Justificativa!



N/A: Escrevi este capítulo CORRENDO! Tenho muito o que estudar e estou atrasadíssima. Enfim, foi só para não deixar vocês mais uma semana sem capítulo. Desculpem MESMO³ pela demora excessiva.

***

Hermione chorava sem parar. Escolhera a pior hora possível para se declarar, fato. Mas uma coisa que a deixava com a pulga atrás da orelha era Harry cair de amores por Gina de repente, e simplesmente esquecer o clima entre os dois. Ela sentia-se como um cristal quebrado, que Harry havia despedaçado e agora não tinha mais valor algum.

Ali, no dormitório, sentou-se no chão e chorou. E, chorando, percebeu o que deveria ser feito. Ela falaria com Harry. Descobriria porque ele estava agindo assim. Ela precisava saber.

Então, tomando forças com um suspiro profundo, levantou-se e desceu a escada, degrau por degrau. Harry estava lá embaixo ainda, com uma feição confusa.

– Mione, por que você saiu de repente? – ele gritou, quando a avistou.

Hermione chegou até a se surpreender com sua falta de tato.

– Porque você não... porque você é apaixonado pela Gina e eu não consigo acreditar nisto. – ela respondeu, tomando fôlego.

Harry riu.

– Por que não consegue acreditar? Eu amo a Gina, Mione. É tão difícil?

Hermione sentiu um arrepio na espinha, e começou a perguntar-se o que diabos estava fazendo ali, ouvindo estes comentários de Harry.

– Mas... eu... eu pensei que você me amasse. – ela pronunciou, olhando para baixo.

Harry a observou incrédula.

– Hermione, o que andou bebendo na cozinha? Você é apenas minha amiga, só isto! - disse divertido.

Hermione não achou graça nenhuma no tom dele. Pelo contrário, quase pôde sentir as lágrimas voltarem a descer. Hoje ela aprendera que a pior coisa que pode existir é o amor não correspondido.

– Eu não bebi nada. Você é quem parece estar anormal aqui! Harry, você está agindo estranho... não costuma demonstrar seus sentimentos assim. – ela conseguiu dizer, com a voz embargada.

– Não demonstrava meus sentimentos porque nunca tinha amado ninguém do jeito que amo Gina Weasley! – ele gritou, tentando se libertar do que Hermione dizia.

A garota, entretanto, não sentia-se bem. Sentia uma dor torturante no coração, pior que qualquer Maldição Imperdoável. Quando percebeu, já tinha voltado a chorar compulsivamente.

– Tudo bem, então, Harry. Espero que vocês se explodam! – ela conseguiu gritar, antes de levantar-se e subir novamente para o dormitório.

***
Gina bateu a porta na cara de Draco depois da pequena discussão vespertina dos dois. Saindo de seu dormitório e descendo para o Salão Comunal, encontrou Hermione subindo as escadas em estado de desespero, chorando de soluçar.

– Mione? O que foi? – ela perguntou, esquecendo de que havia causado aquilo.

– O H-h-arry... idio-ota... – a garota respondeu, entre as lágrimas.

– O Harry idiota? Mas eu pensei que você gostasse dele...

– EU GOSTO DELE! – explodiu. – Mas ele gosta de você! – completou, com dose medida de amargura.

Gina sentiu um leve enjôo. “Ah é, droga!”, mentalizou, praguejando. Não queria mesmo fazer uma amiga sofrer, mas a vitória tinha um preço, e ela estava totalmente disposta a pagá-lo.

Hermione a observou, e a ruiva compreendeu que deveria responder algo.

– Err, eu não fiz isto, Mione. – mentiu descaradamente.

– Gina, vem comigo, preciso conversar com alguém. – Hermione pediu, puxando o braço da outra.

Gina não pôde resistir. Devia isto à Hermione. As duas entraram no dormitório da segunda, e sentaram-se na cama, uma de frente para a outra.

– Fale. – Hermione disse.

– O que?

– O que você fez. Te conheço a tempo suficiente para dizer com segurança quando está querendo me contar alguma coisa.

Gina fingiu não saber do que ela estava falando.

– Mione, não fiz nada!

– Agarrou-o?

– NÃO!

– Tentou forçá-lo a algo?

– NÃO!

– Ele te agarrou? Tentou te forçar a algo?

– Não e não, Hermione!

– Poção do amor?

– É! Quer dizer, claro que não, digo, erm...

– MEU MERLIN! POÇÃO DO AMOR, GINA?! POR QUE? – Hermione gritou incrédula, mas não conseguiu esconder seu alívio. O amor doentio de Harry não era totalmente real.

Gina suspirou, triste.

– Não posso contar o motivo. – respondeu. Não podia (e não queria) delatar Draco Malfoy.

– Gina... – Hermione insistiu.

– Já arrancou de mim uma confissão! O que quer mais?

– Quero que me responda porque não suportou me ver feliz. Ciúmes? Medo de perder o Harry?

– É, tá bom? Está satisfeita agora? – Gina gritou, mentindo. – Morro de ciúmes de você, Hermione! Queria o Harry para mim, caramba!

Hermione suspirou. Não era capaz de acreditar que a ruiva a sua frente fora capaz de cometer um crime tão pateticamente vil.

– Saia. – pediu.

Gina atendeu com rapidez. Correu para fora do quarto, vermelha de vergonha por ter sido descoberta.

***
Harry estava passando mal no Salão Comunal. Um enjôo, meia dúzia de delírios e mal estar a todo momento, envolvendo dor de cabeça e fisgadas no estômago.

– Rony, estou vendo coisas. – ele exclamou.

– Sei, sei. Não venha mais com aqueles discursos de “eu vejo a Gina a todo momento”, pelo amor de Merlin.

Harry sentiu a orelha queimar, e depois sua cicatriz.

– Gina? Por que eu falaria da Gina? – perguntou, tentando esconder seu incômodo na testa.

Rony esbugalhou os olhos, rindo.

– Ah meu Deus, Harry, você está mesmo ficando doido.

Uma visão súbita o invadiu e ele entrou na mente de Voldemort. Podia ouvir os próprios gemidos no consciente, mas o pensamento do bruxo das trevas era mais interessante. Era uma lembrança... Uma lembrança de Draco Malfoy. Fazia uns dias que Harry não ouvia falar nele. A visão consistia em Draco entregando uma pedra negra (um diamante) para Voldemort. O garoto da cicatriz sentiu a espinha congelar. Voldemort conseguira a horcruxe. Ele podia considerar-se morto.

– HARRY! HARRY! – Rony chamou, alto demais.

Neste momento, percebeu o quanto estava suado. Pingava, gota a gota.

– Puxa, parece que vai morrer por desidratação! – Rony brincou.

– VOLDEMORT CONSEGUIU A HORCRUX!

Subitamente, Rony passou a compartilhar exatamente o mesmo semblante de Harry.

– Você tem certeza? Quer dizer, Vol... Vol...

– SE QUISESSE MAIS CLAREZA QUE ISTO, RONY, COMPRASSE UM LUSTRA-MÓVEIS! – Harry respondeu, agitado, esfregando a cicatriz com veemência. – Precisamos da Hermione.

Harry passou a andar e chacoalhar as mão freneticamente. Seu ritmo corporal acompanhava a batida desenfreada de seu coração. Ele estava morto... morto... morto...

De repente, um novo flash invadiu sua mente. Num momento, Harry podia sentir seus músculos, em outro, os sentimentos já não eram mais deles. Sentia sua capa – que, agora, era a mesma de Voldemort – raspar no chão. O lugar onde estava era escuro e o cheiro lembrava a sangue putrefato.
– Acendam as luzes. – Voldemort ordenou. Harry pôde perceber que seus lábios formaram as mesmas palavras do bruxo ofídico.

No instante seguinte, o ambiente iluminou-se. Com um sobressalto, o garoto da cicatriz reconheceu o lugar. Ele estava dentro do Expresso de Hogwarts.

– HARRY, EI HARRY! – Rony concentrava seus maiores esforços para fazer o amigo redobrar a consciência. – Aguamenti!

Um jato d’água partiu da ponta da varinha do ruivo. Harry levantou assustado e ofegante. Estava encharcado com a água gelada de Rony, mas seu corpo nunca estivera pulsando de forma tão quente.

– Não desmaie de novo, por favor. – Rony pediu.

Harry o ignorou. Voldemort... Expresso... as lembranças voltavam em velocidade medonha. Mas, que diabos... Como o Lorde conseguira entrar no trem? Ou melhor, onde ficava o trem, quando não transportava alunos? Tinha a mesma função do Nôitibus Andante?

– Rony, rápido, traga a Hermione. – Harry suplicou.

– O que você viu?

– RONY!

– Já vou, já vou...

Rony saiu correndo até a escada do dormitório feminino. Harry ficou apenas refletindo sobre o que aquela visão poderia significar... Se corresse, ainda teria tempo de lutar com Voldemort e impedi-lo de reforçar os feitiços sobre a Horcrux.

– Harry, temos um problema... Não posso subir no dormitório! – Rony grasnou.

Accio Hermione! – Harry gritou, desesperadamente. Nada aconteceu.

– Pelo amor de Merlin! “Accio” só funciona para objetos materiais. Você sabia disto, não é? – Rony corrigiu, aflito.

Os dois reviravam seus respectivos cérebros, tentando encontrar qualquer informação que os ajudasse na guerra que se aproximava.

– Rony, você ainda tem as moedas da A.D.? – Harry perguntou, mudando de assunto.

Rony pareceu ponderar na resposta.

– Receio que sim, em algum lugar da minha mala. – o ruivo respondeu, com dose disfarçada de incerteza.

– PEGUE! Junte todos os membros da A.D. que você conseguir. Vamos encontrar o Expresso.

A determinação na voz de Harry tornava evidente o quanto o garoto estava
disposto a sobreviver.

– E a Hermione? – Rony perguntou. – Como vamos convocá-la?

– Eu vou pensar em algo. Agora, vá! Corra. E chame a McGonagall também.

Ronald Weasley saiu em disparada para o lado oposto de Harry. Não sabia o que o amigo tinha previsto, mas isto pouco importava agora. O brilho que perpassava pelos olhos de Harry beirava o doentio.

A alguns metros de distância de Rony, a cicatriz do outro garoto queimava dolorosamente. A pressão da testa sobre seus olhos fazia Harry sentir lágrimas começarem a brotar. Então, ele teve uma idéia. Não sabia se era suficientemente sã, só tinha certeza que era sua melhor chance...

O feitiço “Accio”, como Rony explicara antes, só funcionava com objetos materiais. E, bem, Hermione sempre tinha um livro com ela. Harry imaginou o livro que ela estava lendo naquele momento... “Hogwarts – Uma História”? Não, complexo em demasia. Talvez a amiga estivesse lendo apenas um romance...

– Que se dane! Accio livro que a Hermione Granger está segurando! – Harry gritou.

Imediatamente, ouviu um grito no lugar de cima, seguido de passos apressados. Não demorou muito para associar Hermione correndo atrás de um livro voador.

– Mas que diabos! – a voz da garota já era audível. Não demorou muito, e ela apareceu na escada. – Harry! – exclamou, após uma pausa de reconhecimento.

– Mione, corra! Voldemort encontrou a Horcrux! Precisamos de todos os membros da A.D. reunidos e deste seu Q.I. 590! – Harry gritou.

Hermione pareceu meio desencorajada e hesitante. Harry sabia o que ela estava fazendo: tentando formular os prós e os contras de uma atitude impulsiva.

– Q.I. 590? Não existe tal coisa. – ela disse simplesmente.

Ele sorriu.

– Você existe, pelo que eu saiba.

“O efeito da poção do amor realmente acabou”, Hermione pensou. Desceu as escadas e encontrou com Harry lá embaixo. Pediu para ele explicar-lhe toda a confusão da Horcrux e, depois disso, os dois correram para juntarem-se aos outros. Conversariam sobre os assuntos pessoais depois.



N/A: Infelizmente eu não pude corrigir o capítulo, me desculpem ^^ Os erros (e vão ter muitos, creio eu) serão corrigidos mais tarde. E os comentários serão respondidos no mesmo dia :} Obrigada por tudo, gente.

Beijo, :*

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