O Auxiliar de Lupin.



As cortinas da cama de Harry abriram-se novamente e Harry acordou, parado em frente a sua cama, encarando-o por traz de seus oclinhos de meia lua estava ele, o diretor Alvo Dumbledore.

- Como você esta Harry? – Perguntou com sua tradicional voz extremamente calma, embora seus olhos mostrassem o contrário.

- Bem professor. Não sinto mais nada, estou completamente recuperado. – Em parte estava mentindo, mas não poderia deixar Dumbledore punir Hermione.

- Eu não posso deixar a senhorita Granger em pune Harry, o que ela fez foi muito grave. – Parecia que Dumbledore havia lido os pensamentos de Harry, mas como? Harry tinha certeza de que estava com a mente fechada, mas agora não era hora para isso.

- Por favor, professor, ela estava desequilibrada, o senhor não pode expulsá-la.

- Não se preocupe Harry, ela não será expulsa, mas creio que ira perder o cargo de monitora-chefe. – Ele fez uma pausa e depois continuou. – Ontem eu anunciei depois do banquete sobre a temporada de Quadribol, ela começara logo após o termino do Torneio Tri-Bruxo, que será realizado até o fim do ano, e você continuara sendo o capitão da Grifinória. – Harry esboçou um sorriso e pensou um pouco.

- Então professor eu renuncio o cargo de capitão, mas o senhor mantém Hermione como monitora-chefe, desde o primeiro ano ela sonha com isso.

- Desculpe Harry, mas esta decisão não cabe a mim, e sim a professora Minerva. – Ouve um silêncio que foi quebrado pelo próprio Dumbledore. – É incrível o poder que o amor pode nós proporcionar, mas é ainda mais incrível como ele pode destruir as nossas vidas, tome cuidado Harry, não deixe que esse sentimento o corrompa, boa sorte no torneio Harry, creio que se duelar de verdade contra a senhorita Granger você ira ser o campeão da Grifinória. – Harry ficou absorvendo todas as informações de Dumbledore e viu o mesmo se encaminhar para a saída.

- Professor. – Chamou ele e Dumbledore virou-se novamente para olhá-lo, Harry continuou – Como eu fiz aquilo? Ontem à noite?

- O poder dos magos Harry, se não me engano, esse poder existe em nós enquanto o que o mantém ainda existir. – Como Harry continuava sem entender nada ele continuou. – No seu caso Harry é o amor, o amor que sua mãe tinha por você o salvou de uma maldição da morte, que ninguém nunca foi capaz de sobreviver, e este amor foi despertado em você pela senhorita Granger. – Dumbledore abriu um singelo sorriso e continuou. – O poder de Lorde Voldemort é o ódio Harry, uma vez eu duelei com ele e ele usou todas as forças para tentar me matar, uma camada negra o envolveu, talvez ele tivesse me matado aquele dia, meus poderes ainda não tinham sido completamente revelados.

- E como o senhor escapou? – Perguntou Harry curioso.

- Seu pai chegou ao local e me ajudou, a luta no começo estava equilibrada, mas quando sua mãe se juntou a nós Tom teve que fugir.

- Me...Meus pais lutaram junto com o senhor contra Voldemort? – Harry estava muito feliz por saber que seus pais haviam salvado Dumbledore.

- Sim Harry. Devo dizer que se estou vivo hoje, devo minha vida a eles, sofri muito quando eles morreram, e senti muito quando tive que deixá-lo com os Dursleys, mas como lhe disse no ano passado, foi necessário.

- E...Eu entendo professor. – Harry estava emocionado, sentia ainda mais orgulho de seus pais agora.

- Pode tirar a tarde de folga hoje Harry, certamente a senhorita Granger lhe passara tudo o que for estudado. Estou certo senhorita Granger?

Hermione gelou, estava escutando a conversa, mas como Dumbledore percebeu? Ela abriu os olhos e corou muito, estava completamente envergonhada, mas se soltou dos braços de Harry e encarou Dumbledore, que estava com um sorriso nos lábios e parecia fazer uma força incrível para não soltar uma gargalhada da cara de Hermione.

- S..S..Sim prof...fessor. – Hermione respirou fundo e parou de gaguejar. – Eu passarei tudo para o Harry.

- Muito bem então, tenham um bom dia. – E dizendo isso ele deixou a ala hospitalar num humor bem melhor do que quando entrou.

Hermione continuava quieta de cabeça baixa e Harry percebeu que ela continuava envergonhada por estar escutando sua conversa com Dumbledore, ergue a cabeça dela e falou com a voz mais meiga que conseguiu.

- Esta tudo bem princesa, eu não estou brabo com você, nem se eu quisesse conseguiria ficar.

- Sério? – Perguntou ela o encarando com um sorriso no rosto, Harry apenas balançou a cabeça em confirmação e ela lhe beijou. – Obrigada por me defender Harry, mas sinceramente é muito melhor você ser capitão da Grifinória do que eu ser monitora-chefe, além do mais, eu nem queria mais este cargo.

- Não diga isso meu amor, esse sempre foi o seu sonho, e agora que conseguiu você não pode simplesmente desistir dele.

- Esse era o meu sonho Harry, antes de namorar você, eu só queria algo que prendesse o meu tempo e me fizesse esquecer você que não saia da minha cabeça. – Confessou ela corando um pouco e Harry abriu um sorriso enorme que se transformou num sorriso malicioso.

- E agora você não quer me esquecer?

- É claro que não seu bobo, agora eu quero aproveitar todo tempo que perdemos antes.

Hermione terminou de falar e deu um beijo apaixonado em Harry, a coisa estava esquentando e eles resolveram parar, afinal estavam em uma ala hospitalar, eles se separaram, cada um com um sorriso no rosto e Harry disse para ela.

- Ajude-me a ir para o dormitório da Grifinória para tomarmos banho antes de irmos para as aulas.

- Mas Harry, o professor Dumbledore disse que você não precisava, e mesmo se ele não dissesse, você precisa descansar.

- Eu já estou bem meu amor, e não vou perder a primeira aula de DCAT do ano, ainda mais quando é com o Lupin.

- Quem diria que eu viveria para ver Harry Potter implorar para ver uma aula, agora só falta o Rony pedir para fazermos os deveres. – Hermione estava com lágrimas nos olhos de tanto rir e Harry já estava ficando nervoso, se controlou ao máximo e falou para ela.

- E então, não vai me ajudar?

- Claro que vou meu anjo. – Hermione parou de rir e o beijou, Harry sentiu toda sua irritação passar quando ouvi-a chamá-lo de “meu anjo”.

Hermione ajudou Harry a ficar de pé e os dois saíram pela ala hospitalar sem que Madame Pomfrey visse.

Harry tinha dificuldades para andar sozinho e Hermione tinha dificuldades para mantê-lo em pé. Ele não era mais aquele garotinho seco e desnutrido que Hermione havia conhecido, agora Harry era um homem, apesar de seus tios continuarem a tratá-lo como antes, graças as comidas enviadas por Hermione e principalmente pela senhora Weasley, ele havia ganhado bastante peso nos últimos anos, mas não estava gordo, muito pelo contrario, graças ao quadribol ele tinha se tornado um homem forte, e Hermione ficava completamente encantada com o corpo do namorado.

Andaram desse jeito por alguns corredores, Hermione já estava ficando cansada, ela adorava estar nos braços de Harry, mas não carregando-o, Harry estava percebendo o esforço dela e não podia fazer nada, mas antes mesmo de virarem o próximo corredor, deram de cara com dois ruivos.

- Rony nos disse que estava na enfermaria, estávamos indo vê-lo Harry. – Disse Fred.

- Isso mesmo, ele disse que foi vê-lo mais cedo mais vocês estavam dormindo. – Falou Jorge.

- Pelo visto ainda não acordaram direito. – Fred fez uma voz engraçada vendo que Harry estava de pijama e Hermione com uma camisola vermelha um tanto quanto, sexy.

Hermione corou e se escondeu atrás de Harry esquecendo-se que ele estava fraco, Harry caiu para frente, mas Jorge o segurou enquanto Hermione transfigurava sua roupa e a de Harry.

- Desculpe meu amor, é que eu fiquei constrangida. – Disse Hermione abraçando Harry por trás com a face ainda vermelha.

- Tudo bem princesa, não foi nada. – Disse ele e se virou para Jorge que havia o soltado quando Hermione o abraçou. – Vocês podem me ajudar a ir até o dormitório? Hermione já está cansada de carregar este peso morto.

- Hei, eu não disse isso, e mesmo que tivesse que te levar no colo eu não me importaria. – Disse Hermione fingindo-se de magoada.

- Eu sei meu amor, eu sei, mas você já se esforçou de mais. – Hermione sorriu e ele se virou para os gêmeos de novo. – E então, me ajudam?

- Mas é claro que sim. – Respondeu Fred passando o braço de Harry pelo seu ombro e o abraçando pela cintura.

- Estamos aqui para isso. – Disse Jorge sorrindo e fazendo a mesma coisa do outro lado, deixando Harry suspenso no ar.

- Se vocês continuarem abraçando o meu namorado desse jeito eu vou ficar com ciúmes. – Disse Hermione se fingindo de irritada e depois caindo na gargalhada junto com os outros três.

Não demoraram muito para chegar até o salão comunal da Grifinória, antes passaram no quarto de Hermione para pegar roupas limpas, quando entraram pelo quadro da mulher gorda, havia poucas pessoas lá, certamente deveriam estar almoçando, já que eram onze e meia da manhã.

Harry despediu-se de Hermione e subiu, junto com Fred e Jorge para o dormitório do sétimo ano, parando em frente ao banheiro.

- Não acha que iremos dar banho em você, acha Harry? – Perguntou Fred.

- Eu adoraria. – Disse Harry rindo e entrou sozinho no banheiro, mas com certa dificuldade pelo seu estado.

Tirou a roupa e pode perceber, olhando no espelho do banheiro, que seu tórax não estava nos melhores dias, estava roxo desde o fim do pescoço, até o inicio de sua barriga.

Sorriu orgulhoso, realmente Hermione não era mais aquela garota frágil que ele havia conhecido, deixou que a água descesse pelo seu corpo enquanto concentrava-se.

Estava tentando liberar todo seu poder novamente, concentrou seu pensamento em Hermione, como se fosse fazer um patrono, deixou todo amor que sentia por ela o invadir.

Uma fina aura verde o envolveu, Harry sentia o poder crescendo nele e a dor de seus ferimentos sumindo, liberou mais energia e os vidros do boxe tremeram, fazendo com que ele parasse.

Terminou o banho e secou-se, quando olhou novamente para o espelho pode perceber que o roxo havia sumido, vestiu-se e sorriu intrigado enquanto descia, agora sem nenhuma dificuldade para o salão comunal, sem duvida precisaria falar novamente com Dumbledore.

Sentou-se na poltrona em frente a lareira, a sua preferida, para esperar Hermione para irem almoçar, pois sentiu muita fome agora que estava completamente curado.

A porta do retrato se abriu e por ela entrou Rony, que sentou-se, um pouco envergonhado ao lado do amigo.

- Eu vim da enfermaria, Madame Pomfrey esta uma fera, mas como você se recuperou tão rápido?

- Nem mesmo eu sei. – Disse Harry sincero. – Mas vou lhe contar o que sei.

Harry contou tudo o que sabia sobre o seu novo poder, sem omitir nada, Rony também ficou intrigado, mas logo mudou de assunto, assumindo um tom ainda mais sério.

- Sabe Harry, eu descobri que o que eu sinto por Hermione é a mesma coisa que eu sinto pela Gina, um amor de irmão, e não uma paixão como a sua. – Harry abriu um imenso sorriso, desde aquele episódio ocorrido no beco diagonal, a amizade deles não foi mais a mesma.

- Que bom que percebeu isso Rony, eu me senti muito mal por ter que me afastar de você aquela época, mas meu amor por Hermione era mais forte que nossa amizade.

- Eu sei. – Disse Rony sorrindo também. – Hermione tem sorte de encontrar um cara como você, tenho certeza que serão muito felizes depois que esta guerra acabar. – Ele respirou fundo e encarou o amigo nos olhos. – Eu sei que já pedi isso, mas, eu quero que me desculpe por ter agido como um imbecil.

- Isso é passado Rony, eu já te desculpei, e agora creio que a nossa amizade voltara a ser como antes.

- Claro. – Disse Rony e deu um abraço apertado em Harry, no momento em que uma ruiva passou pela sala sem falar com eles e foi direto para o dormitório feminino.

- Gina continua estranha neh? Sinto muito, mais vai ser difícil para mim perdoá-la depois do que ela fez, foi um golpe muito baixo. – Disse Harry com pesar na voz.

- Sem duvida foi, apesar de ser minha irmã, eu nunca apoiaria uma atitude dessas, mas ela ira entender, o tempo apaga todas as feridas.

- Vamos almoçar meninos? – Perguntou Hermione se aproximando deles, estava divina na opinião de Harry.

- Claro meu amor. – Disse Harry beijando ela suavemente e pegou a mão dela, saindo junto com Rony em direção ao salão principal.

Vários olhares eram direcionados a Harry e Hermione que não se importavam e ainda trocavam alguns beijos durante o caminho, sentaram-se na mesa da Grifinória junto com Neville, que almoçava sozinho.

- E aí, já se inscreveram para o torneio? – Perguntou ele animado.

- Não, nem vou me inscrever. – Disse Rony sério e olhou para Harry e Hermione. – E vocês?

- Creio que fomos desafiados. – Disse Harry animado. – E iremos participar, eu estive pensando e acho que não seria justo deixar alunos correrem riscos participando deste torneio, se Voldemort armar alguma coisa, eu estarei preparado para o pior.

- Não diga isso meu anjo. – Repreendeu Hermione de forma firme. – E você ainda nem ganhou de mim.

- Ixi, vejo que lá se vão as minhas chances. – Disse Neville desanimado.

- Você não deve ficar assim Neville, mesmo se não for o campeão de Hogwarts ou mesmo da Grifinória, você ira tentar, e tenho certeza que dará o melhor de si. – Falou Harry e Neville abriu um sorriso.

- Obrigado Harry, prometo que darei o melhor de mim.

- Harry eu tenho que lhe falar uma coisa que você não ira gostar nem um pouco. – Disse Rony sério e deu uma singela olhada para Hermione.

- O que foi? Aconteceu algum ataque? Onde foi desta vez? – Perguntou Harry preocupado.

- Não ouve ataque nenhum, o que você precisa saber é que ontem o professor Dumbledore avisou que como o professor Lupin não pode dar aulas nos dias de lua cheia, ele terá um auxiliar que o substituirá nesses dias. – Ele parecia sem forças para continuar.

- Ora, ele não pode ser pior do que o Snape não é? – Perguntou Harry despreocupado, achando até graça da preocupação do amigo, pegou um copo de suco de abóbora e levou a boca.

- Acontece que o auxiliar do professor Lupin vai ser o. – Ele respirou fundo, Harry havia acabado de virar o suco na boca. – O Vitor Krum.

Harry cuspiu todo o suco, realmente ele não esperava por isso, será que nada poderia dar certo na vida dele?

- Vitor....Krum? – Perguntou ele torcendo para que tivesse ouvido o nome errado.

- Sim. – Disse Rony fraco. – Achei que deveria saber.

- Obrigado Rony. – Harry estava furioso, poderia matar alguém só com o olhar, nem mesmo Voldemort poderia ter um olhar tão assassino assim, ele virou-se para Hermione que se assustou com o olhar de Harry, porém a voz dele era calma. – Por que não me contou?

- A...Achei q q que n..nnnão e..e..era im.m.m.p.po.portante. – Gaguejou Hermione ainda com medo de Harry que levantou-se da mesa.

- Vejo vocês na aula. – Falou ele cabisbaixo e muito triste.

- Não vai almoçar? – Perguntou Hermione de forma apreensiva.

- Perdi a fome. – Respondeu com a voz ainda calma e muito triste, já se virando para sair.

- Onde você vai? – Perguntou Hermione preocupada.

- Preciso esfriar a cabeça antes que eu cometa alguma besteira. – Falou Harry sincero e saiu a passos longos em direção aos jardins.

- Eu vou atrás dele, ele realmente pode cometer alguma besteira. – Disse Hermione levantando-se e dirigindo-se para os jardins.

Harry passou por um grupo de garotas da Beauxbatons que pararam de conversar para darem risadinhas para ele, depois que ele passou, voltaram a conversar normalmente.

Sentou encostando-se em uma árvore de frente para o lago, lembro-se de seus pais, havia visto os dois ali na penseira de Snape, exatamente naquele local, ficou pensando se havia tantas pessoas querendo separá-los quanto há querendo separá-lo de Hermione.

Estava tão perdido em pensamentos que nem percebeu que Hermione se sentou ao lado dele, só despertou de suas lembranças quando ela falou com ele.

- Por que saiu daquele jeito? – Ele olhou para ela e Hermione percebeu que haviam lágrimas em seus olhos.

- Por que tudo é tão difícil para a gente? – Ela nada respondeu e ele continuou. – Hoje que Rony me disse que não sentia nada por você além de um amor de irmão, eu descubro que Krum esta no colégio.

- Por que você tem tanto medo do Vitor? – Perguntou Hermione séria.

- Não tenho medo do Vitinho? – Falou ele se irritando mas em seguida sua voz saiu ainda mais triste do que antes e ele não pode evitar uma lágrima que escorreu pelo seu rosto. – Eu tenho medo de perdê-la, eu já sofri muito todos estes anos, mas sofreria tudo de novo para estar com você. – Hermione sentiu um aperto no coração e ele continuou. – Eu sei que você teve um caso com ele desde o baile de inverno até não sei quando.

- Eu nunca tive um caso com ele. – Disse Hermione firme e Harry se surpreendeu.

- Não?

- Não. Eu disse uma vez para você que eu nunca tinha beijado ninguém antes de beijá-lo aquela noite, Vitor é apenas meu amigo, ele me pediu em namoro, mas eu disse que amava você, ele me respeitou e prometeu não contar para ninguém.

- Por isso que ele me encurralou antes da terceira tarefa do torneio, ele achou que eu tinha um caso escondido com você.

- Acho que sim, só que ele me mandou um monte de cartas durante esses anos, dizendo para mim esquecer você, que você nunca se interessaria por mim. – Ela já estava com os olhos marejados e Harry a abraçou, para reconfortá-la.

- Ele não pode ter dito isso, eu sempre te amei. – Disse Harry de forma carinhosa.

- Agora eu sei. – Hermione esboçou um sorriso. – Mas nas férias eu não sabia. – Falou ela nervosa de novo.

- E o que você fez?

- Depois da terceira carta que ele me mandou em uma semana, eu mandei uma carta para ele dizendo que iria dar um jeito de te contar tudo o que eu sentia e de te beijar, nem que fosse a força. – Hermione corou e continuou. – E se você não me amasse, eu iria dar uma chance para ele, para que ele tentasse fazer eu esquecer você.

- Você fez isso? – Disse Harry se separando dela novamente. – Eu não acredito.

- Harry eu estava desesperada! – Falou ela chorando. – Eu não parava de pensar em você, e mesmo assim, eu falei que iria dar uma chance para ele se você não aceitasse, mas você me aceitou! – Disse ela desesperada e se jogou nos braços dele. – Não termine comigo por favor, esse foi o melhor mês da minha vida. – Ela chorava no ombro dele de uma forma que assustou Harry.

- Eu nunca vou terminar com você, eu não conseguiria mais viver sem os teus beijos, e não suportaria te ver nos braços de outro. – Disse Harry sem perceber que uma garota ruiva escutava a conversa escondida e saiu rápido dali.

- Obrigado meu anjo. – Disse Hermione já melhor, se levantando e oferecendo a mão para Harry com um sorriso encantador. – Vamos voltar para o castelo?

- O que você me pede com este sorriso que eu não faço hein? – Falou Harry sorrindo também e se levantando, pegando a mão de Hermione e se dirigindo para o castelo.

Fora em seu terceiro, onde por causa de uma vassoura ele ficou um tempo sem falar com Hermione, Harry nunca havia brigando tanto com sua amada em tão pouco tempo, mas cada briga que ele tinha com ela, todas por ciúme, levava um pedaço dele junto, e se continuasse assim, ele não agüentaria mais, já estava até pensando em fugir com Hermione para uma ilha deserta onde ninguém os incomodaria.

Espantou esses pensamentos inúteis de sua cabeça quando entraram no castelo, iriam direto para a aula de DCAT, que começaria em meia hora quando Harry lembro-se de algo importante.

- Amor, vai indo na frente que eu preciso falar com a professora Minerva. – Disse ele sério.

- Sobre o que você quer falar com ela? – Perguntou desconfiada.

- Depois eu te conto. – Respondeu Harry sorrindo.

- Se for sobre o meu cargo de monitora-chefe não se preocupe que eu na... – Harry não deixou que ela terminasse.

- Não é sobre isso que eu vou falar com ela, depois eu irei te contar, não seja tão curiosa. – Disse ele divertido e deu um beijo suave nele.

- Tudo bem, mas não demore, Lupin não ira gostar se você chegar atrasado na primeira aula dele. – Disse Hermione séria.

- Não se preocupe, eu conheço todos os atalhos de Hogwarts. – Disse Harry com um sorriso maroto e deu mais um beijo nela, dessa vez mais demorado.

- Eu te amo. – Disse Hermione após o beijo.

- Eu também te amo, mas agora nós precisamos ir. – Disse Harry e logo cada um seguiu o seu caminho.

Não demorou muito para Harry chegar até a sala da professora Minerva, Harry entrou assim que ouviu a autorização.

- O que deseja senhor Potter? Espero que não seja mais um problema. – Falou ela de modo cansado enquanto lia o profeta diário atrás de sua mesinha.

- Não professora, na verdade eu vim pedir ajuda para a senhora.

- Em que eu posso lhe ajudar Potter?

- Primeiro pode me chamar de Harry, Dumbledore me chama assim e todos os meus amigos também. – Minerva esboçou um sorriso e falou.

- Certo Harry, continue.

- O.K, eu estou tentando me transformar em animago professora, mas eu não estou conseguindo, eu li vários livros sobre o assunto durante as férias, mas nem mesmo Hermione conseguiu se transformar.

- Oh, estou realmente impressionada com o seu esforço Harry, mas devo lhe dizer que para se transformar em animago não é tão fácil assim, mas creio que isto esteja no seu sangue, seu pai era um excelente animago.

- Eu sei disso professora. – Disse Harry sorrindo orgulhoso. – Mas o que esta faltando para eu me transformar?

- Você tem que deixar o seu lado animago despertar dentro de você, hoje em dia já existe uma poção que torna esse despertar mais rápido, já que ele pode levar anos para ocorrer de maneira natural.

- E como eu posso conseguir esta poção? – Harry já estava mais animado.

- Creio que o professor Snape saiba prepará-la. – Harry fez uma careta, mas ela continuou. – Se não me engano o professor Lupin também sabe.

- Ótimo, vou conversar com ele, obrigado professora MacGonagal.

- De nada Harry, precisando estarei aqui.

Harry já estava na porta quando se lembrou de algo, virou-se para MacGonagal e caminhou novamente até ela.

- Já aproveitando que estou aqui, eu gostaria de me escrever para o torneio Tri-Bruxo. – Disse ele de forma firme e a professora Minerva pareceu se assustar.

- Tem certeza disso, achei que não tivesse boas lembranças do último Torneio. – Disse ela de modo firme.

- Realmente não tenho, mas quero, além de tudo, evitar que alunos inocentes sejam alvos de possíveis ataques que Voldemort possa tentar, e acima de tudo, não deixarei Hermione correr o risco de participar deste torneio. – Minerva sorriu novamente e Harry pode ver que seus olhos estavam brilhando.

- Certo, neste caso, o senhor é o terceiro aluno da Grifinória a se escrever. – Disse ela anotando o nome dele em uma lista.

- Só por curiosidade, posso saber quem foram os outros dois?

- Claro, o primeiro a se inscrever foi o senhor Longbottom, e a primeira aluna, foi a senhorita Weasley.

- A Gina? – Espantou-se Harry.

- Ela mesma, uma menina bem corajosa. – Um silêncio se propagou pela sala e Minerva continuou. – Ah Harry, você tem que escolher o time de quadribol para o campeonato o mais rápido possível, quero um time bem treinado para que possamos ganhar aquela taça novamente. – Disse ela de modo sério.

- Pode deixar professora, não será agora que irei desapontá-la. – Disse Harry de forma firme antes de sair da sala.

Utilizando todos os atalhos que sabia graças, acima de tudo, ao mapa do maroto, Harry chegou em menos de cinco minutos no corredor da sala de DCAT, faltavam ainda dez minutos para começar a aula, e Harry parou ao ouvir uma voz bem familiar, que ele conhecia desde o quarto ano em Hogwarts, ela vinha de poucos metros a frente, de perto da sala de Lupin.

- Herrrrmi-o-nini. – Sim era ele, o antipático, carrancudo, egoísta, idiota, babaca, desprezível, otário... e mais uma infinidades de “elogios” que surgiram na cabeça de Harry neste momento... Vitor Krum.

- Olá Vitor. – Disse a voz sempre meiga de sua amada Hermione.

Krum ajoelhou-se perante ela e beijou-lhe a mão, depois abriu um sorriso enorme e falou de modo sedutor.

- Você está linda! – O sangue de Harry ferveu, como ele se atrevia a falar isso? Mas antes de Hermione, envergonhada, responder, Rony foi quem falou.

- Se eu fosse você ficava longe dela. – O som de sua voz era firme e ameaçador, ele encarava Krum, como se encarasse um comensal da morte.

- Ora Weasley, não me diga que esta com ciúme? Hermione nunca se apaixonaria por você.

- VITOR! – Repreendeu Hermione, as orelhas de Rony estavam vermelhas, como se fossem uma placa e dissessem: “PERIGO”.

- Não estou com ciúme dela, mas se alguém estive aqui estaria. – Disse ele de forma vitoriosa e Krum ficou olhando para Hermione sem entender.

- É verdade. – Disse ela firme encarando Krum.

- Você esta namorando alguém? – Ele parecia não acreditar.

-Sim. – Disse Harry que havia aproximado-se deles enquanto discutiam e abraçou Hermione por trás. – Vamos entrar meu amor, a aula deve estar quase começando.

Krum ficou sem ação olhando para Harry e Hermione que entravam na sala abraçados, e para Rony que ates de entrar na sala virou-se com um sorriso vitorioso e falou imitando a voz de Krum.

- Focê perrrrrrdeu Vitinho! – E entrou dando gargalhada na sala de aula, indo se sentar junto de Neville, que estava ao lado de Harry e Hermione, a aula seria conjunta com a Corvinal.

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