A História de Murta



Murta Ashlee De’Little caminhava, triste, pelos relvados verdejantes daquela escola... daquela prisão, a prisão onde Murta vivia dez meses num ano, a prisão onde, aos olhos do Mundo exterior, eram todos iguais... Mas, lá de dentro, se via bem que não era assim: eram todos alunos, mas havia três subclasses: Os populares (sempre bonitos, conheciam tudo e todos, tinham notas exelentes e eram adorados pelo professores e colegas, porque sabiam bem dar graxa, e tinham sempre grupinhos de amigos bonitos e semi-populares, com nomes estúpidos e completamente sem-sentido, como as “ya-ya” (um grupo de Sonserinas do sexto ano) ou coisas do mesmo jeito); os médios (este ou aquele podiam ter ouvido falar de que eram amigos desta, que conheciam alguém popular e, através dessas pessoas, iam ficando populares, e a vida deles mudava de um dia para o outro, e eram felizes...); e, por último, os desconhecidos, os parvinhos, os anti-sociais, os caladinhos, sem amigos populares ou mesmo médios... Como a Murta. Ela sim, só tinha três amigos, todos tristes e desconhecidos como ela, e dois deles nem sequer eram Lufa-lufenses, como ela: Um Grifinório, e uma Corvinal. Ahh, como ela desfrutava da companhia deles! A Marta, o Pedro e o Joel, os melhores amigos que se podia ter... Entre os desconhecidos, claro. A Marta era Corvinal e o Joel era Grifinório, mas o Pedro era, apesar de Lufa-lufense como ela, uns aninhos mais velho, portanto, Murta raramente podia estar com eles, e então sua vida voltava a ser chata e miserável.
Especialmente com Olívia Hornby tão próxima como agora. Ela (Hornby) sim, era popular, Hogwarts inteira a conhecia, ela era linda, com seus cabelos doirados, ondulados e compridos até à cintura, a face muito bonita de nariz fino e elegante, rodeado de pequenas e perfeitas sardinhas cor-de-laranja, a boca perfeita, cheiinha e muito vermelha, a pele branca e suave, os olhos brilhantes e muito azuis, orelhas pequenas e simplesmente perfeitas, e um corpo curvado e magro que enfeitiçava garotos de todas as idades e casas. Nesse exato momento, no terceiro ano das duas (apesar de Olívia ser uma Sonserina), no segundo sábado do ano lectivo, um fim-de-semana sem Hogsmeade, um dia de muito calor, a dita moça vestia uma mini-saia curta de ganga, com botões em prateado, e uma blusinha sem alças que lhe deixava a barriga à mostra, de um lilás muito claro, dum tom pastel, a combinar com as sandálias de salto alto com joiazinhas prateadas e brilhantes. Brincava com um dedo fino, branco e comprido, de unha bom grande e pintada de azul-escuro com brilhos prateados no cabelo doirado e sedoso. A seguir, olhou prà pobre Murta, que vestia suas mais velhas e feias calças de ganga, largas e sujas, e uma blusa comprida e preta, de alças, que também já tinha seus bons oito meses. E Murta se apercebeu, com um arrepio, de como seus cabelos se encontravam bagunçados.
_ Uhhhh, olha a Murta! _ Chamou a atenção de suas colegas semi-populares, com sua voz doce e maliciosa, um sorriso sarcástico a se lhe desenhar na boca perfeita. _ Que faz você por aqui, sua feia? Ainda você vai matar alguém com essa sua cara nojenta... Oh, claro, como eu pude ser tão insensível, você está caçando sua janta, o Diretor não deixa certamente você comer no slalão, você assusta os mais novos... _ Aquilo não tivera nenhuma piada, fora demasiado rebuscado, mas, mesmo assim, as pessoas a sua volta riram bastante, para agradarem a Olívia.
_Me deixa, Hornby _ Disse Murta a Olívia, com voz de choro, e, claro, a garota percebeu isso logo.
_Oh, agora você vai chorar, sua bebêzinha? Você sabe, ser feia e completamente estúpida não é assim tão mau, você podia pôr um saco de papel na cabeça e pronto, quem sabe você conseguia mais amigos assim do que a parvinha da Marta Guilmore, o chato do Joel Tsuo, e o idiota do Pedro Warrior!
Foi o “abre-te sésamo” para uma torrente de lágrimas e soluços da parte de Murta, que logo atraiu todos os alunos que se encontravam por perto (Joel foi logo a socorrer), bem como a velha professora de Ervalogia, Pâmela, que se aproximou a passos largos:
_Que se passa, Menina De’Little? Porquê chora? _ Perguntou a profa., sem o mais mínimo rasgo de preocupação em sua voz.
_Foi Olívia Hornby, Profa., ela anda zombando de Murta! _ Atirou Joel, com a raiva estampada no rosto.
_Por favor, Menino Tsuo, não brinque! A Olívia não seria capaz de fazer algo assim, não mesmo, minha queridinha? _ Acabou ela, olhando, com ar muito maternal, para Olívia, que bateu as pestanas duas vezes e sorriu para a profa., com um ar angelical, e sorrindo demoniacamente, quando a bruxa se voltou.
_Mas eu estou-lhe dizendo, profa., foi isso que aconteceu! _ Continuou Joel, perdendo a paciência.
_Menina De’Little, o que foi que aconteceu aqui?
_Bem... Eu... Bem... Nada, nada, profa., obrigada pela preocupação, mas eu estou bem, Olívia não me fez nada, Joel deve ter percebido mal.
Joel a olhou com nojo e descrença, e a profa. a olhou com um sorriso desagradável. Murta sentiu as lágrimas lhe virem aos olhos. Acabava de perder o amigo mais importante de sua vida! Estava certa em pensar que Joel não mais lhe falaria, e que, com ele, se iriam Marta e Pedro (eles sempre tinham ficado do lado de Joel, em tudo e em nada). Com uma esfarrapada desculpa, começou a correr até ao castelo, chorando mal ultrapassou as gigantescas portas. Marta a viu, e a começou a seguir, os cabelos bagunçados e pretos esvoaçando ao vento, os olhos castanhos-claros enrugados de preocupação.
_Murta! Murta, me espera!!! Murta, que se passa com você?! Foi aquela idiota da Hornby outra vez?! Oh, eu te juro que eu a MATO!!!
Mas Murta não a ouvia. Tudo, tudo o que queria era se refugiar em seu banheiro do segundo andar e chorar, chorar até à exaustão.
Marta logo foi alcançada por Joel, e, ao ouvir sua versão, deixou de querer ajudar Murta. Isso só a fez chorar mais ainda. Ao olhar para trás, ainda conseguiu ver, através de seus óculo redondos, marejados de lágrimas, o contorno borroso dum cabelo negro comprido, um cabelo castanho espetado (pertencente a Pedro) e um cabelo curto loiro-palha, pertencente a Joel. Então, quando estava chegando a seu banheiro, esbarrou em alguma coisa...
_Ora, ora, se não é a feia da De’Little! Você não tire esse óculos não, eles só te fazem mais feia ainda!
_Hornby! Porque não podemos simplesmente ser amigas?!
_Porque eu não seria capaz de me dar com alguém com esse óculos nojentos!
E pronto. Foi demais para Murta. Entrou em seu banheiro, e se refugiou em seu cubículo favorito, bem no fundo.
E foi então que o ouviu. A voz, pertencente a um rapaz. Mesmo quando estava se virando, para lhe dizer para se ir embora, os viu. Os olhos. Os olhos vermelhos e brilhantes e horríveis, mas ao mesmo tempo de uma beleza extraordinária. Não lhe traziam a morte. Lhe traziam a salvação. A tiravam de todo aquele suplício. A última coisa que se lembrou de pensar, foi que se calhar, morrer não era assim tão mau, mas jurou a si mesma que se vingaria de Olívia, se vingaria, por mais que lhe custasse!

N/A: Esta é minha primeira fic, por isso não me mate já. Provavelmente não gostaram, mas não mande comments grosseiros _ Isso não vai me animar. Se você gostou, agradecia que me mandasse mail (eu adoro conhecer leitores^o^), e também agradecia que vc se informasse sobre psicologos disponiveis: P. Agora a sério, obrigada por ler, blablabla, e tenha um bom dia!

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Comentários (2)

  • Sarah Weasley.

    Gostei também! Fic legal! Mas adoraria q tivesse escrito como a Murta ia atormentar a Olivia! kkkk isso seria legal demais de ver! kkk beijos!

    2013-01-31
  • juhmusso

    Começou muito bem! Mas não vai terminar? Eu gostei da fic, por favor, termine.

    2011-05-05
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