O Arrependimento e o Beijo

O Arrependimento e o Beijo




-------------------------- CAPÍTULO 5 ----------------------------
----------O ARREPENDIMENTO E O BEIJO-------



Novembro chegou rapidamente. As aulas de Umbridge eram um saco! O bom era que ainda existia a AD.
O tempo gelado de Inverno fez as pessoas virarem um bolo cheias de casacos. Umbridge desconfiava dos alunos da AD e logo fundou a Brigada Inquisitorial, formada, principalmente, de Sonserinos. Logo Malfoy, Crabbe, Goyle, Pansy, Filch e outros, estavam correndo atrás dos alunos da Armada para o saber a localização da Sala Precisa. Nada; não encontraram, mas não desistiram.
Uma vez, porém, Pansy Parkinson, Emília Bulstrode e Goyle, chegaram muito próximos de achar a Sala. Hermione foi obrigada a confundí-los sem eles nem saber quem foi. Umbridge ficou doida ao ver Goyle dizendo "Eu vi a sala, fica... ãh... onde fica mesmo?", ou Pansy comentando "Fica logo depois de um clarão prateado... ou seria de um dourado...?".
Não era só os alunos que odiavam Umbridge, Pirraça, o "poltergeist", rei do caos, infernizava a "Sapa Rosa", como os alunos a denominavam. Um dia, até, Umbridge foi encontrada ao corredor do 4º andar cheia de creme no cabelo, correndo para tirar a meleca.
Dumbledore, sabendo do quanto os alunos odiavam Umbridge, não tomou partido de nada, sabendo que o Ministério dominara Hogwarts. A "alta inquisidora" começara a investigar professores; interrogava-os, assistia a disciplina e anotava tudo em uma prancheta e saia da sala sem dizer nada.
A situação estava crítica para a professora Trelawney, de Adivinhação. Charlatã, não falava nada concreto. Era óbvio que rapidamente Trelawney seria demitida.
As reuniões da Armada continuaram com animação da maioria. Já estavam aprendendo "Estupefaça", o feitiço Estuporante.
- O Feitiço Estuporante é um feitiço muito importante... - começou Harry - Estuporar uma pessoa não é muito difícil mas também não é muito fácil. Então, vamos começar?
Logo a turma fez duplas e começaram a praticar, Harry achou estranho ver alguns sendo estuporados e depois serem reanimados. Luzes vermelhas iluminaram a sala. Harry estava sorridente, não só com o bom trabalho de seus alunos, mas também com os olhares de Cho.
Harry não falara nada com Gina desde aquele dia em que ela perguntara se ele gostava da Cho; era óbvio. Harry sempre sentia vergonha quando chegava perto de Cho, então, quase sempre, corava. Apesar dos sorrisos de Cho, a maioria das meninas de Hogwarts viam que Cho se trancava nos banheiros e ouviam soluços.
Gina, nos últimos dias, já não olhava para Harry mais, e desviava o olhar de Cho, com medo que ela gritasse "WEASLEY POBRETONA!". Gina, sempre sendo a filha forte dos Weasley, nunca chorava, mas sempre andava deprimida pelos corredores. Harry não ligava pra ela, só ligava para a "Changa", a "CHOrona"..., a "ChanGALINHA"... será que ela deveria seguir o conselho da Imagem Indesejável e parir para perto de Malfoy?
- Ei, Weasley pobretona! - chamou uma voz fria.
Gina se assustou, e olhou para os lados a procura de algum espelho, mas não tinha nenhum; era Draco Malfoy que falara, não a Imagem de Cho.
- Se assustou? - perguntou Draco - Pensou que fosse o Barão Sangrento...?, ou talvez o Lord das Trevas.
Draco riu.
- Não interessa quem eu pensei que fosse! - vociferou Gina - Que você quer? Estragar mais o meu dia?
- Ah, pelo jeito - disse Draco imitando voz de bebê - a filha caçula dos "Weasla", anda deprimidinha.
Gina fez cara feia para o garoto. Draco riu de novo.
- Vamos lá "Ginoca Weasla", força, não fique assim - disse Draco ainda com a voz de bebê.
- Não se intrometa em minha vida, MALucoFOY... - bradou Gina brava, mas com um sentimento esquisito dentro de si.
- Esse é seu novo xingamento para mim, Ginoca traidora-do-sang... - vociferou Malfoy.
Gina deu um tapa em Malfoy.
- Não me insulte Sr. Olhar-Cinzento Malfoy - disse Gina irritada.
- Sua... sua... - balbuciou Malfoy - Você não sabe o que faz... Você vai ver...
Draco saiu correndo com a mão no rosto. Gina tremeu; se arrependeu do tapa... não deveria ter feito aquilo... Sentia-se culpada, mas sabia que Malfoy fez o que era errado.
- Agora ele vai se juntar com a Parkinson Cara-de-Buldogue! - bradou Gina em pensamento.
Se sentia culpada por aquilo. Agora tinha certeza que Pansy iria consolá-lo...
Sem mal pensar, Gina correu atrás de Malfoy. Quase esbarrou em alunos do 7º ano, e seguiu em frente correndo como uma doida.
Gina, finalmente, viu Draco sentado em uma escada de pouco degraus, a caminho das Masmorras.
- Malfoy - chamou a ruiva.
Draco se virou, seus olhos estavam vermelhos, e seu rosto pálido tinha um vermelhão do lado direito.
- Saia de perto de mim, Weas... - começou Draco.
- Não vou sair, "Draco" - disse Gina, calmamente, se sentou ao lado do garoto.
- V-você me chamou de Dra-draco? - perguntou Draco.
- Desculpe pelo tapa...
Draco ficou confuso. Há anos os dois só brigavam se chamando de "Malfoy, Malafoy, Malucofoy, Malvadexfoy, Ginoca, Weasley, Weasla, Weasleyzinha, Namoradinha do Potter...".
- Você está se desculpando...? Eu iria lhe chamar de traidora-do-sangue, Gi... Gi... Gi-Gina... - disse Draco olhando para a garota.
O olhar malicioso saiu da cara de Draco. Ele parecia só um menino loiro, bondoso.
- Eu acho que você deve desculpas também, Draco - falou Gina calmamente, quase formando um sorriso. - Draco, eu entendo você. Você foi influenciado pela sua família a chamar nascidos trouxas de "Sangue-Ruins", ou os Weasley de "Traidores-de-sangue". É tudo questão de família...
- Você acha? - indagou Malfoy - Sabe, eu achei você simpática, mesmo com nossas brigas, sabe? Ãh... desculpa.. Nunca lhe chamo mais assim. Mas, não comente nada com a minha família, sabe... Ele podem me expulsar da família... Me tirar da nossa Árvore Genealógica por ser amigo dos Weasley. Eu amo meus pais, do jeito que eles são... Eu sei que eles erram...
- Todos erram - disse Gina.
- Mas eu amo meus pais. Nunca quis me separar deles - continuou o loiro -, por isso preciso seguir os padrões dos Malfoy.
Gina concluiu um sorriso. Entendia o quê Draco passava; imaginou, também, o que Rony diria depois de saber da conversa que ela teve com Draco.
- Bom - disse Draco - podemos ser amigos... Sabe?... Sem os Malfoy saberem - concluiu, depois de pensar: - ... E até os Weasley .
- Podemos - disse Gina, seu coração saltou. Ela precisava dizer mais.
Gina se aproximou mais de Draco. Draco deu um sorrisinho.
- Podemos ser mais do que amigos... - murmurou Draco.
Seus lábios se encontraram...

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