Desafio Aceito.



- Esta tudo pronto Milord – Disse um homem encapuzado fazendo uma breve reverência.

- Muito Bem Pearks, iremos agir agora mesmo – Disse Harry, sua voz saiu firme e fria, levantou-se de seu trono e caminhou até o comensal.

- Acha certo fazer isso hoje, mestre? – Perguntou Pearks meio receoso. – Os dementadores não estão do nosso lado.

- Não estão até eu chegar lá. – Disse Harry novamente com a voz mais fria ainda. – Tivemos muitas baixas no último ataque, tenho que recuperar o meu exército o quanto antes, chame os outros.

O comensal saiu e logo em seguida dezenas de outros comensais apareceram, eles estavam em uma casa velha de aparência macabra, teia de aranha para todos os lados, eles aparataram perto de uma espécie de fortaleza, Harry percebeu que não era ele, e sim Voldemort, centenas de dementadores cercavam aquela fortaleza, apesar de nunca ter estado lá, Harry sabia muito bem onde estavam, estavam em Azkaban

- Harry, acorde por favor. – Dizia uma voz quase meiga muito embargada enquanto o sacudia. – É só um sonho meu amor.

Harry abriu os olhos, estava no seu dormitório, com a camiseta do pijama toda suada, Hermione estava abraçada a ele, Rony, Simas, Dino e Neville o observavam assustados, uma dor enorme em sua cicatriz o fez soltar um grito fraco de dor.

- Dumbledore....Eu preciso vê-lo. – Disse Harry fraco, se concentrando em fechar a mente, quando conseguiu, a dor sumiu instantaneamente.

- Foi só um sonho Harry, você tem que descansar. – Disse Hermione mais calma acariciando o seu rosto.

- Não era um sonho, eu tenho que vê-lo imediatamente. – Disse ele já levantando da cama.

- Mas com o que você sonhou? – Perguntou Rony apreensivo. – Pode ser uma armadilha de novo.

- Mas temos que investigar, se não for uma armadilha nós estamos perdidos, vamos, no caminho eu conto para vocês. – Disse ele puxando Hermione pela mão e saindo correndo para o salão comunal.

Saíram correndo pelo buraco do retrato e desceram as escadas, enquanto Harry relatava seu sonho para Rony e Hermione.

- Mas era só um sonho não era? Você-sabe-quem iria fazer o que em Azkaban se entregar? – Perguntou Rony um pouco pálido, mas brincando com a preocupação de Harry.

- Não seja bobo Ronald! Não vê que ele quer libertar os comensais que estão presos? – Disse Harry exasperado, Rony permaneceu calado o resto da corrida.

Passaram por mais alguns corredores e Harry avistou a professora Minerva fazendo a ronda nos corredores, pelo menos não é o Snape pensou Harry.

- Por Deus Potter! O que esta fazendo fora da cama às 4 da manhã? No primeiro dia de aula. E com um monitor e uma monitora-chefe junto! Eu esperaria qualquer coisa do Potter, mas da senhorita Granger, estou surpresa, e fui eu quem te escolheu para o cargo... – Ia dizendo a professora MacGonagal com aquele olhar de reprovação.

- Pode guardar o sermão para depois? – Interrompeu Harry irritado. – Eu preciso ver Dumbledore imediatamente.

- Certo, por aqui. – Disse Minerva após ver que o assunto era extremamente sério.

Seguiram por mais alguns corredores até parar em frente a gárgula de pedra, a professora sussurrou a senha para que nenhum deles ouvisse e em seguida uma escadaria de mármore surgiu atrás dela, eles subiram e entraram na sala do diretor após ouvirem o “entre” vindo de dentro da sala.

Após entrarem, Rony engasgou e Harry teve que conter o riso ao ver Dumbledore com um pijama azul turquesa com bolinhas amarelas e uma toca verde, nada discreta na cabeça.

- A que devo a honra da visita de vocês a essa ora da manhã? – Perguntou ele sorrindo para os jovens.

- Voldemort está atacando Azkaban, está tentando libertar os comensais que foram presos. – Disse Harry e rapidamente o olhar de Dumbledore mudou para sério.

- Tem certeza disso Potter? – Perguntou a professora Minerva assustada.

- Tenho, acho que entrei na mente dele enquanto dormia. – Disse Harry firme.

- Vão descansar para assistir as aulas, eu irei pessoalmente a Azkaban, amanhã nos conversaremos Harry. – Disse Dumbledore, murmurou alguma coisa e no momento seguinte aparatou.

- Como ele fez isso? É impossível aparatar em Hogwarts, eu li isso em Hogwarts – uma história. – Disse Hermione chocada.

- O diretor pode tirar a proteção por alguns segundos em caso de emergência senhorita Granger. – Disse Minerva e deu um sorrisinho para ela que retribuiu. – Façam o que Alvo falou, ele entrará em contato com vocês amanhã, não quer passar na enfermaria senhor Potter? – Perguntou ao ver o estado de Harry, que continuava com a camiseta ensopada de suor.

- Não professora, estou bem, só preciso trocar esta roupa e descansar um pouco. – Disse ele pegando na mão de Hermione. – Boa Noite.

- Boa noite Potter, Boa noite Granger e Weasley. –Disse ela e eles se despediram com um “boa noite” antes de deixarem a sala e se encaminharem para a torre da Grifinória.

- Você não me falou o que estava fazendo no meu dormitório. – Disse Harry para Mione.

- Isto. – Disse ela puxando um colar do pescoço. – Ele fica quente e emite uma luz vermelha quando você esta em perigo, eu não te falei? – Perguntou ela quando Harry puxou o seu colar, era o que ela tinha dado de aniversário para ele.

- Não, me desculpe ter te acordado. – Disse Harry cabisbaixo.

- Acho que esqueci, e eu não estava dormindo, não consegui dormir sem você. – Disse ela manhosamente.

- É, eu também não, tive que abraçar um travesseiro. – Disse ele passando a mão pela cintura dela que parou em frente ao retrato da mulher gorda.

- Vocês não vão entrar? – Perguntou Rony parado com a passagem aberta, eles entraram, mas Hermione puxou Harry antes dele subir para o dormitório.

- Se troque lá em cima que eu ficarei aqui te esperando. – Sussurrou ela no ouvido dele.

- No que a senhorita esta pensando senhorita Granger? – Perguntou Harry com um sorriso maroto nos lábios.

- Você não vai se arrepender. – Disse ela ainda de novo no ouvido dele e deu uma mordidinha na orelha dele que o fez se arrepiar. – Traga a capa.

Harry subiu correndo as escadas do dormitório masculino, tomou um banho rápido, pegou a capa e desceu, Hermione estava sentada na poltrona da sala comunal, mas veio até ele quando o viu descendo.

- Posso saber aonde vamos? – Perguntou Harry ao saírem abraçados pelo buraco do retrato já embaixo da capa da invisibilidade.

- Para o meu quarto. – Disse Hermione sorrindo para ele.

Subiram apenas um lance de escada e pararam em frente a uma porta onde estava escrito: “Quarto da monitora-chefe da Grifinória, Hermione Granger”, ela disse uma senha e eles entraram.

Era uma suíte bem espaçosa, a decoração era toda em rosa e amarelo, lembrava muito o quarto dela em Londres, tinha uma cama de casal no centro, um banheiro com banheira de hidromassagem, um frigobar ao lado da cama, uma escrivaninha em um canto e o que não poderia faltar, uma estante abarrotada de livros de todos os tipos.

- Nossa, é muito melhor do que eu pensava! – Disse Hermione sorridente.

- Acho que vou ter que trazer o meu malão para cá. – Disse Harry a abraçando pela cintura e a colocando na cama, deitando por cima dela.

- Eu tive tanto medo quando vi você se contorcendo e suando frio naquela cama. – Disse Hermione com a voz tristonha depois de beijá-lo.

- Não fique assim meu amor, eu estou aqui com você agora. – Disse ele a virando de modo que ela repousasse a cabeça no peito dele. – Eu te amo. – Disse ele carinhosamente a abraçando e a puxando para mais perto de si.

- Eu também te amo. – Disse Hermione de modo suave e não demorou muito para adormecer, se sentia protegida ao lado dele, todos os seus medos e angustias sumiam com um simples abraço de Harry.

Harry ficou admirando ela dormir por um tempo até pegar no sono, teve um sonho tranqüilo, afinal, estava com a pessoa que mais amava nos seus braços.

Harry acordou quando sentiu uma boca quente tocar os seus lábios, abriu a boca para permitir passagem à língua de Hermione que não demorou a percorrer a sua boca, esboçou um sorriso enorme que foi retribuído por Hermione.

- Bom dia meu amor. – Disse ela amavelmente. – Dormiu bem?

- Bom dia princesa, dormi tão bem que parecia que tinha um anjo dormindo comigo. – Disse ele carinhosamente e Hermione corou com o comentário. – Como você ainda consegue ficar com vergonha dos meus elogios?

- Você sabe que eu fico assim quando recebo elogios, principalmente de você. –Disse ela levantando da cama.

- E porque principalmente de mim? – Perguntou Harry se levantando também.

- Por que eu te amo. – Disse ela se jogando no pescoço dele e lhe dando um beijo de tirar o fôlego. – Vamos para o dormitório trocar de roupa que já é sete e meia, eu quero tomar café antes da aula.

- Tudo bem, eu também estou morrendo de fome. – Disse Harry jogando a capa da invisibilidade por cima deles.

Saíram pelo corredor e não demoraram muito para chegar ao salão comunal da Grifinória, tiveram sorte da mulher gorda estar com tanto sono que nem ao menos percebeu que abriu a passagem para ninguém.

O salão comunal estava praticamente vazio, havia apenas alguns alunos do primeiro ano ansiosos para as aulas e alguns veteranos distraídos, Harry e Hermione se despediram nas escadas de acesso do dormitório e resolveram se encontrar ali daqui alguns minutos.

- Onde você passou a noite? – Perguntou Rony assim que Harry entrou no dormitório masculino.

- No quarto da Mione. – Disse ele de pouco caso. – Mas apenas dormi, não aconteceu nada de mais. – Concluiu ao ver o sorriso malicioso do amigo.

- Certo, se troque logo que eu te espero para nós irmos tomar café, os outros já desceram, e sentiram a sua falta.

- Que se dane os outros. – Disse Harry rindo e vestindo o uniforme de Hogwarts.

Após se vestir, ele e Rony desceram para o salão comunal, pouco tempo depois Hermione se juntou a eles e saíram juntos para tomar café, as garotas viravam a cara para Hermione, que estava de mãos dadas com Harry, quando eles passavam por elas, Hermione para provocar repousou sua cabeça no ombro de Harry que escorou sua cabeça na dela, foram assim até o salão principal.

Sentaram-se junto com Neville, Simas, Gina, Dino e Paul que já tomavam café, pouco tempo depois Luna, que já havia terminado seu café na mesa da Corvinal se juntou a eles.

O correio coruja chegou e por incrível que pareça Neville não tinha esquecido nada em casa, realmente ele mudou, pensou Harry após ver Hermione pagar uma coruja e pegar o profeta diário para ler.

- E aí, vão se inscrever para participar do torneio? – Perguntou Dino animado.

- Que graça teria? Todos sabem que o Harry vai ser o campeão de Hogwarts. – Disse Rony desinteressado. – Afinal de contas, ele ganhou o último com quatorze anos e duvido que alguém esteja mais preparado do que ele.

- Não se preocupem, eu prometi para a Mione que não irei participar. – Disse Harry e recebeu um sorriso de Hermione. – A não ser que aconteça alguma coisa inusitada que me faça competir.

- Ainda bem, assim nós teremos chance. – Disse Neville todo empolgado.

- Você vai se escrever Neville? – Perguntou Rony com uma cara de espanto.

- Mas é claro que sim, você não vai? – Perguntou estranhando a atitude do amigo, sempre quisera provar a família que podia ser melhor que os irmãos, sem contar no prêmio de mil galeões de recompensa.

- E você acha que eu sou otário suficiente para arriscar a minha cabeça por mil galeões? – Perguntou Rony como se fosse obvio. – O Harry é um grande bruxo, um mago. – Disse com a voz baixa, sabia que o amigo não queria que os outros soubessem. – Eu não conseguiria passar por dragões e muito menos por aranhas gigantes.

- Harry olhe só isso aqui! – Exclamou Hermione mostrando o profeta diário a Harry. – Você tinha razão, não foi um sonho.

Harry hesitou, mas pegou o profeta diário, na capa tinha uma foto da prisão de Azkaban e em baixo tinha o artigo do profeta.

FUGA EM MASSA DE AZKABAN.

Nesta madrugada, fomos informados de que dezenas de comensais da morte fugiram de Azkaban. Fontes revelam que o Lorde das Trevas foi pessoalmente libertá-los, e vários dementadores abandonaram a prisão. Segundos após os comensais fugirem, ninguém mais ninguém menos do Alvo Dumbledore apareceu na prisão, como ele soube tão rápido do ataque? Ninguém sabe, só mesmo ele.

Dumbledore cuidou pessoalmente de encantar a fortaleza para que nenhum outro preso, que for levado para lá já que a prisão ficou vazia, consiga escapar.

Dentre todos os comensais que fugiram, temos os dois mais temidos, ambos foram mandados para Azkaban pelo próprio Harry Potter, Lucio Malfoy e Bellatrix Lestrange estão a solta e pedimos para que todos tenham muito cuidado.

- DROGA! – Exclamou Harry após ler a matéria fazendo com que várias cabeças se virassem para olhá-los. – Não fui rápido o suficiente.

- Não se culpe Harry, você fez o que pode, mais cedo ou mais tarde isso iria acontecer. - Disse Hermione depositando carinhosamente a mão no rosto dele, fazendo com que diversas meninas virassem a cara ou exclamassem aborrecidas.

- Fazer o que neh? O jeito é você mandar eles de volta para lá Harry! – Disse Rony dando tapinhas nas costas do amigo que sorriu.

- Vamos, temos aula de poções agora. – Disse Hermione, e não parecia mais nada ansiosa para que as aulas começassem.

- Perfeito! Pelo menos nada pode piorar! – Disse Harry levantou-se do banco a estendeu a mão para Hermione que prontamente aceitou.

- Desculpe meu amor mais pode. – Disse ela e Harry fez uma cara de incompreensão. – É com a Soncerina a aula.

Harry não disse nada apenas deu uma bufada de raiva enquanto ele, Rony e Hermione se dirigiam para as masmorras.

Chegando lá ainda faltava dez minutos para o inicio da aula e eles ficaram conversando animadamente quem poderia ser o campeão de Hogwarts até que os alunos da Soncerina chegaram.

- Como se sente Weasley, depois de perder toda a glória para o Potter agora ainda perdeu a Granger. – Disse Draco Malfoy em tom de deboche se aproximando com Pansy Parkinson, Crabbe, Goyle e Blás Zambine, que tinha um distintivo de monitor-chefe, ao seu lado.

- Cala boca Malfoy! – Disse Rony, mais vermelho que seus cabelos fechando o punho e avançando em direção a Draco, mas Harry colocou a mão na frente para impedi-lo de avançar.

- É isso que ele quer, não vale à pena. – Disse Harry para que só Rony escutasse.

- E então Potter, como vai fazer para trapacear desta vez, não vê a hora de arriscar sua vida para se exibir não é. – Harry estranhou, tinha um tom de ciúme na voz dele.

- Harry não trapaceou, colocaram o nome dele naquele cálice, e mesmo assim ele ganhou o torneio sem dificuldades. – Provocou Hermione. – Você acha que tem chances de ganhar Malfoy? – Perguntou ela. – Acha que pode ser o campeão de Hogwarts?

- Isso é um desafio Granger?

- É sim Malfoy, irei me escrever só para ter o prazer de ver a sua cara quando o meu nome sair do cálice de fogo.

- Você não ira participar, se você se escrever eu também vou. – Disse Harry olhando sério para Hermione.

- Uhhh, defendendo a namoradinha de novo Potter? É bom que não a deixe sujar um artefato mágico daqueles colocando esse nome sujo lá dentro. – Dessa vez foi Rony que teve de segura-lo para que ele não quebrasse a cara de Malfoy.

- Por que não vai atrás do seu paizinho e não pede outra chance para aquele idiota do Voldemort? – Disse Harry furiosamente.

- Como ousa seu imundo. – Disse Malfoy sacando a varinha e Rony imediatamente largou Harry e sacou a sua, Harry apenas riu.

- Acha mesmo que assusta com esse pedaço de madeira Malfoy? Não adianta ter uma varinha e não saber usá-la, eu poderia acabar com vocês cinco num piscar de olhos. – Disse Harry se aproximando sem medo algum deles que sacaram as varinhas. – Já se esqueceu do nosso último encontro? Eu posso refrescar a sua memória.

- Insolente! CRUCIO. – Bradou ele apontando em direção ao peito de Harry que apenas levantou a mão e o feitiço desapareceu sob o olhar de pânico dos sonserinos.

- Parece que vai ter que cumprir detenções junto com a Parkinson Malfoy. – Disse Hermione fazendo seu distintivo reluzir a pouca luz existente no local.

- Ataquem juntos. – Disse Malfoy. – Quando eu contar até três. Um...

- Eu não faria isso se fosse você. – Disse Fred chegando com a varinha levantada em direção aos sonserinos.

- Não mesmo. – Disse Jorge se colocando ao lado do irmão e logo em seguida todos os alunos da grifinória que vinham atrás dos gêmeos estavam com as varinhas apontadas para os cinco.

- Mas o que está acontecendo aqui? – Perguntou uma garota de cabelos negros e belos olhos verdes. – Por acaso estão travando uma batalha no corredor? – Perguntou ela ao perceber o silêncio, todos a observavam, Harry pode ver o distintivo de monitora reluzindo em seu peito, ela parou seu olhar em Harry que estava na frente da confusão e pareceu levar um choque. - Você é Harry Potter?

- Sim, e você quem é? – Perguntou Harry que continuava encarando Draco e fez um sinal para todos baixarem as varinhas, prontamente eles obedeceram, porém os sonserinos ainda tinham as varinhas erguidas.

- AGORA! – Gritou Malfoy foi ouvido vários feitiços, Malfoy lançou um Sectumsempra em Harry, e os outros lançaram feitiços estuporantes.

Harry se precipitou a frente de Hermione antes que algum feitiço acertasse nela e conjurou um enorme escudo sobre todos os alunos da Grifinória e da monitora sonserina, os feitiços rebateram na proteção e acertaram as paredes, porém o feitiço de Malfoy acertou Crabbe que começou a sangrar por cortes no rosto e no peito.

Os sonserinos estavam paralisados observando Crabbe sangrar, Harry, odiando a si mesmo por ajudar um sonserino, foi até ele, tirou a varinha e murmurou todos os contra feitiços que tinha lido para este tipo de situação, Crabbe parou de sangrar e os cortes se fecharam, embora ele estivesse desmaiado e Harry supôs que ficaria pelo menos uma semana na ala hospitalar.

- Atacando alunos com magia das trevas outra vez Potter? – Perguntou Snape saindo de sua sala e olhando o corpo de Crabbe caído no chão no instante em que o restante dos alunos da Soncerina chegavam.

- Não foi ele prof... – Começou Hermione.

- Quieta! Não pedi a sua opinião Granger! – Disse ele furioso.

- O senhor não pode falar assim comigo! – Bradou Hermione. – Eu sou monitora-chefe da Grifinória e exijo respeito!

– Leve-o para ala hospitalar Goyle e você ira ver o diretor Potter, creio que desta vez não escapara da expulsão. – Disse ele ignorando o comentário da Hermione.

- Seria um prazer professor, pelo menos não precisaria mais ver a sua cara, mas não fui eu que o ataquei. – Disse Harry encarando Snape que ficou pálido com o comentário. – Se tivesse atacado alguém, atacaria o Malfoy.

- Você não tem provas Potter, não se safara desta tão fácil. – Disse Snape com um sorriso nos lábios.

- Por que não tenta ler a minha mente? – Provocou Harry, sabia que o professor estava tentando fazer isso, mas não conseguia. – Parece que eu estava certo quando disse que o senhor não estava me ensinando direito, aprendi muito mais com a Hermione. – Disse ele e Hermione corou com o comentário do namorado.

- Nem mais uma palavra Potter, você ira agora mesmo ver o diretor e eu terei o prazer de me despedir de você nos portões do colégio.

- Desculpe professor, mas ele não teve culpa. – Disse a garota sonserina para espanto de todos, inclusive de Snape que amarrou a cara para ela. – E tem dois monitores e uma monitora-chefe que poderão dizer a verdade.

- E qual é a verdade senhorita Cosmalteck? – Disse ele de forma fria e ríspida.

- Foram eles que atacaram. – Disse mostrando os três sonserinos que ficaram. – E se não fosse o Potter, mais pessoas estariam feridas agora.

- A sim, o santo Potter. – Disse ele visivelmente irritado. – Entrem, não quero perder mais tempo aqui fora.

- Suponho que o senhor ira tirar pontos da sua casa professor e puni-los por usar magia no corredor? – Perguntou Hermione antes do professor começar a aula, ela estava sentada ao lado de Harry e todos os alunos já estavam na sala.

- Isso não é da sua conta Granger. – Disse ele entre dentes.

- Claro que é. – Explodiu Harry. – Você não pode ficar acobertando estes comensais só por que são da sua casa, ISSO NÃO É JUSTO!

- Detenção Potter! – Disse Snape com um sorrisinho vitorioso, Harry levantou-se da carteira. – Onde pensa que vai Potter? – Perguntou ele de forma ríspida.

- Falar com Dumbledore, isto já esta passando dos limites! – Disse ele se encaminhando para porta mais foi barrado por Snape.

- Você não vai a lugar algum Potter, vai sentar nesta cadeira e assistir a minha aula bem quietinho. – Falou Snape em tom provocante.

- E quem vai me impedir? Você? – Harry soltou uma risada aguda e todos se olharam surpresos, ele estava desafiando o antigo professor de Defesa Contra As Artes Das Trevas? Parece que sim.

- Já se esqueceu do nosso último duelo Potter? – Perguntou Snape sacando a varinha.

- Devo dizer que melhorei muito de lá para cá. – Disse Harry de modo desafiador.

- Expeliarmus!- Bradou Snape e a varinha de Harry voou de seu bolso e caiu no canto da sala. – Agora sente-se antes que eu te azare de verdade Potter. – Disse ele com um sorriso vitorioso no rosto.

- Expeliarmus! – Disse Harry apontando o dedo para Snape e a varinha dele foi lançada longe, Harry com um movimento da mão direita convocou sua varinha novamente.

- Mas....COMO? – Perguntou Snape perplexo.

- Como eu lhe disse professor. – Disse ele empurrando Snape para o lado. – Eu melhorei muito. – Disse se encaminhando para a porta sob uma salva de palma de todos os alunos da Grifinória, inclusive Hermione.

Saiu da sala e antes de virar o corredor escutou a porta da sala de Snape se abrir novamente, ficou preparado esperando que Snape tentasse azará-lo pelas costas, mais uma voz doce o chamou fazendo ele se virar.

- O que esta fazendo aqui Hermione? – Perguntou ele após receber um beijo da namorada.

- Ele disse que se mais alguém nunca mais quisesse ver uma aula dele era só sair da sala, eu nem pensei duas vezes. – Disse ela com um sorriso maroto o beijando novamente.

Harry olhou para porta da sala e viu Rony saindo por ela, não se surpreendeu, pois se ele e Hermione haviam saído o amigo com certeza faria o mesmo, só que não fora só ele, todos os alunos da Grifinória deixaram a sala e foram até Harry.

- Isso é um absurdo! Não podemos mais agüentar aquele cara! – Disse Neville zangado.

- Você mandou bem Harry, não sabia que era um mago, mas o que vamos fazer agora? – Perguntou Dino, todos estavam contentes pelo que Harry havia feito.

- Primeiro conversaremos com a professora Minerva e depois com Dumbledore, ele ira nos entender, depois, se não tivermos nenhum professor, a Mione pode nos preparar para os N.I.E.Ns, não é Mione?

- Mas é claro. – Disse ela corando de prezar, teria a chance de ensinar os colegas e mostrar todo o seu potencial longe do Snape.

Esperaram na sala precisa até o sinal bater para a próxima aula, onde teriam tempo livre, conversando sobre o que seria melhor fazer, decidiram que contar a Minerva primeiro seria o melhor, pois ela era a diretora da Grifinória.

Contaram tudo, desde a chegada dos sonserinos até o ataque deles, falaram que uma monitora da Soncerina que tinha impedido Snape de levar Harry até Dumbledore.

A professora ficou estática por algum tempo arquivando as informações que tinha acabado de receber, depois levantou-se de sua cadeira e olhou com reprovação para eles.

- Vocês não deveriam ter abandonado a sala atrás do senhor Potter, e enfrentar um professor, francamente, isso merece uma punição.

Todos pareciam chocados, a professora Minerva ao invés de ajudá-los estava dizendo que estavam errados até Hermione quebrar o silêncio.

- Desculpe professora, mas o que o Harry fez foi certo, o professor Snape não me deixou nem explicar o que tinha acontecido, queria de todas as maneiras que Harry fosse expulso e depois que a monitora sonserina falou, ele simplesmente mandou todos entrarem e nem ao menos tirou pontos da Soncerina.

A professora pareceu pensar novamente e Harry queria falar o quanto antes com Dumbledore, certamente ele os entenderia, um silêncio constrangedor se abateu sobre a sala e foi quebrado por Rony.

- A Mione tem razão professora, se não fosse o Harry qualquer um de nós poderia estar na enfermaria agora.

- E nós estamos unidos, não confiamos nos sonserinos e ficaremos do lado do Harry neste guerra. – Disse Neville firme surpreendendo a todos que logo concordaram com ele e a professora Minerva pareceu esboçar um sorriso antes de falar.

- Seus pais ficarão muito orgulhosos de você Longbottom, principalmente sua avó, eu levarei vocês até o professor Dumbledore e veremos a decisão dele.

Todos se encaminharam até a gárgula de pedra e subiram até a sala do diretor, não demorou muito e ele apareceu, com suas vestes azuis encarando a todos por detrás dos seus óculos em forma de meia lua.

- Uma reunião agradável destas no primeiro dia de aula deve ter algum motivo. – Falou sorrindo para todos. – Se não me engano estão todos os alunos da sétima série da Grifinória, você esta fechando muito bem a sua mente Harry, parabéns.

- Obrigado professor, mas nós estamos aqui por que....

- Eu já sei o que houve. – Todos o olharam surpresos. – Sei que Severo não esta muito contente por voltar a lecionar poções e também acho que a senhorita Granger poderia ensiná-los tão bem quanto o professor.

Hermione ficou púrpura com o comentário do diretor e abriu um sorriso que deixou Harry bobo, ele se aproximou e sussurrou no ouvido dela “Você fica mais linda quando esta envergonhada” e pode sentir o calor só de estar perto dela, a essa altura ela já estava roxa de vergonha.

- Combinados então, a senhorita Granger ira prepará-los para os N.I.E.Ns e todos deverão obedecê-la e respeitá-la como respeitam a qualquer outro professor.

- Menos o Snape. – Disse Rony e todos, inclusive Dumbledore riram do comentário.

- E quanto aos sonserinos que nos atacaram professor? – Perguntou Harry antes de saírem.

- Eu cuidarei deles, darei uma detenção de uma semana e tirarei cinqüenta pontos por cabeça, e avisarei que da próxima vez serão expulsos. Agora podem ir, Harry você pode ficar mais um pouco junto com a senhorita Granger e o senhor Weasley.

Todos saíram restando apenas os três na sala, Dumbledore sentou-se em sua cadeira e conjurou mais três em frente a sua mesa, eles sentaram e Dumbledore tornou a falar.

- Como viram eu não cheguei a tempo, Lorde Voldemort libertou todos os prisioneiros de Azkaban e creio que todos eles irão se unir. Temo que os ataques não tardaram a acontecer, e quero que fiquem preparados para um possível ataque a Hogwarts.

- O senhor acha que ele ira agir durante o Torneio Tribruxo? – Perguntou Harry receoso, afinal foi assim que ele agiu da última vez.

- Não Harry, como falei no banquete eu tomarei todas as precauções, pode participar sem medo. – Disse ele com um sorrisinho.

- Ainda não estou confiante professor, as lembranças do último torneio ainda me atormentam, foi a minha pior experiência, mas acho que já estou preparado para enfrentar Voldemort.

- Aí você se engana Harry, você está muito forte, mas ainda não esta preparado para enfrentá-lo, você deve saber primeiro pelo que lutar, se lutar apenas por vingança, não poderá ganhar, agora vão, não quero que percam as próximas aulas.

O resto da manhã passou tranqüilo, a maior novidade foi que eles descobriram o que Cho Chang estava fazendo em Hogwarts, ela era auxiliar da professora Minerva e por incrível que pareça Neville se saiu muito bem na aula de Transfiguração e não estragou nada na aula de feitiços.

A tarde não houve aulas, os alunos foram dispensados para esperarem as outras escolas, Harry e Rony ficaram até as seis da tarde jogando xadrez bruxo, Hermione subiu para o dormitório feminino com Gina as quatro horas, para se arrumarem.

Harry vestiu sua roupa de gala, como foi combinado com todos, e Rony fez o mesmo, a roupa de gala do amigo não era a mesma do quarto ano, graças a Harry, os gêmeos presentearam ele com roupas muitos bonitas.

Após se vestir, passar perfume e tentar pentear o cabelo, que não deu resultado, eles desceram para o salão comunal para esperar as garotas, as escolas iriam chegar as sete horas, e as meninas só desceram faltando dez minutos, mas na opção de Harry valeu a pena.

Gina desceu na frente, mas Harry nem reparou na ruiva, estava mais interessado em uma garota com lindos cachos castanhos e olhos cor de mel que vinha mais atrás com um sorriso radiante nos lábios.

Hermione estava usando um vestido vermelho magnífico, brincos bem discretos e uma maquiagem leve, na opção de Harry estava perfeita.

- Você esta magnífica minha princesa, e não precisa ficar envergonhada.

Hermione corou ainda mais, deu um leve selinho em Harry e saíram de braços dados para o hall de entrada onde as delegações passariam.

Não demorou muito e Madame Máxime entrou acompanhada de alguns alunos, Harry percebeu que havia muito mais que no último torneio, havia pelo menos uns trinta, Harry reconheceu Gabrielle, a irmã de Fleur no meio dos alunos, deveria estar no quarto ano, a garota sorriu para ele que retribuiu o sorriso, Hermione amarrou a cara e segurou mais forte o braço de Harry.

- Com ciúmes meu amor? – Perguntou Harry sorrindo para ela.

- Nem se atreva a ficar de olho nestas veelas senhor Potter!- Resmungou ela ainda de cara amarrada.

- Você sabe que eu só tenho olhos para você meu amor. – Disse ele sincero e Hermione esboçou um sorriso radiante no exato momento em que a delegação da Durmstrang entrava no castelo.

- Hermione olha só aquele cara. – Disse Gina rouca e foi a vez de Harry fechar a cara.

Um garoto que parecia ter uns dezessete anos também estava olhando para eles, era um garoto alto, cabelos negros bem penteados, olhos azuis e a pele bem clara, as garotas suspiravam quando ele passava, inclusive Gina.

Harry observou que Hermione também olhava para ele e não estava mais segurando seu braço, Harry a abraçou pela cintura, o ciúme o corroendo por dentro, Hermione riu da cara furiosa que ele tinha.

- Que cara é essa, por acaso está com ciúmes senhor Potter? – Provocou ela apertando as bochechas dele.

- Na verdade estou morrendo de ciúme, não sei o que faria se você me deixasse, minha vida não teria mais sentido. – Falou ele com a voz triste e segurando as lágrimas enquanto a encarava, Hermione pareceu se arrepender do que disse.

- Não seja bobo Harry, eu nunca irei te deixar, eu te amo. – Disse ela o beijando carinhosamente.

- Eu também te amo, só que tenho medo de te perder. – Falou ele sincero e os dois se encaminharam para mesa da Grifinória, Harry e Hermione sentaram-se lado a lado.

A delegação da Durmstrang se sentou junto com a mesa da sonserina e Harry viu Malfoy conversando com aquele estranho, os alunos da Beauxbatons se sentaram com a Corvinal, o salão estava cheio de conversa, mas no momento em que Dumbledore se levantou, todos se calaram.

- Eu queria dar as boas vindas a Madame Máxime e ao professor Radostin Dimitrov e aos seus alunos, espero que todos sejam bem recebidos, por enquanto só mais duas palavras, bom apetite.

Assim que Dumbledore se sentou vários pratos de comidas surgiram na mesa, vários pratos estrangeiros que Harry nem sabia o que era, como da última vez.

- Mas que diabos é isso? – Perguntou Rony mostrando um prato em que continham tomate, pepino e diversas outras saladas.

- Shopska salata. – Disse Hermione e percebeu a cara de espanto de Rony e Harry. – É um prato típico da Bulgária, francamente, é a salada mais famosa de lá!

- Com licença. – Disse uma voz arrastada atrás de Harry, ele se virou e deu de cara com aquele mesmo garoto. – Vocês se importam se eu pegar a Banitsa.

- Não. – Respondeu Hermione pegando uma travessa e alcançando para ele. – Pode levar.

- Muito obrigado senhorita....

- Granger, muito prazer. – Disse Hermione apertando a mão dele, Harry mais uma vez amarrou a cara e agora Rony fez o mesmo.

- O prazer é todo meu, eu me chamo Borislav Zografi, mas pode me chamar de Boris. – Disse ele com um sorriso e seus olhos pararam em Harry. – Você deve ser Harry Potter? – Perguntou com desdém.

- Não, ele é o papai-noel, se não se importa nós gostaríamos de jantar em paz. – Disse Rony.

- Certo, me desculpem. – Respondeu Boris e saiu para mesa da sonserina.

- Rony! Isso é modo de tratá-lo. – Disse Hermione séria.

- Muito obrigado Rony, assim você me evitou de ter uma discussão com ele. – Falou Harry firme.

- De nada cara, se precisar de ajuda para quebrar a cara dele pode contar comigo. – Falou com um sorriso no rosto.

- O que deu em vocês dois? Não escutaram o que Dumbledore falou? – Perguntou Hermione irritada.

- Você diz isso por que não viu como ele te olhava! – Disse Harry se irritando também.

- Se eu fosse brigar com todas as garotas que olham para você eu teria que brigar com o colégio inteiro. – Disse Hermione subindo o tom de voz.

- MAS EU NÃO DOU BOLA PARA ELAS! – Gritou Harry e sua taça explodiu fazendo um corte profundo na palma de sua mão, chamando a atenção de todos e Harry viu um sorrisinho vitorioso no rosto de Boris.

- Ora Harry olha o que você fez, tente se controlar senão você pode matar alguém! – Disse Hermione séria. – Deixe-me ver isso.

- Não toque em mim! – Disse ele de modo frio, o sangue escorria por sua mão. – Eu ainda estou chateado com você!

- Você precisa de ajuda? – Perguntou Kelly se aproximando dele. – Esta perdendo muito sangue. – Exclamou ela preocupada.

- Não se preocupe, eu sei me cuidar sozinho. – Disse Harry de forma calma e Hermione olhou furiosa para a menina.

Harry se concentrou e uma luz branca envolveu sua mão, o sangue parou de escorrer e o corte foi se fechando lentamente sob o olhar surpreso de todos, menos dos que passaram as férias com eles.

Após limpar o sangue de suas vestes, Harry concertou a taça com um simples movimento de sua mão, não comeu mais nada e permaneceu o restante do banquete em silêncio.

Após todos comerem Dumbledore se levantou para dizer como seria feita a escolha dos campeões Tribruxo.

- Queria pedir a atenção de todos para esse comunicado, a escolha do campeão este ano será de uma forma diferente, um torneio de duelos será realizado, cada escola fará o seu torneio e o campeão de cada escola ira participar do torneio Tribruxo. No caso de Hogwarts que é dividida em quatro casas o torneio será da seguinte forma. O aluno de cada casa acima do quarto ano que quiser participar devera se inscrever com o diretor ou diretora de sua casa, os campeões de cada casa irão para a semi-final, haverá um sorteio para decidir os duelos e os vencedores irão para a final, os duelos serão realizados aqui no salão principal, haverá seis locais de combates, um para os alunos da Grifinória, outro para os da Corvinal, um para Lufa-Lufa, um para Soncerina, um para os alunos da Beauxbatons e um para os alunos da Durmstrang. Os interessados terão até a sexta-feira para se inscrever, a primeira fase será no sábado e as finais no domingo.

Burburinhos ecoaram pelo salão, todos ficaram muito empolgados com essa novidade, porém Harry havia prometido que não iria competir e não deixaria Hermione participar.

- Legal, depois do seu treinamento creio que temos chance, o que você acha Harry? – Perguntou Neville ansioso.

- Acho que sim Neville, boa sorte. – Disse Harry e Hermione notou que a voz dele estava muito triste.

- Não fica assim Harry, eu não gosto te ver assim. – Disse ela carinhosamente bagunçando os cabelos dele.

- Tudo bem, eu já estou melhor. – Disse ele forçando um sorriso para Hermione.

- Então trate de levar suas coisas para o meu quarto para nós irmos dormir. – Disse ela em tom autoritário.

- Certo. – Disse ele se levantando. – Eu não demoro. – Deu um beijo em Hermione e saiu do salão principal que continuava cheio.

- Hei Potter. – Chamou uma voz assim que ele saiu do salão principal. – Quero conversar com você. – Harry reconheceu aquele sotaque e quando se virou deu de cara com Boris.

- Eu não tenho nada para falar com você. –Disse ríspido e se virou para sair, mas o garoto o parou.

- Só vou te avisar que estou afim da sua amiga e que você não vai me impedir de conquistá-la. – Disse ele de modo firme.

- É bom você ficar longe da minha NAMORADA senão eu quebro a sua cara.

- E você acha que eu tenho medo de você? Desta vez não vai participar do Torneio Tribruxo não é Potter?

- Como você sabe? – O garoto riu.

- Sabia, não tem como trapacear não é, e nenhum professor ira lhe dizer o que fazer para você ganhar.

- Está me desafiando?

- Estou! Vou provar a todos que você é só uma lenda, salvar a Pedra Filosofal no primeiro ano, matar um basilisco no segundo, espantar centenas de dementadores no terceiro, ganhar o Torneio Tribruxo no quarto, ensinar os colegas a duelar e invadir o ministério no quinto, lutar contra comensais da morte no sexto, prender dezenas de comensais da morte este ano, sem contar que em quase todas estas vezes você enfrentou você-sabe-quem, tudo invenções que otários acreditam, mas eu não Potter eu sei que você não passa de um adolescente pirado que só quer se aparecer.

- Então eu aceito seu desafio. – Disse Harry espumando de raiva. – E vou provar que o que eu falo é verdade.

- Ótimo, nos veremos no torneio se você conseguir ganhar. – Ele deu uma risada sarcástica. – Mande lembranças para Hermione por mim. – Harry ficou vermelho de raiva, pegou Boris pelo colarinho e o jogou contra a parede apertando o pescoço dele, o encarando nos olhos.

- Sabe, você me assusta bem menos do que aquele mestiço imundo do Voldemort. – O garoto estremeceu com o nome. – E é bom você ficar bem longe da minha Mione se não quiser ter uma morte bem lenta. – Harry o jogou no chão e virou as costas.

- ESTUPEFAÇA! – Gritou Boris após sacar a varinha, Harry parou e levantou a mão para trás fazendo o feitiço sumir no ar, se virou, Boris estava em pânico.

- Não te ensinaram que não se deve atacar pelas costas? – Perguntou Harry friamente. – De o fora daqui senão eu vou te mandar para a ala hospitalar antes mesmo de você se inscrever neste torneio.

Sem dizer mais nada, o garoto se levantou e voltou para o salão principal, Harry foi até o salão comunal da Grifinória, pegou suas coisas e se encaminhou para o quarto de Hermione, deixou suas coisas lá e saiu, estava indo novamente para o salão principal quando uma garotinha do segundo ano o intercepta.

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.