A Mudança (por Gina Weasley)



As escolhas são as nossas maiores armas, mas se fizermos as escolhas erradas, essas armas podem se voltar contras nós.
***



Passei meus olhos, entediada pela torre de astronomia. Harry não estava lá. Bufei. Onde aquele banana havia se metido?
Respirei fundo tentando manter a calma.
- Vamos Gina. Uma hora ele vai ter que aparecer – Eu murmurei pra mim mesma.
Vocês não devem estar entendendo bulhufas não é? Pois bem. Vou começar a contar tudo desde o inicio.
Harry estava no quinto ano, eu no quarto, e seu padrinho Sirius Black foi morto por uma comensal da morte. Bem devo dizer que Harry ficou realmente magoado e nervoso.
Por qualquer coisinha o cara estourava e isso estava ‘machucando’ a todos. Rony e Hermione se preocupavam realmente com ele e tudo o que ele fazia era xingar até a vigésima geração de Merlim e dizer que o mundo era uma completa injustiça.
Até aí as coisas até que estavam boas, tudo começou a ficar realmente horrível quando o sexto ano começou.
Houve um ataque (na primeira semana de aulas) à Hogwarts e eu fui muito ferida por ninguém mais ninguém menos do que Lord Voldemort em pessoa.
Claro que isso me afetou muito (óbvio o corno me deixou uma cicatriz nas costas com um formato não identificado, apesar do Harry insistir de que aquilo é um sete, e queria que eu fizesse o que? Risse?)
Voldemort me torturou e me fez essa cicatriz. Me arrepio de medo só de lembrar daquele dia. E depois ainda tem a pior parte. A parte que me abalou verdadeiramente.
O Lorde-eu-me-acho-o-gostosão-e-vou-dominar-o-mundo me jogou pros idiotas que lambem a barra do vestidão dele e disse que eles podiam fazer qualquer coisa comigo, menos me matar.
Vocês já devem imaginar o que eles pensaram na hora né?
“Legals, temos uma pirralha pra estuprar, por que não o fazemos?”.
Claro que isso não aconteceu. O Harry apareceu e me salvou. A expressão que ele tinha naquele dia me deu até medo. Sério. Ele quase matou os comensais de susto quando mandou um feitiço poderosíssimo.
Depois desse dia, Harry ficou estranho e pediu para Dumbledore treina-lo. Claro que o diretor aceitou e assim a fase “preciso-me-tornar-guerreiro-porque-o-mundo-está-em-minhas-mãos” começou e Harry se isolou completamente. E agora pasmem. A única amiga, realmente amiga dele agora, sou eu.
É eu a Gininha. A irmãzinha do melhor amigo dele. E não. Ele não rompeu os laços com Rony e Hermione. Só que ele se afastou. E se afastou ainda mais quando os dois começaram a namorar. Os dois ainda tentaram convence-lo para que ele voltasse a ser o garoto alegre de antes, mas não conseguiram (e sinceramente eu também não gostaria de fica de vela). A única pessoa com que Harry realmente se abre é comigo.
Com a maioria das pessoas (excluam as mais próximas ok?) ele é frio, grosso, sarcástico ou com os mais próximos ele simplesmente escuta. Ele não fala e vive com uma expressão pensativa. Não que ele seja mudo. Ele conversa, mas ele não é mais aquele garoto divertido, a não ser comigo. Comigo sim ele é o Harry. E não me perguntem o por que. Harry e eu nos tornamos amigos e nem percebemos. Foi uma coisa completamente natural. Mágica...
Voltei ao presente quando senti suas mãos tampando meus olhos.
- Procurando alguém ruivinha? – Ouvi uma voz sussurrar em meus ouvidos.
- No momento, o banana que resolveu sumir pelo dia inteiro – Eu devolvi o sussurro enquanto sorria.
- Pois então é seu dia de sorte. Ele está bem aqui.
Destampei meus olhos e sorri. Harry estava encantador com aquele sorriso.
- Onde você estava? – Eu perguntei enquanto entrelaçava minhas mãos na dele. E NÃO nós não somos namorados. Bem, claro que já rolou um clima, mas nada mais que isso!
- Treinando na floresta. – ele respondeu normalmente. Eu acho que esqueci de mencionar que o Harry treina ao na floresta proibida ou na sala precisa né?
- A ta. – Eu disse simplesmente. Já estou acostumada com esse treinamento todo de Harry e simplesmente aceito. Eu sei que ele não será feliz enquanto não destruir o lado das trevas.
- Mas e aí... Que tal uma seção alegria? – Ele me perguntou maroto.
- Nem precisa falar duas vezes – Eu respondi contente.

Bem deixem-me explicar devidamente. Seção alegria é nada mais nada menos quando eu e Harry vamos para o quarto dele (o Dumbledore deu um quarto pra ele. Para que quando ele voltasse dos treinamentos pudesse descansar em paz. Ou simplesmente pra quando ele precisasse de um tempo só pra ele. Apenas eu Rony e Hermione sabemos desse quarto, mas eles raramente vão lá, enquanto eu praticamente me aposso do aposento) para brincar. Eu não falo brincar de esconde-esconde e essas coisas. Nós não somos tão idiotas. Nós ficamos lá lendo livros, cantando musiquinhas que nós mesmos inventamos, vendo uma tal de TV (um aparelho trouxa que me fascinou. E eu não tenho nem idéia que como o Harry conseguiu coloca-lo em Hogwarts) ou simplesmente conversando e nos entupindo de sorvete. Devo acrescentar que é bem divertido. E ninguém sabe disso. Imaginem a reação das pessoas ao saber que Harry Fechado Potter se diverte?
Mas voltando ao presente... O quarto do Harry fica no quinto andar e nós já estamos lá.
Harry falou a senha para um quadro em branco e uma porta apareceu no lugar desde.
Entramos e eu me joguei na enorme cama de casal que havia lá. Estava exausta. Tinha ficado uma hora inteirinha procurando Harry por Hogwarts. Já devia ter passado da hora do jantar então ele que me arrumasse alguma coisa pra comer.
- Quer comer alguma coisa? – Ele me perguntou risonho. Nessa hora eu soube que ele tinha dominado a técnica da Legilimencia.
- Quem te deu o direito de ler minha mente?
- Ninguém! Eu me dou ao direito. Estou no sétimo ano e tenho todo o direito de usar legilimencia na pirralha da minha melhor amiga. – Ele respondeu risonho.
- Humpft! Ta se achando né? – Eu murmurei marota.
- Eu não me perdi!
- Mas vai perder uma parte importante do seu corpo se continuar a ler minha mente!
- Tudo bem tudo bem eu me rendo!

Sorri feliz. Harry sempre cedia comigo. Claro que quando ele pedia alguma coisa eu também aceitava e o ajudava.
Vi ele se levantar e pegar uns sapos de chocolate pra gente. Agradeci e devorei o meu. Quando olhei pro lado qual não foi minha surpresa ao ver Harry... Cochilando!
Quero dizer, olhando bem pra ele, ele está acabado! Acabado quer dizer: Suado, sujo e sangrando. Resumindo ele estava com 3s.
Coitado deve ter treinado pra caramba. Olhei melhor para o machucado que ele tinha no braço. Não estava mais sangrando, mas poderia infeccionar. Suspirei irritada.Ele nunca pensava em se cuidar. Era sempre eu que cuidava desses pequenos ferimentos. Não que eu queira ser medi-bruxa, mas do jeito que vai...
Conjurei rapidamente um algodão, e depois água.
Passei delicadamente o algodão sobre o machucado, com medo de acorda-lo, mas foi em vão.
Quando eu menos esperava lá estava ele, com suas duas esmeraldas fixas em mim.
- Parece que minha médica particular já deu um jeito no seu paciente preferido – Ele murmurou com a voz fraca, devido ao cansaço.
- E sua médica particular diz que vai se retirar, para que você tome um banho e durma, por que ela não quer te ver doente.
- Ah não. To com preguiça. – Ele respondeu me abraçando e se aconchegando em mim.
Dei-me por vencida. Era sempre assim depois que o treinamento dele acabava.
Em nossa vida se instalou essa rotina confortante e cortante que sempre está instável. Contraditório não é? Mas é sempre assim. Eu tenho uma intimidade com Harry que nem Rony ou Mione tem, e mesmo assim eu ainda tenho que enfrentar as crises de mal-humor dele por que ele simplesmente tem um gênio muito forte. Sendo assim, os dias dos treinamentos ficam completamente bagunçados e eu não sei quando vou encontra-lo feliz por ter cumprido um feitiço passado por Dumbledore ou vou vê-lo quase morto de cansaço pelo seu esforço.
E sempre que o vejo assim sinto meu coração cansar junto com o dele, por que eu simplesmente nunca deixei de ama-lo.
Okay é melhor eu parar. Isso já está ficando meloso de mais.
Olhei para Harry e vi que ele já dormia um sono alto. Delicadamente me separei dele. Peguei um pedaço de pergaminho estava sobre uma escrivaninha e escrevi:

Harry, não quis te acordar pra me despedir por que você estava muito cansado. Nos vemos no café, beijos Gina.
P.S.: Vê se toma banho seu “porquinho” por que tu ta fedendo pra chuchu. Te ‘dolu’!


Deixei o bilhete na cama dele e saí. Afinal de contas, também estava cansada.

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N/A: Gente... Tô começando essa nova fic, mais eu não vou parar de escrever Harry Potter Mudando o Passado. Só quero dizer que a idéia me veio como uma bomba, mas precisamente de um filme que eu ouvi falar e decidi postar... Espero receber muuuuuuitos coments tá?
Beijokitas

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