Desejo



Capítulo sete – Desejo



Desejo

O desejo é quanto seu corpo quer explodir
É quando o mundo parece quente de mais pra você
É quando sua voz falha
Você fecha os olhos e pensa:
Nada pode ser tão bom quanto desejar e ser desejado

O desejo é uma obsessão
É quando parar já não é mais possível
É ir até o final pra ficar são
É você se sentir seduzível.
Seduzível demais pro seu próprio coração


***

OITO MESES DEPOIS...

- Nicolas! – Harry chamou o professor de DCAT com extrema intimidade posto que eles haviam se tornado grandes amigos.
- Oi Harry! – Nicolas respondeu enquanto guardava alguns livros.
- A Ordem teve alguma noticia de Voldemort? – Harry perguntou direto, enquanto se sentava.
- Nenhuma... O que está nos desesperando. Já se passaram oitos meses desde o último aparecimento dele e agora tudo que temos são pequenos ataques...
- Eu temo que ele esteja armando alguma coisa muito grande... Nós temos que fazer diferente do Ministério que desistiu de caça-lo. Temos que continuar o perseguindo e já aviso, que quando eu sair daqui vou querer entrar oficialmente para a Ordem!
- Tudo bem... Isso já era de se esperar... – Ele murmurou resignado – Agora é melhor você ir se divertir. É sábado e não esqueça que é seu ultimo mês aqui! Vá ficar com a Gina. Tenho certeza de que vocês vão sentir muitas saudades um do outro.

Harry sorriu e se despediu. Caminhou calmamente por entre os corredores de Hogwarts e foi parado por Patrícia Armstrong, uma corvinal muito atraente.
Ela tinha os cabelos cacheados e pretos que iam até seu ombro, olhos azuis e um físico bem “exuberante”.

- Olá Harry! – Ela falou insinuante.
- Patrícia... – Ele respondeu meramente por educação... Queria achar Gina logo e aquela pessoinha ficava se atirando pra cima dele.
- Como você está?

“Estava melhor antes de você chegar e atrapalhar meu caminho” – Ele pensou, mas engoliu a resposta.

- Bem e você?
- Melhor agora que tenho sua companhia... – Ela falou tentando lançar um sorriso sexy a ele.
- Olha Patrícia se você não se importa eu tenho realmente mais o que fazer...
- A Harry... Você vai se encontrar com aquela ruiva sem sal? – Patrícia perguntou com a voz de asco.
- Não fale assim dela! Ela é muito melhor do que você e...
- HARRY! – A voz de Gina o chamou ao longe...

Patrícia soltou um risinho malicioso e se “jogou” nos lábios de Harry, que ficou completamente chocado e não reagiu... Nessa hora Gina chegou, viu e saiu raivosa no mesmo momento em que Harry empurrava Patrícia.
Harry só teve tempo de ver os cabelos de sua ruiva esvoaçando antes dela sumir por um corredor.

- Viu só o que você fez sua garota idiota!!! – Harry falou nervosamente pra Patrícia, antes de sair correndo atrás de Gina.

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- Burra, burra, burra... – Gina dizia pra si mesma enquanto andava. – Eu achei que tudo estava perfeito, daí aparece um rabo de saia e esse idiota já vai pros braços dela! Ai que ódio!
- Gina! – Harry a chamou ofegante – Gina espera!
- Saia já daqui! – Ela falou e seu rosto estava muito vermelho – Vai se agarrar com aquelazinha! Me deixe em paz!
- Olha... Não é nada do que você está pensando! – Harry falou enquanto a segurava pelo braço.
- Eu não estou pensando nada! Eu vi! – Gina falou tirando bruscamente o braço das mãos dele.
- Pelo amor de Merlin! Foi ela que agarrou!
- E você não fez nada! – Os olhos de Gina finalmente se encheram de lágrimas, mas ela não derramou nenhuma.
- Eu fiquei em choque! Eu não tenho culpa se uma idiota psicopata me agarra!

Gina não falou nada. Apenas entrou no salão Comunal e foi rapidamente pro dormitório feminino.

- O que aconteceu? – Rony perguntou vendo o estado em que Harry se encontrava.
- A Gina... Viu a Patrícia me agarrando...
- VOCÊ FEZ ISSO COM A GINA? – Rony questionou ficando vermelho.
- ELA me agarrou e não EU agarrei ela, entendeu? Ela ouviu a voz da Gina e pulou no meu pescoço... Eu não tive nem tempo de pensar!
- Mas não ia ser hoje que você...?
- Exato. E agora aquela ameba da Patrícia arruinou tudo!
- Não se preocupe a Mione e a Leslie darão um jeito de leva-la até lá.
- Tomara cara... Tomara...

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7 horas da noite – Dormitório feminino do sétimo ano.

- Você precisa se acalmar Gina! – Leslie falou enquanto acariciava os cabelos dela.
- ACALMAR!? VOCÊ FALA EM ACALMAR PORQUE NÃO TEM UM CHIFRE NO MEIO DA CABEÇA!
- Gi... – Mione tentou – Por que você não vai a sala Precisa pra espairecer?
- Eu não to afim de sair daqui! Agora me deixem em paz! To de saco cheio de você tagarelando no meu ouvido! – Seu rosto estava extremamente vermelho, mas ela continuava sem derramar nenhuma lágrima.
- Ginevra Weasley! – Leslie a repreendeu – Você vai a sala precisa agora e eu quero que você descanse bem lá! Pense num saco de pancadas e comece a bater, ou pense numa cama elástica e comece a pular... Faça qualquer coisa, mas vá até lá! Você sabe que precisa ficar sozinha e aqui não vai conseguir ficar por muito tempo!
- E se eu encontrar ele lá e...
- Kevin nos disse que ele subiu. – Mione falou.
- Ta, ta, ta... To indo e se ele perguntar por mim, diga que eu deixei um recado. Fala pra ele que eu mandei ele ir catar coquinho num campo minado e pede pra ele se explodir lá! De preferência que ele nem consiga dar três passos!

Mione e Leslie se entreolharam divertidas. Sabiam muito bem que Gina só falava isso da boca pra fora.

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Gina caminhava extremamente nervosa até a sala Precisa. Sentia muita raiva. Suspirou. Não era só raiva que sentia. Sentia uma enorme decepção e tristeza. Sentia que seu coração ia se desfazer em mil pedaços, mas não se daria ao luxo de chorar. Chorar era uma coisa que ela odiava fazer e tinha jurado a si mesma que enquanto pudesse evitar as lágrimas... Evitaria. Odiava ter que derramar um pedaço de si por causa dos outros. Já bastava ter Voldemort para faze-la chorar.

Quando finalmente chegou em seu destino viu que uma porta já havia se formado, mas nem se importou. De certo precisava tanto daquele lugar que a sala ouvira seus pensamentos de longe.

Quando entrou não pode deixar de ficar curiosa.
A sala era só uma parte iluminada a outra estava no completo breu. Havia uma mesinha com uma carta encima e o resto era impossível de se ver. Movida pela curiosidade Gina começou a ler...


"Amar é...

Amar é olhar para dentro de si mesmo, e dizer:
Eu quero
É viver intensamente
É sonhar com uma gota de realidade
e realizar uma gota desse sonho
É estar presente até na ausência.

Amar é ter em quem pensar
É razão que ninguém teria razão para nos tirar
É ser só de alguém e nunca deixar esse alguém só
É pensar em você tão alto a ponto de você escutar
Amar é ir até a morte
É acordar para a realidade do sonho
É vencer através do silêncio
É ser feliz até com um pouco quando muito não é bastante.

Amar é dar anistia ao seu coração

É sonhar o sonho de quem sonha com você
É sentir saudades
É chegar perto na distância.

Amar é a força da razão
É quando os momentos são eternos.

Amar é ser adulto e se sentir criança
É viver a vida em versos e ao inverso
É a maior experiência na vida de um homem...
Amar é acima de tudo ter você ao meu lado!"


Gina olhou embasbacada para o papel. O poema era lindo. Mas não podia acreditar que tinha caído na conversa das próprias amigas!Se Harry achava que um simples poeminha ia faze-la voltar em sua decisão de terminar com ele, ele estava muito enganado. A se estava.

- Isso mesmo Potter! – Gina gritou para as sombras, tendo a certeza de que ele estava lá. – Eu não vou te perdoar! Se não eu não me chamo Ginevra Molly Weasley!
- Gina... Pelo amor de Deus! – Harry falou suplicante enquanto saia das sombras e a sala se tornava iluminada.
Havia uma lareira acesa, uma mesa com um jantar completo e várias almofadas no chão, que davam ao local um ar de aconchego e amor.
- Saia já daqui! Saia! Deixe-me em paz! Não quero nada que venha de você!
- Eu te amo – Harry falou carinhosamente sem se abalar – E eu não beijei a Patrícia. Só fiquei em choque pela ousadia dela. Eu te amo mais que tudo nesse mundo e tenho plena noção disso. Não conseguirei vencer sem você. Você é minha vida, a razão da minha existência a plenitude do meu ser, a extensão de mim mesmo, minha alma gêmea...
- Palavrinhas de amor não vão ajudar – Ela falou tentando a todo custo não sorrir. Havia visto sinceridade nos olhos dele, e finalmente acreditava no que ele dizia... Mas por que não fazer ele sofrer um pouquinho também?
- Gina... Ruivinha do meu coração! Me perdoa! Vai... Eu não mereço ficar sem você! – Harry suplicou com uma carinha muito fofa.
- Nada disso! – Ela falou firme enquanto tirava a capa que usava e ficava somente com um vestidinho azul que ia até um pouco abaixo de suas coxas... era hora de provocar!

Por um momento Harry só babou... Depois viu que ela se encaminhava pra mesa de jantar e tomava um pouco de vinho que havia numa taça ali. Só aí Harry notou que ela estava brincando com sua cara. Ela já tinha o perdoado e agora o provocava.

Sorriu malicioso. Se ela queria que ele ficasse sem esperanças por um tempo conseguiu, mas agora ele sabia que ela só estava jogando e viu o momento correto para continuar com aquele perigoso jogo de sedução.

Harry se aproximou por trás e afastou os cabelos dela da nuca, antes de beijar-lhe sensualmente.
Gina sentiu um arrepio percorrer seu corpo e soube que ele tinha descoberto sua farsa.

- Você não devia brincar com fogo, ruiva... Não devia... – Ele falou enquanto a segurava pela cintura.
- E você não devia brincar comigo... – Ela murmurou meio dopada pelo perfume dele.

Harry a apertou mais contra si e beijou-lhe o lábio delicadamente.
Sentia que o mundo podia explodir e ele não notaria.
Pediu passagem com a língua e encontrou sem resistência nenhuma.
Sentiu quando Gina despenteou mais seus cabelos e aprofundou o beijo. A levantou do chão e ela passou suas pernas pela cintura dele. Levou-a até as almofadas sem esforço nenhum.

- Você me deixa louco... –Ele falou enquanto beijava o pescoço dela.
- Você já me deixou louca a muito tempo... – Ela falou enquanto sentia um emaranhado de emoções distintas.

Harry não respondeu... Apenas voltou e lhe beijar na boca sem nenhum pudor.
Assim como começou o beijo, Harry o parou.

- O que foi? – Gina perguntou ofegante vendo Harry se virar constrangido.
- É melhor pararmos por agora... – Ele falou virando apenas o rosto para fita-la.
Gina riu da vergonha dele e perguntou:

- Você não quer?
- Claro que sim! Quero dizer, é... Mas ainda não é a hora.
- E quando vai ser?! Nós namoramos a oito meses já!

Harry ficou um tempo em silêncio e depois se encaminhou até ela, a abraçando.

- Lembra que você disse que não me perdoaria, senão não se chamava Ginevra Molly Weasley?
- Lembro, mas isso...
- Eu quero que você cumpra isso!
- Você está maluco! Pirou! Viajou na maionese! Não acredito que estou ouvindo uma coisa dessas!

Harry sorriu e lhe deu um selinho.

- Acho que você não entendeu... – Harry falou se ajoelhando – Eu quero que você mude de nome!
- Quer que eu me chame Patrícia? – Ela perguntou sarcástica.
- Não meu amor... Quero que se chame Ginevra Molly Weasley Potter!

Por um momento Gina ficou paralisada, completamente atordoada... Weasley Potter... Ele estava a pedindo em casamento ou era impressão?
No momento seguinte Harry lhe mostrou uma caixinha com um anel prateado que continha um pequeno rubi no meio.

- Oh Merlin... – Gina suspirou antes de jogar nos braços dele. - É claro que eu aceito! Aceito! Aceito! Aceito! Mil vezes aceito!
- Você sabe que ano que vem eu não vou mais estar aqui, então quero oficializar nosso amor. Não quero nenhum idiota correndo atrás de você – Ele disse com a cara ciumenta.
- Não se preocupe… - Gina falou o beijando – Só você pode me tocar... – Ela sussurrou no ouvido dele.
- É só você que eu quero que me toque... – Harry murmurou enquanto colocava as pequenas mãos dela por debaixo de sua blusa.
- Eu vou sentir muita falta de você... Do seu cheiro... Do seu corpo... Da sua risada... Das suas crises de mal-humor... – Gina disse enquanto beijava cada pedacinho do rosto dele que conseguia encontrar.
- Eu também... Do seu olhar... Da sua determinação... Da sua ruivísse aguda... Da sua belíssima imagem... De seu jeito de me fazer feliz... – Harry falou enquanto a pegava no colo delicadamente e a botava sentada à mesa. – Agora vamos jantar. Depois nós terminamos o que deixamos pendente – Ele mandou uma piscadela pra ela.

Gina riu contente. Aquela seria uma noite particularmente excitante.


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- Você acha que eles vão se acertar? – Leslie perguntou preocupada enquanto penteava os cabelos.
- Claro que vão... Eles não conseguem ficar muito tempo brigados... São um grude só! – Hermione falou enquanto se aconchegava em sua cama.
- Você não pode falar nada, não é? Você e o Rony também são... Só falta ficar mel nas suas pegadas de tão melosos!
- Eu sugiro que você faça o mesmo com o Kevin! Vocês são caidinhos um pelo outro!
- Não sei do que você está falando... Eu e o Kevin somos como irmãos...
- Aham… A Gi e o Harry também eram... Agora boa-noite por que eu estou morta de sono.

Leslie ficou um tempo pensativa. Não podia negar que gostava de Kevin, mas haviam muitas coisas que os impediam de ficarem juntos... Soltou um sorrisinho maldoso... Precisava pensar em se vingar acima de tudo e de todos. E Kevin teria que ficar em segundo plano, assim como várias outras coisas que gostaria de ter.



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- Você não tem ciúmes da Gina? – Kevin perguntou a Rony enquanto jogavam xadrez. Finalmente Rony havia encontrado um adversário que era tão bom quanto ele.
- Antes eu tinha, mas... Eu sei que se tentar interferir no relacionamento dela e do Harry, a Gina vai me jogar uma azaração que eu nunca vou esquecer... Você já viu o Reducto dela? Sério eu acho que é mais potente que o do Harry! E agora que a Gina começou a treinar com ele (o que eu também gostaria de fazer, diga-se de passagem) ela vem se tornando uma bruxa incrível. Tenho certeza de que ela tem plena consciência de seus atos.
- É incrível a confiança que vocês tem um pelo outro! – Kevin falou enquanto analisava meticulosamente uma jogada particularmente difícil de Rony.
- E como vai você com a Leslie? – Rony mudou de assunto.
- Normal como sempre.
- Não negue! Eu sei que você gosta dela!
- Que eu saiba Ronald isso não te interessa! – Ele falou seco e Rony estranhou, mas deixou pra lá... Ele devia estar constrangido.
- Tudo bem, tudo bem... Não me meto mais.
- É bom mesmo!
- E a propósito... – Rony disse risonho – Xeque-mate!
- Droga!


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No dia seguinte...
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Sentia que nunca havia dormido tão bem em toda sua vida. Apesar de estar sobre almofadas, elas pareciam infinitamente mais confortáveis que sua cama. Abriu os olhos preguiçosamente e a primeira coisa que viu foi sua noiva arrumando uma mesa de café da manhã.
Gina vestia apenas uma delicada calcinha e a blusa que Harry vestira na noite passada.
Não pôde evitar um olhar malicioso sobre ela... Nunca pensara que fazer amor com alguém fosse tão bom. Era impressionante o fato de conseguirem ficar tanto tempo sem fazer aquilo.
Harry se levantou (N/A: Ele estava de cueca ta? Isso aqui ainda é uma história respeitosa!) silenciosamente e sem Gina perceber, a abraçou por trás.
- AHHH! – Ela gritou - Você quer me matar de susto?
- Não. – Ele respondeu simplesmente beijando o pescoço dela –Eu pretendo te matar de outras coisas mais tarde...
- Não seja pervertido Potter... – Ela respondeu num suspiro – Eu não disse que aceitaria nada que...
- É claro que você vai aceitar... Você vai querer aproveitar cada momento comigo... – Ele falou mordiscando a orelha dela.
- Não me julgue por si... Pelo que eu me lembre, eu não disse que ia ficar fazendo certas coisas com o senhor... – Gina falou provocante enquanto roçava seus lábios nos dele.
- Até porque você já fez, não é? – Harry falou aprofundando o beijo.
- Era a primeira vez que eu tinha tomado vinho... –Ela respondeu se soltando dele e voltando a arrumar a mesa que a sala Precisa havia oferecido.
- Vou começar a te servir vinho a todo instante então.

Harry enlaçou Gina pela cintura no que ela riu.

- Você parece uma fada. –Ele falou – Só faltam as asas.

Gina encarou aqueles olhos esmeralda completamente hipnotizada. Sentia que não conseguiria amar alguém do mesmo modo que o amava.

Quando estava com ele, sentia que ia para um outro mundo, suas pernas bambeavam, seu coração falhava, sua boca secava, e tudo parecia se resumir à ele. Aquele homem que lhe dedicara os melhores momentos de vida, que lhe fazia se sentir plena, lhe fazia se sentir pequena e grande ao mesmo tempo.

Quando se beijavam era como se dançassem sobre as nuvens, como se flutuassem nas estrelas e como se, se atirassem de um abismo, sem medo das conseqüência, apenas sentiam aquele frio na barriga gostoso.

Quando se amaram sentiu que estava em plena decida de uma montanha-russa, que uma bomba ia explodir em si e que fogos de artifício explodiam a sua volta. Queria desfalecer e acordar ao mesmo tempo, queria ser e fazer... E mais do que tudo, queria que durasse para sempre... Queria se contentar em ter tudo e depois não ter nada.Deixando-se levar pelas emoções que aquele corpo lhe causava... Queria matar e morrer, queria sentir mais fundo a pressão dos corpos, queria que se fundissem e que nunca se separassem... Mais do que tudo queria ser dele... Queria amar e ser amada...

Por que na vida o que mais importa é amar, amar e amar...
Entendeu assim, que sempre conseguiriam superar as trevas, porque aquele sentimento comparado com todo o mal existente era como uma bomba atômica no meio de uma vila, iria acabar com a vila, assim como acabaria com o mal.

Talvez ocorressem dificuldades, mas as trevas afinal de contas não existem... O que existe é a falta de luz, a falta de tudo que há de bom e se pelo menos conseguissem colocar um pouco desses sentimentos lá dentro tudo sairia bem, por que o bem nada mais é do que a certeza de fazer o que é correto. E o correto é a prova de sua consciência limpa, de seu bem estar e de sua felicidade.

Voldemort, mesmo que conseguisse reinar nunca seria feliz e isso já o fazia fraco. Fraco de mais para competir com todo o amor que havia guardado dentro do coração de cada jovem.

- Você está tão pensativa “fadinha”... – Harry disse a tirando de seus devaneios.
- Só concluí uma coisa... – Ela disse enquanto enlaçava o pescoço dele - Não importa o que aconteça... Nós vamos ser muito felizes e Voldemort, será destruído.

Harry abriu um sorriso enorme... Um sorriso que só costumava usar com ela.
E a beijou. Beijou com toda a paixão que continha em seu coração.
Talvez fosse só impressão, mas tinham a sensação que daquele dia em diante a ligação deles aumentaria... E muito…

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- Kevin! – Leslie o chamou quando o viu entrar no salão comunal.
- Que foi? – Ele perguntou com seu habitual tom áspero.
- Nós precisamos conversar a sós.
- Que seja.

Leslie caminhava torcendo as mãos, enquanto Kevin matinha a expressão fechada no rosto.
Não o entedia. Quando o conhecera ele não era tão fechado assim. Com os amigos por perto ele tirava essa expressão do rosto, mas sempre que estava com ela sozinho... Se tornava outra pessoa.
“Que se dane!” – Leslie pensou – “ Eu sei que não tenho culpa, então ele que morra de mal-humor!”
Entraram em uma sala vazia e Leslie falou:
- Eu não vou desistir! Nunca.
- Você sabe que corre perigo não é? – ele disse como se falasse do tempo.
- É claro que não corro. Vai dar tudo certo. Você já me viu atuando numa peça de teatro Kev, sabe o quanto eu sou genial como atriz. Não me importo com o que poderá acontecer comigo, de qualquer modo.
- Você se acha esperta não é? – Ele perguntou nervoso. – Acha que você, uma pirralha vai conseguir fazer isso? Se toca! Não vai dar certo! Uma hora você vai ter que fazer uma escolha bonequinha, de qualquer modo vai se machucar com isso!
- Não me subestime Kevin! Eu não sou uma bonequinha! Sou muito forte! E eu pensei que não se parecesse comigo só na aparência... Vejo que estava enganada! Essa é única coisa que temos em comum! Nada mais... Você é um idiota sem escrúpulos que acha que o mundo é do seu jeito! Pois eu tenho uma novidade! O mundo não é assim! E no final você vai se dar mal seu otário, idiota, ignóbil, imbecil, chat... – Leslie não pode completar o que ia dizer.

Kevin lhe agarrou pela cintura e lhe beijou de uma forma selvagem.

Sentia que o mundo ia explodir a qualquer momento. A língua dele pediu passagem e ela ofereceu sem resistência. Sentiu suas pernas bambearem e se agarrou mais nele... Kevin lhe levantou do chão e a pôs sentada encima da mesa do professor sem parar de lhe beijar. Sentiu a mão dele percorrer suas costas deixando um rastro de fogo e sentiu-se arrepiar.

"Isso não devia estar acontecendo” a mente de Leslie gritou, mas ela tratou de ignora-la. Estava sentindo sensações que nunca sentira com ninguém antes.
Era louca por Kevin e beija-lo havia superado suas expectativas.

Passou a despentear seus cabelos loiros e se aconchegou mais entre as pernas dele.
Sentiu quando ele lhe mordeu o lábio inferior, ela soltou um gemido baixo. Não queria sair dali nunca.

Mas como tudo que é bom acaba, Kevin se soltou bruscamente dela e um sorriso sarcástico se formou em seus lábios vermelhos e inchados pelo beijo.

- Parece que esse é o único jeito de lhe calar a boca não é? – Ele falou enquanto passava as mãos pela face rosada de Leslie. – Espero que isso não se repita. - Kevin disse dando um tapinha no rosto dela e depois saiu como se nada tivesse acontecido

Quando Leslie se recuperou do choque de ser beijada e depois ser abandonada, ela soltou um palavrão alto.
Kevin tinha brincado com ela... Mas ele esquecera que ela também poderia jogar aquele jogo e que sempre teve muita sorte...
Teria que dobrar a aposta, e corria o risco de ganhar... Em dobro.

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- Como você acha que o Rony vai reagir quando nos ver? – Gina perguntou enquanto se aconchegava nos braços de Harry.
- Ele já sabia que eu pretendia te pedir em casamento... – Harry falou enquanto acariciava a cabeleira ruiva dela.
- É, mas com certeza ele percebeu que você não dormiu no dormitório... E nem adianta dizer pra ele que dormiu no SEU quarto por que a Mione e Leslie podem confirmar que eu também não estava no dormitório feminino.
- Ou seja, estamos perdidos... – Harry falou rindo.
- Sabe que eu nem me importo... Só espero que o Rony não de chilique...
- Eu também...- Harry sussurrou e depois disse – Não vamos ter problemas com ele. É só lembrarmos, que nós o encontramos com a Mione numa situação um tanto quanto constrangedora um dia desses.

Gina gargalhou. Toda vez que provocava o irmão o lembrava que Harry e ela haviam o pego em flagrante no salão Comunal num amasso um tanto quanto quente com Hermione.

- Bem... Já que a situação se resolveu acho melhor voltarmos não é? – Gina falou enquanto se levantava da “cama de almofadas” em que estava conversando com Harry.
- Ah não. – Harry falou preguiçoso enquanto a puxava pra se deitar novamente... É domingo!
- Por isso mesmo! Dia de passear pelos jardins, não de ficar enfurnado num quarto...

Harry sorriu malicioso.

- Você não parecia querer ir pros jardins alguns minutos atrás...
- Por isso mesmo... Alguns minutos atrás. Agora eu quero ir.
- Mas eu quero ficar. Fica vai.
- Você tem noção de que horas são? – Ela perguntou enquanto se levantava e se vestia.
- Sinceramente? Não.
- É quase meio-dia. Ou seja, nós temos exatamente uma hora pra caminhar nos jardins antes de ir treinar com o professor Dumbledore.
- Você e sua mania de caminhar no jardim... – Harry falou enquanto dava-se por vencido.
- Eu preciso manter a forma... Além do que... Quando eu caminho, me sinto em completa paz... É como meditar. Entende?
- Claro. – Ele falou por fim enquanto saia com ela da sala precisa. – É como estar você.


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N/A: Geeenteee desculpa a demora, mas agora que eu entrei de férias (ALELUIAAAA), as coisas vão andar mais rápido. Quero acresentar também que a história vai ter um período Pós-Hoggy.
Bem, no mais é só isso.


Beijokitas!

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