Prólogo.




~*Shock!

Prólogo



Expresso de Hogwarts, 1º de setembro

- Oi, posso me sentar aqui? – uma delicada menina ruiva, baixinha e sorridente apareceu na porta da cabine onde estavam quatro garotos sentados, cada um olhando para seus próprios pés. – As outras estão cheias.

- Claro. – respondeu o menino que tinha cabelos muito bagunçados e usava óculos redondos. Estava sentando na ponta, e a menina foi se sentar ao seu lado.

Os outros três não responderam. Um deles, o mais gordinho, estava agora, devorando um sapo de chocolate. O mais loiro de todos sorriu bondosamente para a menina, e o terceiro estava ocupado demais tentando manter sua cara de emburrado.

- Eu sou Lily Evans. – ela falou com um sorrido enorme. – E vocês?

- P-Peter Pettgrew. - respondeu o gordinho com chocolate na boca.

- Remus Lupin, prazer. – respondeu o loiro. E ele estendeu a mão para apertar a de Lily. Sua mão tinha vários arranhões, e agora que Lily percebia, seu rosto também. Mesmo assim, estendeu a mão e cumprimentou Remus.

- James Potter. – falou o de cabelos bagunçados, com ar de orgulho. – Com certeza vou para a Grifinória. – completou ainda mais orgulhoso.

Lily olhou meio estranha pra ele. E depois voltou sua atenção ao outro menino que ainda não havia falado uma palavra. Ele tinha cabelos pretos e olhos azuis cinzentos. Estava de braços cruzados e com ar de brabo.

- E você? – ela perguntou receosa.

- Sirius Black. – respondeu emburrado. James arregalou os olhos. Pensou melhor, e segundos depois perguntou:

- Você é um Black?

- Sou, mas não como você está pensando. – respondeu Sirius.

- Como ele poderia estar pensando? – Lily dirigiu-se à Black.

- Você é nascida trouxa? – James perguntou à Lily.

- Sou, mas suponho que isso não faça nenhuma diferença. – respondeu com ar mandão.

- Não, mas isso explica por que não conhece os Black.

- Eu já disse que não sou como você ‘tá pensando. – Sirius respondeu alto.

- Como não? Eu conheço os Black. Família de sangue-puro, só interessada nas Artes das Trevas. – James falou como se tivesse descoberto a América.

Lily e os outros dois só olhavam de um para o outro. Em um movimento muito rápido, James puxou a varinha, mas Sirius puxou também, e voaram dois feitiços pela cabine.

O feitiço de James bateu na parede, voltou e atingiu Lily. Uma gosma verde agora estava nos cabelos ruivos da garota e desciam pelas suas vestes pretas de Hogwarts.

O feitiço de Sirius acertou Peter, que agora comia torta que estava na sua cabeça.

Remus só olhava de um para outro, esperando uma reação. E ela veio de Lily.

- Ah, seu idiota! Olha o que você fez Potter! – ela gritou olhando para James, que riu. Sirius não agüentou e riu também. Seguido por Peter.

Lily pegou a varinha e no momento a cabine ficou em silêncio.

- Não se preocupem. Não vou azarar vocês. – com um aceno na varinha para a própria cabeça, a gosma desapareceu e Lily se dirigiu a porta da cabine. Abriu-a, e antes de desaparecer pelo corredor, ela falou – Terá o troco, Potter. – e saiu pisando firme.

James levantou uma sobrancelha, como se não acreditando.

- Se eu fosse você, me cuidava. – Sirius disse.

- Haha. Como se ela soubesse azarar alguém. – e voltaram a rir. Esquecendo completamente a ‘briga’.

~*~

Sexto ano, aula de Adivinhação.

- E o que concluiu sobre a interpretação dos sonhos, Sr. Potter? – a Professora Trelawney. Era uma mulher alta, robusta, que usava vestes largas e que mais pareciam panos. Uns costurados nos outros. Óculos de fundo de garrafa davam a ela uma aparência horrível.

- Eu? – perguntou surpreso. – Bom... Vejamos, que eles são só sonhos. – James havia se tornado um garoto bonito. Mas ainda muito reconhecível por seus óculos e seu cabelo. Extremamente bagunçado.

Toda a classe riu, em exeção a alguns alunos, entre eles Lily Evans.

- Deixe o Potter, Professora. Pergunte a mim. – Lily falou. Trelawney olhou diretamente para ela.

- Detenção os dois. Limpar os troféus na Sala dos Troféus. Passei por lá ontem... Precisam ser limpos.

- O que foi que eu fiz, agora? – Potter reclamou.

- Dispensados. – a profª. disse e se virou de costas para as classes dos alunos.

- Profª, eu sim não fiz nada! – Lily reclamou, quando ainda restavam poucos alunos na sala. James se aproximou de Lily e da profª.

- ‘Deixe o Potter Professora, pergunte a mim.’ - ele imitou a voz de Lily e revirou os olhos. A ruiva fingiu que não ouviu, e agora olhava a profª. com um olhar mortal.

- É, certamente, não fez nada Srta. Evans. Mas creio que não vai se incomodar em ajudar seu colega a limpar os troféus. – por um momento pareceu Dumbledore falando, mas Lily ignorou totalmente isso, e saiu irrita da sala, seguida por James.

Lily também tinha se tornado uma garota bonita. Seus cabelos longos, lisos e ruivos eram brilhosos, e seus olhos verdes eram encantadores.

- Espera Lily. – James chamou e a segurou pelo braço. Porém, ela não se virou para olhar ele. – Que horas na Sala de Troféus?

- Haha. – ela riu ironicamente - Você jura que eu vou te ajudar? – por fim virou a cara, e agora olhava diretamente nos olhos castanhos dele.

- Juro. – ele respondeu rindo da irritação dela.

- Espere sentando, então. – falou por fim a ruiva, se soltou de James e saiu pisando firme. Como no Expresso de Hogwarts.

~*~

Mesmo dia, Sala de Troféus.

James já esperava a uma meia hora na Sala de Troféus, sentado. Estava quase pegando no sono, com os braços apoiados nos joelhos e a cabeça apoiada nas mãos. A porta da grande sala se abriu, e o despertou. Lily havia entrado de braços cruzados e cara emburrada.

- Olha lá quem veio... – ele disse rindo e se levantando. – Lily, Lily, Lily, Lily, Lily...

A ruiva não respondeu, apenas pegou um pano em cima de uma mesinha de canto e começou a limpar um troféu.

- Suponho que trouxe sua varinha. – ele falou esperançosamente olhando em volta. – Não?

- Não James. Detenções se cumprem sem varinhas. – ela respondeu ríspida.

- Mas você não está de detenção.

- Segundo a Professora Trelawney, estou sim.

- Ai Merlin! Vamos ter que limpar tudo isso... Com isso? – ele pegou o outro pano que estava em cima da mesma mesa que Lily havia pegado o dela.

- Suponho que sim. – ela confirmou e continuou limpando os troféus. James fez o mesmo.

Duas horas depois os dois já tinham limpado grande parte dos troféus da sala. Só restavam aqueles que ficavam no alto das prateleiras, e que nenhum dos dois conseguia alcançar.

- Ótimo. O que vamos fazer? – James perguntou olhando para o alto da prateleira.

- Usar a cabeça. – ela disse rindo da própria piada. Foi até um canto isolado da sala, o qual James não havia percebido antes. Ela pegou uma escada de madeira que estava encostada na parede e vinha vindo carregando-a com grande esforço.

- Ah, me deixe ajudá-la. – James pegou a escada dela e arrumou-a em pé na frente de uma das prateleiras.

- Obrigada. Pode deixar que eu subo. – ela disse no seu tom de voz normal.

- Tudo bem. Só não vá cair. – ele riu.

Lily subiu devagar nos degraus da escada, estava meio bamba, o que a deixou com medo.

- Não se preocupe, do chão não passa. – James falou e riu de novo, o que a irritou um pouco.

Por um segundo, que Lily virou-se para olhar James, ela se desequilibrou na escada e caiu sobre o garoto. Por um momento seus lábios se tocaram, de leve, mais ainda sim se tocaram. Os dois agora estavam no chão. Lily corou bruscamente, mas não desviou seus olhos verdes dos olhos castanhos do garoto.

- Eu disse que do chão não passava, mas não precisava cair em cima de mim por precaução. – James falou, quebrando o clima, e Lily levantou rapidamente, mancando.

- Ai, você fala como se eu tivesse caído de propósito, foi um acidente, e nada mais. – ela falou ainda muito corada.

- Tudo bem, tudo bem. Você está bem? – ele perguntou olhando para o tornozelo dela.

- Sim, sim, apenas torci. Bem, eu vou indo...

- Ah, ok, eu termino sozinho. – ele falou e pareceu pensar. – Hã... Obrigado pela ajuda Lily. – ele agradeceu, quando ela já estava indo. A garota se virou e sorriu em resposta, depois desapareceu pela porta.

Ele esperou uns 10 segundos para ter certeza que ela fora.

- Foi impressão minha ou a gente se beijou? – ele perguntou a si mesmo. – Não, não foi um beijo. Foi sem querer... – ele parou de falar e sacudiu a cabeça como para afastar aqueles pensamentos, tirou a varinha do bolso e sorriu. – Agora vai tudo mais rápido!


~~*

N/Daay: espero que tenham gostado! O capítulo não deve demorar. Ja vou avisar, essa não vai ser uma fic muito longa. Acho que uns 3 capítulos :) Comentem bastante, please!!
Beeeijos :*

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