Encontro no Corujal



Capítulo 8 – Encontro no Corujal




Ao lado da sua cama, estava uma coruja branca, a tal de Bonny, pertencente a Malfoy. Não havia nenhuma carta em sua perna e não parecia ter vindo em missão nenhuma.

- Vá para o corujal, Bonny. Eu tenho que dormir. – mas a coruja não se moveu um centímetro sequer. Continuou olhando fixamente para Gina – Mas o que quer? – e é obvio que ela não respondeu. Gina foi até ela e lhe acariciou a cabeça. – Vamos Bonny, me dê uma dica –a ave arfou teatralmente. – nossa, está cansado? Mas só isso?– a coruja pareceu um pouco aborrecida – Me desculpe...mas, pode descansar um pouco, depois voe – e o bicho balançou freneticamente a cabeça – o que? Como assim? Não quer descansar? – Bonny pegou uma pedra ao canto da janela, colocou entre as asas e encenou alguém carregando alguma coisa. Gina pareceu ter entendido, mas não gostado.– Você não quer que eu te leve, quer? Mas que folga! – a coruja fez uma cara de “tenha piedade de mim” mas Gina não amoleceu – deixe de ser preguiçosa! Estou mais cansada que você. – e virou-se para a camisola esticada sobre a cama. A ave, frustada, começou a piar alto. Gina correu e tampou seu bico. – Tem gente dormindo aqui! Não pie desse jeito! – “Paro de piar se você me levar”, pela cara, era isso que a coruja queria dizer – Tudo bem, tudo bem, eu te levo. Eêe coruja teimosa, mas também, vindo do dono que vem, não tem como não ser.

Ao encostar a mão na maçaneta da porta, esta se abriu e Hermione entrou. Quando viu Gina de saída perguntou aonde ia, com aquele jeito maternal. Gina explicou sobre a coruja e que a levaria até o corujal. Hermione nem se ofereceu para ajudá-la, apenas disse “não se deixe controlar por uma coruja teimosa. Se ela estivesse machucada pelo menos, mas é pura preguiça. Se fosse você não iria”. Mas como Hermione não era Gina, a garota foi do mesmo jeito.

Ao chegar na Sala Comunal, viu Rony e Harry se dirigindo para os dormitórios. Quando a viram, logo perguntaram para onde iria, e Gina repetiu tudo que disse para Hermione.

- Mas é a coruja do Malfoy! – exclamou Rony.

- O bicho não tem culpa do dono que tem. – Gina defendeu Bonny.

- Mas que folgado você, hein? – Harry cutucou o bico da ave que, furiosa, mordeu forte a ponta do dedo de Harry, que deu um salto de dor – Larga isso Gina! Não é uma coruja, é um monstro – Gina pensou “ se é o Harry que ta mandando eu devia obedecer” e depois pensou um pouco mais “mas preciso provar que não dependo dos palpites de ninguém”, concluindo, ela resolveu ir do mesmo jeito, mesmo com três votos contra. Harry apenas disse “Já que vai, vê se vai rápido, porque já está na hora do toque de recolher e pegue a minha capa de invisibilidade, seria melhor com ela, não?”

- Eu vou com você, Gina! Não vou te deixar sozinha por Hogwarts com um monstro descolorado como este aí – e Rony apontou para Bonny que lhe deu uma mordida e piou alto.

- Silencio Bonny! Tem gente dormindo....- pediu Gina

- Bonny? Você sabe o nome disso?

- De qualquer forma Rony, ele não quer que você vá e se ela der um escândalo, você vai ver só..

- Vamos Rony, Gina dá conta disso sozinha, vamos dormir. – e Harry puxou um ruivo bravo escada acima.

- Boa noite – Gina desejou aos rapazes e, depois de cobrir-se com a capa da invisibilidade, passou pelo retrato da Mulher Gorda, em direção aos corredores.


********


“Vozinha chata, chata, chata! Quase que sou morto, sabia? Torcer para uma grifinória no meio do time da Sonserina? Ta maluca? Não pode!”, “ Mas você sobreviveu, não foi? Está reclamando do que? E quase ninguém ouviu...”, “ Pare com isso, ouviu bem? O corpo é meu, apenas EU o controlo”, “Eu não vou parar enquanto eu não quiser!”, “Então queira!”, mas a vozinha não respondeu, assim pondo um ponto final na discussão. Já deu para entender o que houve, não? A vozinha controlou Draco durante o jogo de Quadribol e torceu para a Grifinória e depois comemorou quando a Weasley pegou o pomo. Claro que desconfiavam que Draco gostava da chata da Weasley, depois de tudo que a vozinha tinha feito. Agora, mais do que nunca, Draco era o mais odiado aluno da escola.

Andava pelo corredor ao lado do jardim. Quando ia subir as escadas para as masmorras, sentiu uma coisa minúscula bater fortemente no seu pé. Olhou. Era aquela corujinha dos Weasley. Não estava mais alegre como da outra vez, estava tão aflita e desesperada que mal conseguia voar.

- Mas o que houve, sua coisa estranha, vá para o corujal, vá! – Ela parou e olhou para ele. Subiu uns metros e começou a rodar felizmente em torno da cabeça de Draco – O que está fazendo? Vá para o corujal, vá! – mas a coisinha pousou em seu ombro e fez uma pose familiar para Draco – não imite Bonny...nunca chegará aos pés dela e....- a coruja reagiu a palavra “Bonny” e começou a olhar para os lados – o Bonny? O quer dizer? Está procurando ele? – a coruja assentiu freneticamente – Ele não está no corujal? Deixe, ele deve estar voando por aí, não se preocupe coisinha, agora vá para o corujal – mas o bicho pousou em uma das mãos de Draco e de lá não quis sair – Vá para o corujal! Saia daí! Preciso ir para o dormitório! – mas ela continuou na mão dele – Quer que eu te leve? – a coruja pareceu sorrir de felicidade – mas eu não vou levar, preguiçosa! – mesmo assim, ela continuou na mão dele, esperando ser carregada até o corujal. – Sai daí! – ela não saiu, mesmo ele chacoalhando a mão – Tudo bem...você venceu, hoje eu levo, mas não se acostuma, sua coisa desproporcional.

Draco se encaminhou ao corujal e colocou a coisinha ao lado do ninho vazio de Bonny. Virou-se para voltar ao castelo antes que alguém o visse, mas bateu em algo transparente. A Weasley apareceu de repente. Ele pulou de susto e quase caiu em cima de varias corujas,logo entendeu que era uma capa da invisibilidade.



- O que faz aqui, sua delinqüente! Me deu um susto!- disse ele ofegando.

- Eu é que pergunto. O que está fazendo aqui se sua coruja está comigo? – e a garota estendeu a mão mostrando a coruja branca chamada Bonny. Estava segurando o riso – mas que susto, hein? Sou um monstro ou alguma coisa parecida?

- Há Há há... muito engraçado.....eu estava aqui porque estava procurando Bonny. – mentiu Draco.

- Cadê a carta?

- Que carta?

- Ué? Não veio buscar Bonny para mandar uma carta? – disse a garota enquanto colocava a coruja ao lado da coisinha, que pulava tão alegremente que dava náuseas.

- É...bem, eu apenas queria vê-la oras...

- Ah ta....- ela fingiu acreditar. – Bom, mesmo assim já está bem tarde, vou voltar para o castelo. Você vem?

- Sim, fazer o que? – ele fez cara de contrariado e seguiu-a em direção a porta, mas bateu bruscamente nas costas da menina. Ela havia parado, aterrorizada. – Que que foi? Parou por que Weasley? – Não precisou de resposta. Iluminado pela luz vinda do castelo, a silhueta de Filch parecia vir na direção dos dois.

- Por Merlin....vamos ser pegos Malfoy....- Disse a garota se escondendo dentro do corujal.

- Venha Weasley.... vamos sair pela porta dos fundos...- sussurrou Draco e pegou na mão dela, saindo de fininho do corujal e se escondendo no jardim escuro.

Ficaram lá durante muito tempo, pois Filch encanara que havia alunos fora da cama e demorou a sair daquela área. Quando o zelador afastou-se, eles correram o mais silenciosamente que puderam para os portões do castelo. Quando se encontraram livres do perigo, desmoronaram no chão, arfando de alívio.

- Essa foi por pouco Malfoy....achei que fosse ser pega e...

- Chiiuuu! – ele tampou a boca dela com as mãos e sussurrou – Ouça...- Podiam-se ouvir monitores conversando no corredor ao lado. Draco levantou-se silenciosamente e encaminhou-se para o corredor oposto à conversa. Weasley fez o mesmo. Fora do alcance das vozes, começaram a andar cautelosamente.

- Malfoy......Malfoy...? – a garota puxou a blusa dele de leve.

- O que é, Weasley? – Ele perguntou. Ela apontou. A frente de Draco se encontrava uma garota grande e com um brasão prata e azul escrito “monitor”. Ao lado dela, um garoto magricela, de cabelos loiros encaracolados, com os olhos levemente saltados, um nariz de gancho e uma cara de trasgo montanhês. Também usava um brasão igual ao da companheira e parecia muito bravo.

- Não adianta tentar fugir, venham, me sigam. Me desculpe por isso mas quem mandou estarem fora da cama? – disse o magrelo enquanto a Grandona conjurava algemas e prendia envolta do pulso dos dois.

- Calmaí...estão pegando pesado demais, nós só estávamos....- Draco tentou explicar.

- Não precisa nos dizer, Draco Malfoy – o loiro estranho o cortou – nós sabemos, é estranho e não há como fazer isso de dia. Grifinórios e Sonserinos jamais....

- O que? O que vocês estão pensando que eu e Malfoy fazíamos? Não está pensando que estávamos namorando, por que se estiver....- Weasley estava furiosamente corada e muito contrariada também

- Mas não era isso? Só encontramos alunos namorando depois do horário e principalmente pra vocês, isso é importante, não poderiam em outro horário, alguém podia ver vocês.

- Cale a boca seu ridículo. Eu odeio a Weasley! Não é culpa minha se ela me seguiu até o corujal...- Draco se defendeu.

- Não estava te seguindo Malfoy. Alguém veio voando até a janela do meu dormitório e, preguiçosa e irritante como o dono, me obrigou a levá-lo até o corujal.

- Bom, não importa mais....os dois estavam fora da cama e isso é contra as regras – disse a brutamontes.

- Mas eu sou monitor! – argumentou Draco. – Eu posso ficar acordado rondando a escola.

- Brasão? – pediu a menina ao loiro.

- Eu não preciso sair com ele hoje, nem é dia da minha ronda.

- Esse foi o seu erro. – complementou o loiro do olho torto. – se não é a sua ronda, não pode estar fora da cama.

- Mas...- ele tentou, indignado.

- Nada de mas...regra é regra. Sem brasão, fora da cama, castigo.

- Idiota....- a Weasley cochichou para ele. – Burro.

Ouviram-se passos vindos do fim do corredor e a Profa. McGonagall surgiu.

– Que bom professora! Olhe estes dois. Fora da cama. Arranje uma boa castigo pra eles.

- Castigo? – sussurrou indignada a Weasley.

McGonagall abaixou um pouco seus óculos e se espantou ao ver quem eram os dois alunos algemados.

- Mas o que os dois...? Bom, não importa...venham até a minha sala. Darei o castigo devido. – e os dois passaram das mãos dos monitores para as mãos da professora. Depois de subirem escadas e escadas chegaram a uma sala, provavelmente a da McGonagall. Ela sentou-se na cadeira atrás da mesa e pediu para que ambos acomodassem-se. Ainda algemados, sentaram em um pequeno mas confortável sofá ao lado da mesa. – Bom.... vejamos, o que farei com vocês dois? – disse, como se tivesse decorado.

- Professora, nos encontramos por acaso no....

- Nada de desculpas Weasley. Acho que seria mais justo a mesma suspensão para os dois, certo? – eles ficaram quietos, como se concordassem, então ela prosseguiu – sugiro que cancele o passeio de Hogsmeade dos dois amanhã, que tal? – Weasley parecia querer contestar, mas ficou em silencio do mesmo jeito. “Eu não ia de qualquer jeito...”, pensou Malfoy aliviado. Como se a professora lê-se seus pensamentos continuou – mas creio que não seja suficiente. Durante toda a semana, ajudarão Madame Pince na organização dos livros da biblioteca.

- Mas professora! É muito! Eu tenho pilhas de tarefas para fazer, queria me divertir um pouco.

- Somente duas horas após as aulas, senhorita Weasley. Já está decidido. Agora vão para seus dormitórios que vai bater meia noite. Vão, vão. – quase que ela chutou eles para fora da sala. Não parecia querer cuidar de alunos, algo parecia estar sendo mais importante para ela...

- McGonagall....- disse Draco antes que ela fechasse a porta. Ela virou-se e esperou ele continuar – Poderia tirar isso? – e apontou com a mão livre para a algema.

- Claro, claro – e num piscar de olhos o seu pulso já estava livre – agora vão dormir – e fechou a porta com tanta violência que não era de se esperar vindo da velha McGonagall. Weasley começou a falar logo depois que a porta se fechou:

- O fim de semana de Hogsmeade....duas horas de cada dia durante uma semana.....tudo por causa daquela sua coruja estúpida. – ela parecia muito brava.

- Agora não adianta reclamar não é? Pelo menos eu vou ter alguma coisa pra fazer, além de voar na KIRARA. Tchau Weasley, e vê se não chora. – e Draco saiu corredor afora em direção a sonserina.

Logo que entrou, só pôde sentir o calor da lareira. Estava vazia. Ele escutou o grande relógio badalar meia noite. Em direção ao dormitório viu que havia sim, alguém acordado além dele. Aquele pequeno garoto das meias trocadas, da fala rápida e mentiroso que só ele. Draco teria seguido o caminho e subido as escadas, mas Idílio disse uma coisa que atraiu sua atenção:

- Hogwarts não é mais segura. – a voz do garoto não estava rápida como de costume.

- O que disse Idílio? – Draco falou das escadas. O garoto virou-se e continuou, agora olhando tão fixo para Draco, que nem parecia o mesmo.

- Hogwarts não é mais segura. Ela falou, eu ouvi. As barreiras de proteção contra bruxos das trevas estão falhando. Ela me contou. E ela sabe bem mais do que qualquer um de nós. Precisamos avisar os professores, não Draco? Senão algo muito ruim pode acontecer.

- Pare com isso Idílio. Pare de fazer drama. Venha. Vá para o dormitório que já está tarde. – Draco tentou puxar o garoto, mas ele resistiu.

- Pode ir se quiser. Eu não vou enquanto não fizer o que tenho que fazer. – e voltou a olhar fixamente para as chamas que dançavam na lareira

- E o que você tem que fazer? – Draco perguntou intrometido.

- Não é necessário você saber. – o garoto respondeu e Draco não insistiu mais. Pra ele, tanto fazia se Idílio estava vivo ou morto. Subiu para os dormitórios, onde encontrou roncando os brutamontes Crabbe e Goyle. Entrou em um banho onde se livrou das impurezas da grifinória Weasley e de seu pássaro maldito e capotou na cama, de cansaço.

Draco sonhou com uma biblioteca no formato de labirinto e que ele e a Weasley andavam juntos pois estavam presos por algemas douradas. Essa criou asas e voou alto, levando os dois para o céu. E em cima de uma nuvem estava Hogwarts. Só que parecia mais colorida e mais viva do que antes, afinal, estava cercada daquela imensidão azul. Havia um altíssimo muro que cercava Hogwarts e, após este, havia outro, e outro. Mas neles, Draco pôde ver grandes rombos, por onde passou voando com a ruiva grifinória. Por dentro da barreira tudo era mais feio e triste. A escola estava vazia e escura e a única coisa que podia-se ver além do céu carregado eram vultos negros caminhando pelas áreas de Hogwarts. E no céu, um símbolo. Brilhando como fogos Filibusteiro desenhava-se no céu uma caveira com uma cobra em tom vermelho. Draco conhecia aquele desenho, era o símbolo do Lord das Trevas.




N.A.: E aí pssoal? que vocês estão achando? Esse capítulo é bem pequeno comparado aos outros, mas prometo que melhora. Quanto aos desenhos,. preguiça....
Gostaria de agradecer as coments e também por me ajudarem com o nome das tradições e com as tags de imagem. Vocês são muito legais comigo, obrigada! Fico muito feliz que estejam gostando de verdade da fic, mas se tiver alguma coisa que vocês não gostaram eu queria que dissessem.

Há muitos erros, eu sei. Não de portugues, de história mesmo, o Draco é muito mais mesquinho que isso!

Bom, deixa eu calar a minha boca, porque quando eu começo, eu não paro...obrigada por tudo, mais uma vez e comentem!


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