Um encontro à meia-noite



4. Um encontro à meia-noite

Os garotos chegaram no castelo às seis da tarde com os bolsos cheios de doces e cerveja amanteigada para durar pelo menos por um mês.
 Estou morrendo de fome! disse Rony sentando-se numa confortável poltrona.
 Mas como? Depois de comer todos aqueles doces! Mione fazia cara de espanto.
Ah, eram apenas doces... e depois, até chegarmos aqui acabou dando fome!
 Como você consegue comer tanto e continuar assim?
 É o quadribol, um jogo muito cansativo sabe...
 Bom, vou me trocar, o jantar será em meia-hora Mione e Gina subiram para o dormitório das meninas.
É, eu também vou. Harry você vem?
 Já estou indo... disse o garoto olhando de esguelha para Amy, que estava lendo o mural de avisos. Rony subiu.
 Oi, Amy...
 Harry... a garota sorriu.
 Eu tava pensando... se a gente podia se encontrar mais tarde quem sabe...
 Que horas?
 Meia-noite! Todos estão dormindo... ninguém vai aparecer...
 Então... até meia-noite! a garota deu um beijo no rosto de Harry e subiu para o dormitório.
Depois do jantar, os garotos subiram todos juntos. Neville e Simas estavam com eles. Todos conversavam animadamente, o salão comunal não estava tão cheio, pois os alunos estavam cansados do fim-de-semana em Hogsmeade. Com o passar das horas, o salão ficou vazio.
No dormitório das meninas, uma certa ruiva fingia estar dormindo. Não muito longe, Harry olhava apreensivo para o relógio. Quando o dormitório silenciou, ele pegou a capa de invisibilidade. Ainda não era meia-noite quando o garoto desceu para o salão comunal.
Harry achou que seria bom se ele fosse até a cozinha pegar suco de abóbora. Pelo menos a hora passaria depressa. De repente, ele viu o buraco do retrato se fechar. Quem poderia ser aquela hora? Harry tirou a capa para sair e depois a recolocou, viu a ponto das vestes de alguém e foi atrás.


Pontualmente às 11:40, Draco Malfoy encontrava-se na escada esperando por Gina. Ele parecia um pouco impaciente e olhava para todos os lados, até que viu alguém se aproximar e o garoto sorriu.
 Pensei que fosse desistir.
 É, eu também... Gina Weasley parecia preocupada.
Harry não acreditou no que viu e resolveu segui-los. Viu quando Gina conjurou uma venda e pôs em Draco, que tentou tirar mas não conseguiu. Eles falavam alguma coisa que Harry não pôde ouvir. Gina o guiou pola escada e só então o garoto lembrou o que ia fazer. Foi até a cozinha e voltou rápido para a Torre da Grifinória. Tirou a capa para poder entrar, e uma sonolenta Mulher Gorda perguntou a senha e afastou o quadro lentamente.
O fogo da lareira estava aceso. Harry viu no relógio que já era meia-noite e meia. Como ele pudera demorar tanto? A garota ia se levantando e quando pegou a varinha para apagar o fogo, Harry surgiu do nada.
 Amy, desculpa a demora...  a garota assustou-se e deixou a varinha cair.
 Harry! Que... que susto você...onde você estava? Eu... pensei que você teria esquecido a garota deixou-se cair num sofá.
 Eu não conseguiria... o garoto percebeu Ter pensado alto demais  digo... eu não faria isso jamais.
Harry pôs duas taças numa mesinha e elas se encheram de suco de abóbora gelado. Estava frio, e com uma batida de varinha na taças, elas esvaziaram-se e se transformaram em canecas cheias de chocolate quente com chantilly. Amy apenas o observava sorrindo.
 Nossa! Parece que os elfos lhe ensinaram muitos truques...
 É... pensei que ao invés de chocolate eu faria chá gelado.
Os dois sorriram, e Harry não percebeu que ficara com chantilly na boca.
 O que foi? Amy sorria e apontava para ele.
 Chantilly ... na sua boca...
 Ah, desculpe... o garoto conjurou um guardanapo.
 Tudo bem... ficou uma graça em você...
 Ah, Amy...!
 É sério! Eu devia Ter tirado uma foto. Já pensou! Harry Potter, o-menino-que-sobreviveu com a boca cheia de chantilly!
 E eu deveria tirar uma sua também... e seria melhor...
 Sobre o quê?
 Amily Rice, a namorada do garoto- que- sobreviveu! Harry sorria maliciosamente. Quando ele havia se tornado assim tão corajoso para se declarar a alguém?
 Namorada? Estamos namorando?
 Estamos? o sorriso do garoto se fechou no rosto dos dois.
 Acho que... é um pouco... cedo para saber... Harry deu um grande gole de chocolate quente.
 É... deve ser... sua voz ficou séria.
 Harry... não, não é que eu não queira namorar com você... é que... é cedo... você pode se arrepender mais tarde e ... Harry, olha pra mim... a garota virou o rosto de Harry.
 Tudo bem Amy, você tem razão... sua voz continuava séria. Ele olhou para a garota, a franja caía-lhe no rosto...
 Harry... eu, eu... desculpa. ela baixou o rosto, o garoto não suportou vê-la assim.
 Não, Amy... eu é que... fui precipitado... ela se aproximou e o beijou enquanto ele falava.
 Só mais uns dias... certo?
 Certo...
Eles se beijaram e ficaram ali, não sabem por quanto tempo, mas foi suficiente.
Amy se despediu de Harry com um “boa noite” e foi para o dormitório. O garoto acabou lembrando-se de Draco e Gina. Resolveu esperar a garota
voltar. Se escondeu com a capa de invisibilidade e esperou no sofá.
* * * * *
 Pensei que fosse desistir falou Draco.
 É, eu também...
 Então, onde fica a tal Sala Precisa?
 Isso você nunca vai descobrir a garota conjurou uma venda em Draco.
 Ei! O que você está fazendo! o garoto tentou tirar a venda.
 Eu vou levar você até a sala, e lá eu tiro a venda. Se quiser vai Ter de ser assim.
 Tudo bem, tudo bem... mas vamos logo.
Gina o guiou pela escada segurando-o pela mão. Perto do final, ele fingiu pisar em falso para poder se segurar em Gina. Ela o levou pelo corredor em silêncio e então desejou com vontade.

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