Infâncias se Cruzam



No centro de Londres, a família Potter aguarda uma carta. Seu filho Tiago completou onze anos e ainda não foi chamado para estudar na mais importante escola bruxa da Inglaterra: Hogwarts.

No Largo Grimmauld, Sirius lê um pergaminho, enquanto seu irmão mais novo chora desesperadamente por atenção. Seus pais saíram para um evento bruxo, e demorariam a voltar.

A Sra Lupin chora ao lado da cama do filho Remo: ele foi mordido por um lobisomem dois dias atrás e ela não sabia o que responder para Alvo Dumbledore.

Pedro espera ansioso por seu prato de comida. Ele iria a Hogwarts e isso merecia uma comemoração: um prato de sopa de nabo com brócolis.

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Na plataforma onze e meia, muitos estudantes novos se aglomeram para poder entrar no trem. Tiago se despede alegremente de sua família; Sirius nem olha para trás, pois sabe que seus pais já se foram; e Pedro chora insistente na barra do vestido da Sra Petigrew.

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Andando pelo vagão, Tiago encontra uma cabine quase vazia, exceto pela presença de um garoto mais alto que ele, com cabelos longos e negros num corte tigelinha. Parecia um pouco emburrado.
- Ola! - disse alegremente esperando uma resposta feliz.
- Humpf...
- Esta bem. Meu nome é Tiago Potter! E o seu?
- Humpf...
- Ah, desisto!
Depois se uns minutos silenciosos, Tiago toma um susto:
- Sou Sirius Black. Não gosto de conversar, nem de trocar cards de quadribol ou de sapos de chocolate. Me deixe aqui quieto sim!?
Tiago arregalou os olhos. Nunca vira alguém de tão mau humor. Mas ao invés de deixar garoto em paz, se divertiu com a idéia de chapeá-lo.
- Ha! Então você fala! Pensei que era mudo... - e olhou esperançoso pelo canto dos olhos esperando uma reação. Mas o garoto simplesmente lhe deu um olhar estranho e começou a rir feito doido. Nunca vira alguém gargalhar daquele jeito, principalmente depois de ser ofendido.
- Ah, essa foi boa! Hahaha...
Parecia que aquele garoto nunca rira na vida.
TOC TOC. Os dois olharam na janelinha da cabine. Um garoto pequeno de cabelos ruivos desbotados estava parado na porta da cabine, com um olhar tímido ele disse:
- Possomesentaraqui?
- Hein? - Falaram Tiago e Sirius ao mesmo tempo.
- Posso me sentar aqui? - Ele tinha uma voz fininha e baixa, quase um sussurro.
- Outro chato...
- Claro que pode! - Tiago se sentia muito tentado em aborrecer seu colega de cabine.
- Ah, não havia mais cabines vazias e ...
- Não se explique! Se sente e nos diga seu nome. Só não demore muito como esse aqui...
- Pedro Petigrew.

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