Péssima saúde?! E Hogwarts?!



Recapitulando: “Snape vê as cinzas de mione se espalharem e sente seu pulmão pedindo ar enquanto cacos de vidro voam em sua direção. Snape sente uma dor insuportável com a penetração dos mesmos em sua pele machucada e desmaia.”



“Estava tudo perdido... Se soubesse de antemão que tudo pelo qual lutou acabaria em cinzas, não teria feito absolutamente nada”.


“Seis dias depois...”

Snape abre finalmente os olhos. Sentia suas pálpebras pesarem sob seus olhos, mas precisava saber o que tinha acontecido, tinha a impressão de ter dormido séculos e mas mesmo assim ainda se sentia fraco e cansado.
Á sua volta ele podia reconhecer a Ala Hospitalar do castelo de Hogwarts. Era um local claro e calmo. Sentia a cama e um travesseiro baixo sob sua cabeça dolorida.
A dor o fez lembrar dos últimos acontecimentos.
Como fora parar ali? Estava se afogando e... Tudo acabou derrepente. Hermione tinha virado pó e... Hogwarts estava completamente submersa com um basilisco rondando-a em busca de presas.
Parou de pensar. Sua cabeça estava latejando tanto que Snape fechou os olhos para emancipar a dor. Sua têmpora queria saltar para fora e tinha uma pressão incrivelmente dolorosa em seus olhos.
Quando os reabriu pode perceber mais no local onde se encontrava um velho de longas barbas prateadas e oclinhos de meia lua.
-Acho melhor não fazer muito esforço, Severo. -disse o velho bondosamente.
Snape nada falou e o velho continuou.
-Você teve uma batalha incrível contra Aquele-que-não-se-deve-ser-nomeado. Teve idéias ótimas quanto sua sobrevivência e salvou muitas vidas.
-Hogwarts... Estava inundada. -começou ele mas parou, a dor em sua têmpora havia se intensificado.
-Eu sei, eu sei. -ainda tinha um tom bondoso na voz. -Mas... Nenhum dos professores conseguiu nenhuma saída para tal situação, pois...
-...só “eu” poderia acabar com tudo isso.
-Exatamente. -disse Dumbledore esbanjando um grande sorriso. -Mas agora me diga, qual foi a revelação?
-Pensei que uma inundação fosse boa pra esfriar essa sua curiosidade, diretor. -disse ele com sarcasmo.
-A não, não. Só serviu para aumentá-la. Como um espião Comensal da Morte poderia salvar um castelo do maior bruxo das trevas de todos os tempos em dois dias? Como pode destruí-lo sem ao menos tocá-lo? Como pode escolher apenas uma aluna, “grifinória” para resgatar? E justo a srt. Granger. Pergunto-me desde então: “Como e por que você fez tudo isso?”
-Fiz... -Snape achou que já estava na hora de contar ao diretor de sua paixão descontrolada pela Grifinória Granger. Não podia esconder pois, mais cedo ou mais tarde ele iria descobrir e não tardaria a lhe dar uma punição. -Fiz... Por amor.
Dumbledore silenciou. O sorriso no seu rosto desapareceu e deu um olhar intrigante em direção a Snape. Snape não amara ninguém como amou Lílian. Até então tinha ódio e rancor por todos que amavam. E agora esse sentimento de amor reacendeu em seu interior.
-Mas por quem?
Era uma terceira pergunta e Snape não queria revelar a ele e á ninguém que seu amor não era nada mais e nada menos que uma Grifinóriazinha Sabe-tudo que ele vivia insultando e desprezando todos esses anos, afim de apenas infernizar uma pessoa que se igualou á ele em meras notas.
-Por alguém!
-Não quer me dizer? -o sorriso reapareceu.
-Claro que não! Você não tem nada com a minha vida seu velho curioso! -Snape estava enraivecido, mas Dumbledore parecia se divertir muito com sua raiva.
-Esta bem. Fico feliz em não perder mais um professor. Infelizmente o professor Slungorg teve que se ausentar e o cargo de Defesa contra as artes das trevas esta temporariamente desocupado.
Um sorriso de desprezo brincou nos lábios finos de Snape.
-Mas já pensei em tudo, não se preocupe. -e girou os calcanhares e rumou para a porta.
-Espere! Quem vai ocupar o cargo? -gritou Snape pois Dumbledore já estava longe demais para usar um tom mais baixo.
-Shiiiiii! Isso aqui é uma Ala hospitalar! Tem outros pacientes aqui sabia??? -Madame Ponfrey vinha com um frasco na mão enquanto mandava Snape silenciar com a outra, pondo o dedo indicador na frente lábios.
Isso serviu para enraivecer ainda mais Snape, mas quando se virou para a direção onde Dumbledore estava, o velho diretor já havia sumido.
Madame Ponfrey se aproximou de Snape e foi ajeitar seu travesseiro que agora estava quase pra fora da cama. Mostrou-lhe o frasco e disse num tom turrão:
-Sabe o que é isto?? –e sem deixar Snape responder, continuou. -Isto é uma poção para recuperar memória! Sabe quantas pessoas perderam a memória aqui, Professor Snape?! Com essa gritaria toda os neurônios não funcionarão nunca!!!
-Isso é realmente muito triste... -disse com um tom de tristeza muito falso na foz. -E, á propósito, é melhor a senhora parar de gritar, se não a poção não surtirá nenhum efeito. -Snape disse com malícia e com a voz mais baixa.
-Mas que... -não pode completar a frase, alguém a chamava.
-Madame Ponfrey! -chamou uma menina tossindo muito.
-Já vou, já vou! -E Snape á ouviu resmungando algo.
-Desculpe mas, cof cof, preciso de sua ajuda.
-Srt. Granger, pare de ler! Quando o prof. Snape levantar consertará tudo. -disse a mulher se dirigindo á cama da menina que possuía um grande livro de capa grossa e velha em suas mãos.
-Por favor...? -Sua voz era um pouco fraca mas Snape a reconheceu mesmo assim.
-Esta bem! Mas esse já é o 4º livro que lê dês de quando veio pra cá! Você precisa descansar ao invés de ler dia e noite sem parar pra descobrir contra-feitiços que o professor Snape saberia de cor!
-Mas o Professor Snape não esta bem de saúde -era um sussurro -e não quero que ele se sinta ainda pior.
-Mas esta tudo bem por aqui, não é nenhuma urgência, Dumbledore disse que esta tudo sob controle.
-Dumbledore esconde muitas verdades. -Snape teve que aprumar mais os ouvidos para escutar, pois Hermione baixara ainda mais a voz. -Metade da metade dos alunos de Hogwarts foram pra casa. -Ponfrey calou-se e ficou muito intrigada com o tom de sigilo na voz da menina. -A outra metade da metade conseguiu fugir para Hogsmeade com os outros professores, com exceção ao prof. Snape, que ficou para arranjar uma maneira de reverter a situação.
“A outra metade esta aqui na Ala hospitalar já faz alguns dias, como a senhora já deve ter percebido. Dumbledore lançou um feitiço de expansão porque há muitos alunos petrificados ou machucados aqui, Madame Ponfrey.”
E ainda com tom de urgência e impaciência ela prosseguiu:
“Agora, temos que acordar para a realidade!! A profª. Spront nunca vai conseguir os antídotos á tempo de um mês. Tudo foi alagado e há muitos alunos petrificados. O que indica que serão dois ou mais meses para a poção de mandrágora. As mandrágoras são criaturas completamente irritantes e isso pode afetar muito no comportamento da professora, nos atrasando mais um mês”.
Hermione deixava Madame Ponfrey mais perplexa a cada frase.
“O professor Severo Snape esta muito mal de saúde, ele é quem faz as poções aqui em Hogwarts. A senhora é uma bruxa médica, e não um mestre em poções, com todo respeito, é claro. –completou rápida. -O professor Slungorgh teve que se ausentar por motivos catastróficos que não é bom nem falar. Ele poderia retirar todos esses feitiços”.
“Dumbledore esta mais fraco que nunca. Foi um milagre ele conseguir reconstituir algumas partes do castelo. Ele esta completamente vulnerável a tudo e á todos”.
“A profª. Minerva McGonagall esta visitando as famílias dos alunos que voltaram pra casa, e lhes explicando todos os acontecimentos dos últimos seis dias. Visitando também as casas daqueles que estão á nossa volta. O prof. Flintsh esta tentando desfazer alguns feitiços e impor ordem no castelo enquanto Dumbledore se recupera”.
“Então acorda!” “Eu tenho que aprender a impor ordem aqui! O próprio Dumbledore me pediu! E eu não vou negar um favor á quem tanto me ajudou!”
-Bem eu... Não sabia de tudo isso... –disse perplexa e por um momento pensativa.
-Dumbledore me contou tudo enquanto vinha me visitar. –Informou a menina secamente.
-Mas eu não fui avisada disso! -reclamou ela rabugenta e um tanto ofendida.
-Você não sai daqui! Qualquer um que vem pra cá você enxota dizendo que seus pacientes precisam de descanso e paz! -e olhou severamente para uma Ponfrey corada e disse: -Pode pegar mais um livro bem ali pra mim? –perguntou apontando pra uma pequena pilha de três livros.
-Esta bem. -depois que lhe entregou o livro, Madame Ponfrey se retirou silenciosamente para o interior da ala hospitalar.
Snape, que assistia á tudo muito confuso fingiu que dormia para poder deixar o caminho livre para mais conversas como esta.





(!) Cap pequeno. Esclarecimentos no próximo (!)

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