On Holidays!



Capítulo 13 - On Holidays!

Era isso que fazia de Remus um rapaz tão encantador: o fato dele sacrificar-se pelas pessoas que amava, mesmo que isso significasse seu próprio sofrimento.

Depois de todas as sessões de choro e abraço, Alice estava mais calma, porém seus olhos estavam extremamente inchados.

-Oh minha querida! -exclamou Remus, acariciando o rosto da menina. -Você não pode ficar assim, promete que a partir de amanhã você vai tentar esquecer tudo isso?

-Remus eu realmente não merecia você. -Alice sorriu com ternura.

-Não fale assim. -repreendeu ele, sério. -Nós fazemos nossas escolhas com a intenção de fazer bem a nós mesmos. Se você decidiu assim, não se culpe, afinal, não poderíamos viver de uma mentira.

-Não é uma mentira. É só que... -Alice ficou sem palavras, estava realmente constrangida. Decidiu levantar -Remus eu vou subir agora... Obrigada por tudo. -ela sorriu tímida, deu um beijo em seu rosto e foi em direção ao dormitório. O loirinho observou-a, passando a mão pelo queixo e suspirando. Percebeu que além dele, Catherine estava na sala comunal também, fora os desconhecidos. Olhou na direção dela e sorriu. A garota retribuiu o sorriso em seguida, e se aproximou.

-E aí?

-Levando né?

-Eu sinto muito pelo namoro de vocês... -disse Catherine sinceramente.

-Obrigada Cat, mas não se preocupe. Isso vai passar, nada que o tempo não cure.

A menina sorriu e abraçou o maroto de um jeito carinhoso.

-Se você não existisse tinha que mandar fazer sabia? -comentou brincalhona. Remus riu surpreendido:

-Ah é?

-É. -falou simplesmente voltando a sentar ao lado dele. Remus levantou-se:

-Cat, perdoe-me deixá-la sozinha agora, mas é que estou realmente exausto. Boa noite! -Remus despediu-se educadamente e subiu. Catherine foi até a janela e passou a observar a noite, pensativa. Num segundo seus pensamentos voltaram-se a ninguém menos que Sirius Black. "Droga, eu não deveria nem cogitar esse nome" pensou consigo mesma irritada, debruçando-se na janela. Estava sem sono e a noite estava agradável... Propícia para dar uma de suas escapadinhas arriscadas. Seu coração deu um salto de ansiedade ao pensar em sair. Maquinando planos para tal ato, sua expressão tornou-se mais agitada.

***


Sirius não conseguia dormir, estava inquieto e se batendo. Suspirou e encarou o teto com os olhos azuis irritados. Sentou-se na cama, a fim de bolar alguma solução para conseguir dormir, porém a idéia que teve não foi exatamente essa...

***


Catherine nunca tinha se arriscado tanto como naquela noite! Ela saiu dos terrenos de Hogwarts em pleno ano letivo! Se eu a visse, ou se ela me contasse, Merlim, eu teria um infarto! Onde já se viu?

-Uma cerveja amanteigada por favor. -pediu sentando-se num dos bancos perto do balcão do Três Vassouras. O pub estava relativamente vazio. Rosmerta franziu o cenho para a jovem, estranhando sua presença. -O que foi? -perguntou Catherine quase ríspida.

-Você é de Hogwarts não? -inquiriu a futura dona do pub. Cat pensou antes de responder.

-E se eu for? -desafiou ela mostrando descaso.

-Não poderia estar aqui. -concluiu simplesmente.

-E o que você vai fazer quanto a isso? -Catherine agora encarava Rosmerta com certa impaciência. Esta por sua vez, lançou um olhar assustado para ela e respondeu:

-Nada. -Cat acenou afirmativamente com a cabeça.

-Ótimo. Pode trazer minha cerveja agora? -disse ela, tirando um cigarro do bolso, surpreendendo Rosmerta pela segunda vez. -Você tem fogo? -perguntou não se importando com o olhar assustado da moça. -Não posso fazer magia, ainda sou menor de idade. -Rosmerta pegou sua varinha e acenou perto do cigarro, acendendo-o. -Obrigada. -agradeceu Catherine, dando uma profunda tragada e soltando a fumaça pela boca lentamente alguns segundos depois. Sabia que estava fazendo tudo errado, mas naquele momento queria privar-se de todas as suas culpas, afinal ali não tinha ninguém de quem precisasse se esconder, nem precisava usar sua imagem esquisita e assustada para não desconfiarem de seu verdadeiro eu. Talvez não fosse muito diferente do que pensavam, talvez continuasse sendo a mesma garota estranha e medrosa que todos achavam que era.

-Dane-se. -ela exclamou baixo de um jeito quase imperceptível para si mesma.

-Dane-se? -repetiu uma voz masculina sentando ao lado da garota. Ela se assustou tanto que quase caiu do banco.

-Merda Sirius Black! -exclamou ela irritada. -Que que 'cê 'tá fazendo aqui?

-Te faço a mesma pergunta, Catherine Martin. -Sirius deu uma boa olhada na fisionomia da garota sem esconder sua surpresa. Fixou os olhos na sua mão direita que segurava um cigarro. -Você fuma?

Catherine olhou-o com tédio e ergueu o cigarro, tragando e depois de alguns segundos soltando a fumaça em cima da cabeça dele.

-O que você acha? -perguntou displicente.

O silêncio se instaurou de maneira natural entre os dois, e na verdade, não acabou constrangendo ninguém. Sirius ainda encarava Cat atônito, a cada dia ela o surpreendia mais. Como é que ela foi parar ali? Quem era aquela garota sentada em frente à ele, vestida de modo desleixado, a gravata frouxa e os cabelos meio desalinhados? Como ele nunca havia reparado nisso? Ela disfarçava muito bem. Finalmente ela olhou para ele, com o mesmo tédio que demonstrara a Rosmerta:

-O que foi?

Sirius ergueu os ombros e abafou um riso.

-Nada Catherine. Só que cada dia com você é uma surpresa. Todos nós achávamos que te conhecíamos e no fim, cada dia você aparece com uma novidade. -respondeu irônico. Catherine permaneceu impassível, mesmo aquelas palavras colocando seu coração a sangrar de desgosto, de nojo de si mesma.

-Como foi que você chegou até aqui? -perguntou ela, pegando finalmente sua cerveja como se não tivesse ouvido o comentário anterior do moreno.

-Marotos sempre dão seu jeito. -disse ele com um desânimo que ela jamais tinha ouvido. -E quanto à você? -ela sorriu displicente, dando um gole em sua cerveja.

-Catherine sempre tem seus meios.

-Resposta esclarecedora.

-Tanto quanto a sua.

Os dois riram de um jeito amargo. Catherine finalmente terminando o cigarro, arremessou-o no cesto de lixo e colocou uma mão na perna de Sirius encarando-o séria.

-Olha, eu posso te pedir pra não contar isso a ninguém? -disse ela em tom de súplica. Sirius sentiu-se incomodado ao toque da garota, ele lhe causou calafrios. Então ele colocou a mão dele sobre a dela, e encarou-a profundamente.

-Só se você prometer que vai me contar o que está acontecendo. -concluiu sério.

-Ora Sirius! Seu chantageador barato! -reclamou ela, agora acariciando a mão dele. O moreno sorriu maroto, aproximando seu banco ao dela. Olhou-a com aquela feição de cachorro abandonado irresistível que só ele sabia fazer e pediu. -Por favor?

Catherine sentiu-se perturbada com o pedido dele. Será que contaria? Será que podia confiar nele? Ora, é óbvio que seu coração dizia que sim, ela guardava um amor antigo pelo maroto. Mas ela não sabia se aquilo era certo, estava com medo.

-Cat, olha pra mim. -pediu Sirius sério, erguendo o rosto da moça na altura do seu. -Confia em mim tá? Eu não vou contar pra ninguém, juro.

-Sirius é que... -ela começou, tornando-se mais flexível; Sirius realmente tinha o poder de amolecer corações. -É complicado, eu tenho medo...

-Tem certas coisas que acabam parecendo menores se confidenciamos a alguém Cat. Pode apostar. -ela olhou com estranheza para Sirius. -Quem é você? -perguntou meio em tom de deboche. Sirius meneou a cabeça, sorrindo maroto. -Você é realmente impossível. -Catherine riu, e fez-se novo silêncio. Sua mente era um turbilhão de idéias, sentimentos, inseguranças... Estava desnorteada, até que foi despertada por Sirius, jogando charme para... Rosmerta?

-Ora, minha querida... -disse ele beijando a mão da moça, em tom galanteador. Ela era poucos anos mais velha do que eles. -Você sabe que ninguém vai precisar ficar sabendo, fica só entre nós, okay? -Rosmerta parecendo considerar, revirou os olhos e foi até a despensa. Catherine olhou de Sirius à ela surpresa.

-O que foi isso?

-Hum... Como se chama mesmo? Coação? -Sirius riu marotamente, fazendo o coração de Cat derreter-se.

-Sirius... -ela meneou a cabeça de leve. -Nem a dona do bar você perdoa?

-O que que 'cê tá querendo insinuar com isso?

-O que todo mundo já sabe, mon cher.

-E o que todo mundo já sabe?

-Que você é um galanteador barato. -respondeu Cat aos risos. Sirius cruzou os braços fingindo indignação e logo depois riu. Aproximou-se perigosamente dela. -Mas funciona não funciona? -Catherine sorriu marota colocando sua cerveja sob o balcão. Apoiou o cotovelo no balcão e não se afastou dele, olhando-o nos olhos. -Quem sabe? Nunca provei... -sussurrou de modo a fazer os pêlos da nuca do rapaz se eriçarem. Sem mais uma palavra Sirius segurou no queixo da menina e aproximou seus lábios dos dela, beijando-a delicadamente. O coração de Catherine parecia saltar de tanto êxtase, ela esperou tanto por aquele momento. O beijo foi curto graças à uma interrupção de Rosmerta, que parecia muito insatisfeita de ter presenciado tal cena. -Aqui seu whisky, Black. -disse ela de modo seco, colocando uma garrafa sob o balcão e um copo.

-Obrigado Rosmerta querida. -disse ele gentil, tentando consertar, mas ela pareceu nem ouví-lo pois voltou lá pra dentro. Com cara de quem fez alguma coisa muito errada Sirius olhou para Catherine, abriu a garrafa e depositou uma quantidade generosa da bebida no copo. Enquanto a menina distraía-se com o líquido vermelho caindo dentro do copo, Sirius indagou, em tom malicioso. -E então? Fui convincente o bastante?

-Seria melhor se não fossêmos interrompidos, mas enfim. Foi bom. -ele indignou-se.

-Bom???!!! Sirius Black te dá mole e você diz que foi bom???!!!

-É, ué! Não achei nada de tão surpreendente assim. -respondeu Catherine fingindo não se importar. -Desce Sirius, desce! -debochou, rindo em seguida. O rapaz meneou a cabeça e apontou a garrafa para ela. -Quer? -Cat considerou a pergunta por alguns instantes e resolveu aceitar. Sirius pegou um novo copo e encheu. Ambos voltaram a ficar em silêncio, enquanto tomavam suas doses de whisky. Merlim, se eu tivesse visto essa cena, eu surtava! Na primeira dose a bebida desceu queimando pela garganta de Catherine, na segunda ela pareceu agüentar melhor. Na terceira nem sentiu e depois daí parou de contar quantas doses já havia bebido. Sirius permanecera impassível enquanto ela sentia-se meio tonta, devido à falta de costume à bebida. Francamente Catherine...

-Está tudo bem? -perguntou Sirius de maneira preocupada.

-Sim. -respondeu Cat com a voz um pouco alterada. -Estou um pouco tonta só, não estou acostumada a beber...

-Entendo. Essa é uma hora propícia para você revelar seus segredos... -comentou ele maroto. Catherine riu.

-Vai nessa Black...

-Quem era o cara? -perguntou quase maquinalmente.

-Que cara?

-O cara que estava com você na sala...

-Ah, sim... -Catherine estava disposta a contar, precisava contar. Mas o que será que fez isso? Ah eu dou uma dica: whisky! Dã! ¬¬ Eu vou ter uma conversa muito séria com ela sobre isso! -Era o Christian Riegel, da Corvinal... Ele é meu primo.

-Seu primo?! -repetiu Sirius embasbacado. -Mas como...

-É -interrompeu ela. -Minha família quer que eu case com ele. -notou-se um tom triste em sua voz.

-Casar com ele?! Mas isso é absurdo!

-Não é? O pior é que eu não tenho coragem de dizer isso à eles. Aquela mania de sangue-puro idiota. O que me dá mais raiva é o fato de eu não lutar contra isso... Eu sinto nojo de mim mesma sabe? -ela voltou-se para Sirius com os olhos marejados. Ele não acreditava no que ouvia, era como se alguém estivesse narrando sua própria história para ele! Como isso podia acontecer? Ele ficou bastante surpreso com a revelação, mas tornou a ficar calmo e disse:

-Sentir nojo de si mesma não vai resolver as coisas Cat. Você devia lutar pela sua felicidade, você é livre! Eles não podem decidir sua vida por você!

-Eu sei Sirius -a essas alturas os olhos de minha amiga debulhavam-se em lágrimas. -Mas, sabe, eu não via propósito algum em lutar contra eles, só me causaria dor, sofrimento sem nenhuma recompensa no fim.

-Claro que você terá uma recompensa! A sua liberdade! -exclamou estarrecido. Catherine sorriu para ele, como que com pena, ele ficou um pouco incomodado com isso.

-Sirius, é complicado. Você vê como as pessoas me olham na escola, vê o quanto todo mundo diz que eu sou estranha. Não ligo muito, afinal não devo satisfações à ninguém, mas seria hipocrisia dizer que em algumas vezes esse preconceito não incomoda. Foi por isso que desisti de contrariá-los. Não vejo um ideal, não vejo uma luz no fim do túnel pra alcançar. Ia acabar me machucando se lutasse contra eles, e no fim das contas não ia aguentar suportar essa dor sozinha.

Ele ficou em silêncio escutando aquelas revelações, ainda processando as informações. Parecia tão surreal... Depois de um pouco de silêncio Catherine continuou.

-Mas aí... Pra piorar, eu descobri que sim, eu amava alguém. Mas esse sentimento não poderia ser retribuído, de forma alguma. A dor aumentou... Eu me sinto tão fraca... -ela disse num choro baixo. Sirius comovido, levantou e abraçou a garota em silêncio. Deu-lhe um beijo terno e sussurrou baixo:

-Vamos, é melhor a gente voltar... -Catherine levantou, ainda abraçada à ele e os dois rumaram para fora do pub. Andavam lentamente pelas ruas pouco iluminadas do vilarejo. Catherine segurava a mão de Sirius, envolvida em seu pescoço, como se tivesse medo de que ele a soltasse. Ambos perdiam os olhares nas casinhas e becos escuros dali, em silêncio. Sirius sentia-se realmente confuso como nunca estivera antes em relação a uma garota. Ele gostava de Catherine, criara um certo afeto pela menina, como que na intenção de protegê-la. Ela disse que amava alguém. Seria pretensão demais achar que era ele? Se fosse então por que ela havia cedido ao seu beijo, por que estava ali naquele momento abraçada à ele? Seus pensamentos foram interrompidos por Cat:

-No que está pensando? -perguntou curiosa.

-Em todas as coisas que você me contou essa noite. E em como você vai lamentar ter contado quando acordar amanhã...

Catherine riu. -Mesmo que eu lamente, -começou- tem certas coisas que nós não podemos evitar... Esse segredo não poderia durar a vida toda...

Sirius sorriu com a afirmação dela. Então ambos rumaram de volta à Casa dos Gritos, para Hogwarts.

***


Aquele era nosso último dia na escola e eu estava me sentindo melancólica por o ano ter acabado tão... Rápido. Levantei-me cedo como que a fim de aproveitar ao máximo os últimos minutos de Hogwarts pra esquecer que dali algumas horas estaria voltando para casa, e para meu desespero, para mais uma daquelas férias tediosas com Petúnia. Não sei por quanto tempo eu fiquei parada na janela observando o sol, nascendo lentamente. Era incrível como as pessoas sentiam-se indiferentes quanto à esse belo espetáculo. Quer dizer, toda aquela combinação, a luz do sol refletida nas águas escuras do lago e iluminando gradativamente o belo jardim da escola. Sabe,modéstia a parte, apreciar as pequenas "grandes" coisas da vida é uma de minhas melhores qualidades...

-Lil? Caiu da cama? -falou baixinho uma Alice sonolenta, passando as mãos pelos olhos. Sorri para minha amiga, suspirando em seguida:

-Ah Lice... -sentei-me na cama triste -Últimos dias são sempre últimos dias. -a morena meneou a cabeça olhando maternalmente para mim.

-Lil, é só mais um fim de ano. -argumentou erguendo os braços. -Sabe, um intervalo de dois ou três meses entre uma nova etapa da escola. -suspirei, olhando para fora. Então sorri e peguei na mão dela:

-Você tem razão. Como foi com o Remus? -perguntei interessada, já que na noite anterior não tivemos oportunidade de falar. Alice suspirou chateada e sentou-se ao meu lado.

-Foi péssimo. Eu me senti a pior das criaturas, Lil, ele foi tão gentil. -algumas lágrimas correram pelo seu rosto. -Não sei se eu merecia tudo aquilo...

-Ora Alice... -me aproximei dela e a abracei qual mãe que consola a filha entrestecida. -Foi melhor assim, para os dois. Vocês tinham que ser sinceros um com o outro, mesmo que doesse. Talvez se não tivesse essa atitude agora o sofrimento poderia ser maior depois. Vem, vamos para o café da manhã.

-Está bem. -concordou Alice, ficando em silêncio no minuto seguinte, sentindo falta de alguma coisa. -Lily, onde foi parar a Cat?

***


-Escuta -começou Sirius enquanto ambos passeavam pelos corredores sem rumo. -Como foi que você descobriu aquela passagem? -perguntou curioso, balançando levemente as mãos entrelaçadas com as dela. Catherine riu e em seguida respondeu:

-Achei um mapa certa vez... Na gaveta do quarto do meu pai. Mostrava todas as passagens de Hogwarts, inclusive as que não funcionam mais.

-Ora, ora... -disse Sirius surpreso. -Quer dizer que existe um pouco de marotice em você! -brincou e Cat sorriu:

-De maroto todo mundo tem um pouco... -o garoto riu abertamente, uma risada estridente, semelhante a um latido. Os dois andaram mais um pouco em silêncio, então Sirius de repente parou. Cat olhou para ele sem entender:

-O que foi? Vamos? -ele analisou detalhadamente o rosto da menina e sua expressão confusa. Sorriu maroto e anunciou:

-Quero te mostrar um lugar.

-Lugar? Que lugar Sirius Black? -começou ela levemente irritada. -Sabe, se você não percebeu nós estamos andando pelos corredores de madrugada, em uma hora que deveríamos estar nos dormitórios como bons alunos fazem. Porém, estamos a um passo de ser pegos se você continuar com essa idéia idiota! -tagarelou Catherine, mexendo as mãos. Sirius riu, se aproximou dela enlançando sua cintura e a puxando para si colocou o dedo indicador sobre os lábios da menina. Ela ficou sem ação:

-Primeiro: nós não somos bons alunos, somos? Segundo: quer fazer o favor de calar a boca e confiar em mim? -disse ele em tom debochado, no que Catherine riu, revirou os olhos e concordou. -Ótimo. -disse o moreno por fim, unindo os lábios rapidamente. Eles seguiram subindo escadas por alguns minutos, até chegarem a um final de corredor onde havia uma tapeçaria. Catherine olhava para os lados confusa sem entender que lugar era aquele que tanto Sirius queria mostrar. O maroto começou a andar de um lado pro outro de maneira engraçada e quando Catherine abafou o riso uma porta azul-clara apareceu. Impressionada ela o encarou, Sirius sorria vitorioso. Abriu a porta e deu passagem para ela: -Primeiro as Ladies... -disse fazendo uma reverência. Cat meneou a cabeça e entrou na sala, olhando tudo maravilhada: que lugar era aquele? Como é que ela nunca tinha descoberto? Parecia com uma casa, não fosse o fato de ter uma sala e um quarto apenas. Tudo estava iluminado a luz de velas, criando um ambiente deveras romântico. Ela passeava observando cada detalhe daquele lugar desconhecido:

-Sirius o que é isso? -perguntou estarrecida. -Como é que você encontrou esse lugar? -ele sorriu e aproximou-se dela, abraçando-a por trás e beijando seu pescoço, deixando-a levemente arrepiada.

 Ivete Sangalo - Quando a chuva passar -


-Digamos que os marotos sempre dão um jeito... -ele não ia contar sobre a Sala Precisa, afinal aquela era uma de suas melhores armas com garotas. Entretido com sua diversão, ficou em silêncio, passando levemente as mãos por sua cintura e barriga, roçando os lábios em seu pescoço cálido.

ATENÇÃO! A narrativa a seguir contém material... Erótico. (obrigada Luisa!) Não pornografia porque pornografia são aquelas coisas escrachadas e tal, mas vocês entendem o que eu digo, são coisas inapropriadas para quem não gosta de um clima... caliente. O aviso foi dado, se não quiserem ler, pulem para a parte J/L logo depois dos três astericos. Ooooobrigada! ;D

-Sirius, pára com isso! -reclamou Catherine com voz chorosa, ofegante devido as carícias do maroto.

-Por que? -disse ele, agora passando a pontinha da língua em sua pele macia, alternando entre beijinhos em seu ombro. -Você não quer que eu pare realmente... -sussurrou maroto, no ouvido da garota.

-Oh my dog, Sirius Black! -sibilou perturbada com seus toques. Sirius riu baixinho e Cat pôde sentir sua respiração quente.

-Sim Cat, todo seu... -respondeu ainda em voz baixa, naquele tom sexy que enloquecia os sentidos de qualquer garota.

-Você está sendo mal, muito mal... -Catherine sussurrou.

-Quer fazer o favor de ficar quieta e aproveitar? -Sirius virou-a bruscamente para si e sorriu maroto ao ver o espanto da menina. -Obrigado. -ele aproximou os corpos, deixando-os praticamente colados, colocou uma mecha do cabelo de Cat atrás da orelha e começou um beijo ardente. Catherine fechou os olhos e retribuiu na mesma intensidade, agora entregue ao momento. Chega uma hora, nessas ocasiões em que paramos totalmente de raciocinar. Bom, deu pra perceber que esses dois chegaram nessa fase não?

Catherine abraçava o maroto, sentindo seu corpo junto ao dele, sentindo seu calor, seus beijos e suas carícias de um modo tão intenso como não poderia sentir com outro rapaz, afinal, era Sirius quem ela amava, era ele quem ela desejava. Percorreu com os dedos todo o caminho de suas costas, desde o começo de sua espinha até o final. Sirius arrepiou-se com o gesto e Cat sorriu marota, desamarrando a gravata do rapaz e a jogando longe. Lançou um olhar significativo ao maroto e ele debruçou-se por cima dela, deitando-a por baixo no sofá. Novo beijo, cheio de paixão e desejo, como se ambos quisessem recuperar o tempo em que ficaram afastados. Como foram tolos, pensava Cat. A menina começou a desabotoar a camisa do rapaz, deparando-se com seu belo corpo, e apreciando seu peitoral nu, sensualmente definido. Deslizou suas mãos vorazmente, como se não quisesse perder um detalhe do rapaz. Sirius ofegou e aproximou-se do ouvido de Cat entorpecido. -Você me enlouquece... -sussurrou e em seguida mordiscou o lóbulo da orelha da menina, que estava tão ensandecida quanto ele. O garoto passou a acariciar seus seios por cima de sua camiseta ainda fechada, então sorriu maroto olhando para ela e desabotoando os primeiros botões. -Tsc,tsc,tsc... Isso vai ter que sair daqui... -Catherine riu baixinho, enquanto ele beijava seu colo, já despido, e roçava os lábios perto de seus seios. A menina ofegava de prazer, contorcendo-se por baixo dele e fazendo involuntariamente seus quadris se movimentarem, sentindo que um certo volume na calça do maroto aumentava. Para a surpresa de Sirius e dela mesma, suas mãos desceram involuntariamente até aquela região, massageando-a de modo lento e carinhoso. Sirius soltou um murmúrio baixo de prazer e disse em seguida, com voz rouca. -Catherine, quem te viu quem te vê, mocinha... -Catherine com a respiração vacilante apenas ordenou. -Sirius cala essa boca... -ela o despiu de maneira voraz, quase feroz, enquanto ele estava atônito com o gesto dela. Ante a situação, Catherine conduziu as mãos do maroto por baixo de sua saia e debochou. -Eu vou ter que ensinar? -Sirius riu de um jeito rouco e sussurrou. -Não, obrigado. -ele deslizou os lábios até a virilha de Catherine que se contraiu de prazer. -Eu sei muito bem o que fazer. -em seguida, sem tirar sua saia, desceu a calcinha com os dentes, até a altura da canela, aí então pegou-a com as mãos e tacou longe. Catherine riu e entrelaçou as pernas na cintura do maroto, que penetrou carinhosamente nela, beijando-a de modo apaixonado. Ambos, em êxtase, experimentado pela primeira vez a força da atração que sentiam um pelo outro. Como não haveria de perceber? Antes tarde do que nunca... Por quanto tempo ficaram ali, não faziam a menor idéia, visto que adormeceram juntos e quando Cat despertou, na manhã seguinte com a luz do sol a brilhar forte, estava deitada na cama, já vestida e Sirius estava sentado em uma poltrona observando-a dormir. Sorriu para ele:

-Bom dia Romeu... -disse ela de modo doce.

-Romeu? -fez ele, fingindo estranhar. -Catherine o que você andou aprontando? Meu nome é Sirius lembra? -exclamou em falsa exaltação. Cat riu e dirigiu-se até ele, sentando em seu colo.

-Seu bobo! -falou dando um beijo carinhoso no garoto.

-Mas você adora... -retrucou ele retribuindo o beijo e em seguida anunciando. -Fiz nosso café, não está com fome?

-Morrendo. -respondeu ela animada. Olhou novamente nos olhos azuis dele, acariciou seu rosto e disse. -Eu amo você, Sirius Black. -Sirius olhou-a sério, acariciando seu rosto também, e a beijou.

-Minhas suspeitas se confirmaram. -concluiu de modo confiante, enquanto Cat meneou a cabeça sorridente e ambos foram em direção à sala, tomar o café que ele havia preparado.

***


-Merim! -bati com a mão na testa. -Eu juro que estava sentindo falta de alguma coisa! -Alice riu com meu gesto, e eu continuei, preocupada -Será que aconteceu alguma coisa com ela? -Alice parecendo analisar a pergunta disse descontraída:

-Acho que não Lil, ela sabe se cuidar... Vamos descer?

Concordei com Alice, mas ainda um pouco preocupada com Catherine. Descemos para o salão comunal depois de alguns minutos e ele estava bem movimentado. Ao canto que costumavam ficar os marotos, James acenou alegre para nós, fazendo sinal para nos aproximarmos. Sem pensar muito, segui com Alice até lá, quando ao mesmo tempo que James eu perguntei:

-Vocês viram a Cat? -e James disse simultaneamente. -Vocês viram o Sirius?

-Não, nós acabamos de descer. -dissemos os quatro em uníssono, como se tivéssemos ensaiado. -Tá bom chega! -eu disse impaciente com aquele coral. -Um de cada vez. Não vimos o Sirius e vocês também não viram a Cat. Já tomaram café? -perguntei descontraída, maquinando idéias de onde aquelas duas pessoas poderiam estar.

-Não, podemos ir juntos! -exclamou James feliz, embora Alice e Remus estivessem num clima um tanto estranho. Também pudera, tinham acabado de terminar o namoro (N/A: Acabado de terminar é ótimo Líl. N/L: Ah --" Não enche!). Mesmo assim, seguimos todos para o Salão Principal. Tomamos café e tal, todo mundo bem quieto, não sei se pelo fato do clima constrangedor ainda pairar sobre nós, ou porque como eu eles estavam tristes de ser o último dia. Decidida a iniciar um diálogo, por menor que fosse, comentei:

-Vou sentir falta da escola... Nesses dois meses... -em seguida suspirei significativamente, para ver se alguém se manifestaria diante do meu desabafo. Foi quem eu menos desejava, mas enfim... Foi.

-Todos nós vamos Lírio. -começou James, e eu revirei os olhos. -Mas podíamos combinar de nos encontrarmos nas vésperas da volta às aulas. O que acham? -perguntou chamando Remus e Alice para a conversa. Ambos viraram-se ao mesmo tempo, despertando do transe.

-Legal! -disse Alice com forçada animação.

-Não é novidade nenhuma pra mim Pontas... Eu e o Sirius passamos praticamente metade das férias na sua casa, todos os anos. -respondeu Remus sensato.

-Ah deixa de ser mala Aluado! -James tacou uma tortinha de abóbora nele, que desviou bem na hora. Alguém estava passando atrás e graças a imensa sorte que eu tenho era Severo Snape. Dá pra imaginar a cena seguinte não? Gargalhadas por parte de James, palavrão por parte de Snape que estava com o cabelo cheio de torta de abóbora,e REAL constrangimento por minha parte, de Alice e Remus. Eu olhei pro James, Merlim, ele ria tanto que parecia que ia ter um troço e quando tentava dizer alguma coisa era em vão, porque a crise de riso não passava. Ah, eu comecei a me desesperar!

-James pára! -falei um tanto chateada, mas não funcionou, ele continuava rindo. Então Snape apontou sua varinha pra ele: -Cale-se. Silêncio. Foi como colocar uma televisão no mudo. James continuava a se debater de rir, mas não emitia som algum. O sangue subiu à minha face e eu disse, com certo desprezo:

-Saia daqui Snape, ou serei obrigada a azará-lo. -ele me fitou em choque. Olhou bem dentro dos meus olhos como se quisesse acreditar que o que eu acabara de dizer era mentira. Permaneci impassível. Minutos de tensão e Snape finalmente saiu, indo pra mesa da Sonserina, o cabelo escorrendo doce de abóbora. Quando olhei para os outros, Remus estava boquiaberto, Alice com os olhos arregalados como quem viu um bicho-papão e James parara de rir. Me olhava com uma certa admiração. Muito sem jeito, eu voltei a sentar, murmurei um contra-feitiço e James teve sua voz novamente. Eu estava meio que instintivamente cobrindo meu rosto com meus cabelos.

-Lílian aquilo foi... -começou James embasbacado, sem conseguir terminar a frase.

-Foi simplesmente um modo de espantar o Ranhoso daqui. -eu disse tentando usar um tom natural, de quem não se importa muito ou, como se a resposta fosse bastante óbvia. Potter pegou na minha mão, e eu senti minhas bochechas queimarem. Sentia que ele me olhava profundamente, mas não retribui o olhar, morrendo de vergonha.

-Obrigado Líl. -agradeceu sinceramente. Eu nunca tinha ouvido ele falar daquele jeito tão... Doce. O QUE? EI! QUE JEITO DOCE O QUEEE! É O POTTER E ELE ESTÁ FALANDO DO MESMO JEITO QUE FALA SEMPRE! Não, Lílian, você sabe que não. Ah meu Merlimzinho!!!

-Ora James. -uma das raras vezes eu que eu o chamei pelo nome. -Eu faria isso por qualquer pessoa, não se preocupe, não foi nada. -sorri de maneira gentil para ele, que ficou me encarando com cara de quem está sonhando acordado. Virei e voltei a fazer o que estava fazendo que era... Ah, sim, encher meu copo de suco de abóbora. E finalmente para me salvar, Catherine apareceu no salão, abrindo a porta e se aproximando de nossa mesa. Sua expressão era um tanto feliz demais...

-Bom dia pessoas. -cumprimentou ela, sentando-se ao lado de Alice.

-Apareceu a Margarida! -eu falei em tom indignado. -Onde foi que você esteve? -perguntei em um tom autoritário, cruzando os braços.

-Ah Lílian, deixa disso. -ela respondeu totalmente descontraída, nem parecia a mesma. Onde estava aquela Catherine que ia estourar e me responder alguma coisa super atravessada? -Eu acho que já sou bem grandinha e sei me cuidar não? -encarei-a com estranheza e ela apenas sorriu, pegando uma torrada. Meneei a cabeça e voltei a falar:

-James, quanto a sua proposta de nós irmos para sua casa nas férias... -O QUE ESTAVA HAVENDO? EU TAVA CHAMANDO O POTTER PELO PRIMEIRO NOME! E NEM ME IMPORTAVA COM ISSO! Calma Lílian, afinal vocês são amigos. Ou não? Talvez seja isso que esteja te perturbando. -Meninas o que vocês acham?

-É legal. -disse Catherine distraída com o que restara de sua torrada.

-Bom, muito bom. -falou uma voz masculina se aproximando de Catherine e roçando o nariz em seu pescoço, em seguida dando um beijo no local. Sirius nos olhou sorridente e disse: -Bom dia!

-Onde você esteve cadela? -perguntou James irritado.

-Ah qual é James? Vai querer dar uma de babá agora? -Sirius sentou-se ao lado de Remus, observando a mesa. -Por que eu vim pra cá? Não estou com fome. -e lançou um olhar para Catherine que riu e balançou a cabeça. O que é que esses dois tinham aprontado?! -Ah sim. James nós vamos pra sua casa certo? -o garoto concordou confuso. -Beleza, quando?

-Duas semanas antes das aulas? -sugeriu Alice no que todos assentiram. Merlim, aquelas férias prometiam...

***


À tardezinha finalmente chegou a hora de irmos para casa. Meu coração estava realmente apertado, e meus olhos deviam estar incrivelmente marejados. Disfarçando tal fato, eu subi no trem e procurei uma cabine vazia esperando as meninas. Elas entraram seguidas dos marotos. Enquanto todos conversavam animados eu me ocupei de observar os campos em que a gente passava. O pôr-do-sol estava tão bonito, acho que dei atenção à ele para esquecer que estava indo pra casa. Ir para casa significava ver Petúnia, que significava terror total ou que eu ficaria o resto dos dias enclausurada no meu quarto, morrendo de tédio. Suspirei um pouco alto e alguém percebeu que eu não estava participando da conversa. Fugindo discretamente dali, se aproximou de mim e perguntou num tom preocupado:

-Algum problema? -me virei para ver quem era e aqueles belos olhos esverdeados me olhavam com curiosidade. Sorri para James e balancei a cabeça negativamente, em seguida comentando:

-Só é... Ruim ter que voltar pra casa sabe?

-Entendo. Mas se você quiser pode ir antes lá pra casa.

-Não Potter! -exclamei exaltada. Coitado, ele quase deu um pulo de susto.

-Mas por que? -perguntou confuso.

-Ora por que? Porque você é um maroto!

-Mas eu não vou fazer nada! -respondeu ele ofendido. -Nada que você não queira que eu faça... -completou malicioso.

-Tá vendo? Não, obrigada, não estou a fim de ser abusada... -em seguida ri pra espantar a vergonha. James sorriu, como se estivesse me admirando e em seguida comentou:

-Não entendo você...

-...?

-Naquele dia disse todas aquelas coisas e agora está aí, toda dócil... -debochou ele. Eu meneei a cabeça:

-Ora James, você sabe que o que fez com o Snape não foi certo...

-Mas eu tive meus motivos, e você nem ao menos me deixou explicar isso.

-Nada justifica o fato de você ter o humilhado em público. -ponderei séria. James pareceu pensar no assunto. Coçou a cabeça num gesto de vergonha e disse:

-Acho que você tem razão... O cara já é um excluído social, isso só piorou as coisas. -balancei a cabeça novamente e revirei os olhos. Quando eu achava que ele estava tomando jeito, pff. Ele me mostrava que era só o Potter. -Então ruiva... -começou ele, bagunçando os cabelos. -Quando é que você vai resolver sair comigo? -esses gestos me deixavam profundamente irritada. Então respondi cortante:

-Quando você crescer, ou seja, talvez nunca.

-Você falando desse jeito me magoa.

-Potter, sério. Me mira, mas me erra tá? Esquece, tchau! -respondi impaciente. Ora, francamente...

Depois de mais ou menos duas horas chegamos a King Cross. Meus pais me esperavam um pouco mais à frente e Petúnia estava ao lado, extremamente emburrada. Acenei para eles sorrindo, peguei minha bagagem e me despedi das meninas.

-Vou sentir saudades! -disse Catherine abraçando-me. Então Alice chegou e nos abraçou também. Rimos e cada uma foi para seu lado. Dos marotos fiz questão de me despedir apenas do Remus.

-Tchau querido! Vou sentir sua falta! -falei abraçando-o.

-Não se preocupe Líl, vai passar bem rápido. -ele sorriu gentilmente e logo atrás pude perceber Potter com uma cara fechada. Sem sequer olhá-lo, fui em direção aos meus pais e fomos para casa. Quando cheguei ao meu quarto, larguei meu malão de lado e olhei em volta.

-Finalmente. -falei para mim mesma com desânimo. Na minha cabeça só se passavam idéias de como voltar para o próximo ano. Sentada em minha cama me perdi nesses pensamentos e adormeci, sem sequer descer para jantar.

***


-Ora Aluado! Que história foi aquela de ficar pegando na minha ruiva? -reclamou James enciumado.

-Pontas, fica quieto. A Lílian é minha amiga, porque eu ao contrário de você não fico fazendo babaquices perto dela.

-Ah, falou então. -respondeu James com desânimo, amarrando a cara. Lupin olhou sério para ele e revirou os olhos.

-Pontas pare com isso! Não vamos brigar por causa da Lílian.

-Tá bom. -disse ele, balançando os ombros. Sirius parecia tão distraído, absorto em seus pensamentos que nem prestara atenção nos dois. Andava com as mãos nos bolsos olhando a estação e pensando em...

-Terra para Sirius, alôôôôuu! -debochou James, no que Sirius olhou para eles. -Qual é Almofadas, você tá realmente estranho! -reclamou o amigo fazendo careta. Sentaram-se em um banco à frente, então Sirius começou a falar:

-Vocês não sabem da maior...

-O que? -perguntaram ambos.

-Levei a Catherine pra Sala Precisa. -respondeu com um sorriso maroto. Um largo sorriso surgiu no rosto de James também e Remus meneou a cabeça. Eles sabiam que toda vez que um maroto falava que havia levado uma garota pra Sala Precisa é porque tinha rolado...

-Caraaaaaaaaa*** -exclamou James, levando um soco de Remus por ter pronunciado um palavrão tão alto. Mesmo assim ele não ligou e riu. -E aí como foi? Fez do jeito que eu te ensinei? -debochou.

-Não, se eu fizesse daquele jeito ela ia achar que eu sou viado como você. -Sirius riu desviando o tapa que ia levar na cabeça. -Meu, foi... Foi massa. -os amigos simplesmente sorriram em silêncio. Depois de um tempo James perguntou:

-Ela mandou bem?

-Se não cara... Ela foi muito... -Sirius não sabia que palavra usar. Incrível? Ia parecer muito gay. -Sei lá, foi massa. -James começou a rir e deu uns cascudos no amigo.

-Garanhãããooooo!!! -provocou ele, no que Sirius o empurrou.

-Cala a boca Pontas! -disse Sirius rindo.

-Vou indo... -anunciou Remus olhando no relógio. -Tchau caras. -cumprimentou ele. -Nos vemos.

Depois disso James e Sirius seguiram juntos, fazendo as mesmas brincadeiras, mexendo com as meninas, rindo e finalmente cada um indo pra sua casa.

***


 Green Day - Boulevard Of Broken Dreams


Sirius andava a passos lentos em direção ao Grimmauld Place, e quanto mais próximo ia chegando mais triste ia ficando. Ele detestava aquela casa, detestava aquela família e não via a hora de completar 17 anos para conseguir sair de lá. Todos passaram a rejeitá-lo desde o momento em que ele foi para a Grifinória e não para a Sonserina como todo o restante da família. Ele pouco se importava com aquelas manias idiotas, de sangue-puro. Era o traídor do sangue e gostava disso: ser a ovelha branca dos Black. Chegando lá, abriu a porta e arrastou seu malão para cima, sem se dar conta de quem estava ali. Entrou em seu quarto e jogou-se na cama, passando as mãos pelo rosto. Mais alguns dias infernais estavam para começar... Então deparou com uma figura parada a um dos cantos. Era sua prima Bellatriz. Ele sentou-se na cama e a encarou:

-O que faz aqui? -perguntou com indiferença. Bellatriz sorriu:

-Se fosse uma cobra tinha te picado.

-Quem deixou você entrar aqui? -retrucou ele já com raiva, ignorando o comentário da prima.

-Isso são modos de receber sua prima? -perguntou ela fazendo-se de ofendida.

-Tanto faz. -cortou, com descaso.

-Sirius você está começando a ficar muito mal educado. São aqueles seus amigos traídores do sangue com certeza... No que foi que você virou? -Sirius sorriu maldosamente.

-Em uma pessoa normal, sem obsessões idiotas por sangue-puro ou adoração por artes das trevas. Simples assim. -os olhos negros de Bellatriz faíscaram irritados, ele tinha certeza de que ela contaria tudo o que ele acabara de dizer para sua mãe, Walburga. -Agora, por favor, saia e vá correndo contar a sua tia as boas novas. -ordenou ele de modo irônico. Bellatriz cruzou os braços com ódio e saiu do quarto. Sirius bateu a porta e voltou a deitar. Aquelas palavras lhe custariam o jantar e talvez o café da manhã, mas não importava, ele tinha alguns sapos de chocolates, tortinhas de abóbora e outras guloseimas guardadas no malão. Olhando para o mesmo começou a pensar na escola e instantaneamente em Catherine. Um sorriso iluminou seu rosto e depois de algum tempo, ele adormeceu.

Lá pela segunda semana em casa, Sirius sentia-se agoniado e olhava para fora, de sua janela. Ouviu barulhos lá embaixo, anunciando a chegada de alguém. Logo, minutos depois sua mãe batia na porta.

-Desça, temos visita. -ordenou ela de modo cortante, sem ao menos entrar. Sirius ficou em silêncio e escutou seus passos distanciarem. Resolveu depois de longos minutos descer e verificar o que estava acontecendo lá embaixo. Era a família Avery, trazendo sua filha. Sirius analisou-a desinteressado: a garota era pálida demais tinha cachos exageradamente perfeitos, parecendo uma boneca de porcelana viva.

-Quero que conheça Elizabeth, a herdeira dos Avery. -anunciou a mãe do garoto, sem qualquer emoção na voz.

-Bom, -começou Sirius. -Conheci. -concluiu indiferente. -Posso subir agora?

-Sirius sua insolência não me afetará, não hoje que é um dia tão importante.

-Ótimo. -respondeu ele com o mesmo descaso.

-Os Avery estão aqui para combinar a data do seu casamento com Elizabeth.

-Não vou me casar com ela. Nem ao menos a conheço. -concluiu firme.

-Terá muito tempo de conhecê-la depois de casarem. -Sirius começou a se irritar profundamente, e repetiu:

-Não vou me casar com ela. Não para seguir essa tradição idiota de manter um sangue-puro. Isso é totalmente desprezível. -Sirius já ia subindo, quando sentiu uma mão gelada e alva tocar seu pescoço, de modo a quase asfixiá-lo. Sirius pegou a varinha do cós e num gesto instintivo apontou-a para a mão, que o soltou imediatamente. -O que pensa que está fazendo sua velha desprezível? Enlouqueceu? -gritou ele com fúria para sua mãe. A mulher, que foi atirada a poucos metros dali, concluiu.

-Fora. Fora daqui. Você não é meu filho, você não pertence a essa família. Fora. -ele sorriu de um modo irônico para ela.

-Era tudo que eu precisava ouvir. -virou-se e subiu até seu quarto, pegando todas as suas coisas. Estava em êxtase quando desceu. Olhou para a sala e sua mãe o fitava com muito desprezo. -Então, até nuns mais. -despediu-se ele, sorrindo, saindo pela porta da frente. Acenou sua varinha e em seguida o Noitebus estava ali parado diante dele. Sorriu para o condutor, entrou e deu as ordens para onde queria seguir. Depois de algumas horas Sirius desceu, numa estradinha sem asfalto e um pouco íngreme. Aproximou-se da porta de uma casa imponente e bela. Apertou a campainha e então uma mulher simpática o atendeu, surpresa:

-Sirius? Que surpresa! James ficará satifeito em vê-lo! Entre.

-Obrigado senhora Potter. -Sirius foi entrando e carregou seu malão até a sala, onde sem cerimônias largou-se no sofá.

-Vou avisar ao James que está aqui! Gostaria de tomar ou comer aguma coisa? -perguntou gentil.

-Não, não, obrigado. Eu espero o James por aqui. -ele sorriu.

-Com licença. -disse a senhora Potter entrando para os aposentos. Sirius pôde ouvir James perguntar curioso:

-Mãe quem está aí?

-Vá até a sala e veja com seus próprios olhos James. -respondeu a mãe prestativa.


Passos começaram a se aproximar e então Sirius viu seu amigo com roupas desleixadas e o cabelo totalmente dessarumado. James sorriu largamente:

-Cadela! O que te traz até aqui?

-É bom te ver também. -falou Sirius batendo no amigo. -Eu saí de casa.

-O quê?!

-É, eu saí. Tive uma discussão e a minha mãe me expulsou.

-Que droga cara!

-Pois é. Queria saber se você tem um canto sobrando, eu posso dormir na casinha de cachorro se precisar, não se preocupe. -á essas alturas James ria abertamente.

-Você não vao dormir na casa do cachorro seu anta! Vai ficar no quarto de visitas. Isso vai ser ótimo! -concluiu James sorridente. Aquelas férias prometiam...

N/A: Oooooooi =D, então quando a inspiração vem a gente não pode evitar né? E já que a dona Carol praticamente me ameaçou de morte se eu não fizesse esse capítulo -talvez tenha sido um empurrãozinho - ele está aí. 19 páginas são suficientes pra você? u.u" Hãm! Sobre a parte perva, bem eu precisava escrever e eu fiquei mó "MEL DELS!" quando terminei. Sério, me deu até tontura huiahiuaiuahuihauihaui O.O"... Mas eu gostei... *autora revelando suas preferências por perversão* HIUAHUIAHUIAHUIA que é isso minha gente, eu hein...

Espero que vocês gostem do capítulo =D

Beijos ;*


Propagandinha báásica 0/, passem lá...The Marauders [Mischief Managed]

Outras fics ;D

Por Enquanto |Songshort Sirius/Bella NC 16-17

Mr. and Mrs. Potter |Uma fic baseada no filme Sr. e Sra. Smith|

Compartilhe!

anúncio

Comentários (0)

Não há comentários. Seja o primeiro!
Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.