Que passeio adorável...

Que passeio adorável...



Capítulo quatorze – Que passeio adorável...  


Neville apontou para o banco onde Draco e Cassandra estavam. O rapaz destinou um grande sorriso para ela e foi até lá, Draco fechou a cara quase que imediatamente. Ele abraçou Cassandra plantou-lhe um beijo em cada lado do rosto. Ela retribuiu um tento quando desconfortável, não se lembrava daquela pessoa.


Draco passou o braço pela cintura de Cassandra e encarou o rapaz sorridente, só aquela pequena demonstração de afeto já era suficiente para que o rapaz odiasse o desconhecido amigo dela. Ele falava um francês rápido para a garota, ela olhava como se estivesse começando a reconhecê-lo.


- Espera! – ela disse depois de algum tempo – Derek?


- Mon Dieu, Cassandra! – ele riu – estava conversando comigo todo esse tempo sem nem ao menos me reconhecer?


- Você está diferente – ela deu de ombros – o que você está fazendo aqui?


- Arrumei um emprego em Hogsmeade, aproveitei que era próximo e vim te visitar, mas eu já te disse isso tudo, não lembra?


- Disse?


- Na carta! – eles andavam calmamente para o salão comunal da Grifinória. Uma expressão de entendimento se espalhou no rosto dela


- Então era sua a carta! Não estava assinada! – ele deu de ombros e assumiu uma expressão ofendida


- Esperava que você reconhecesse a minha letra


- Sinto muito – ela disse honestamente. Eles pararam em frente à mulher gorda – é aqui que eu fico, tenho que fazer meus deveres.


- Tenho que voltar para Hogsmeade – Derek falou com a mesma expressão, mas depois sorriu – foi um prazer revê-la, passarei aqui mais vezes pra falar com você!


- Fique a vontade!


Ele continuou andando, no caminho oposto que haviam feito antes. Draco encarava as costas dele com raiva. Quando questionado respondeu simplesmente que não havia ido com a cara dele, havia alguma coisa muito estranha no modo como ele olhava pra ela. Cassandra revirou os olhos e plantou-lhe um rápido beijo nos lábios antes de dizer a senha à mulher gorda e entrar no buraco da passagem.  


Rony e Hermione estavam sentados no sofá conversando baixinho. Ela estava com um pote com uma substancia esquisita que Cassandra não conseguiu reconhecer no colo. Merlin e Bichento estavam algumas almofadas a frente, dormindo um sobre o outro, formando um grande emaranhado de pelo prato e laranja, como uma almofada excêntrica.


Cassandra pegou o gato no colo a se sentou ao lado de Rony. Ele se sentou ereto para que a menina pudesse participar da conversa. Conversavam sobre as aulas, sobre como gostariam que houvesse um professor mais capaz, afinal, o quinto era um ano importante e Umbridge parecia decidida a deixá-los no escuro. 


A menina comentou sobre o colega francês recém chegado com Hermione e em breve ninguém mais lembrava de Umbridge ou defesa contra as artes das trevas.


– Afinal que horas o Harry vai chegar? – ela entoou depois de olhar o relógio, estava começando a ficar cansada – E que meleca é essa que você trouxe Hermione?


- É uma solução de tentáculos de murtisco amassados e picados. Pra mão do Harry


- Ele está na detenção – Rony deu de ombros – vai demorar pra sair


- Quando eu ficava eu sempre saia antes.


- É, mas nem todo mundo tem a mente voltada para o mal como você. O Harry é uma boa pessoa.


- Eu não uso a minha inteligência para propósitos sombrios, só para fins duvidosos – ela sorriu para o amigo – Eu sou esperta, não má.


Os três riram. Bichento levantou a cabeça procurando Merlin. Provavelmente tinha sentido frio ao perceber que estava sozinho e pulou para o colo de Hermione. Ela sorriu ao acariciar as orelhas do animal. Cassandra olhou o relógio mais uma vez.


- Harry está demorando muito – ela suspirou e pôs Merlin na poltrona – merece uma peça!


- Uma peça? – Rony a encarou cansado


- Bem, não é nada de mais, vocês só tem que falar que eu ainda não voltei se ele perguntar.


Eles confirmaram com a cabeça enquanto Cassandra se transformava em gato preto como a noite com dois olhos azuis como a mar. Rony e Hermione saltaram do sofá.


- Você é uma animaga! – Hermione disse surpresa, Cassandra fez que sim com a cabeça.


Ela se parecia muito com Merlin, mas tinha o pêlo um pouco mais comprido. Ela subiu no sofá ao lado de Rony enquanto Harry entrava cabisbaixo e com a mão aninhada ao colo. Ele se jogou no sofá, quase sentando sobre Cassandra.


- Eu juro – ele suspirou – que um dia Umbridge vai ter o que merece!


Cassandra subiu nas pernas de Harry, ele fez carinho nas orelhas, achando que era Merlin, até a hora em que ela começou enfiar as unhas de leve na perna dele. Ele deu um pulo e a colocou com delicadeza em uma almofada.


- Cadê a Cassandra? – perguntou finalmente


- Não estava com você? – Rony disse bocejando


- Não


- Achávamos   que você soubesse – ele deu de ombros


- Aposto que ainda está com o Malfoy – ele se dirigiu para o retrato – eu meto essa garota


- Acho que isso não seria muito legal – ela falou voltando a sua forma normal – a idéia de um assassino na minha cola não é muito confortável.


Harry a encarou surpreso. 


- Há quanto tempo você esta aqui?


- Muito – disse Hermione entregando a o pote com o murtisco amassado – Mergulhe sua mão nisso, é uma solução de tentáculos de murtisco amassados e picados, deve ajudar.


Harry obedeceu. Assim que colocou a mão no pote uma expressão de alivio tomou conta do rosto dele.


-Obrigado – disse Harry grato, coçando as orelhas de Bichento com sua mão esquerda. Merlin veio correndo e se alojou no colo de Cassandra novamente.


-Ainda acho que você deveria reclamar sobre isso – disse Rony em voz baixa.


- Não – respondeu prontamente.


- McGonagall iria à loucura se soubesse...


- É ela provavelmente iria – disse Harry – E quanto tempo você acha que levará para Umbridge passar outro decreto dizendo que qualquer um que reclame da Grande Investigadora é retaliado imediatamente


- Eu também acho que você tem que reclamar, Harry! Digo, olha só pra isso! Eu tenho quase certeza que é ilegal fazer isso nos estudantes – disse Cassandra se apoiando no ombro dele


-Ela é uma mulher terrível - disse Hermione em voz baixo – Terrível. Você sabe, eu estava justamente pensando nisso quando você chegou... Nós temos que fazer algo em relação a ela.


- Eu sugiro envenenamento - disse Rony sorrindo.


- Eu apoio! Posso providenciar isso, se vocês quiserem...


- Cassie, eu tava brincando. – disse Rony preocupado


- Sério? Eu não


- Nós não podemos envenenar um professor – disse Rony realmente preocupado


Cassandra deu de ombros


-Não... Eu digo algo sobre como ela é uma professora horrorosa e que nós não vamos aprender nada sobre Defesa Contra as Artes das Trevas com ela.


- Bem, o que podemos fazer? – disse Rony, bocejando – agora já é tarde, né? Ela pegou o emprego e vai ficar. Além do mais, Fudge vai mantê-la.


- Bem – disse Hermione hesitante – Você sabe, eu estive hoje pensando... – ela lançou um olhar meio nervoso a Harry e depois continuou – Eu estive pensando que... Talvez tenha chegado a hora onde nós simplesmente devíamos... Devíamos tomar a iniciativa.


- Tomar a iniciativa pra quê? – disse Harry, sua mão ainda boiando na poção.


- Bem... Aprender Defesa Contra as Artes das Trevas por nós mesmos.


- O máximo que nós podemos fazer é trinar alguns feitiços escondidos, Mione – Cassandra disse tristemente – digo, seria apenas mais dever de casa e eu mal dou conta dos que eu tenho.


- Há coisas mais importantes do que nossos deveres de casa!


Harry e Rony arregalaram os olhos.


- Quem é você e o que fez com a Hermione?  Eu quero a Hermione de volta. A original.


- Eu não sabia que havia coisa mais importante no universo que dever de casa! - disse Rony.


- Não seja ridículo, é claro que há.  E, tipo, nos prepararmos bem para, como disse o Harry na primeira aula da Umbridge, o que nos espera lá fora. É ter certeza de que nós podemos nos defender bem. Se nós não aprendermos nada durante o ano inteiro...


- Não podemos fazer muito por nós mesmo - disse Rony numa voz derrotada. - Quer dizer, tudo bem, nós podemos ir e ver azarações na biblioteca e tentar praticar, eu acho...


- Não, eu concordo, nós já passamos da fase de aprender algo apenas dos livros. Precisamos de um professor apropriado, que possa nos mostrar como usar os feitiços e nos corrigir quando estivermos errados.


- Resumidamente, querida amiga – Rony se impressionou com a semelhança no tom de voz de Cassandra ao dos gêmeos – um professor que preste.


- Se você estiver falando de Lupin – Harry começou.


- Não, não estou falando de Lupin. Ele está muito ocupado com a Ordem, além do mais só poderíamos vê-lo durante as visitas a Hogsmeade e isso não é uma boa freqüência.


- Quem, então? – disse Harry, franzindo as sobrancelhas.


Hermione parou para respirar. Ela deu um longo e profundo suspiro.


-Não é óbvio? Estou falando de você, Harry.


Houve um momento de silêncio. Uma brisa noturna sacudiu a vidraça atrás de Rony.


- De mim o quê?


- Estou falando de você nos ensinar Defesa Contra as Artes das Trevas.


- Sabe – Cassandra disse pensativa – talvez seja uma boa idéia.


Harry olhava surpreso para Hermione e depois para Cassandra e por último para Rony, como se buscasse ajuda


- É uma boa idéia. – disse Rony


- Como assim uma boa idéia? – disse Harry.


- Você nos ensinar - disse Rony.


- Mas...


Ele sorriu, obviamente era uma peça que estavam pregando neles, não seria a primeira da noite.


- Mas eu não sou professor, eu não...


- Harry, você foi o melhor do ano em Defesa Contra as Artes das Trevas! – disse Hermione.


- Eu? – disse Harry, o sorriso ainda maior no rosto – Não, eu não sou. Você me bateu em todos os testes...


- Acho que não – disse Hermione friamente, Cassandra tinha certeza que ela não queria admitir isso – Você me derrotou no terceiro ano, o único ano onde nós dois fizemos o teste juntos e tivemos um professor que realmente sabia da matéria. Mas eu não estou falando de resultados de testes, Harry. Pense no que você já fez...


- O que você quer dizer?


- Quer saber, eu não estou certo se quero alguém tão burro assim me ensinado – disse Rony para Hermione e Cassandra, rindo discretamente. Ele se virou para Harry – Vamos ver – ele assumiu uma expressão que Cassandra jurava já ter visto no rosto de Goyle ao tentar se concentrar – Hum... Primeiro ano. Você salvou a Pedra Filosofal de Você-Sabe-Quem.


- Mas isso foi sorte - disse Harry – Eu não era aquele...


- Oh, por Merlin Harry – Cassandra bateu na testa – não existe essa de sorte não!


- Segundo ano, você matou o basilisco e destruiu Riddle.


- Certo, mas se Fawkes não tivesse aparecido, eu...


- Terceiro ano – disse Rony, mais alto – Você lutou com mais de cem dementadores de uma vez.


- Você sabe que isso foi sorte, se o vira-tempo não...


- Último ano! – disse Rony quase gritando – Você lutou com Você-Sabe-Quem de novo...


- Harry – Cassandra deu de ombros – admita você manda bem.


- Me escutem! - disse Harry, quase com raiva, porque os três estavam dando risadinhas – Simplesmente me ouçam, tá bom? Pode parecer incrível quando vocês falam assim, mas tudo aquilo foi sorte. Na maioria das vezes eu não sabia o que eu estava fazendo, eu apenas fiz o que me deu na cabeça e muitas vezes tive ajuda...


Os três continuavam a rir. Cassandra percebeu que o sangue de Harry começava a lhe subir a cabeça e o garoto começava a ficar irritado.


- Vocês ficam aí sentados como se soubessem melhor do que eu. Eu estava lá, não estava? - disse furioso – Eu sei de tudo o que aconteceu certo? E eu não passei por tudo isso porque eu era brilhante em Defesa Contra as Artes das Trevas, eu passei por tudo isso por que... Porque a ajuda veio em tempo, ou porque eu adivinhei certo. Mas eu fiz besteira demais nisso tudo, eu não tinha idéia do que eu estava fazendo... PAREM DE RIR!


O recipiente com a essência de murtisco caiu no chão e quebrou. Harry estava de pé, parecia irritado. Rony e Hermione pararam de rir enquanto Cassandra encarava Harry com grandes olhos arregalados, bichento havia pulado para seu colo e se embolado com Merlin devido ao susto.


- Vocês não sabem como é! Vocês... Nenhum de vocês... Nunca teve que enfrentá-lo, não é? Acham que é só aprender um bando de feitiços e jogar nele, como se estivessem na sala de aula? A toda hora você tem certeza que não há nada entre você e a morte exceto o seu... O seu próprio cérebro ou coragem ou sei lá, como se você pudesse pensar direito quando se está a um nano segundo de ser morto ou torturado, ou vendo seus amigos morrerem... Eles nunca ensinaram isso em nossas aulas... E vocês três sentados aí como se eu fosse um garotinho esperto por estar aqui, vivo, como Diggory foi idiota, como ele se acabou... Vocês não entendem, como poderia ter sido eu fácil, fácil, seria se Voldemort não precisasse de mim...


- Nós não dissemos nada disso, cara – disse Rony, que parecia espantado – Nós não queríamos falar sobre Diggory, nós não... Você pensou errado, você...


Ele olhou desesperadamente para Hermione, cuja face estava paralisada. Cassandra olhava espantada. O olhar de Rony encontrou com o dela, ela estava tão sem palavras quanto Rony.


- Harry – ela colocou os gatos no sofá e se levantou – Você mesmo disse que recebeu “ajuda na hora certa”, bem, nós também precisamos dessa ajuda agora – ela colocou a mão no ombro dele com um sorriso tímido – e quem pode nos oferecer essa ajuda é você, cara.


- Harry - disse Hermione timidamente - Você não vê? Isso... Isso é exatamente por que precisamos de você... Precisamos saber como r-realmente é... Enfrentá-lo... Enfrentar Voldemort.


Harry encarou as duas. Ele parecia ter se acalmado um pouco, pois se sentou no sofá com movimentos duros, como um robô. Ele abaixou os olhos e começou a olhar para a mão, Cassandra imaginou que tivesse se arrependendo de ter quebrado do pote de Murtisco.


- Bem... Pense sobre isso – disse Hermione tranqüilamente – Por favor.


Ele concordou fracamente com a cabeça.


Hermione se levantou.


- Bem, eu vou dormir - disse ela, numa voz mais natural possível. - Er... Boa noite. Você vem Cassie?


- Claro – ela falou dando um beijo no rosto de Harry e recebendo um de Rony na testa – Boa noite para vocês.


                                                                                          *


Cassandra havia marcado o teste para líder de torcida duas semanas após receber a permissão para montar o time. Hermione já havia melhorado muito, provavelmente estava treinando sozinha quando acabava de estudar.


O sábado do teste amanheceu incrivelmente ensolarado, fato que Cassandra agradeceu.  Afinal, acordar cedo em um sábado com chuva era demais. Várias alunas de todas as casas estavam sentadas nas arquibancadas, conversando. Cassandra realmente não conseguia entender por que McGonagall havia dita a ela para escolher as representantes de cada time, achava que poderiam resolver isso sozinhas.


No final das apresentações Alexa, Ana Abbot e Pansy Parkinson haviam sido selecionadas como representantes de suas respectivas casas. Cassandra ficou genuinamente impressionada com as habilidades de Alexa e, quando questionou a amiga, descobria que ela já havia feito ginástica. Ana não era muito boa, verdade seja dita, mas era a menos pior da Lufa-lufa e Parkinson, bem, para a raiva de Cassandra, Parkinson havia sido ótima de modo que nem com muita argumentação conseguiu convencer McGonagall a deixar a garota de fora.


Cassandra havia deixado a seleção da Grifinória para o final por dois motivos. Primeiro por que tinha que escolher mais gente e acreditava que algumas alunas que não se achariam boas o suficiente depois de algumas apresentações desistiriam, tendo, assim, que avaliar menos gente e segundo, por que acreditava que com o tempo as pessoas cansariam e deixariam o campo, deixando Hermione menos desconfortável. Não poderia estar mais enganada.


No entanto, para a sorte de Cassandra, Hermione havia sido ótima. Havia realmente melhorado e o nervosismo não atrapalhou muito o desempenho dela. Fora Hermione Gina também havia participado do teste, o que impressionou Cassandra, pois ela sempre achou que a garota queria uma vaga no time de Quadribol. Ele decidiu deixar uns dois nomes na reserva para o caso de abrir uma vaga no time de quadribol e Gina resolver fazer o teste.


No fim do teste o time da Grifinória era formado por Cassandra, Hermione, Gina, Lilá, Parvati e duas garotas que Cassandra não conhecia uma chamada Jill e outra chamada Sasha. 


Ela colou listas com os nomes por todo o castelo, de modo que ela não precisasse ir conversar com as meninas, afinal, a última coisa que queria era ter que ir dar a feliz noticia à Pansy Parkinson.


Assim que colou a última lista Cassandra encontrou com Hermione e elas foram para a biblioteca terminar de fazer seu dever poções. Harry e Rony esperavam por elas lá. Durante algum tempo algumas garotas iam até Cassandra para agradecer e outras pra perguntar por que não tinham sido escolhidas. Mas depois de algum tempo a biblioteca ficou bem quieta.


-Eu estava pensando – disse Hermione de repente – você devia procurar mais sobre Defesa Contra as Artes das Trevas, Harry.


-É claro que eu irei – disse Harry – Eu não esquecerei isso, pudera, com aquela velha ensinando.


- Nem me fale – Cassandra revirou os olhos


-Eu estava falando da idéia que nós – Rony a pôs em alarme, ameaçando com aquele olhar. Ela olhou feio para ele – Oh, está bem, a idéia que eu tive de você nos ensinar.


Harry estava não respondeu. Ele estava encarando um livro sobre venenos asiáticos


-Bem – disse devagar – Sim, eu pensei um pouco sobre isso.


- E... – disse Cassandra


- Eu não sei – Harry olhou para Rony.


- Eu achei uma boa idéia desde o começo – disse Rony, que pareceu entusiasmado para se juntar à conversa agora que estava certo que Harry não começaria a gritar de novo.


-Vocês prestarem atenção quando eu falei sobre a sorte, não é?


- Sim Harry – disse Hermione gentilmente – Mas tudo bem, não há ninguém dizendo que você é ruim em Defesa Contra as Artes das Trevas, porque você não é. Você foi à única pessoa ano passado que resistiu à Maldição Império completamente, você pôde produzir um patrono, você pôde fazer coisas que muitos bruxos adultos não podem. Vítor sempre disse...


Rony olhou para ela tão rápido que parecia que poderia quebrar seu pescoço. Corando, ele disse.


- É? O que Vítor disse?


Cassandra soltou uma risadinha. Era a segunda vez desde o inicio das aulas que Vítor Krum era mencionado e era a segunda vez que Rony tinha exatamente essa reação.


- Oh – disse Hermione numa voz aborrecida – Ele disse que Harry sabia como fazer coisas que até ele não conseguia, e ele estava no último ano da Durmstrang.


Rony estava olhando para Hermione.


- Você ainda mantém contato com ele, não?


- E daí? – disse friamente, seu rosto ficando um pouco rosado – Eu posso ter um amigo que me corresponde se eu...


- Ele não quer ser somente seu amigo correspondente – acusou Rony.


Cassandra riu e deu de ombros.


- Sou obrigada a concordar com Rony


Hermione lançou um olhar mortal para Cassandra, ela se sentiu um pouco intimidada com isso, e depois se virou para Harry, tentando ignorar os outros dois.


- O que você acha? Vai nos ensinar?


- Só vocês três, está bem? – eles sorriram – e nem pense em sequer comentar com o Malfoy, Cassie!


- Não se preocupe – ela disse, sua voz com um tom um pouco ofendido – não sou uma língua de trapo!


-Bem – disse Hermione um pouco ansiosa – Bem... Agora, não fuja de novo, Harry, por favor... Mas eu acho que você ensinaria outra pessoa que queira aprender. Eu digo, nós estamos falando de se defender de Voldemort. Oh, não seja patético Rony. Não parece justo se nós não oferecermos essa chance para outras pessoas.


Harry considerou isso por um momento e disse.


- Sim, mas eu duvido que alguém exceto vocês três queiram ser ensinados por mim. Eu sou maluco, lembram?


- Bem, eu acho que você ficará surpreso quantas pessoas estão interessadas em ouvir o que você tem para dizer – disse Hermione, séria – Olha – disse ela olhando para ele, Rony ainda a fitava – o que você acha do primeiro fim de semana em Hogsmeade? Como seria se nós disséssemos a quem está interessado para nos encontrar no povoado e nós podemos falar sobre isso?


- Por que temos que fazer isso fora da escola?


- Porque – disse Hermione voltando ao diagrama da Cabana Comedora Chinesa que estava copiando – Eu não acho que Umbridge estará feliz se descobrir o que queremos fazer.


Cassandra riu.


- Nem um pouco – ela se virou para o livro em sua frente, mas levantou a cabeça rapidamente – que horas vai ser isso?


- Por quê? – perguntou Rony


- Talvez eu tenho um pequeno compromisso


- Por favor, não diga que é com o Malfoy!


- Não se preocupe – ela sorriu – eu não digo!


                                                                                            *


Cassandra nem conseguia acreditar que finalmente havia se livrado das detenções. E, melhor ainda, poderia ir a Hogsmeade sem se preocupar com Filch em sua cola. Ela revisou o roteiro que teria que fazer em Hogsmeade. Sair com Draco e Alexa, ver a casa que alugaria para o aniversário, encontrar Harry e acidentalmente esquecer-se do amigo francês. Ele estava incrivelmente esquisito desde o torneio tribruxo, quando tinha certeza que seria selecionado pelo cálice, mas Fleur foi em seu lugar.


Ela entregou sua permissão para Filch e se despediu do Harry Rony e Hermione. Encontraria com eles alguns minutos depois, com Alexa. Cassandra tinha quase certeza que Alexa não estava lá muito interessada em defesa contra as artes das trevas, mas o velho ditado “perguntar não ofende” nem sempre é verdade.


- Que milagre, você não está com o Potter ou com aquele seu outro amigo. – disse Draco assim que viu Cassandra


- Shh – ela fez colocando o dedo sobre os lábios – não fala! Vai que atrai! A última pessoa que eu quero encontrar em Hogsmeade é ele.


- Pensei que ele fosse seu amigo – ele respondeu acenando para os colegas da Sonserina, eles iriam se encontrar quando Cassandra estivesse com Harry. Ela deu de ombros


- Sei lá. Ele anda meio esquisito. Fica me olhando de um modo estranho e é muito chegado em demonstrações publicas de afeto. Você sabe como eu sou com isso! Não tenho maiores problemas, desde que não venha me abraçando demais!


Ele passou o braço sobre os ombros dela sorrindo.


- Continua


- O que? – ela o encarou como se ele fosse louco


- Falando mal dele – ela revirou os olhos – adoro quando você faz isso.


Eles se sentaram a sombra de uma grande árvore próxima a casa dos gritos. Cassandra sorriu imaginando sua última visita àquele lugar. Mas eles não puderam ficar muito tempo sozinhos lá por que, por coincidência, ou não, depois de pouco minutos Pansy Parkinson surgiu de trás de uma arvora liderando uma pequena expedição de sonserinos.


- Puxa vida, Blaise – ela falou correndo para abraçá-lo – parece que já tem gente aqui.


- Do que que você está falando, Parkinson? – ele perguntou se afastando bruscamente dela com uma expressão confusa. Cassandra revirou os olhos, aquela era sem dúvida a tentativa de ciúme mais patética que ela havia visto em toda a sua vida.


- Puxa vida, Parkinson – Cassandra se levantou calmamente espanando com cuidado os restos de grama da roupa – nem isso você consegue fazer direito? – ela a encarou fulminante – digo, não basta se feia e socialmente demente você também tem que ser burra? Acho que você tem que ver isso, menina.


- Não se esqueça, gato-do-mato – ela apontou para o distintivo de monitora – que eu posso te deixar em uma longa detenção a hora que eu quiser – Cassandra a encarou, como se medisse a ameaça.


- Mas nós não estamos em Hogwarts, estamos? – ela sorriu. Parkinson tinha um poder de irritar Cassandra que ela nunca havia visto antes em sua vida.


- Como se isso fosse fazer muita diferença. Vai ser a minha palavra, uma monitora, contra a sua, a menina que acabou de sair de duas semanas de detenção no primeiro mês de aula. Em quem você acha que Umbridge vai acreditar?


- Se escondendo atrás dos professores e distintivos brilhantes porque tem medo de me enfrentar – as duas andavam em círculos, se medindo. O menos movimento em falso e, bum! Uma briga começaria – tão típico de uma covarde, que é exatamente o que você é.


Parkinson ficou vermelha e segurou o colarinho de Cassandra com força, fechando o outro punho, pronta para socá-la.


- O que você disse, gato-do-mato? – Cassandra sorriu


- Exatamente o que você ouviu, se diz uma cobra, mas está mais pra uma frangotinha. Não que ser uma cobra seja algo pra se ter orgulho, sabe? Mas ainda assim, é um animal interessante demais pra você.


- Derrubar alguém como você com mágica é honroso demais – ela levantou o punho, mas Cassandra o segurou com força


- Isso é uma desculpinha porque você não é forte o suficiente pra derrubar alguém como eu com mágica.


Cassandra podia ver que Parkinson estava espumando, afinal, a garota tinha tanta raiva dela quando Cassandra. A menina estava vendo ali a oportunidade perfeita para meter-lhe a mão na cara, mas antes que pudesse realizar o desejo Draco já a havia puxado para um lado enquanto Blaise puxava Parkinson para o outro.


Cassandra reparou que aqueles que não seguravam uma das duas, como Alexa, seguravam suas varinhas, prontos para separar as duas com mágica se preciso. Elas se soltaram de seus respectivos constritores e ficaram paradas na clareira, encarando uma a outra ferozmente. Cassandra ajeitou o casaco leve que usava e olhou o relógio.


Droga, dez minutos atrasada. Ela chamou Alexa e elas fizeram como se fossem sair, mas no momento que ela se viraram Parkinson lançou um sorriso triunfante, como se o mero olhar dela tivesse amedrontado Cassandra. Ela não podia deixar barato. Com um único movimento ela se virou para Draco e o puxou para um ávido beijo. O sorriso no rosto de Parkinson murchou instantaneamente ao vê-lo retribuir o beijo na mesma intensidade e ela deixou a clareira com um grito abafado de indignação.


Para Cassandra, vencer não era o mais importante, mas sim ver os outros perdendo. Ela se despediu de Draco com um sorriso, dizendo que se o encontraria mais tarde em Hogwarts. Alexa revirou os olhos quando Cassandra se aproximou.


- Por mais que a Parkinson seja realmente irritante – Alexa guardava a varinha tentando fingir descaso – precisava daquele desentupidor de pia?


O sorriso no rosto de Cassandra murchou. Ela se lembrou que Alexa já havia sido namorada de Draco no passado e que ele havia terminado com ela por causa de Cassandra. Ela se sentiu um pouco envergonhada, mas quando pediu desculpas Alexa simplesmente sorriu um sorriso sincero e disse que não havia problema. Ela suspeitou que fosse por causa do Harry.      


Quando elas finalmente chegaram a um bar chamado “Cabeça de Javali” Cassandra ficou realmente surpresa. Que tipo de estabelecimento era aquele que Hermione tinha arrumado, em nome de Merlin?


 O lugar parecia ser muito sujo e velho. Algumas taboas soltas na entrada e uma porta que rangia em um lugar ermo. Cassandra revirou os olhos antes de abrir a porta. Já havia muita gente lá dentro. Fred e Jorge recolhiam algumas moedas das pessoas e depois passaram entregando canecas de cerveja amanteigada para eles. Não demorou muito até que o ultimo chegasse. Cassandra se sentou entre Harry e Hermione, enquanto Alexa se dirigiu para o lado de Luna. Todos conversavam animadamente, como se aquilo fosse apenas um encontro de amigos sem maiores importâncias.


- Er – disse Hermione um pouco nervosa. Todos se calaram. Fred se sentou – Bem, er, oi. Bem... Er... Bem, vocês sabem por que estão aqui. Er... Bem, Harry teve uma idéia... Eu digo – Hárry deu um olhar estranho – eu tive a idéia que talvez algumas pessoas queiram estudar Defesa Contra as Artes das Trevas, quero dizer, realmente estudar, vocês sabem não o que Umbridge está fazendo conosco... – a voz de Hermione pareceu ficar mais forte e mais confiante ao perceber que ninguém ria ou dava algum sinal de que iria atacá-la – Porque ninguém pode chamar aquilo de Defesa Contra as Artes das Trevas...


- Escutem, escutem – disse Anthony Goldstein para alguns alunos que conversavam baixinho e Hermione olhou para ele.


- Bem, eu acho que seria bom se nós, bem, resolvermos o problemas em nós mesmo.


Ela parou, olhou para Harry e prosseguiu.


- Eu digo aprender como nos defender, não só na teoria, mas fazendo feitiços verdadeiros...


- Você quer passar no seu N.O.M. de Defesa Contra Artes das Trevas também? – disse um garoto, que a estava olhando de perto.


- Claro que sim – disse Hermione – Mais que isso, eu quero treinar vocês por que... Por que... – ela respirou fundo e concluiu – Porque Lord Voldemort voltou


Como se aquilo fosse algum tipo de código para as pessoas fazerem coisas estranhas, várias pessoas se manifestaram. Uma garota ruiva com cabelos encaracolados deixou cerveja amanteigada cair em si, algumas meninas deram gritinhos abafados e quase todos suspiraram pesadamente, alguns com certo quê de reprovação pela imprudência de Hermione em pronunciar um nome como aquele despudoradamente.


- Bem... Esse é o plano, de qualquer forma – disse Hermione – Se vocês quiserem se juntar a nós precisamos decidir como faremos...


- Onde está à prova que Você-Sabe-Quem está de volta? – disse agressivamente um garoto loiro que Cassandra não conhecia.


- Bem, Dumbledore acredita nisso.


- Você quer dizer, Dumbledore acredita nele... – disse o garoto, apontando Harry.


- Quem é você? – disse Rony, um pouco rude.


- Zacharias Smith, e eu acho que nós devemos saber o que ele diz pra provar que Você-Sabe-Quem retornou.


- Você não quer estudar – Cassandra falou mais agressiva do que pretendia, talvez a adrenalina de sua ultima briga ainda estivesse correndo nas veias – só veio aqui ouvir uma boa história pra antes de dormir, não é? – ele a encarou como se pensasse porque ela estava se metendo na conversa – bom, não é mentira! Por que Harry – ela parou um segundo, como se pensando – alias, porque qualquer um mentiria sobre isso, Smith?


- Está bem, Cassie – disse Harry – O que me fez dizer sobre o retorno de Você-Sabe-Quem? – repetiu olhando Zacharias nos olhos – Eu o vi. Mas Dumbledore disse para toda a escola o que aconteceu ano passado e se você não acredita nele, você não vai acreditar em mim e eu não vou gastar minha tarde tentando convencer qualquer um.


O grupo todo pareceu prender a respiração quando Harry falava.


Zacharias disse despreocupado.


- Tudo que Dumbledore disse para nós ano passado foi que Você-Sabe-Quem matou Cedrico Diggory e que você trouxe o corpo dele de volta para Hogwarts. Ele não nos deu detalhes, não nos disse exatamente como Diggory foi assassinado, eu acho que todos nós gostaríamos de saber...


- Se você veio para ouvir exatamente o que acontece quando Voldemort mata alguém eu não posso ajudá-lo – Harry disse, olhando para rosto furioso de Zacharias – Eu não quero falar sobre Cedrico Diggory, está bem? Então se você está aqui para isso deve ir embora.


- Se você só quer histórias, menino – Cassandra revirou os olhos – é melhor ir para a biblioteca, lá está cheia delas.


Ninguém levantou. Todos estavam congelados em seus lugares encarando Harry. Pareciam sequer respirar, como se o som de seus pulmões pudesse impedi-los de ouvir algo importante ou acordar alguma coisa que deveria permanecer em sono profundo.


- Então – disse Hermione, sua voz preocupada – Então... Como eu estava falando... Se vocês querem aprender alguma defesa, depois nós trabalharemos como faremos isso, com que freqüência e aonde iremos...


- É verdade – interrompeu uma garota com uma trança em suas costas, olhando Harry – que você pode produzir um Patrono?


Houve um barulho de interesse do grupo após isso.


- Sim.


- Um Patrono Corpóreo?


- Er... Você não conhece Senhora Bones, conhece? – perguntou Harry desconfiado


A garota sorriu.


- Ela é minha tia. Eu sou Susan Bones. Ela me disse! Então é verdade? Você faz um cervo como Patrono?


- Sim.


- Puxa Harry! – disse Lino, profundamente impressionado – Eu nunca soube!


- Mamãe disse a Rony para não espalhar por aí – disse Fred, olhando para Harry – Ela disse que chamaria muita atenção.


- Ela não está errada – umrmurou Harry e poucos riram.


- E você matou um basilisco com a espada do escritório de Dumbledore? – perguntou Terry Boot – Um retrato me disse quando eu estava lá ano passado...


- Er, sim, eu fiz, sim.


Cassandra sentiu que Hermione lançava olhares de “o que foi que eu disse?” para Harry, mas ele estava tão ocupado tentando não ficar vermelho demais que sequer percebia.


- E no nosso primeiro ano – disse Neville para um grande grupo – ele salvou a Pedra Filosofante...


- Filosofal – corrigiu Hermione.


- Sim, isso! De Você-Sabe-Quem – terminou Neville.


Os olhos de Anna Abbot estavam tão abertos quanto era possível. Cassandra sorriu, apesar de interrupção agressiva de Zacharias tudo estava indo bem.


- E ninguém falou nada – disse Cho. Os olhos de Harry se viraram para ela e Cassandra imediatamente se virou para Alexa, ela reparou que pela branca como leite dela ficou um pouco avermelhada – Todas as tarefas que ele teve que passar no Torneio Tribruxo ano passado, passar por dragões, os sereianos, a acromântula e coisas...


Cassandra lançou um olhar cortante para Harry assim que Cho terminou de falar.


- Foi realmente incrível – Alexa adicionou timidamente. Harry a encarou e sorriu um pouco.


- Olha – ele disse e todos ficaram em silêncio por um momento – Eu... Eu não estou tentando parecer modesto ou algo parecido, mas... Eu tive muita ajuda para isso tudo...


- Não pelo dragão – disse o mesmo menino que havia sido o primeira a falar com Hermione, Miguel Corner – Foi uma coisa séria sobre voar...


- É bem... – disse Harry, achando que não teria coragem de discordar.


- E ninguém o ajudou desviar dos dementadores esse verão – disse Susan Bonés.


- Não, não, ok, eu fiz isso sem ajuda, mas o fato é que eu estou tentando fazer isso...


- Você está tentando fugir do compromisso de nos mostrar tudo isso? – disse Zacharias Smith.


- Tenho uma idéia – disse Rony alto, antes que Harry respondesse – Por que você não fecha a sua boca?


Cassandra riu.


- Na verdade – ela disse, a palavra mostrar a havia incomodado tanto quanto a Rony – não é exatamente mostrar a palavra que você quer, Smith. Harry vai no ensinar. E Não, tenho certeza que ela não está fugindo do compromisso de nos ensinar tudo isso.


Ele corou ao encarar Cassandra e Rony.  


- Ora, todos viemos para aprender com Harry e agora ele está dizendo que, no duro, não sabe fazer nada disso.


- Não foi isso que ele disse – rosnou Fred.


- Você gostaria que nós limpássemos sua orelha para você? - perguntou Jorge, tirando um instrumento de metal com uma aparência perigosa de uma das bolsas da Zonko's.


- Ou qualquer parte de seu corpo, estamos curiosos para saber o alcance dessa belezinha – disse Fred.


- Eu acho – entoou Cassandra abaixando a mão de Fred, que estava no alcance de seu braço – que isso parece desconfortável.


- Bom - disse Hermione secamente – a questão é: quem quer ter lições com Harry?


Fizeram-se murmúrios de aprovação. Zacharias cruzou seus braços e não disse nada, talvez porque estivesse muito ocupado em olhar o instrumento na mão de Fred.


- Certo – disse Hermione, olhando aliviada – Bom depois, a próxima pergunta é com que freqüência nós faremos isso, acho que uma vez por semana, alguma oposição?


- Sobre isso – disse Angelina – nós precisamos ter certeza que não há aula durante o treino de quadribol


- Não – disse Cho – nem no nosso.


- Nem nosso - disse Zacharias Smith.


- E nem no nosso – disse Cassandra


- Você não é do time de quadribol – disse Angelina confusa


- Não – respondeu Cassandra orgulhosa, Harry percebeu que ela havia ficado levemente ofendida com o comentário – mas eu sou a capitã das lideres de torcida. Nós também precisamos treinar – houve um murmúrio de aprovação por parte das meninas que faziam parte do time.


- Eu tenho certeza que podemos encontrar uma noite livre – disse Hermione impaciente – mas vocês sabem a importância, estamos falando de aprender a nos defender dos Comensais da Morte, de Voldemort...


- Bem dito! – disse Ernie Macmillan – Eu acho que é a coisa mais importante que vamos fazer esse ano! – olhou apreensivo, estava esperando pessoas dizerem "Claro que não!", como ninguém falou acrescentou – Eu estou perdido querendo saber por que o Ministro mandou essa professora inútil num período difícil. Óbvio, eles não acreditam sobre o retorno de Você-Sabe-Quem, mandar uma professora que não quer que a gente faça qualquer feitiço...


- É uma tentativa grande de dominação mundial – brincou Cassandra fazendo uma expressão alucinada com os olhos bem abertos, como se anunciasse o fim do mundo – existe uma grande conspiração por trás de tudo isso – as pessoas se entreolharam, se perguntando se ela falava sério ou estava apenas brincando, Luna havia sido a única a encará-la como se ela estivesse com alguma razão.


- Nós achamos que a razão – interrompeu Hermione olhando para Cassandra reprovadora – de Umbridge não querer que pratiquemos Defesa Contra as Artes das Trevas é que ela tem uma idéia ruim de que Dumbledore possa usar os estudantes como um próprio exército. Ela acha que ele pode nos mobilizar contra o Ministério.


Todos olharam espantados com as notícias; exceto Luna Lovegood, que começou a falar.


- Bem, faz sentido. Cornélio Fudge tem seu próprio exército.


- O quê? – disse Harry


- Sim, ele tem o exército de Heliopaths – disse Luna.


- Ele tem um o que? – perguntou Cassandra confusa, será que menina resolveu imitá-la?


- Não, ele não tem – respondeu Hermione.


- Sim, ele tem – disse Luna.


- O que é Heliopaths? – perguntou Neville, branco.


- São espíritos do fogo – disse Luna – Grandes criaturas que galopam pelo chão queimando tudo pela frente...


- Eles não existem, Neville – disse Hermione secamente.


- Oh, sim, eles existem! – disse Luna com raiva.


- Me desculpe, mas há alguma prova disso? – cortou Hermione.


- Há muitas vítimas. Só que você é tão limitada sobre coisas que estão de baixo do seu nariz que antes de voc...


- Hum, hum - disse Gina, numa bela imitação da professora Umbridge, que muitos olharam e riram – Nós não estamos tentando decidir com que freqüência nós teremos aulas de defesa?


- Sim – disse Hermione. – Sim, nós estamos você está certa, Gina.


- Uma vez por semana parece legal – disse Lino Jordan.


- Desde que... - começou Angelina.


- Sim, sim, nós sabemos sobre o quadribol – disse Hermione, tensa.


- Ou... – disse Cassandra


- Ou os nossos, sim eu sei Cassie – respondeu Hermione – Outra coisa é decidir onde nos encontraremos...


Foi um momento difícil para o grupo todo, que ficou em silêncio.


- Biblioteca? – sugeriu Katie Bell depois de alguns minutos.


- Acho que não – Cassandra riu – Madame Pince não fica muito feliz quando nós falamos um pouco mais alto, imagine então treinar feitiços.


- Talvez numa sala de aula vazia? – disse Dino.


- É – disse Rony – McGonagall talvez nos deixe usar a dela, ela deixou quando Harry estava praticando para o Tribruxo.


- Será? – disse Alexa timidamente – agora tem algumas pessoas a mais...


- Está certos bem, nós tentaremos achar algum lugar – disse Hermione – Mandaremos uma mensagem para todos quando encontrarmos um lugar para o primeiro encontro. Eu acho que todos devem escrever seus nomes, só para sabermos quem está aqui. Eu também acho – ela respirou profundamente – que nós não devemos falar o que estamos fazendo. Principalmente a Umbridge.


Fred pegou um pergaminho e escreveu seu nome, mas poucas pessoas pareciam dispostas a assinar o nome na lista. Cassandra se levantou, foi até Fred e rabiscou o seu nome no pergaminho que ele segurava. Depois o passou para Zacharias.


- Er... – disse Zacharias devagar, não pegando o pergaminho que Cassandra estava tentando passar para ele – Bem... Eu tenho certeza que Ernie me dirá quando será nosso próximo encontro.


Mas Ernie pareceu hesitante também. Hermione levantou suas sobrancelhas.


- Eu... Bem... Nós somos monitores – Ernie falou – E se essa lista for encontrada... Bem, eu digo... Você disse se Umbridge descobrir...


- Você disse para essas pessoas que era a mais importante coisa que você faria esse ano - Harry lembrou.


- Eu... Sim, sim eu ainda acredito nisso...


- Ernie, você acha que deixaremos essa lista por aí? - disse Hermione.


- Bem – disse Cassandra revirando os olhos – Hermione e Rony também são monitores e tem mais! É de Hermione que estamos falando, ela nunca deixaria essa lista jogada por aí – ele segurou o papel, mas ainda sem muita convicção – sem contar que, eu te desfio a encontrar uma pessoa na escola que Umbridge odeie tanto quanto eu, talvez o Harry – ela completou pensativa – mas mesmo assim, ninguém aqui estaria tão ferrado quanto eu se ela encontrasse isso.


- É, você tem razão – respondeu, ficando menos ansioso – Sim, é claro, eu assinarei.


Ninguém foi contra depois de Ernie. Quando a última pessoa - Zacharias - assinou Hermione pôs o papel dentro da sacola. Tinha um sentimento estranho no grupo agora. Era como se tivessem feito um tipo de contrato.


- Bem, já era tempo – disse Fred se levantando – Jorge, Lino e eu conseguimos ótimos itens para comprar, nós veremos vocês depois.


Em dois ou três minutos o resto do grupo se foi, também.


 


 


 


 


 


 

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