O Ataque Surpresa.



Harry estava tendo um sonho estranho, ele andava de mãos dadas com Hermione em um campo cheio de flores viu Rony e foi até ele, mas este se afastou furioso, depois viu Voldemort e ele apontava a varinha para Hermione e um raio verde sai dela, sem pensar duas vezes ele se atira na frente do feitiço e ouve a risada aguda de Voldemort, olha para o lado e vê Hermione chorando abraçada a seu corpo, agora sem vida caído no campo.

De repente um frio incomum para aquela época do ano foi tomando conta de seu corpo e ele sentiu que nunca mais iria ser feliz.

O moreno acordou assustado e comprovou o que temia, dois dementadores estavam “em cima” dele, ele reviu Sírius atravessar o véu, Cedrico ser morto, Dumbleodore ser arremessado para fora da sala, seu pai batendo as costas em uma parede e caindo sem vida no chão, sua mãe se jogar na frente de um feitiço verde.

NÃO!!! – Harry gritou procurando a varinha no bolso das vestes, mas ele não tinha forças para proferir o encantamento. “Pense em algo feliz” repetia para si mesmo, mas não é fácil se concentrar com dois dementadores lhe sugando a alma, quando ele iria usar o feitiço ouviu um grito familiar atrás de si.

- EXPECTO PATRONUM – A voz suave soou em seu ouvido e logo em seguida uma lontra afastou os dementadores que fugiram assustados.

Harry se virou para ver quem era e encontrou uma sorridente Hermione feliz por vê-lo e que vinha correndo ao seu encontro, como ela esta linda, pensava Harry a olhando sem conseguir esconder o sorriso que se formou em seu rosto.

- Harry! Que bom que te encontrei, estava com tanto medo. – falou ela se jogando no pescoço dele que lhe abraçou com força demonstrando o quanto estava com saudades, ela o abraçava como se ele pudesse fugir a qualquer momento.

- Mione como você esta linda, estava com tanta saudade, mas o que esta fazendo aqui sozinha? – Perguntou ele para Hermione que estava um pouco corada pelo elogio dele e, apesar de estar adorando, se solta do abraço de Harry.

- Eu estava com saudades Harry, precisava te ver e tive um pressentimento ruim quando pensei em você agora pouco, como se alguma coisa me avisasse que você estava em perigo, mas primeiro como isto. – disse ela entregando um pedaço de chocolate que ele aceita e come tudo.

- Esta bem, temos muito que conversar, mas primeiro vamos sair daqui, pode ser perigoso. – Disse Harry e pegou a mão de Hermione que meio sem jeito aceita e caminha ao lado dele para sair da praça, mas eles ouvem alguém se aproximando.

- Tarde demais. – Disse um comensal que vinha na direção deles.

Harry se posiciona a frente de Hermione a fim de protegê-la quando reconhece o comensal.

- Fuga daqui Mione, chame ajuda, eu posso cuidar dele sozinho. - Harry sussurra no ouvido de Hermione.

- Eu NUNCA irei te deixar sozinho Harry. – Hermione fala só para Harry escutar, enfatizando o nunca e se coloca ao lado dele.

Harry vendo que não adiantaria discutir com Hermione resolve distrair o comensal para poder pensar em algo que fazer.

- Ora, ora, como foram as suas férias em Azkaban Lucio? – Pergunta Harry.

- Nada de conversas Potter, o mestre quer que eu o leve até ele, mas não ira se importar se eu leva-la também. – disse Malfoy apontando com a mão para Hermione que estava estática.

- Pode deixar que desta sangue-ruim cuido eu. Crucio! – Falou outro comensal que chegara ao local e apontava a varinha para o peito de Hermione.

- Protego! – Berrou Harry sacando a varinha, se colocando a frente de Hermione novamente e conjurando um campo de força que fez o feitiço ricochetear e quase atingir Malfoy.

- Por que demorou tanto Draco? – Perguntou Lucio ao comensal.

- O lorde estava me advertindo do que aconteceria se eu falhasse novamente. – disse Draco com medo e pavor na voz.

- Então quer dizer que o filhote de comensal quis virar um também? Nunca mais trate a Hermione assim e muito menos ouse machuca-la. – disse Harry primeiro com sarcasmo e depois com raiva na voz. – Estupefaça! – bradou ele apontando a varinha para Draco Malfoy que se desviou agilmente.

- Renda-se Potter e nós podemos deixá-la ir sem nenhum arranhão. – disse Lucio.

- Não Harry, não acredite nele. – disse Hermione após ver que Harry começara a baixar a varinha.

- Cale-se. – Disse Lucio para Hermione.

- Haa vamos acabar logo com isso! – disse Draco olhando para o pai e depois apontou a varinha novamente para Hermione. – Isso é pelo soco que me deu no terceiro ano Granger. Avada Kedavra. – Gritou ele com fúria.

- NÃO! – Harry que percebera a intenção de Draco a tempo se jogou sobre Hermione e o feitiço acertou de raspão o ombro de Harry. – Você está bem? – perguntou ele sem se importar com a dor em seu ombro esquerdo.

- Sim, mas você poderia ter morrido. – disse ela com a voz embargada.

- Não seria nada comparado ao fato de perder você. – Disse ele se levantando com uma lágrima escorrendo pelo seu rosto só de pensar que por pouco não perdeu Hermione para sempre. Virou-se com a varinha apontada para Draco, o ódio tomando conta de si, nem precisou pronunciar o feitiço, apenas pensou com todas as forças: “Crucio”.

O feitiço saiu da varinha de Harry e atingiu Draco em cheio, ele foi lançado um pouco para trás e caiu no chão. Ele gritava e se contorcia de dor como se estivesse agonizando. Harry virou-se para Lucio, ele olhava assustado para o filho que continuava se debatendo e gritando, pela expressão de Lucio, nunca deveria ter visto alguém gritar tanto, nem mesmo Harry quando fora atacado pelo próprio Lorde das Trevas não sofreu tanto, Harry aproveitou a distração dele e parou a maldição apontando a varinha para Lucio.

- Expeliarmus! – Harry falou e não só a varinha como também o próprio Lucio foram arremessados para longe, Malfoy bateu em uma árvore e caiu inconsciente, Harry caminhou até Draco com a varinha levantada.

- Agora eu sei o que sua tia queria dizer quando disse que precisava querer lançar a maldição, eu poderia te matar agora mesmo se quisesse. – Fala Harry de modo calmo e suave que lembrava Dumbleodore, o que fez Draco sentir ainda mais medo.

- Então porque não me mata de uma vez Potter? -Pergunta Draco reunindo todo orgulho e a arrogância que tinha, mas sem esconder o medo em sua voz ofegante.

- Harry não! – Hermione que já havia se levantado vai até Harry – é isso que ele quer, que você seja um assassino. – disse agora segurando a mão esquerda dele e olhando em seus olhos.

- Não se preocupe Mione, eu não sou igual a ele. – Diz Harry de uma forma doce e Hermione abre um sorriso que deixa Harry sem ação e é forçado a retribuí-lo.

- Ainda bem. – Diz ela beijando o rosto dele e depois fazendo um carinho onde havia beijado.

Draco reúne todas as suas energias e, aproveitando este deslize de Harry, tenta correr em direção a varinha que seu pai tinha derrubado, mas Harry percebe e aponta a varinha para ele.

- Petrificus Totalus! – Disse Harry e Draco, que estava na metade do caminho, cai imóvel no chão. Harry vai até ele e da um chute em seu estomago. Draco apesar de não se mexer e nem dizer nada, pois estava sob o feitiço, encheu os olhos de lágrimas.

Harry colocou os Malfoys lado a lado e conjurou cordas que amarraram os dois firmemente.

- Muito bem. – Disse Hermione orgulhosa por Harry ter derrotado os dois sozinhos. – Alias, Feliz Aniversário. – e correu para abraçá-lo.

- Obrigado, mas agora – disse Harry erguendo a varinha - EXPECTO PATRONUM! – falou ele e Hermione olhou assustada para cima procurando por dementadores, mas não achou nada.

- Por que você fez isso? – Disse Hermione vendo o cervo de Harry se aproximar deles.

- Você já vai ver. – disse Harry tentando alisar a cabeça do cervo que o olhava com ternura. – Avise Lupin que fui atacado por dois comensais e que eles estão amarrados na praça perto da casa de meus tios. – disse Harry para o cervo que balançou a cabeça afirmativamente e saiu dali.

- Não sabia que você conseguia fazer isso, eu não consigo. – Disse Hermione feliz no começo, mas meio triste no final por não conseguir se comunicar bem com o seu patrono.

- Não fique assim, eu sei que você pode e eu irei te ajudar a fazer. – Disse Harry de forma meiga que a fez abrir um sorriso e abraça-lo.

- Às vezes eu penso que você não existe e que é tudo um sonho. – Diz ela encostando a cabeça no peito de Harry.

- Pois saiba que eu sempre estarei ao seu lado quando precisar de mim. – sussurrou no ouvido dela que estremeceu ao ouvir isso.

Harry a segurava pela cintura com uma mão e lhe alisava os longos cabelos dela. Hermione tinha os dois braços envolta do tronco dele e apertava suas costas o puxando para mais perto, se é que era possível, e continuava com a cabeça no peito dele, mas agora estava de olhos fechados.

- Eu te a... – Harry não pode terminar de falar, pois nesse momento vários sons de desaparatação foram ouvidos e eles se separaram, Harry puxou Hermione novamente para si e a colocou atrás dele enquanto erguia a varinha.

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