**Capítulo 3**



N/A: Oi gente... mais um capítulo... Acho que poucas pessoas leram o ultimo, mas tudo bem. Desculpem pelo atraso, mas estava viajando e resolvendo alguns probleminhas por aqui... Eu sei que pedir não adianta muito, mas não custa tentar... POR FAVOR COMENTEM... pra mim é muito importante saber o que as pessoas acham do que eu escrevo....

Teca Moony Lupin e Tah Potter Malfoy : James realmente é um pobre coitado, mas é Lily quem vai sofrer um pouco nesse capítulo... hora de inverter os papéis... espero que gostem... valeu pelos comentes!!!
Bjos e até breve...



Capítulo 3

Paz



- Srta. Evans! Quantas vezes eu preciso dizer para você se concentrar? – McGonagall disse pela milésima vez naquela aula. Parece que transfiguração não é meu forte...ta bom, eu confesso, eu sou um desastre na maioria das vezes. Mas é que é tão difícil me concentrar, principalmente com tudo que vem acontecendo ultimamente. Eduard já está bem, mas as palavras de Black ainda me incomodam muito. Ele parece estar com muita raiva de mim... é como se toda as discussões que ele tem tido com o Potter, e olha que são muitas, fossem minha culpa. Oh meu Deus! Por favor...diga que não são... porque se tem uma coisa que eu admiro no Potter, pode-se dizer que é a relação que ele tem com os amigos. Os marotos são de longe o grupo mais unido de Hogwarts.
- Sr Potter! Se você parece tão convencido de que já sabe tudo sobre transfiguração, acho que pode ajudar a senhorita Evans com a matéria – Meu estomago gelou na hora. Potter passara os últimos vinte minutos da aula brincando com um baralho esquisito. Mas acreditem se quiser, já havia dois ratos, um gato e um coelho em cima de sua mesa. É... o mundo é realmente injusto. Eu não havia nem conseguido transformar meus objetos em alguma coisa que lembrasse um animal até agora enquanto o idiota do Potter tinha um zoológico em cima da mesa. McGonagall parou em frente ao lugar em que ele estava sentado junto com Black e o encarou raivosa. – Não sei como você consegue ter notas tão altas na minha matéria. – ela falou ainda o encarando. Potter não respondeu. Infelizmente... porque a minha maior ambição era saber como ele tinha notas tão altas, não só em transfigurações, mas em qualquer outra matéria sem fazer o mínimo esforço para isso. O idiota guardou o baralho e passou a mão pelos cabelos daquele jeito que todos conhecem. Eu voltei a atenção às caixas em cima da minha mesa rezando internamente para que o assunto não voltasse a minha pessoa. Mas eu já disse que eu não costumo ter muita sorte?
- Não acredito que a Srta. Evans necessite de ajuda – Potter se dirigiu à professora Minerva constrangido, mas a afirmativa dele soou com tanta convicção que até eu me convenci. – e mesmo que necessitasse, acredito que existam milhares de pessoas mais indicadas para ajuda-la. - Ele não estava sendo irônico, na verdade ele me soou bem sincero
- Acredite – Minerva disse olhando pra mim com cara de pena – ela precisa sim. E VOCÊ Potter, vai ajuda-la. É bom que tenha alguma responsabilidade a mais. Os treinos de quadribol não são o suficiente para manter você ocupado tempo o bastante para que não destrua e escola junto com o sr. Black – muitas pessoas riram. Minerva era esperta...estava resolvendo dois problemas de uma vez só. Mas eu não podia deixar que Potter fosse meu ‘professor’ particular... isso seria no mínimo... catastrófico.
- Por favor professora – eu disse calmamente...tudo bem...nem tão calmamente assim – acredito que possa estudar sozinha e... bom...compreender a matéria. - Sophia olhou pra mim com uma cara engraçada. Ta, eu sei... eu vinha tentando compreender a matéria sozinha nos últimos seis anos.
- Srta. Evans, se você tem mesmo o desejo de se tornar uma auror aconselho que comesse a se esforçar. Você precisa da minha matéria e receio lhe informar que não aceito alunos com notas baixas na minha classe. Por isso, combine com o Sr. Potter o melhor horário para estudarem juntos. - Eu realmente comecei a me desesperar naquele momento. Estudar com o Potter? A não... não mesmo. Ele está com raiva de mim. Ok... sei que foi um pensamento patético, mas ele estava realmente me evitando, o que me leva a crer que ele está com raiva por eu... estar namorando outro que não seja ele. O que é realmente injusto se você quer saber minha opinião... eu não posso simplesmente escolher a pessoa que eu vou me apaixonar... e se pudesse, venhamos e convenhamos, Potter seria a minha ultima opção.
- Eu posso ajuda-la professora – Eduard disse apressado. – Fui tomada por um alívio momentâneo, mas senti meu rosto corar ao ouvir uma onda de murmúrios percorrer a sala. Conseguia até imaginar o que eles estavam dizendo, provavelmente eram comentários maliciosos sobre o meu namoro com Lyn. Só porque não somos da mesma casa... se bem que se fosse um corvinal ou um lufa-lufa não falariam tanto pelas minhas costas.
- Sr. Lyn – Minerva disse com raiva. Pelo menos dez minutos da aula dela já tinha se esvaído e acreditem... McGonagall não é do tipo que perde segundos em sua aula quem dirá minutos... – Creio que o senhor saiba realmente o necessário para ensinar a Srta. Evans, mas sinto lhe informar que não é o bastante. Potter é mais indicado para isso, as melhores notas foram dele. – ela encerrou energética. Eu olhei para meu namorado e vi que ele parecia ter levado um soco no estomago. Mas também pudera... isso doeu até no meu ego. Coitado do Eduard.
- Professo... – eu comecei, tinha que salvar a dignidade dele. Afinal de contas ele tentou me salvar de um futuro complicado com o Potter me dando....aulas??? É muita humilhação. Acho que vou começar a chorar.
- Creio que já está decidido Srta. Evans – ela falou simplesmente – é melhor que seja alguém de sua casa, os horários da Sonserina não batem com os da Grifinória. – eu permaneci calada, não adiantava discutir. Tinha que aceitar...Potter é inteligente, talvez ele seja capaz de me ajudar realmente. Oh meu Deus...o que eu estou pensando? Quando é que aquele garoto será capaz de me ajudar? Esses pensamentos insanos não podem ser meus... não, não, não... acho que meu cérebro pifou. É melhor eu visitar madame Pomfrey na ala hospitalar...
- Acorda Evans – Sírius falou presunçoso me fazendo voltar a realidade que agora, mais do que nunca, eu queria evitar – Você acha mesmo que os verdinhos têm alguma capacidade para te ensinar alguma coisa? - Black e sua língua maldita. Por que ele tem sempre que se meter onde não é chamado. Eu me virei para dar uma boa resposta, mas Prof. MacGonagall foi mais rápida.
- Black! – Minerva falou com raiva – dez pontos a menos para Grifinória, por essa pergunta ridícula. Eu estou desapontada pela falta de respeito em relação aos colegas de outras casas.
- Qual é tia Mimi! A Sra. Sabe que é verdade – Alguns grifinórios riram. Eu observei a veia da têmpora da tia Mi... da prof. Mcgonagall pulsar. Ela parecia que ia explodir a qualquer momento... realmente Sírius não tem medo da fera. Ele sorriu amarelo esperando pelos gritos dela. A turma toda pareceu prender a respiração.
- BLACK! EU... DETENÇÃO... – ela gritou revoltada. – E EU NÃO SOU SUA TIA! – ela explodiu no que todo mundo riu. – Alguém mais quer se juntar a ele? – todos se calaram instantaneamente... Minerva sabe como intimidar as pessoas. – Sr. Black, quero que fique na minha classe depois da aula para combinarmos o horário...
- Do nosso encontro? Sabia que você me amava também Mimi – falando sério, eu admiro a coragem desse garoto. Acho que pela cara da prof MacGonagall ela vai transforma-lo em alguma coisa...
- Black! Cale a boca! – ele falou apertando a varinha e eu pude ver faíscas vermelhas voarem dela. Ops...isso não é bom.
- Sim querida Mimi – ele disse rindo e se virando para Eduard – É Lyn... Parece que você perdeu dessa vez. James é quem vai ficar com a Evans... – ele terminou provocador. Ótimo...fico feliz que Black me veja como um objeto de posse. Eu soltei um suspiro derrotada e olhei em direção ao Potter. Ele me encarou estranhamente antes de desviar o olhar e fixa-lo no gatinho fofo que estava se enroscando no seu colo. Sabe... eu esperava que Potter reagisse de forma diferente a tudo isso... pensei que ele fosse ficar tão idiota, ou mais, do que Black. Mas ele tem sido maduro e racional demais... duas características que não se encaixam de maneira nenhuma em seu perfil. Isso me leva a crer que ele gosta de mim de verdade e está realmente chateado por eu estar com Eduard...Oh meu Deus...isso não é nada bom...eu estou me sentindo realmente mal por ele estar dessa forma... Sabe de uma coisa? Vou erguer a bandeirinha branca e gritar trégua... Se eu vou passar mais tempo com ele é melhor que a nossa relação seja de tranqüilidade e paz.


* * * * *

- Por que você ficou com isso? – Sírius me perguntou contrariado apontando para o animal no meu colo enquanto caminhávamos em direção ao dormitório. A confusão na sala da tia Mimi ainda borbulhava na minha cabeça.
- Gostei dela – falei dando de ombros e acariciando o filhote.
- Não gosto de gatos – ele falou seco.
- É uma gata – eu disse simplesmente olhando para ela. Uma coisinha muito fofa... fofa até demais para o meu ver, mas não consegui me desfazer dela.
- Que seja – Sírius falou irritado – dá no mesmo. Todos muito sebosos e arrogantes.
Meus pensamentos voaram para longe daquela discussão patética e foram para em uma ruiva esquentada. Ótimo! Tudo o que eu mais precisava agora é ter que passar mais tempo com a Evans...
- Joga isso fora! – ele mandou e eu olhei pra ele irritado. Por que ele sempre tinha que encher o saco nos momentos mais complicados?
- Não vou jogar – eu disse entre dentes enquanto falava a senha para a mulher gorda. Ela nos olhou com uma cara assustada – É um filhote.
- E daí? Você não vai ficar com isso né? – ele perguntou me encarando – Transforma de novo numa caixa...
- Eu não vou transforma-la de novo... – disse com raiva. Ele se aproximou perigosamente de mim.
- Me dá! – ele disse tentando arrancar o bicho da minha mão. – Deixa de ser ridículo Prongs!
- Sírius solta! Você é que está sendo ridículo aqui – eu disse saindo de perto dele – Só porque você é um cachorro não significa que eu não possa ter um gato.
- Uma gata – ele me corrigiu.
- Que seja – eu disse entre dentes. Diálogo interessante esse né? Só eu e o Sírius mesmo. Subimos a escada em direção ao dormitório em silencio.
- VOCÊ VAI FICAR COM ELA? – ele gritou de repente escancarando a porta do nosso dormitório. Moony se sobressaltou e olhou para nós com cara de interrogação – MOONY! ABDUZIRAM O PRONGS! – Aluado olhou para mim e eu girei os olhos. Sírius tem problema... essas crises dele não têm explicação.
- Eu vou ficar com ela! – eu declarei colocando o bicho em cima da minha cama. – Você pode gritar o quanto quiser, eu não me importo.
- Com quem? – Remus perguntou curioso.
- Com a Evans – Sírius falou provocando. Ele sempre tinha que colocar esse assunto no meio pra me irritar. Eu catei o bicho de volta, lancei um olhar mortal para Sírius e sai do dormitório batendo a porta com força. Lily e Sophia que estavam passando pelo salão se assustaram e olharam pra mim. Eu desviei o olhar e continuei meu caminho em direção a ... é... hum... sei lá pra onde eu estava indo.
- Hei Potter! – ouvi Lily me chamar – Meu coração parou de bater. Eu estava tentando ignorar a existência dela nos últimos dias, mas agora isso seria impossível já que nós íamos estudar juntos. Realmente, alguém lá em cima me ama. Eu parei e a encarei, ela hesitou em continuar a falar e eu pensei que deveria ser por causa da minha cara de poucos amigos.
- Eu... – ela começou a falar e corou levemente. Senti algo estranho se mexer no meu estomago naquele momento. Por que diabos eu tinha que gostar dela? – Bom... sobre as nossas hun... aulas... é... eu vou entender se você não quiser me ensinar... acho que nós podemos falar com a McGonagall sobre isso... e... ehhh... – Estreitei meus olhos em direção a garota...Lily Evans estava... gaguejando... ao falar... comigo?
- Sabe Evans – eu falei seco. Sabia que ela ia tentar se salvar das aulas e senti raiva por isso – você não precisa ficar inventando desculpas para não estudar comigo. Se você não suporta a minha companhia eu creio que podemos ser sinceros com a Minerva e dizer a ela que não vai dar certo. E você não precisa tentar ser amigável comigo, você nunca teve um motivo pra fazer isso antes e agora... acho que muito menos. – Ela me olhou chateada e passou a encarar o chão. Eu me senti culpado por tê-la magoado, mesmo ela fazendo isso comigo todo santo dia. Sophia murmurou uma desculpa qualquer e subiu para o dormitório feminino.
- Na verdade – ela falou baixinho – eu só queria saber se você estava de acordo e... quais seriam os seus horários disponíveis. – eu senti o chão sumir naquele instante. Ela não estava me dispensando, nem me humilhando... Ela ergueu o olhar e eu pude ver que ela estava realmente incomodada com a situação. Parecia se segurar para não chorar. Nessa hora eu pude perceber que não estava sendo difícil só pra mim.
- Qualquer dia da semana exceto às segundas e quartas... você pode escolher... e a hora também. – eu disse simplesmente com a voz mais calma. Meu coração estava mais apertado do que nunca. Está ai a única garota que faz James Potter sofrer as maiores variações de sentimento no mundo em curtos intervalos de tempo.
- Bonito gato – ela disse encarando o animal no meu colo e estranhamente eu passei a gostar mais ainda da gata – A gente se vê então... prefiro às sextas se não for incomodo pra você. Ela não me encarou, mas meu olhar continuava pregado na face corada dela esperando que ela simplesmente deixasse que seus olhos encontrassem os meus.
- Sexta, então... – eu confirmei.
- Às... sete? – ela perguntou ainda olhando para a gata.
- Às sete... – eu repeti idiotamente – ela sorriu fracamente e se dirigiu para o dormitório feminino sem realizar o meu desejo de olha-la nos olhos. Eu observei-a subir calmamente e curiosamente parar no ultimo degrau da escada. Ela voltou-se pra mim.
- Obrigado por me ajudar Potter – eu a ouvi dizer agradecida. Eu não fui capaz de responder. Apenas continuei a observa-la... como sempre... tão longe de mim. Depois de tantos tropeços e discussões, minha mais nova e única aluna, antiga companheira de gritos nos corredores, selara o acordo de paz.

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