O Diadema Achado

Hagrid continuava na enfermaria, ele estava bem melhor mas ainda assim tinha que ficar de observação. A turma do sétimo ano estava atolada de trabalho e deveres para revisar e fazer.
- Certo, por onde começamos?- perguntou Lupin que estava atolado em meio a um monte de livros.
- Vamos começar pelo básico.- disse Lílian. Vamos começar pelo...
- O que foi Lílian?- perguntou Tiago que viu o olhar paralisado de Lílian como se ela estivesse se lembrando de alguma coisa.
- É isso, foi isso que atacou Hagird.
Todos ficaram olhando sem entender nada.
- Acho que ela pirou.- cochichou Pettigrew para Sirius.
- Do que está falando?- perguntou Lupin.
- Claro, por isso o basilisco não o matou, somente o levou para fora da casa. Ele não queria matar Hagrid, pelo simples fato de que não podia...- disse ela andando e ohando em um ponto fixo.
- Ainda não entendemos.- disse Sirius.
- O que atacou Hagrid não foi um basilisco, foi um bicho-papão.
- O quê?- perguntou Tiago.
- Exatamente. Pensem bem, se aquilo fosse realmente um basilisco Hagrid não estaria nem vivo.
- Isso faz sentido.- disse Lupin.
- Mas quem iria querer Hagrid fora da cabana?- perguntou Tiago.
- Isso é o que devemos perguntar a ele.- disse Sirius.
-Eu posso ir até a enfermaria de noite.- disse Tiago.
- Eu também vou.- disse Lílian.
Os dois esperaram até a noite chegar para ir encontrar Hagrid.Lílian e Tiago se cobriram com a Capa da Invisibilidade e foram até a enfermaria, eles encontraram Hagrid dormindo.
- O que vamos fazer?- perguntou Lílian.
- Vamos acorda-lo.- disse Tiago, Lílian levantou a sobrancelha duvidando que Tiago conseguisse.
- Hagrid!Hagrid!- chamava Tiago enquanto o cutucava.
- Isso não vai adiantar.
Tiago pegou um jarro de água que tinha ali perto e jogou em Hagrid.
- O quê?- acordou Hagrid assustado.
Lílian e Tiago saíram da capa e se sentaram na cama.
- Oi Hagrid. Desculpe, mas nós tivemos que fazer isso.- disse Lílian.
- O que aconteceu?- perguntou Hagrid ainda um pouco confuso, sem saber se aquilo era sonho ou realidade.
- É que Lílian acha que o que te atacou na cabana não era um basilisco, e sim um bicho-papão.- disse Tiago.
- Um bicho-papão?- perguntou Hagrid mais confuso ainda.
- Exatamente. Achamos que alguém queria te tirar da cabana para pegar alguma coisa.- disse Lílian.- Você sabe o que poderia ser?
- Eu não tenho nada de valioso.- disse Hagrid.
- Não tem nada que você herdou de família ou tenha comprado de alguém...sei lá, qualquer coisa.- disse Tiago.
- Não, não tenho nada disso.
-Pense bem Hagrid, nada que você tenha achado ou que você tenha pegado de alguém?- perguntou Lílian insistindo com Hagrid.
- Não...Espere um pouco...- disse Hagrid se lembrando de alguma coisa.- aquela tiara, só pode ser isso.
- Continue...- disse Tiago muito interassado.
- Aragogue...
- Quem?- perguntou Lílian.
- Aquela aranha super simpática.- disse Tiago fazendo uma careta.
- Ela me entregou uma tiara que havia encontrado na Floresta Proibida, como um presente.- disse Hagrid que fingiu que não escutou o que Tiago havia dito.- Ela disse que o encontrou quando aquele Comensal da Morte passou por aqui em uma tentativa de fugir depois que foi capturado.
- É claro. Então quem está atrás dessa tiara é alguém ligado ao Lestrange.- disse Tiago.
- Avery e Mulciber.- completou Lílian.- Onde você o guardou?
- Está dentro de um baú, perto da mesa.- disse Hagrid.
- Vamos Tiago.- disse Lílian se levantando da cama.
Tiago pegou sua capa e cobriu os dois, eles saíram do castelo e foram até a cabana de Hagrid. Entraram e tiraram a capa, Canino começou a latir feito louco, mas quando ele sentiu o cheiro de Lílian acabou parando.
- Lumus.- disse Tiago e Lílian, pois a cabana estava muito escura.
- Você procura por ali e eu procuro por aqui.-disse Tiago.
Depois de algum tempo procurando Lílian acabou esbarrando no baú e caiu.
- AI, droga.- gemeu Lílian.
- Você está bem?- perguntou Tiago a ajudando a se levantar.
- Estou, parece que encontrei o baú.- disse ela.
Eles abriram o baú e começaram a procurar, havia de um tudo ali dentro, desde chapéus dos tipos mais variados a porcelanas e espelhos quebrados. Tiago cortou o dedo com um dos cacos de espelho que havia ali dentro.
- Foi só um corte pequenininho.- disse ele mostrando o dedo para Lílian, o sangue que estava saindo do pequeno corte acabou caindo dentro do baú.
- Olhe.- disse Lílian mostrando o diadema com as gotas de sangue de Tiago.Lílian pegou o diadema e os dois tentaram sair da cabana.
- Encontrei vocês.- disse Avery apontando a varinha para Lílian.- Me entregue o diadema e ficará tudo bem.
- Por que você quer o diadema?- perguntou Tiago.
- Isso não é da sua conta.- disse Mulciber aparecendo com a varinha apontada para Tiago.
- Foram vocês que soltaram aquele bicho-papão.- disse Lílian.
- Muito esperta você. Para uma sangue-ruim nada mal.- disse Avery encarando Lílian.- Agora entregue o diadema.
- Não.- disse Lílian decidida.
- Eu não estou brincando.- disse Avery.
- Nem eu.- disse Lílian.- Accio capa.- disse ela e antes que Avery pudesse atingi-la ela se cobriu com capa. Avery ficou atirando feitiços para todo lado, mas não conseguia encontrar Lílian.
- Se você não aparecer o seu amiguinho aqui vai se ferrar na minha mão.- disse Mulciber afundando a varinha no pescoço de Tiago.
Lílian ficou parada sem saber o que fazer quando viu aquela cena.
- Não o escute Lílian! Fuja daqui.- disse Tiago.
- Cala a boca!- gritou Avery.
Lílian chegou bem devagar ao lado de Mulciber e o empurrou para longe de Tiago, ela puxou Tiago para debaixo da capa sem se preocupar se os pés dos dois estava aparecendo.
- Expelliarmus.- disse Tiago que jogou a varinha de Avery para longe.
- Eu posso vê-los.- disse Mulciber olhando para os pés dos dois.
Lílian olhou para baixo e viu que Mulciber podia vê-los mesmo.
- Diffindo.- gritou ele e surgiu um corte no braço de Tiago, o sangue começou a escorrer denunciando ainda mais a posição dos dois.
Mulciber começou a se aproximar deles e quando ele conseguiu agarrar a capa Lílian e Tiago saíram debaixo dela.
- Estupefaça...- gritou Avery.
- Protego!- disse Lílian se protegendo do feitiço.- Impedimenta.
Mulciber ficou parado no chão enquanto Avery tentava atingir Tiago.
- Crucio.- disse Avery.
- Protego horribilis.- disse Tiago protegendo ele e Lílian do feitiço.
- Petrificus Totalus.- disse Lílian deixando Avery parado. Tiago pegou a capa da mão dele e cobriu ele e Lílian com a capa. Os dois saíram correndo até o castelo com o diadema na mão. Tiago pegou o Mapa do Maroto para ver se havia alguém por perto.
- Onde nós vamos colocar isso?- perguntou Tiago.
- Não sei.- disse Lílian. – Mas acho que sei o que posso fazer.
Ela pegou seu mapa do Slughorn e o colocou debaixo de uma janela por onde passava o brilho da lua, as linhas azuis começaram aparecer mostrando o mapa do castelo e indicando Lílian como um pequeno quadrado e uma seta mostrando um corredor não muito longe deles. Lílian e Tiago começaram a seguir a seta tomando cuidado para não deixar o mapa desaparecer.
- Aqui.- disse Lílian olhando para uma parede. As portas da Sala Precisa se formaram na parede e se abriram para Lílian e Tiago.
- Mas aqui era onde ele estava.- disse Tiago.
- E quer outro local mais seguro? Avery e Mulciber vão achar que nós ficamos com o diadema, nunca irão imaginar que o colocamos de volta a essa sala. Sinceramente eu acharia que só uma pessoa muito idiota colocaria o diadema em um local tão fácil de achar e por isso nunca o procuraria aqui.- disse Lílian entrando na sala.
- Talvez você tenha razão.- disse Tiago.
Lílian começou a andar pela sala procurando o luar que a seta indicava, a seta parou e embaixo dela estava escrito: coloque, Lílian o colocou em cima de um armário sobre uma cabeça de estátua. Ela e Tiago saíram dali e foram para a sala comunal observando o Mapa do Maroto e tomando cuidado para que ninguém os achasse.
- Acho melhor você ir para a enfermaria.- disse Lílian olhando o braço de Tiago quando eles já estavam dentro da sala comunal.
- E contar que eu infligi mais uma regra da escola?- perguntou Tiago.
- Então espere aqui.- disse Lílian pegando a capa. Ela saiu da sala comunal e foi até a biblioteca pegar um livro sobre curativos mágicos, depois pegou o que precisava na enfermaria e viu que Hagrid dormia feito um anjinho, voltou para a sala comunal e viu que Tiago estava sentado na poltrona perto da lareira.
- Pronto.- disse ela colocando a capa sobre uma mesa.
Ela começou a ler o livro perto do fogo e tentou cuidar do corte de Tiago.
- Ai!- disse Tiago quando Lílian passou um algodão no corte.
- Desculpe, eu nunca tive muito jeito para isso.
- O que tem naquele mapa?- perguntou Tiago olhando o mapa que Lílian ganhou do Slughorn.
- Me diz o que tem no seu.- disse ela ajoelhada olhando para o curativo que tinha feito.
Tiago se levantou e foi até a janela para fecha-la e Lílian foi atrás.
- O meu mostra as pessoas aqui em Hogwarts, onde elas estão e o que estão fazendo.- disse ele pegando o pergaminho.
- Me mostra.- pediu Lílian.
- Juro solenemente não fazer nada de bom.- disse Tiago tocando o pergaminho com a varinha e mostrando para Lílian.
- Legal.- disse ela observando o mapa e entregando para Tiago.
- Mal feito, feito.- disse Tiago tocando o pergaminho com a varinha e fazendo o mapa sumir.- E o seu?
- O meu mapa mostra o caminho para que a que o possui consiga o que deseja e dá as instruções para isso.
Lílian colocou o mapa perto da janela e o deixou sob a luz da lua, as linhas começaram a se formar novamente e agora o mapa mostrava a sala comunal da Grifinória identificando Lílian como uma bolinha e uma seta bem na frente do ponto e embaixo escrito: beije.
Lílian levantou a cabeça e viu que Tiago também havia acabado de levanta-la, os olhos verdes dela estavam arregalados e ela corou. Tiago a fitava com bastante intensidade, ele começou a se aproximar dela e ela também se aproximando dele, em poucos instantes os dois estavam se encarando até que os lábios deles se encontraram e eles já não viam mais nada, só sentiam o beijo e aquilo era a única coisa realmente importante naquele momento.
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bjs

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