de cabeceira.

- Mas isso é mau mesmo. Espero que você melhore logo....- e ela abaixou e cochichou no ouvido dele – para eu não ter que cumprir uma certa detenção sozinha.

- Provavelmente a poção já deve estar pronta, só não sei porque ainda não trouxeram para mim. – disse Malfoy. Enquanto eles conversavam, Madame Pomfrey apareceu, tirou a temperatura da Chang e deu alta para ela, que saiu da enfermaria abraçada com Harry. Depois de eles sumirem de vista, Malfoy cochichou para Gina:

- Tenho a impressão de que sou um participante de um joguinho de ciúmes seu, Weasley. – Gina refletiu um pouco e percebeu que, mesmo sem perceber, estava fazendo um “jogo de ciúmes” para o Harry.

- É...talvez, mas não era minha intenção...foi, quase como, automático.

- Comigo isso nunca funcionou, mas com o Potter talvez funcione, já que ele é tão vulnerável. Bom, agora que ele já foi, pode ir também.

- Mas...ah! Se não quer a minha presença, vou mesmo! Tchau, vai...

- Ei! – ele gritou para ela, que estava quase fora da enfermaria – quanto a detenção.. não se preocupe, que eu vou aparecer.

- Como se eu estivesse preocupada. Só não quero ter que fazer tudo sozinha. – ela sorriu travessa e saiu da enfermaria indo em direção a sala da aula de poções.

Ela estava vazia exceto pelo professor Severo Snape, que estava em frente a um caldeirão. Gina sentou-se em uma das carteiras, e abriu o livro de poções, esperando a aula começar. Snape olhou espantado para a garota e disse, naquela voz de desprezo:

- Perdeu o relógio Weasley? Está adiantada 15 minutos...

- Não, professor, estou aqui porque quero perguntar se a poção para Draco Malfoy já está pronta.

- O que? – perguntou ainda espantado – Quem te mandou aqui?

- Vim por conta própria. – ela disse educadamente.

- Creio que Draco não necessite da ajuda de nenhum grifinório.

- Mesmo ele não precisando, eu quero ajudar professor.

- ....- e ele se virou para o caldeirão e ficou um tempo em silêncio, pensando, depois falou – essa é a poção para Draco. Mas está faltando um ingrediente que só se encontra no oriente. Já mandei uma coruja ir buscá-lo.

- Só por curiosidade.... poderia me dizer que ingrediente é esse?

- Não vai fazer diferença nenhuma você saber ou não saber.

- Por favor...- ela disse com uma carinha de “tenha piedade de mim”.

- Pó de folha seca de Mimbulus Mimbletonia , uma planta extremamente venenosa se não manejada com jeito. Em falta, recentemente, nas estufas da escola – ele disse friamente. “Mimbulus Mimbletonia, Mimbulus Mimbletonia....onde já tinha ouvido esse nome? Ah é! Neville! Aquela planta que ele carrega para todo lugar!”

- Professor. Se eu trouxesse as folhas desta planta, o senhor transformaria em pó?

- Está me subestimando? Claro que transformaria.

- Então espere um instante. – e saiu correndo da sala em busca de Neville e sua planta. Ao encontrá-lo, por sorte estava com a planta no braço. Gina pediu algumas folhas secas e Neville tirou-as com um cuidado especial e entregou-as. Ela ouviu o sinal e correu para as masmorras. Chegou arfando. Todos os alunos já estavam na sala e a olhavam. O professor foi até ela e apontou discretamente para seu próprio bolso, enquanto dava um sermão pelo atraso. Ela, também discretamente, curvou-se para se desculpar e colocou as folhas no bolso do professor.

- ... por isso sou obrigado a retirar Dez pontos da Grifinória, agora sente-se Weasley – disse Snape antes de voltar para frente da lousa.

Ao fim da última aula do dia, Transfiguração, Gina ia saindo da sala quando McGonagall a segurou.

- Não está esquecendo alguma coisa?

- É...bem...estou. – disse Gina derrotada. – vou apenas colocar meu material na Torre da Grifinória e vou direto para a biblioteca.

Pouco tempo depois Gina já estava em frente a mesa de Madame Pince, esperando as instruções. Essa abaixou os óculos, e olhou a garota.

- Ué? McGonagall me informou que dois alunos viriam cumprir detenções hoje, onde está o outro?

- Na enfermaria.

- Ah... entendo quem não está na enfermaria depois deste passeio a Hogsmeade, não é minha querida? – Madame Pince a levou até os fundos da biblioteca, numa área que Gina nunca teve a curiosidade de visitar. A biblioteca era tão grande que ela nunca tinha chegado a visitar aquela parte. – Bem, como pode ver, essa seção está bem suja e mal organizada. Acredite, ninguém coloca nenhum livro no lugar depois que lê aqui em Hogwarts. Acho que já entendeu o que tem que fazer não é? – ela perguntou, estendendo a mão agora com um pano e produtos de limpeza trouxas – sem varinha, está bem? Isso é um castigo. Agora ao trabalho. – e a Madame Pince voltou para a frente da biblioteca, onde ficava a recepção.

Gina tirou o pesado casaco de Hogwarts e empilhou os livros da primeira prateleira no chão, para poder limpá-la. Ao passar o pano na estante cheia de pó, pôde ver palavras limpas aparecendo “Seres mágicos”. Dos livros empilhados no chão, ela repôs apenas os que falavam sobre animais mágicos. A primeira prateleira estava brilhando, de tão limpa e organizada. Dava até orgulho olhar. Mas ela tinha cansado mais do que Gina esperava que ela cansaria. Foi para a segunda prateleira (N/A:estou contando de baixo para cima), tirou os livros, limpou a prateleira, limpou cada um dos livros e colocou o de criaturas mágicas na primeira prateleira e o de “Peixes Trouxas” na segunda, conforme a placa indicava.

Já estava no fim da quinta prateleira e faltavam 15 minutos para ela sair do meio daquele monte de pó. Malfoy não havia chegado, o que enfureceu Gina, mas depois ela parou para pensar como estava sendo egoísta e esqueceu de se embravecer com ele. Gina pediu a Madame Pince uma escada, pois ela não alcançava de maneira nenhuma a sexta prateleira. Voltou para o seu canto, arrumou a escada, subiu, empilhou os livros nos braços para colocá-los no chão, mas não conseguiu descer. Desequilibrou-se, soltou os livros,mas quando sentiu seu corpo cair, não o sentiu bater no chão. Na verdade caiu em alguma coisa macia e tudo que ouviu foi o baque dos livros. Com o susto Gina fechou os olhos. Demorou para abrir, demorou para sacar que não estava machucada. No que é que ela tinha caído? Abriu os olhos. A pergunta foi reformulada: Em quem é que ela tinha caído? Draco Malfoy, só para variar de vez em quando.

- Fico impressionado com a sua fraqueza, Weasley, será que é tão difícil descer de uma escadinha de nada? – ele disse enquanto ela se levantava.

- Do que está falando? Eu fiz todo o trabalho por aqui sozinha, ouviu? – e ela apontou para a meia prateleira feita.

- Só isso? Em quase duas horas? É a prova que precisava para mostrar como você é fraca. Ou lerda, tanto faz.

- Mas eu trabalhei duro! Organizei os livros até por ordem alfabética! – Gina protestava.

- E daí? Eu teria ido muito mais rápido fazendo estas mesmas coisas.

- Duvido...

- Quer apostar? – ele estendeu a mão num tom de desafio.

- Aposto sim! Eu vou fazer o mesmo trabalho bem mais rápido que você.

- E quando você perder terá de fazer o que eu quiser.

- Caham. Corrigindo: Quando VOCÊ perder terá de fazer o que EU quiser.

- Veremos, veremos.

- Psiu! – Madame Pince disse por detrás das estantes. – isso é uma biblioteca. Terminem logo isso aí.

- Desculpe Madame Pince. – disse Gina em sussurros e depois virou-se para Malfoy – a aposta começa amanhã. Hoje vamos apenas terminar essa estante.

Depois de todas as dez prateleiras prontas, eles foram liberados de seu primeiro dia de detenção para irem direto para o Salão Principal, para jantarem. Gina sentou-se a mesa da Grifinória ao lado de seus amigos.

- Nossa Gina! O que houve para você estar tão cansada? – perguntou Hermione.

- Primeiro dia de detenção....

- Uau...tem mais de um? – Rony perguntou espantado. – Quando eu e Harry viemos de carro voador eu tive que limpar as taças do colégio. Nada demais.

- E eu tive que responder as cartas dos fãs do Lockhart. Era uma tortura, mas exageraram desta vez.

- Que injusto! – protestou Hermione – Não foi nada tão grave assim. Porque o seu castigo é maior que o deles?

- Porque ele é o Harry Potter e ele o melhor amigo de Harry Potter. E eu...- Gina suspirou – sou apenas uma irmã do melhor amigo de Harry Potter.

- Não podem fazer isso! Quem foi que deu esse castigo para você..?

- E para Draco Malfoy. Foi a professora McGonagall.

- Eu jamais esperaria isso da Professora McGonagall, esperem aí que eu vou falar com ela. – Hermione levantou mas Gina a segurou.

- Não é necessário Mione. Agora eu já comecei. E eu ainda posso ganhar muita coisa com isso.

- Gina, pense bem – disse Rony – você terá que passar a tarde toda com Draco Malfoy.

- Bom, eu não acho tão ruim assim....

- Não acha tão ruim?! – gritaram em coro Rony e Harry

- Por Merlin! Malfoy pode estar melhorando meninos! – disse Hermione.

- Mione, nós somos homens. Nós entendemos os homens.

- Isto é, se Malfoy for um homem mesmo...

- Bom Gina, eu acho que foi injusta a sua detenção e devem ter direitos iguais neste colégio. Acho que seria certo irmos falar com McGonagall.- Hermione disse, naquele tom maternal de sempre.

- Não esquente Mione. Acho importante limpar a biblioteca de vez em quando.

- Bom, tudo bem. Se você quer, eu não vou impedir....- desistiu Mione.

- Você está louca Gina... – disse Harry – Ajudar a biblioteca até vai, mas com o Malfoy....

Neste instante Colin apareceu equilibrando um prato de sopa e outro de sobremesa nas mãos e convidou os amigos para visitarem Luna. Eles aceitaram e todos caminharam em direção a enfermaria, que estava bem mais vazia do que da última vez. Encontraram, jogada em uma cadeira, uma Madame Pomfrey cansada e exausta.

- Boa noite, Madame Pomfrey – cumprimentou Hermione.

- Boa noite!? – a enfermeira, sorrindo, levantou-se de um salto – Então já é hora de dormir? Então boa noite crianças...- e se encaminhou cambaleando para os fundos da enfermaria, onde ficava o seu quarto.

- Olá Luna! – disse Colin animado, estendendo os pratos e talheres para a amiga.

- Olá amigos! – Luna cumprimentou alegremente. – Como têm passado?

- Quem se importa? Como você está Luna? – disse Colin.

- Bem! Na verdade, perfeitamente bem! Mas a Madame Pomfrey disse que não vai me liberar até a minha caixa craniana estar completamente reformada.

- Você sabe quem foi que te atingiu, Luna? – perguntou docemente Hermione.

- Pouco antes de eu desmaiar, vi uma mulher de cabelos azuis vestida de preto.

- Provavelmente foi a mesma que atacou Malfoy. – disse Hermione.

- Ei, eu conheço ela! – disse Rony e todos o olharam espantados – é a mãe de Pansy Parkinson. Eu a vi durante as férias, lá no Ministério da Magia. Ela é muito antipática...

- Já era de se esperar...- disse Gina.

- Não importa mais, não é? Luna está viva, é o que importa. – disse Colin.

- Mas ela poderia estar bem pior...- disse Harry.

- A professora de adivinhação mandou dizer a você que ela preveu seu ferimento, só que não deu para te avisar antes. – Gina mudou de assunto, para o clima não ficar frio.

- Uau....! Como ela consegue? Minha tia disse que eu ia rachar a cabeça este ano, mas não imaginei que fosse tão cedo! – disse Luna, com aquela mesma cara alucinada de sempre.

- Vocês acreditam nessas coisas de adivinhação? Mas que grande idiotice...- protestou Hermione.

- É a mais fácil de todas as outras matérias extras, Mione. – disse Harry.

- Vamos parar de falar disso antes que a Hermione comece um discurso de como adivinhação é inútil. – disse Rony enquanto recebia um olhar de censura de Hermione.

- Eu e Rony precisamos ir, Luna....Marcamos uma partida de Snap Explosivo com Lino Jordan e Simas Finnigan lá no jardim. Melhoras Luna.

- Eu vou com eles Luna. Você quer algum livro? Eu posso te trazer amanhã. – perguntou Hermione.

- Quero ler “O livro das Fadas Prensadas de Lady Cottington”.

- Que bom Luna. Este livro é muito bonito, fico feliz que escolha tal obra para ler.

- Pode deixar que eu pego, Luna – disse Gina sorrindo – amanhã eu vou ter que ir na biblioteca mesmo.

- Então tá Luna! Até amanhã! – dizendo isso Hermione e os dois garotos saíram da enfermaria.

- Adeus Luna. Te vejo amanhã também. – E Gina saiu para as torres da Grifinória.

Mas, no caminho, encontrou aquela sacada onde sempre se encontrava com Malfoy, mas ele não estava lá hoje. Ela parou por uns minutos e ficou observando os amigos jogando Snap Explosivo nos jardins. As suas costas, Gina ouviu o andar desengonçado de Neville se aproximar e virou-se para cumprimentá-lo. Ele segurava a sua Mimbulus Mimbletonia, que estava quase tão grande quanto ele.

- Indo para a Grifinória? – Gina perguntou.

- Sim, você também? – ela assentiu com a cabeça

- Vamos então!

Todos os alunos da Grifinória presentes na Sala Comunal olhavam o mural de avisos, onde se lia em um papel azulado e com uma letra caprichada a seguinte mensagem:



Caros Alunos.



A Escola Durmsttrang irá visitar-nos no final deste mês e comemorará conosco a Festa de dia das Bruxas
.
Vale lembrar que, sempre que uma escola vem nos visitar há um baile para comemorar a sua vinda. Este ano ele virá junto da festa de dia das bruxas.

Pedimos desculpas francas por não termos avisado logo no começo do ano, afinal, decidimos apenas no mês passado. Então se apressem em arranjar seus trajes.

Mais uma vez pedimos desculpas pela tardia do aviso.

Obrigada pela atenção.



Atenciosamente,

Administração


Após ler o recado, Gina viu muitos alunos escrevendo cartas e descendo até o corujal. Ela e Neville sentaram-se em um sofá vazio (ocupado apenas por bichento) e escreveram suas cartas.

- Vovó não vai gostar. Ela odeia coisas em cima da hora. – disse Neville desanimado.

- Não se preocupe Neville, não está tão em cima da hora.Faltam três semanas ainda. – Gina tentou reanimá-lo.

Eles entregaram as cartas para um aluno do segundo ano, que levaria as cartas até o corujal, e Gina subiu para o dormitório feminino, onde tomou banho e se deitou quando o relógio bateu nove horas.


**********


Finalmente pôde dormir na cama descente do dormitório Masculino, com todos os luxos que ele merecia! Sua perna não doía mais e também já parara de sangrar. Ao chegar ao dormitório, logo depois da janta, encheu a banheira e fez questão de bastante espuma. Era noite de comemorar: sua perna boa, e uma Weasley como empregada logo no final da semana, afinal, ganharia todas as apostas.

Antes de entrar no banho, leu o mural de avisos. Ele odiava Durmsttrang, se achavam melhores do que todos só porque eram estrangeiros. Ele tinha até pensado em convidar a Weasley, mas era ridículo. “Eu não vou a esse baile, é perda de tempo”, “Vai com a Ruivinha, vai Draco!” a vozinha desaparecida resolveu aparecer. “Ah não... some daqui sua coisinha chata, me deixe comemorar em paz!”, “Comemorar sozinho? Esquece isso! Vai com ela Draco!”, “Na frente de toda Hogwarts? Aí mesmo que a Pansy mata nós dois!” , “E se ela convidasse?”, “Talvez, provavelmente não. Não fique sonhando. Vai dormir vai!”. E a vozinha foi mesmo, porque não deu sinal de vida pelo resto da noite.

Após o relaxante banho, Draco vestiu seu pijama, comeu alguns biscoitos, que sempre ficavam na escrivaninha do quarto e deitou-se. Demorou a dormir, mas quando o sono chegou, veio junto com um sonho, que a vozinha com certeza adorou assistir: Parecia um daqueles filmes românticos onde Draco era o Príncipe, Weasley a Princesa e Inimigo era o Potter, quase como Romeu e Julieta.

De manhã, Draco nem se recordava do sonho, olhou o despertador, que não tocou e viu que marcavam nove horas! Estava atrasado. “Como essa merda dá problema do nada?”, perguntou-se enquanto vestia-se e escovava o cabelo ao mesmo tempo. Desceu as escadas e nem comeu nada, foi direto para a Aula de Trato de Criaturas Mágicas, onde o grandalhão Hagrid nem tirou pontos pelo seu atraso, mas também não lhe desejou bom dia. O gigante disse que ia pegar um animal e se aprofundou na floresta. Um grupo de sonserinos ria em um canto.

- Atrasado, não é, Draco? Por acaso o seu despertador parou misteriosamente? – disse um garoto loiro com cara de joelho.

- Foi você! Seu verme! Eu te mato! – Draco já ia avançar, mas Pansy Parkinson o segurou tão fortemente que ele nem conseguiu respirar.

- Pare Draco! Não ligue para eles! – ela disse. Depois se voltou para os sonserinos – ele acabou de sair da ala hospitalar! Vocês não tem coração?

- Eu não preciso do coração de ninguém Parkinson. Mesmo com uma aula a menos, eu sei que passo de ano, ao contrário de vocês!

- Chega! Chega! Prestem atenção aqui! – Gritou Hagrid para os alunos quando veio do fundo da floresta. Depois disso, não ouve mais discussões.

O almoço e as aulas seguintes passaram demoradamente, mas finalmente chegou a hora de ganhar uma aposta. Ele correu para a biblioteca. Weasley ainda não tinha chegado.

- Não quer esperá-la? – perguntou Madame Pince.

- Não é necessário. Diga, o que exatamente tenho que fazer.

- Limpe as estantes das alas 78 e 79, lá no fundo. Amanhã eu dou mais serviço.

Ele correu com o material de limpeza e começou. Poucos minutos depois, ouviu a Weasley.

- O malfoy já chegou, Madame Pince?

- Sim, ele já começou.

- Ah não! – e ela correu até os fundos da biblioteca, onde ele estava – isso não vale Malfoy! Você chegou antes!

- Não há regras Weasley! Se demorar mais, eu vou ganhar! Quer dizer, eu vou ganhar de qualquer jeito, mesmo!

- Não vai! Eu não vou deixar! – e ela pegou o material de limpeza, pendurou o casaco na escada e começou a limpar a ala 79 enquanto ele limpava a 78.

- Quem acabar primeiro a ala, ganha!- gritou Malfoy.

- Certo! – gritou Gina.

- Silencio vocês dois! Quantas vezes vou ter que repetir que aqu...

- ..i é uma biblioteca, nós já sabemos, desculpe Madame Pince...- repetiu Weasley.




Quase inacreditavelmente, na verdade, inacreditavelmente, eles terminaram juntos as alas, e o mais incrível foi o tempo que demoraram, apenas 20 minutos, e cada seção não era pequena mesmo.

- Eu ganhei....você começou antes. – disse Weasley arfando.

- Nada a ver...meus livros eram mais do que os seus....- disse ele suado.

- Isso também não conta...

- Mas quantas vezes vou ter que falar...- Madame Pince se aproximava e quando chegou, ficou de boca aberta.- não é possível, vocês usaram as varinhas não é? Como...como..? Foram só vinte minutinhos.

- Então...seremos dispensados? – Draco disse esperançoso.

- Claro que não senhor Malfoy, limparão a seção 77...

- Pode ser a 77 e a 76? – Weasley perguntou.

- Querem mais trabalho? Tudo bem e...só por garantia, passem as varinhas. – e eles entregaram. Ela voltou para a frente da biblioteca.

- Um...dois...três e já! – Gritou Draco e começou a tirar os livros para pô-los em um lugar mais limpo. Nem prestou atenção no que Weasley fazia. Queria realmente ganhar a aposta. Não podia aceitar perder para ela. Seria uma vergonha.

Livros de seções anteriores ele também colocava nas seções correspondentes. Sentia que o tempo corria.

- Odeio esses alunos bagunceiros. Por que eles não colocam os livros no lugar certo? – reclamou Draco.

- A partir de hoje colocarei os livros no lugar certo, para que as próximas pessoas em detenção não sofram tanto.

- Eu não. Eu sofri. E agüentei. Terão de agüentar também.

- Como você é mau, Malfoy.

Depois de 25 minutos Draco tinha terminado, já para a Weasley faltava uma prateleira apenas.

- Iha! Ganhei! Agora eu mando em você!

- Droga! Mas ainda tem quarta, quinta e sexta-feira. Eu ainda posso ganhar!

- Já era! Eu sempre vou ganhar de você!

- Não é não! – e ela desceu da escada.

- É incrível! – disse Madame Pince aparecendo por detrás das estantes. – Tudo está brilhando...e está por ordem alfabética, não vejo uma falha....é impossível. – ela começou a olhar entre as estantes.

- O que foi Madame Pince? – perguntou Weasley, educadamente.

- Vocês estão me enganando. Deve ter mais gente ajudando vocês. Varinhas escondidas ou....

- Mas que mulher mais desconfiada! Estamos sendo honestos! – protestou Draco.

- Mas agora eu vou ficar assistindo. Limpem a seção 75. – e ela puxou uma cadeira e ficou assistindo.

Desta vez trabalharam juntos, afinal faltava pouco tempo, e foi mais rápido do que esperado.Em dez minutos, dez míseros minutos eles deixaram as estantes brilhando. Madame Pince estava com o queixo nos pés.

- Que tal ficarem de detenção mais vezes! – ela sorriu, mas percebeu que a piada não tinha graça quando olhou a cara dos dois alunos. – por hoje está ótimo. Estão dispensados.

No corredor, os dois conversavam.

- Vejamos...o que eu vou mandar você fazer para mim?Um banquete é uma boa idéia...ou vou mandar você dar uma volta em volta do lago da Lula Gigante? Ah, são tantas opções....

- Quando chegar a minha vez, você vai sofrer nas minhas mãos Malfoy...

-Entenda Weasley...nunca chegará a sua vez. Eu vou ganhar durante o resto da semana.

- É incrível...como você se acha...

- Eu sou o melhor, tenho que me achar mesmo!

- Que ridículo. Vou te provar que você não é o melhor...tchau...até amanhã.

- Até perdedora!

- Grrr!Você só venceu uma vez! Não fique se gabando! – e ela virou o corredor batendo forte os pés ao caminhar. Ele seguiu o mesmo caminho que ela – Hei! Por que está me seguindo?

- Eu preciso jantar também, sabia?

- Venha mais tarde.

- Os incomodados que se retirem.

- Mas eu estou com fome.

- Então venha. – ele entrou no Salão Principal e se direcionou a mesa da Sonserina. Logo que sentou, Pansy Parkinson sentou-se ao lado dele alegremente.

- Olá Draco! Como foi seu dia? – ela disse sorrindo.

- Nada de mais Parkinson...

- Me chame de Pansy por favor.

E ela ficou o tempo todo do jantar sentada ao lado dele, fazendo perguntas e comentários.

- Já vou indo, Pansy...- ele se levantou.

- Mas você comeu muito pouco! Vamos, coma mais um pouco de sopa!

- Muito obrigado Pansy, mas não precisa mesmo. Eu vou para a torre da Sonserina.

- Ah! Eu vou com você! – ela levantou do banco.

- Mas, você não terminou nem seu primeiro prato, acho melhor ficar. – sugeriu Draco.

- Se você acha, então eu vou ficar. – o que? Pansy Parkinson aceitando palpites? Bem, é melhor não reclamar.

- Te vejo lá em cima

- Espere. Tome. As tarefas que os professores mandaram fazer.

– ele se despediu e subiu para a Sonserina. Alguns quintanistas faziam as tarefas na Sala Comunal, outros se aqueciam no fogo da lareira, tinha os que jogavam xadrez de bruxo e Crabbe e Goyle estavam sentados a duas poltronas a um canto, provavelmente competindo para ver quem babava menos. Ainda eram sete horas e ele estava entediado. Desceu ao terceiro andar por uma passagem secreta e foi até a tradicional sacada, junto com seus livros e lá começou a fazer seus deveres.

- Ora, ora...olha quem eu encontrei aqui...- era a Weasley pelas suas costas.

- Olá minha escrava. – disse ele sorrindo malvadamente.

- Que escrava o que? Com licença, deixe-me sentar.

Ela ficou olhando a paisagem enquanto ele fazia os deveres. Mas não estava conseguindo se concentrar. Aquele cheiro de jasmim lhe invadia as narinas, fazendo ele ter delírios. Só fingia estudar, para mostrar que não fazia diferença ela estar ou não ali. Mas ela começou a falar para ele, ainda olhando para a lua.

- Sabe Malfoy.....

-Uhn? – ele fingiu ler.

- Já....arranjou um par para o baile?

- ....- ele fingiu não se espantar “ela vai pedir! Ela vai pedir!” gritava a vozinha – não...

- uhn.....- silencio. – eu também não...

“Pede!Pede!”implorava a vozinha. Mas ela não pediu. Levantou-se, desejou boa noite e foi embora.

Draco conseguiu terminar os deveres depois disso. E antes até do toque de recolher. Ao entrar na torre da Sonserina, Pansy Parkinson veio e lhe ofereceu biscoitos caseiros de maisena. Ele comeu alguns e depois subiu para o dormitório masculino. Pouco tempo depois já estava dormindo.


********


Gina acordou, se arrumou e desceu para o café. Não estava muito bem humorada porque havia perdido do Malfoy, e este fazia questão de esfregar isso na sua cara. Mas o que houve depois do café, fez o humor de Gina mudar totalmente.

No Salão Comunal avistou Rony e Mione e foi se sentar junto deles.

- Ué? Cadê o Harry? – perguntou Gina.

- Conversando com a Cho não sei aonde...- disse Rony.- Posso ser franco? Não gosto muito dessa menina. Ela não sabe perder.

- Quem tem que gostar é o Harry, e não você. – disse Mione

- Mas ela roubou o Harry de nós. Ele quase não anda com a gente.

- Ora, que crianção! Desde que ele esteja feliz eu não me importo.

- Ué? Isso não é bom para vocês dois? Que o Harry não esteja por perto para não atrapalhar o andamento do casal? – Logo quando Gina percebeu o que tinha dito, pegou um punhado de torradas e saiu correndo do Salão Comunal antes que os dois evaporassem, de tão quente e vermelhos que estavam. Ela não queria ter dito aquilo. Ela só tinha pensado. Mas agora já tinha ido mesmo, não dá pra voltar atrás. Aproveitou o sol da manhã e sentou naquela mesma sacada de sempre e tomou o seu café da manhã. Ouviu passos e viu Harry atravessando o corredor. Parecia super hiper mega furioso. Mesmo assim ela levantou-se e o cumprimentou.

- Olá Harry. Quer uma torrada? – ela ofereceu.

- O que está fazendo aí sozinha? – ele perguntou, simpático.

- Está sol aqui. Por que não se senta também. O Rony e a Mione devem estar meio bravos comigo e....

- Vou ficar por aqui, obrigado Gina.

- Por nada. Se não for te incomodar, posso perguntar o que estava fazendo?

- Nada de importante, acredite.

Era a chance dela. Ia pedir para ele ir ao baile com ela. Mas, será que não seria errado? Todo mundo sabia que ele estava com a Cho e que provavelmente iria com ela ao baile. Esquece. Era melhor nem perguntar, Gina só iria se machucar mais....

- Gina? – Harry disse olhando para o céu azul.

- Sim, Harry? – ela disse educadamente mas desanimada por dentro.

- Quer ir ao baile comigo?

- O que? – Será que ela tinha escutado direito? Não. Não podia ser. Ele só queria mais uma torrada. Tinha que ser. – Tome. – e ela estendeu a torrada.

- Ah? Obrigado. – e ele mordeu a torrada – mas você não respondeu se quer ir ao baile comigo.

- Como? – ela tinha escutado de novo a mesma coisa. Seu fanatismo pelo Harry estava subindo tanto a cabeça dela que estava ouvindo coisas.

- Eu sei que escutou. Responda logo. Quer ir ao baile comigo?

-...- era aquilo mesmo. E ela, em vez de responder, lhe deu uma torrada. Como se sentia idiota. Seu rosto estava tão quente que ela tinha até medo de se olhar no espelho, se tivesse um. Estava até sem palavras. Esforçou-se e disse sorrindo – Sim. Claro que sim Harry.

- Que bom! Então.... até! – e ele levantou e foi ao Salão Principal.

“Eu vou com Harry ao baile do fim deste mês!”. Demorou para ela digerir essa informação. Quando finalmente absorveu cada palavra foi cantarolando de alegria pegar o material e depois ir para a aula. Estava tão feliz que não conseguia nem estudar direito. Errou os feitiços na aula de Feitiços, trocou os ingredientes na aula de poções, transformou em uma colher o ratinho a sua frente (quando era para ter transformado em uma taça) na aula de transfiguração, mas, e daí? O importante é que ela ia com Harry ao baile! Ela nem ligou quando Malfoy a chamou de escrava. Sabe por que ela não ligou? Porque o Harry ia ao baile com ela! (N/A:¬.¬ ninguém merece...)

As aulas seguintes passaram em branco para Gina. Porque vocês já sabem. Gina andava saltitando pelo corredor e cantarolando.

- Weasley! – era Malfoy. Ela levou um susto. – Vou ganhar de novo hoje, é obvio!

- Pode ganhar, eu não ligo...- ela disse sorrindo.

- Você vai ser minha escrava para o resto da vida assim!

- Tudo bem...- ela estava meio que em transe.

- Ah Weasley... assim não tem graça! É pra você ficar irritada...

- Ah? Malfoy! Eu nem tinha te visto! – e passou o braço pela cabeça dele. Olhou para os lados e cochichou no ouvido dele – posso te contar uma coisa, Malfoy?

- Você deve estar doente Weasley. Comeu algo estragado hoje?

- Venha cá.- ela o puxou até a biblioteca. Madame Pince, quando os viu, se dirigiu até eles.

- Estão um pouco atrasados. Hoje vocês limparão....- e antes que ela terminasse a frase, Gina começou a gritar e dançar com Malfoy

- Eu vou ao baile com Harry! Eu vou ao baile com Harry! Eu vou ao baile com Harry! Tralalilalá!

- Senhorita Weasley! Aqui é uma biblioteca, não pode gritar assim!

- Claro que posso! Não tem ninguém aqui mesmo!

- Chega Weasley! Quem se importa que você vai ao baile com o Potter? Ninguém! Nós temos que competir pra você se tornar minha escrava, venha! E vê se coloca o cérebro para funcionar!

- Mas o Harry vai comigo ao baile! Você sabia? – ela estava totalmente fora de si. Sentiu uma baldada de água fria encharcá-la e finalmente voltou ao estado normal.

- Aleluia! Achei que seu cérebro estava danificado permanentemente, mas....- dizia Malfoy antes de Gina dar-lhe um soco no meio do estomago.- Ai!Eu te salvei! Não devia ter me socado, seu monstro.

- Não precisava ter me molhado!

- Parem vocês dois! Vão cumprir suas detenções e calados !- gritou Madame Pince tão alto, que eles não tiveram nem coragem de se defender. – Alas 74 e 73. Já!!!

Eles correram para as suas específicas alas com seus materiais de limpeza.

- Pronta para perder, Weasley? – cochichou Malfoy.

- Eu não...mas você está! ..1,2,3....Já! – ela sussurrou e eles começaram a limpeza.

Gina encontrou o livro que havia prometido para Luna e o separou. Ambos deram tudo de si para vencer. E quem levou a melhor dessa vez foi Gina.

- Você deve ter roubado! – protestava Malfoy.

- Em um jogo sem regras, não tem como roubar!

- Eu não posso ter perdido pra você!

-“Entenda Weasley...nunca chegará a sua vez. Eu vou ganhar durante o resto da semana.” – ela fez uma careta ao imitá-lo – Blé! – e mostrou a língua.

- Ora, ora. Há muitas estantes por aqui. Ainda vou vencer muito. Além do mais, eu te dei uma chance porque achei que você ainda estava em transe!

- Parem de discutir! – gritou Madame Pince. – Limpem as seções 72 e 71. Eu sou a juíza dessa bagaça aí! – ela puxou uma cadeira e conjurou um apito. – Prrrrriiiiiiiii! Começou!

- Mas, Madame Pince, você não disse que não podia fazer barulho na biblioteca? – perguntou Gina, educadamente.

- Quem liga! Não tem ninguém aqui mesmo!

Eles começaram o segundo “round” do dia. Gina estava se impressionando com a sua própria velocidade. Deixou cair uma pequena pilha de livros o que lhe atrasou e levou Malfoy a vitória.

- Aha! Viu? Você não pode comigo!

- Eu teria ganhado se não fosse aquela pilha de livros!

- Não os culpe pela sua lerdeza.

- Chega de papo! Ala 70 para o senhor Malfoy e 69 para senhorita Weasley!1, 2, 3 e comecem! – Gritou Madame Pince, toda alegre.

Enquanto limpavam e organizavam, os dois competidores conversavam:

- O que você acha melhor Madame Pince? Que Malfoy vá buscar um vaso de flor pra mim...... lá da Casa dos gritos, de noite... ou que vá buscar uma flor para mim.....lá na Floresta Proibida, de noite? – dizia Gina, com a maior normalidade.

- Estou em dúvida entre mandar ela pular em um poço cheio de espinhos afiados ou em um poço com fogo ardente. Ou talvez trancá-la em uma masmorra sem comida e sem água durante anos.

- Eu podia mandar ele pintar o cabelo de rosa e dizer para Hogwarts inteira que ele é gay, o que acha Madame Pince? Acho que seria satisfatório.

- Eu podia te mandar dar um beijo no Crabbe. O que acha? Ou no Goyle!

- Eu podia te mandar morar com a Lula Gigante. Ou melhor, eu podia te dar de jantar para a Lula Gigante..

- Chega, seus masoquistas! – disse Madame Pince, observando o andamento da “prova” - Senhor Malfoy ganhou.

- Yes!!!! Uhu!!! Não disse? Não disse? Eu sabia que ia ganhar todas as outras provas.

- Sorte – disse Gina, emburrada.

- Temos mais 20 minutos. – informou Madame Pince.

- Tudo isso? – Protestou Malfoy.

- Chegaram atrasados, então acrescentei mais dez minutos. Alas 68 e 67! Começando..... Prrriiiiiiiiii! – apitou Madame Pince e a guerra recomeçou.

- Já era! Esta rodada é minha! – gritou Gina. Ela retirou os livros de todas as prateleiras, limpou-as com uma velocidade inacreditável, limpou cada livro e colocou-o em seu determinado lugar, de acordo com a ordem alfabética. Foi tão rápido que, quando terminou, Malfoy ainda estava na antepenúltima estante.

- Dois a dois Malfoy! Veremos como será amanhã!

- Veremos.

- É, veremos amanhã, agora vão embora que eu preciso descansar. – Madame Pince ia empurrando eles pelas costas.

- Posso pegar esse livro? – perguntou Gina, mostrando o livro das fadas para a bibliotecária.

- Sim, sim, pode deixar que eu registro, agora, Tchau. – e com um “BLAM” ela fechou a porta nas costas deles.

- O que deu nela? – perguntou Gina.

- Sei lá.... dor de barriga...- ele disse sorrindo travesso.

- Coitada Malfoy.... você está com fome?

- Não... você está?

- Não.... vamos dar uma volta?

Eles foram conversando no caminho sobre o provável motivo de terem sido expulsos da biblioteca, voltaram ao assunto de “como torturar o inimigo através de uma aposta”, e chegaram novamente ao assunto do baile.

- Sabe Malfoy, se o Harry não tivesse me convidado, eu iria com você, sabia?

- Não sei se eu aceitaria. Toda Hogwarts estaria vendo. Não seria bom para a nossa reputação.

- Eu não acho a reputação muito importante. Sabe qual é o seu problema Malfoy, a opinião dos outros é mais importante para você do que a sua própria. Não se importe tanto com o que as pessoas pensam.

- Que lindo... está dando uma lição de moral em mim, é?

- Se quiser entender assim....

- Vou jantar Weasley. A gente se vê amanhã para a próxima batalha na biblioteca.

- Para mais uma derrota sua, você quer dizer?

- Ah, tchau.

- Não, espere! Também vou jantar!

Depois do jantar Gina andou lentamente até o retrato da mulher gorda, tomou uma ducha e desmoronou sobre a cama, de tão cansada que estava.

Sonhou com um lindo baile, onde havia vários casais dançando felizes, mas um par se destacava. Por acaso este era formado por Gina e Harry. A música era alegre e as risadas eram muito gostosas de se ouvir. Agora que sabia o seu par, Gina mal podia esperar pelo baile.


********


Mais um dia, mais uma batalha. Draco não se importava com o resto do dia, desde que chegasse logo a sessão detenção. Ele sabia que não era para ele estar gostando, mas estava com a Weasley na palma da mão. Logo que saiu do quarto, Pansy estava estacionada na porta, esperando ele sair.

- Tome os seus biscoitos matinais, Draco.- ela disse sorrindo.

- Mas o que há, Pansy? Há menos de quatro dias, você não suportava me olhar, e agora vem cheia de agrados e biscoitos?

- Não é nada, Draco. Só que eu percebi que eu realmente estava sendo grudenta e ciumenta quando estávamos namorando. Estou me desculpando.

- Está desculpada.

- Mas ainda posso fazer biscoitos pra você?

- Faça como quiser, só acho que é perda de tempo. – dizendo isso, desceu as escadas em direção ao Salão Principal. Pansy o seguiu.

- Draco! – ela disse enquanto se aproximava.

- O que é agora? – ele virou-se de saco cheio.

- Você – ela olhou no rosto do sonserino – está bravo comigo?

-...- ele suspirou. Desta vez ela não estava fazendo nada demais, seria errado ficar furioso – não Pansy, não há motivos para eu estar bravo com você.

- Então você iria ao baile comigo? – ela pediu docemente.

- É....- não era exatamente a companhia que ele esperava, mas pelo menos era uma companhia - ... provavelmente... não te prometo nada – ele acrescentou ao ver o rosto dela se iluminar – mas é muito provável.

- Obrigada Draco! Prometo não ficar no seu pé! – e ela saltitou pelo corredor, até o garoto perdê-la de vista.

Ela realmente estava melhorando, Draco não podia reclamar. Só que não era quem ele esperava que fosse. “Eu sei quem é a pessoa que você esperava que fosse...” disse a vozinha, provavelmente sorrindo, “eu sei o que você vai falar, ‘blá,blá,blá..a ruivinha..nhé, nhé nhé..’, não enche, tá certo? Eu não esperava ninguém. É só que eu não esperava a Pansy” ele respondeu bravo.



Após o dia de aulas cansativas, chegou a hora da competição na biblioteca. Quando chegou, Weasley já estava lá, mas não estava arrumando estantes e prateleiras. Parecia esperar pelas instruções de Madame Pince. Esta, quando Draco entrou, levantou-se animada da cadeira e pegou dois pergaminhos.

- Ora...Finalmente nosso outro jogador chegou. Fique aqui – e ela empurrou-o de modo a ficar alinhado com a Weasley – Ontem de noite preparei uma prova especial para vocês, algo que a biblioteca precisava fazer, mas me faltava tempo. Tomem. – ela estendeu um pergaminho para cada um. Draco pegou o dele, e uma lista extensa de nome de alunos seguido por nome de livros se abriu. Enquanto o garoto observava sua lista e a da Weasley, Madame Pince colocava dois “botões” na gola de suas camisas. – isto – e apontou para os botões – é para ver se vocês não vão roubar, pular nomes, não recolher livros, usar magia, etc.

- E o que temos que fazer? – perguntou a garota.

- Há alunos em Hogwarts que pegam livros e não devolvem a biblioteca. A missão de vocês é recolher esses livros dos alunos que não devolveram. Selecionei nomes para cada um de vocês, de um modo justo, é claro.

- Mas olha o tamanho desta lista! Jamais terminaremos hoje.- protestou Weasley.

- Pra quem arruma alas da biblioteca em quinze minutos, tudo é possível. Quando eu apitar, vocês começam...

-Espere! – gritou Draco – e se o aluno estiver dentro da torre da sua casa?

- Mande alguém ir chamá-lo – disse madame Pince como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

- Mas os alunos de Hogwarts me odeiam! Não vão querer falar comigo!

- Quem mandou ter sido antipático. Agora arque com as conseqüências.... um, dois e... Prrrrrrrriiiiiiiii!!!!!!!!

Os dois correram loucamente, cada um em uma direção. O primeiro da lista do sonserino era Justino Finch-Fletchey. Como ele ia achar esse cara? Hogwarts era gigantesca. Avistou um lufa-lufo, perguntou:

- Você sabe onde o Justino Finch-Fltchey está?

O lufa-lufo olhou com uma cara de desprezo.

- Não vou deixar você atazaná-lo.

- Não é nada disso, seu idiota! A Madame Pince pediu para recolhermos os livros atrasados, chame ele, rápido!

- Mas que estress.... mas se é para a Madame Pince,já volto – e atravessou o corredor. Em dois ou três minutos voltou com Justino, que segurava o livro atrasado.

- Tome Malfoy – e ele entregou o livro-.... diga para a Madame Pince que eu realmente não... - ele dizia, mas Draco não esperou, correu para o próximo nome, um tal de Teo Boot, corvinal. Correu pela escola a procura do aluno e, no caminho, encontrou outros três da sua lista, que pegaram os livros e o entregaram. Foi difícil, mas encontrou Teo na porta do banheiro masculino e explicou, o mais rapidamente que pôde, o motivo de querer o livro. O garoto estava sossegado, foi caminhando lentamente até a torre da corvinal.

- Não dá pra ir mais rápido, não? – pedia desesperado Draco.

- Não tenha pressa... pego em um instante. - mas para Draco, um instante era uma eternidade.

- Te encontro depois, fique do lado da escada que leva ao segundo andar quando pegar o livro. – e saiu correndo para o próximo da lista. Era Crabbe. E Draco nem sabia que ele lia. Passou por umas passagens e entrou correndo. Os alunos a volta se calaram. Ele pronunciou-se em voz alta para que todos os presentes o ouvissem.

- Atenção. A Madame Pince pede de volta os seguintes títulos dos seguintes alunos. – e começou a dizer o nome de todos os alunos sonserinos e os livros que desejava. Vários alunos entraram no dormitório, pegaram os livros e entregaram com má vontade a Draco. Mas Crabbe continuou sentado, conversando com Goyle. – Vamos Crabbe, você também. – como se ele tivesse acordado de um transe, o brutamontes levantou-se e pegou o livro debaixo de um monte de pergaminho e o jogou para Draco, que o pegou e saiu correndo da sala.

Passou-se mais de duas horas e a extensa lista ainda não tinha terminado. De vez em quando avistava a Weasley correndo de um lado para o outro, tropeçando nos próprios pés.

Muitas pessoas entregavam o livro rapidamente, como se houvesse perigo segurá-lo depois da data vencida. Outros pareciam nunca terem devolvido um livro desde seu primeiro ano em Hogwarts, porque a pilha era tão alta, que foi preciso deixá-los na biblioteca e depois continuar a busca. Faltava apenas o lerdo Teo Boot, que ainda não havia chegado no lugar marcado. Quando o viu, bem no fundo do corredor, Draco correu e arrancou o livro da mão dele. Vendo toda a lista preenchida, correu para a biblioteca, onde competiu com a Weasley para ver quem chegava mais rápido. Bateram na mesa juntos e começaram a velha e tradicional discussão de quem ganhou. Por detrás das estantes, surgiu Madame Pince.

- Pelo que posso ver, perece empate.

- Pois viu errado! Eu cheguei primeiro! – protestou Draco.

- Está enganado senhor Malfoy, senhorita Weasley passou primeiro por aquela porta e encostou dois milésimos antes do senhor na mesa. Não foi empate, como eu havia dito antes – Weasley mostrou a língua para o loiro e começou a rodopiar de alegria. Madame Pince prosseguiu. – porém, o trato era quem pegar todos os livros primeiro, e não chegar primeiro a biblioteca. E por apenas três míseros segundos o senhor Malfoy ganhou esta competição.

Um sorriso se instalou no rosto do jovem e ele ficou irritando Weasley por isso.

- Aviso a vocês, que como trabalharam uma hora a mais hoje, amanhã não haverá detenção.

- De jeito nenhum Madame Pince! Tenho que pagar pelos meus erros de estudante! – protestou Weasley, e Draco concordou. – além disso, terei chance de recuperar meus pontos perdidos. Porque o placar está 4 a 2 para Malfoy.

- Tem certeza? Sabem que trabalharam muito bem essa semana, já é o suficiente.

- Nós insistimos, Madame Pince. Se liberar os alunos assim, eles nunca aprenderão a lição.

- Bom, se vocês querem, fiquem a vontade. O problema é de vocês mesmo. – e ela os tirou da biblioteca. O estômago dos dois roncou alto. Encaminharam-se para o Salão Comunal, para jantar.



***********



No dia seguinte foi como todas as outras sextas-feiras. Pelo menos o dia escolar. Na hora do almoço, Gina não viu Harry. Após ele ter convidado ela, eles nem se falaram direito. Ela perguntou a Mione, que disse ter visto ele com a Cho Chang.

Depois da rotina, Gina se encaminhava para a biblioteca, quando viu Harry.

- Olá.

- Olá Gina....- silencio. Ele parecia querer dizer alguma coisa, mas também parecia não querer dizer o que ele tinha que dizer. – é...

Nesse momento Malfoy passou correndo.

- Vou chegar antes de você, Lesma Weasley!!!! – e correu para a biblioteca. Ela não admitia perder mais uma vez para Malfoy então despediu-se e correu.

- Mas é importante! – Harry gritou.

- Desculpe Harry. Terá de esperar. É minha liberdade que está em jogo aqui. – dizendo isso, sumiu da vista de Harry e chegou pouco depois de Malfoy na biblioteca.

- Nunca vi alunos tão pontuais para uma detenção. – disse Madame Pince, se aproximando.

- É o último dia, temos que dar o melhor de nós. – explicou Malfoy.

- Pois bem, hoje terão que levar estes livros – e ela puxou uma cortina, que por trás via-se uma imensa muralha de livros. – para os alunos e professores a quem eles pertencem. Tomem a lista, o botão. Não usem magia e boa sorte.

A explicação foi realmente mais rápida que das outras vezes. O apito soou quando os dois já estavam preparados e Gina começou a sua entrega. O primeiro da lista era Hagrid, infelizmente, porque seus livros eram os piores. Os mais pesados e perigosos. Pegou-os com segurança, acariciou o “Livro Monstruoso dos Montros” para que este aquietasse e correu para a cabana do amigo gigante. Através de passagens, chegou rapidamente e bateu na imensa porta. O grandalhão abriu.

- Ola Gina! Como vai? Não quer entrar e tomar um chá?

- Me desculpe Hagrid, hoje realmente não dá. Mandaram-me entregar estes livros para você.

- Ora. Muito obrigado, mas eu não preciso deles agora e...

- Fique Hagrid, por favor. Eu tenho que ir. – e saiu antes que o amigo a interrompesse. Voltou a biblioteca e pegou mais livros e, em uma velocidade surpreendente, levou-os até o professor Flitwick , de feitiços. Não deu nem justificativas, colocou os livros sobre a mesa e partiu.

A tarefa não era fácil, o vai-e-volta da biblioteca era a parte mais irritante. Mas bem que ela gostou quando atravessou o corredor e Malfoy veio todo metido mostrando a lista, que faltava apenas 6 nomes. E ela, mas feliz ainda, mostrou os dois nomes que faltavam na sua lista e ficou observando a cara de apavorado de Malfoy por algum tempo, antes deste sair correndo. Rapidamente ela entregou os livros a Professora McGonagall e mais rápido ainda a Madame Pomfrey que dormia na cadeira. Voltou calmamente para a biblioteca, onde avistou um Malfoy mal-humorado.

- Agora ela chegou, Madame Pince! Pode dizer que fui eu quem ganhou.

- Se os dois estão presentes, então não há problema algum. O resultado já era esperado desde a quarta entrega, onde já se via uma grande diferença de tarefas.

- Não queremos saber isso, queremos saber quem ganhou!

- Mas que desespero, está com medo de ter perdido pra mim, Malfoy?

- Não é nada disso, é claro que você não ganhou!

- É aí que se engana senhor Malfoy. A senhorita Weasley ganhou com cinco minutos de vantagem, o que, na língua de vocês, significa muitíssimo tempo.

- Uhu!!! Viu?- Gina comemorou.

- Mas eu acabei ganhando mesmo. Está quatro a três para mim!

- Como fizeram o trabalho em pouco tempo, sobraram 20 minutos. – disse Madame Pince.

- Não dá tempo de fazer nada em 20 minutos – contestou Malfoy.

- Estou vendo alguém com medo de perder de mim? – provocou Gina.

- Não estou com medo. Estou com pena de você, porque vai perder feio para mim.

- Então aceitam a prova da estante? – eles assentiram com a cabeça. – então certo. Alas 66 e 65.... – nem esperaram o apito, muito menos o final da frase. Pegaram os produtos de limpeza trouxas da mesa de Madame Pince e num piscar de olhos já estavam limpando as estantes.

Não foi uma batalha fácil, Gina olhava de esguelha e parecia ver Malfoy na frente, então apressava o serviço. O outro parecia fazer o mesmo, mas a qualidade de nenhum baixava. Os livros eram limpos com perfeição, a organização estava mais que perfeita. Gina limpou tudo em 25 minutos e trinta e três segundos, de acordo com o cronômetro de Madame Pince. Terminou três segundos antes de Malfoy que parecia tão bravo, que podia matar alguém.

- Concedo a vocês...- disse Madame Pince abrindo a porta -...liberdade!

Os dois saíram conversando sobre torturas e Malfoy não parecia mais tão bravo com a derrota, que na verdade foi um empate.

Enquanto caminhavam até o Salão Principal, onde hoje Padma, Parvati e Lilá fariam uma apresentação de dança trouxa, Gina avistou Harry, que insistiu em conversar com ela antes do jantar.

- Pode ficar Weasley, eu vou para o jantar. – disse Malfoy. Mas pelo que Gina conhecia desse moleque ele com certeza ia espionar.

- Bem Gina, - começou Harry quando Malfoy sumiu de vista pelo corredor. Gina já estava prevendo suas palavras. – quando te convidei para ir ao baile, eu e a Cho estávamos brigados. Eu fiquei com tanta raiva dela que a provoquei convidando você para ir ao baile comigo. Nestes últimos dias eu e ela...- claro que era o que Gina imaginou que fosse. Então ela o interrompeu e segurou as lágrimas de um jeito inacreditável.

- .... está querendo dizer que não quer mais ir ao baile comigo e sim com a Cho Chang, não é? – ela resumiu.

- Bem, é... mas não porque você não seja legal. Gina, você é maravilhosa, mas é que a Cho....

- Eu entendo, Harry. Eu sei o que é amor. – ela segurou a fundo as lágrimas.

- Então.... tudo bem....? – ele perguntou tentando não machucá-la.

- Tudo, eu acho....- estava quase no seu limite, mas mesmo assim sorriu. Ela virou-se e ia começar a correr, mas bateu a cabeça nos ombros de Malfoy. – você não tinha ido jantar?- ela perguntou controlando ao máximo o choro.

- É que eu achei que você não ia conseguir cancelar com o Potter.

- Ãh? – perguntaram Gina e Harry.

- É isso mesmo Potter. A Wea...Gina estava com medo de pedir para não ir no baile com você e você não aceitar. Mas ainda bem que você mesmo fez isso.

- Como assim? Ainda não entendi Malfoy.- disse confuso Harry.

Gina entendeu o plano, mas não sabia porque Malfoy a estava ajudando.

- Sabe o que é Harry, eu não queria ir ao baile com você, eu queria ir com o M....Ma...Drac...Draco. – difícil pronunciar depois que se acostuma.

- Mas você já deu conta de fazer isso com ela, então tá tudo perfeito, problema resolvido. Vamos indo..................... W...Gina? – ofereceu Malfoy.

- Certo. – e a garota pegou na mão que ele tinha oferecido.

Deixaram para trás um Harry confuso, seguiram pelo corredor e, ao chegarem em uma sacada, soltaram as mãos suadas.

- Por que fez isso Malfoy? – ela perguntou aquilo que ecoava na cabeça dela desde o começo do corredor.

- Ora, Weasley, não está agradecida? – ele perguntou corado. – apenas continuei o seu joguinho de ciúmes já começado. Ou preferia se rebaixar na frente do Potter? Por acaso não se sentiu ótima vendo aquela cara rejeitada dele?

- Acho que não era necessário. Já estou acostumada a sofrer.

- Você me disse que eu era a sua segunda opção, então eu mesmo me convidei.

- Sei lá. Uma Weasley e um Malfoy, na frente da escola inteira....

- Se não quer tanto ir ao baile comigo não vá, oras. – e ele se virou de volta ao castelo, mas foi segurado pela camisa por Gina.

- Não..... obrigada Malfoy. – ela disse sorrindo sinceramente. – Fico muito feliz que tenha deixado o orgulho de lado e se oferecido na frente do Harry para ir ao baile comigo.

- Quer me agradecer? – ele disse sorrindo maliciosamente.

- Eu devia saber que havia algum favor por trás. – ela reclamou.

- Que tal anular as apostas que te devo? – ele sugeriu.

- Estou vendo alguém com medo? Um Malfoy? Medo do que eu possa propor? Você fez aquilo por que quis e não porque eu mandei, agora arque com as conseqüências.

- Eu não tenho medo de nada. Só achei justo, eu te tirei de um fora.

- Eu não vou anular nada. Desista. – ela empinou o nariz.

- Ah, então tchau, chata....- e ele saiu da sacada para o castelo.



n/a: Aleluia!!!! Mas que capítulo mais chato esse, não? Mas eu gostei bastante do jeito da Madame Pince. O capítulo 11 será o mais esperado para os leitores romenticos e...competitivos! Chega! Já falei demais, como sempre. Talvez eu coloque ele ainda hoje e, quanto as imagens, peço para que minha amiga Tutimaru coloque-as para mim, porque o blogger se recusa a abrir... T-T

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